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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE BREVE HISTÓRICO DA COLONIZAÇÃO AO FIM DO IMPÉRIO - Inexistência de registros de entidades e políticas sociais específicas para o cuidado com a criança e o adolescente - Papel da Igreja Católica e das Santas Casas de Misericórdia • 1ª Santa Casa – 1543, Capitania de São Vicente (Vila de Santos) • Doentes, órfãos e desprovidos - “Rodas dos Expostos” ou “Rodas dos Enjeitados” • Salvador – 1726; Rio de Janeiro – 1738; • 1927 – proibição pelo Código de Menores - Regulamentação do Ensino - 1854 • Não aplicada a todos – doentes, não vacinados e escravos • Regulamentação do trabalho • 1891 – Decreto 1313 – proibição do trabalho ao menor de 12 anos. INÍCIO DA REPÚBLICA – 1900 A 1930 - Industrialização - Migração de trabalhadores para os centros urbanos - Lutas sociais • 1917 – proibição do trabalho do menor de 14 anos e do trabalho noturno do menor de 18 anos e da mulher • 1923 – Juizado de Menores • 1927, 12 de outubro – “Código de Menores” – diretrizes amplas • Caso Bernardino – estabelecimento da idade penal aos 18 anos ESTADO NOVO – 1930 A 1945 - Políticas sociais como meio de incorporação da população trabalhadora urbana aos projetos nacionais - 1942 – SAM – Serviço de Atendimento ao Menor – equivalente ao Sistema Penitenciário para a população menor de idade • Atuação correcional – repressiva • Atendimento diferenciado: • Adolescente infrator Internatos: casas de correção e reformatórios • Menor carente/ abandonado Patronatos agrícolas e escolas de aprendizagem de ofícios urbanos. • Outras entidades ligadas ao SAM: • LBA – Legião Brasileira de Assistência – inicialmente órfãos de guerra • Casa do Pequeno Jornaleiro • Casa do Pequeno Lavrador • Casa do Pequeno trabalhador REDEMOCRATIZAÇÃO – 1945 A 1964 - Fase de abertura política e organização social - 1950 – UNICEF no Brasil – Fundo das Nações Unidas para a Infância – proteção à saúde da criança e da gestante em cidades do Nordeste - Decadência do SAM – “universidade do crime” REGIME MILITAR – 1964 A 1979 - Autoritarismo estatal e paralisação do crescimento da democracia - FUNABEM – Fundação do Bem Estar do Menor – heranças do SAM - Código de Menores de 79 – arbitrário, assistencialista e repressivo • “Infância em perigo” • “menor em situação irregular” – poderes ilimitados à autoridade judiciária NOVA REDEMOCRATIZAÇÃO – ANOS 80 - Abertura política e democrática - Promulgação da CF/88 - Movimentos sociais pela infância brasileira • “menoristas” – manutenção do Código de Menores, regulamentando as crianças e adolescentes em situação irregular (Doutrina da Situação Irregular) • “estatuitas” – mudanças no código – crianças e adolescentes como sujeitos de direito e uma “Política de Proteção Integral” • Art. 227, CF – Doutrina da Proteção Integral – proveniente da ONU – É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. CONSOLIDAÇÃO DA DEMOCRACIA – DÉCADA DE 90 • Declaração Universal dos Direitos da Criança de 1979 e da Convenção Internacional sobre os direitos da Criança aprovados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1989 • Lei n. 8.069 de 13 de julho de 1990 • Limitação à atuação arbitrária do Estado em respeito aos direitos infanto-juvenil • Esforços para sua implementação no âmbito governamental e não governamental BREVE HISTÓRICO ACERCA DA MAIORIDADE PENAL • Código Criminal de 1830: menores de 14 anos – critério do discernimento – entre 14 e 18 respondiam criminalmente • Código Penal de 1890 – inimputabilidade absoluta - 9 anos e entre 9 e 15 anos – análise do discernimento • Reforma do Código Penal em 1922 – inimputabilidade absoluta de 9 para 14 anos • Código de Menores de 1927 – 18 anos • Código de Menores de 1979 – 18 anos • Estatuto da Criança e do Adolescente – 1990 – 18 anos FASES - Fase da Absoluta Indiferença: “adulto pequeