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QUESTÕES - VT Direito Proc Penal II - ELIEL AMORIM DA SILVA

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Universidade Salgado de Oliveira 
Direito Processual Penal – II 
Prof. Sílvio Araújo de Oliveira 
Aluno: Eliel Amorim da Silva - Matricula: 600053788 
 
 Questões de VT sobre o Tribunal do Júri 
 
1) Quais são as fases do Tribunal do Júri? 
R: O rito procedimental para os processos de competência do Júri é escalonado. A primeira fase 
se inicia com o oferecimento da denúncia e se encerra com a decisão de pronúncia (judicium 
accusationis ou sumário da culpa). A segunda tem início com o recebimento dos autos pelo juiz-
presidente do Tribunal do Júri, e termina com o julgamento pelo Tribunal do Júri (judicium 
causae). 
 
2) Qual o número legal de testemunhas na primeira fase do tribunal do júri e na segunda 
fase? 
R: Embora tenham sido suprimidos o Libelo e a Contrariedade ao Libelo, o Legislador os 
substituiu por duas novas peças (inominadas). Doravante, vigora que, após o trânsito em julgado 
da sentença de pronúncia, ocorrerá o recebimento dos autos pelo presidente do Tribunal do Júri, 
que determinará a intimação do Ministério Público ou querelante, no caso de queixa, e do 
defensor. Para, no prazo de 5 dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, 
até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer diligências 
(CPP, art. 422). 
 
3) Qual o prazo para máximo para ser concluída a primeira fase? 
R: O artigo 412, do CPP, afirma que o procedimento será concluído no prazo máximo de 90 
(noventa) dias 
 
4) Quais as decisões proferidas pelo juiz na primeira fase e quais os seus recursos? 
R: Pronúncia: A pronúncia consiste em decisão interlocutória mista não terminativa, ou seja, não 
julga o mérito, nem põe fim ao processo e deverá conter o dispositivo legal em que julgar ser o 
réu incurso, bem como especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento da 
pena. 
Contra a decisão de pronúncia cabe recurso em sentido estrito, previsto no art. 581, IV, do CPP. 
Impronúncia: Se o juiz não se convencer da existência do crime ou de indícios suficientes de 
autoria, será proferida decisão de impronúncia, que também é uma decisão interlocutória mista 
terminativa, sendo que os crimes conexos serão remetidos ao juízo competente. 
Desclassificação: O juiz, com base nas provas produzidas nos autos, convencendo-se de que não 
se trata de crime de competência do júri, deverá proferir a sentença de desclassificação e remeterá 
os autos ao juízo competente para julgá-lo. Da decisão de desclassificação cabe recurso em sentido 
estrito 
Absolvição sumária: A absolvição sumária ocorre quando for comprovada a existência de 
excludente de ilicitude ou de culpabilidade. Ela faz coisa julgada material. Prevê o art. 415, do 
CPP, que "o juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: 
I – provada a inexistência do fato; 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; 
III – o fato não constituir infração penal; 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime". 
A inimputabilidade, via de regra, não será aplicada neste caso, salvo quando for a única tese 
defensiva. Da decisão de absolvição sumária cabe apelação. Na existência de crimes conexos deve 
o juiz apenas remeter os autos ao juízo competente. 
• RECURSO: Apelação 
 
5) É possível alterar a classificação do crime após a preclusão do recurso? 
R: Depois da preclusão, a pronúncia só poderá ser modificada em caráter excepcional, vale dizer, 
desde que surja circunstância superveniente que altere a classificação do crime (princípio da 
imodificabilidade da pronúncia). 
 
6) Quanto ao alistamento dos jurados quais as principais listas e quando ocorrem? 
R: A lista geral dos jurados, com indicação das respectivas profissões, será publicada pela 
imprensa até o dia 10 de outubro de cada ano e divulgada em editais afixados à porta do Tribunal 
do Júri. 
 
7) O que significa desaforamento e quais os seus motivos? 
R: O desaforamento é a transferência do julgamento de um crime doloso contra a vida pelo 
Tribunal do Júri, da comarca, no caso da Justiça Estadual, ou seção ou subseção judiciária, em se 
tratando de Justiça Federal, onde se consumou, para outra, com jurados dessa última, derrogando-
se a regra geral de competência (art. 70 do CPP), em razão de interesse da ordem pública, por 
haver suspeita de parcialidade dos juízes leigos, por existir risco à segurança pessoal do acusado, 
ou, em razão do comprovado excesso de prazo, se o julgamento não puder ser realizado no prazo 
de seis meses do trânsito em julgado da decisão de pronúncia. 
 
8) Qual a ordem de preferência dos julgamentos? 
R: Segundo o Código Processo Penal, em seu artigo 429, 
Art. 429.Salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem dos julgamentos, terão 
preferência: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
I – os acusados presos; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
II – dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há mais tempo na prisão; (Incluído pela Lei 
nº 11.689, de 2008) 
III – em igualdade de condições, os precedentemente pronunciados. (Incluído pela Lei nº 11.689, 
de 2008) 
 
9) Quantos jurados serão sorteados para compor a lista das reuniões periódicas ou 
extraordinária? 
R: 25 (vinte e cinco) jurados. 
 
10) Qual a composição do tribunal do júri e da formação do conselho de sentença? 
R: Art. 447. O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte 
e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho 
de Sentença em cada sessão de julgamento. 
 
11) O mesmo conselho de sentença poderá conhecer de mais de um processo, no mesmo dia? 
R: O mesmo conselho de sentença poderá conhecer de mais de um processo, no mesmo dia, se as 
partes os aceitarem e, neste caso, os jurados deverão prestar um novo compromisso legal. O jurado 
que participar de um julgamento poderá recusar-se a servir em outro julgamento no mesmo dia. 
 
12) O julgamento do acusado solto ou preso poderá ser adiado por suas ausências? 
R: O novo art. 457 do CPP esclareceu que “o julgamento não será adiado pelo não 
comparecimento do acusado solto, do assistente ou do advogado do querelante, que tiver sido 
regularmente intimado”. 
 
13) Qual o número mínimo de jurados para se instalar os trabalhos no plenário do tribunal 
do júri? 
R: O Júri, nos termos do que dispõe o art. 447 do Código, é composto por 25 jurados. Mas 
comparecendo pelo menos 15 jurados já se pode dar início ao julgamento, segundo o art. 463. 
Esse é o chamado quorum mínimo, de 15 jurados, que permite a realização da sessão de 
julgamento. Suponha-se que formado este quórum mínimo, 3 jurados tenham se dado por 
impedidos, restando, pois, 12 jurados. Nem por isso se deixará de realizar a sessão, segundo o art. 
451, eis que os jurados excluídos por impedimento, suspeição ou incompatibilidade, apesar desse 
alijamento, serão computados para formação do quórum mínimo. 
 
14) Qual o momento para arguir as nulidades posteriores à decisão de pronúncia? 
R: Dessa forma, as nulidades posteriores a sentença de pronúncia, devem ser protestada pelo 
defensor na abertura da sessão de julgamento, logo após apregoadas as partes e antes da escolha 
dos jurados (art. 571,V, e art.447, ambos do CPP), também durante a instrução em plenário e 
durante os debates orais, deve ser protestada no momento em que ocorrerem (art. Art. 571, inciso 
VIII, CPP), por fim, deve ser protestada após a leitura e antes da entrega dos quesitos aos jurados 
(art. 484, CPP). 
 
15) Qual o momento para se arguir as causas de suspeição ou impedimentos? 
R: O reconhecimento do impedimento ou suspeição é no exato momento que recebe a petição, 
enviando assim os autos a seu substituto legal, caso contrário determinará a autuação em 
apartado da petição inicial e, no prazo de 15 dias apresentará suas razões, com documentos 
comprobatórios e rol de testemunhasse houver, ordenando a remessa ao incidente e competente 
tribunal. 
 
16) Quantos jurados deverão compor o conselho de sentença? 
R: A constituição do conselho de sentença está prevista no artigo 447 do Código de Processo 
Penal, que trata da composição do Tribunal do Júri, prevendo que o mesmo é composto de um 
juiz de direito, que é seu presidente, e de 7 jurados leigos (membros da comunidade), que são 
sorteados dentre uma lista de 25 indicados 
 
17) O que significa escusa peremptória? 
R: A recusa peremptória é a que dispensa justificativa, ou seja, a parte simplesmente agradecerá 
a presença do jurado e o dispensará. 
 
18) O que significa estouro de urna? 
R: Consiste na impossibilidade de se formar o Conselho de Sentença no Plenário do Júri por não 
se alcançar o número de jurados necessários para a sessão de julgamento, ou seja, sete jurados. 
 
19) Qual o momento em que se inicia a instrução no julgamento do tribunal do júri? 
R: Dispõe o art. 473, do CPP, que "prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução 
plenária quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do 
acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as 
testemunhas arroladas pela acusação". Tanto as partes como os jurados poderão inquirir as 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631177/artigo-457-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619749/artigo-571-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619555/inciso-v-do-artigo-571-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10632186/artigo-447-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619749/artigo-571-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619432/inciso-viii-do-artigo-571-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627983/artigo-484-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
testemunhas (este último por intermédio do juiz), e requerer acareações, reconhecimento de 
pessoas e coisas. Feito isto, o acusado será interrogado, sendo que o Ministério Público, o 
assistente, o querelante e o defensor, nessa ordem, poderão formular, diretamente, perguntas a ele, 
conforme disposição do art. 474, § 1º, do CPP. Já as perguntas formuladas pelos jurados se darão 
por intermédio do juiz. 
 
20) Qual o tempo destinado para a acusação e defesa nos debates em plenário? e caso haja 
mais de um acusado? 
R: O tempo destinado à acusação e à defesa nos debates será de uma hora e meia para cada, e de 
uma hora para a réplica e outro tanto para a tréplica. 
Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo para a acusação e a defesa será acrescido de 1 (uma) 
hora. 
 
21) É possível haver a desclassificação do crime pelo conselho de sentença? explique! 
R: Desclassificações no âmbito do Tribunal do Júri: Temos três tipos diferentes de 
desclassificação no âmbito do Tribunal do Júri: 
 a) iniciado o processo por um juiz, e este descobrir ser incompetente, remeterá a outro juiz o 
processo (art. 74, § 2º). Por exemplo: o Juiz que julgando, homicídio doloso, descobre que o 
crime foi culposo, ao desclassificar a infração penal, envia para o juiz competente. Este tipo de 
desclassificação não difere de outras desclassificações no juízo comum. Ora, se um magistrado 
está julgando um delito de trânsito, ou mesmo um crime de incêndio doloso, e descobre que na 
realidade foi um crime doloso contra a vida, enviará os autos ao juiz competente (no caso o 
Juiz-Presidente do tribunal do Júri); 
b) se a desclassificação se opera na fase da preparação do julgamento pelo Juiz da pronúncia, 
desclassificando crime que não é da alçada do júri, este envia os autos para o juiz competente, 
reabrindo-se o prazo para a defesa e indicação de testemunhas, prosseguindo-se na forma do art. 
384 do Código de Processo Penal; 
c) a desclassificação é feita pelo próprio júri ou jurados: nesta hipótese, temos dois tipos 
diferentes de desclassificação: 
1) desclassificação própria: quando afastada a figura penal, não se decide diante das respostas 
dos jurados sobre a existência ou não de qualquer outra figura penal, pois o Júri não especifica 
o nomen juris do tipo penal, alterando a classificação constante na sentença de pronúncia, 
assumindo o juiz presidente a capacidade decisória, pela manifestação do Conselho de Sentença. 
2) a desclassificação imprópria, que se opera quando as respostas dos jurados remetem ao juiz 
presidente a competência para julgar como juiz singular, mas condicionado à definição de um 
crime fixado pelos jurados, em geral por quesitos da defesa. Por exemplo, os jurados 
desclassificam o delito doloso para culposo. 
 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10644096/artigo-384-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
Questões sobre Prisões Cautelares 
 
1) Quais os requisitos ou fundamentos para a decretação da prisão temporária? 
R: Para a decretação da prisão temporária dependerá do preenchimento dos seguintes requisitos: 
1. Ser imprescindível para a investigação criminal; 
2. Não ter o acusado residência fixa ou; 
3. Não oferecer o acusado elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
4. Haver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria 
ou participação do indiciado nos seguintes crimes: 
a) Homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2); 
b) Sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1º e 2º); 
c) Roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º); 
d) Extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1º e 2º); 
e) Extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º); 
f) Estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
g) Epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1º); 
h) Envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela 
morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); 
i) Quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
j) Genocídio (arts. 1º,2 e 3 da Lei nº2.889 de 1956), em qualquer de suas formas típicas; 
k) Tráfico de drogas (art.12 da Lei nº6.368, de 21 de outubro de 1976); 
l) Crimes contra o sistema financeiro (Lei nº7.492, de 16 de junho de 1986). 
m) Crimes previstos na Lei de Terrorismo. 
 
2) Quais os prazos previstos para a prisão temporária? 
R: A prisão temporária, diferentemente da prisão preventiva, é decretada por prazo certo, qual 
seja: cinco dias, prorrogáveis por mais cinco dias, em caso de extrema e comprovada 
necessidade. Em se tratando de crime hediondo (ou equiparado), a Lei 8.072/90 estabelece, 
em seu art. 2°, §4°, que o prazo da prisão temporária, nestes casos, será de 30 dias, 
prorrogáveis por mais 30 dias. 
 
3) Cite 03 diferenças entre a prisão temporária e a prisão preventiva. 
R: Prisão Preventiva 
A prisão preventiva pode ser pedida em qualquer fase da investigação criminal quando tiver 
indícios que liguem o suspeito ao crime. O réu pode ser mantido preso até o seu julgamento ou 
pelo período que for preciso para não atrapalhar as investigações. A prisão preventiva impossibilita 
o suspeito de “atrapalhar” a investigação policial. 
A prisão preventiva, por outro lado, não possui prazo pré-estipulado, e pode ser feita em qualquer 
fase da investigação policial ou da ação penal. Em outras palavras:costuma ser usada para proteger 
o inquérito do processo, a ordem pública ou econômica ou a aplicação da lei. 
Uma vez encontrados indícios do crime, a prisão preventiva tem intuito de evitar que o réu prossiga 
atuando fora da lei. É aplicada também para impedir que o mesmo atrapalhe o andamento do 
processo (seja por meio de ameaças às testemunhas ou destruição de provas). 
Prisão em flagrante 
A Lei estipula ainda as prisões em flagrante, para execução de pena civil e por motivos de 
extradição. A prisão em flagrante costuma ocorrer durante o ato criminoso, enquanto a civil 
acontece quando a pensão alimentícia não está em dia. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11317437/artigo-1-da-lei-n-2889-de-01-de-outubro-de-1956
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11317266/artigo-2-da-lei-n-2889-de-01-de-outubro-de-1956
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11317242/artigo-3-da-lei-n-2889-de-01-de-outubro-de-1956
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104072/lei-do-genoc%C3%ADdio-lei-2889-56
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11266308/artigo-12-da-lei-n-6368-de-21-de-dezembro-de-2000
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103305/lei-de-drogas-de-1976-lei-6368-76
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110242/lei-do-colarinho-branco-lei-7492-86
A prisão para execução de pena ocorre em condenados que responderam ao processo em liberdade, 
porém já se esgotaram os recursos cabíveis. A prisão para fins de extradição garante a efetividade 
do processo extradicional. 
Fica muito claro que cada prisão é expedida de acordo com a gravidade e o andamento da 
investigação, assim como mediante as necessidades policiais. É muito interessante entender que a 
prisão temporária é uma modalidade da prisão provisória 
 
4) Quais as espécies de prisão em flagrante previstas no CPP? 
R: São espécies de prisão em flagrante: Flagrante facultativo, Flagrante compulsório ou 
obrigatório, - Flagrante próprio (também chamado de propriamente dito, real ou verdadeiro), 
Flagrante impróprio, ou irreal ou quase flagrante e Flagrante presumido (ficto ou assimilado). 
 
5) Explique o flagrante retardado e legalmente onde se encontra? 
R: Por fim, o flagrante é prorrogado, retardado, diferido, protelado ou por ação controlada quando, 
mediante autorização judicial, o agente policial retarda o momento da sua intervenção, para um 
momento futuro, mais eficaz e oportuno para o colhimento das provas ou por conveniência da 
investigação. Consiste, pois, "no retardamento da intervenção policial, que deve ocorrer no 
momento mais oportuno do ponto de vista da investigação criminal ou da colheita de provas". 
(Lima, p. 1286). Possui previsão legal no artigo 2º, inciso II, da Lei nº 9.034/1995 (organizações 
criminosas), artigo 53, inciso II, da Lei nº 11.343/06 (drogas) e artigo 4ºB, da Lei nº 9.613/98 
(lavagem de capitais). Esse tipo de flagrante tem objetivo o combate à macrocriminalidade e aos 
grandes criminosos, com a possibilidade de infiltração de agentes policiais em organizações 
criminosas. 
 
6) Existe prisão em flagrante por apresentação? Justifique! 
R: Não existe prisão em flagrante por apresentação espontânea por ausência de dispositivo legal 
(STF, RT, 616/400). 
 
7) Qual o prazo previsto para a conclusão do auto de prisão em flagrante e a quem se destina? 
R: Quanto ao prazo para a lavratura do auto de prisão em flagrante, a autoridade deverá, em até 
vinte e quatro horas após a realização da prisão (CPP, art. 306 && 1., e 2.): 
a) encaminhar ao juiz competente o auto de prisão em flagrante; 
b) se for o caso, encaminhar cópia integral para a Defensoria Pública; 
c) entregar a nota de culpa ao preso, de onde se infere seja este o prazo máximo para a conclusão 
do auto; 
d) encaminhar o preso para a audiência de custódia, para que o juiz decida, de plano, a respeito da 
legalidade ou necessidade da prisão, nos termos do artigo 310 do CPP. 
OBS: A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontra serão comunicados imediatamente 
ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada (CPP, 
art. 306, “caput”). 
 
8) Quais as providências a serem tomadas pelo juiz ao receber o auto de prisão em flagrante? 
R: Conforme artigo 310 do Código Processual Penal Brasileiro: 
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: 
I - relaxar a prisão ilegal; ou 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes 
do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares 
diversas da prisão; ou 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o 
fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 
7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado 
liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena 
de revogação. 
 
9) Quais os pressupostos para a decretação da prisão preventiva? 
R: Os pressupostos probatórios ou fumus comissi delicti estão presentes no artigo 312 do Código 
de Processo Penal, o qual se subdivide em dois requisitos a serem verificados pelo julgador: prova 
da existência do crime e indícios suficientes de autoria. É necessário que o fato imputado tenha 
existido e seja crime, em tese. 
 
10) Quais os requisitos ou fundamentos para a decretação da prisão preventiva? 
R: Para decretação da prisão preventiva, necessário se faz a presença de três requisitos: fumaça 
do cometimento do crime (a materialidade e indício de autoria), onde temos o que chamamos de 
pressupostos, a fumaça do cometimento do crime, o fumus commissi delicti. Precisa ser 
demonstrado que o crime ocorreu e que possui indícios que seja, o agente, o autor do crime. 
Quando a decisão é decretada após o recebimento da denúncia, caso não esteja sendo solicitado 
o trancamento da ação penal, será muito difícil "quebrar" esse requisito. Em outro artigo 
trataremos do habeas corpus para trancar ação penal; perigo na liberdade do agente (um dos 
fundamentos trazidos na parte final no artigo 312), qual seja, a fundamentação, deverá ser 
demonstrado que a liberdade do agente colocará em risco a efetividade do processo. Há um 
perigo na liberdade do agente, há o periculum libertatis. 
Para fundamentar, deverá o magistrado trazer elementos concretos na fundamentação, presente 
nos autos, que façam demonstrar que a liberdade do agente trará prejuízo para o tramitar 
processual; cabimento (hipóteses descritas no artigo 313), que são as hipóteses de cabimento 
da prisão preventiva. Caso não esteja enquadrado em nenhuma das hipóteses ali presentes, não 
há que se falar em prisão preventiva, mesmo que os outros dois requisitos estejam presentes. 
Portanto, percebe-se que a ausência de qualquer um dos requisitos fará com que a prisão 
preventiva não possa ser decretada, ou deverá ser objeto de impugnação. 
 
11) Quais as hipóteses autorizadoras para a decretação da prisão preventiva? 
R: A Lei nº12.403, de 4 de maio de 2011, trouxe profunda alteração nas hipóteses da prisão 
preventiva tratadas no art. 313 do CPP. A decretação da prisão preventiva, desde que presentes 
o fumus boni iuris e o periculum in mora (qualquer das circunstâncias autorizadoras do art. 312 
do CPP: garantia da ordem pública, da ordem econômica, como garantia da instrução criminal, 
para assegurar a aplicação da lei penal, descumprimento de outra medida cautelar), somente é 
admitida (art. 313, CPP): 
“I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos; 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, 
ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 doDecreto-Lei n 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940 - Código Penal; III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, 
criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das 
medidas protetivas de urgência”. 
 
12) A autoridade judiciária poderá substituir a prisão preventiva por prisão domiciliar? Em 
quais situações? 
R: Consta no Código Processo Penal Brasileiro: 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637444/inciso-i-do-artigo-23-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637363/inciso-iii-do-artigo-23-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637476/artigo-23-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1027637/lei-12403-11
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10651970/artigo-313-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10651970/artigo-313-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10632213/inciso-i-do-artigo-64-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10632253/artigo-64-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com 
deficiência; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - (Revogado) 
IV - gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) 
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 
2016) 
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade 
incompletos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos 
neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por 
crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: (Incluído 
pela Lei nº 13.769, de 2018). 
I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei nº 
13.769, de 2018). 
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 
2018). 
Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo da 
aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código. (Incluído pela 
Lei nº 13.769, de 2018). 
 
13) Quais os fundamentos ou requisitos para a decretação das medidas cautelares? 
R: Os requisitos para decretação das medidas cautelares diversas de prisão são: 
a) necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos 
casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais (art. 282, I, do CPP); 
b) adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do 
indiciado ou acusado (art. 282, II, do CPP). 
 
14) Justifique a seguinte afirmativa: a prisão preventiva somente será decretada como última 
ratio. 
R: É claríssima, nesse sentido, a letra do art. 310, II. A prisão preventiva, como se verá mais 
detalhadamente, é a ultima ratio das medidas cautelares. Ela somente deve ser decretada quando 
todas as demais medidas cautelares se revelarem inadequadas e insuficientes para o caso concreto. 
 
15) Justifique a seguinte afirmativa: a decisão que decretar a prisão preventiva ou medidas 
cautelares diversas da prisão será motivada e fundamentada. 
R: Conforme Código Processo Penal Brasileiro em seu artigo 315: “Art. 315. A decisão que 
decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada. 
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá 
indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação 
da medida adotada. 
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou 
acórdão, que: 
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação 
com a causa ou a questão decidida; 
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua 
incidência no caso; 
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10656127/artigo-282-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10656088/inciso-i-do-artigo-282-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033703/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10656127/artigo-282-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10656050/inciso-ii-do-artigo-282-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033703/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a 
conclusão adotada pelo julgador; 
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos 
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; 
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem 
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.” 
 
16) O juiz do processo deverá rever a decisão que decretou a prisão preventiva em qual 
tempo? 
R: A determinação do Código de Processo Penal (CPP) para que seja feita uma revisão, a cada 90 
dias, da necessidade de manter a prisão preventiva é imposta apenas ao juiz ou ao tribunal que 
decretou a medida. Com esse entendimento, a Sexta Turma, por unanimidade, negou habeas 
corpus em que a defesa pediu a revogação da prisão preventiva ao argumento de que o seu cliente 
estaria encarcerado há mais de um ano por causa do descumprimento da regra do CPP.

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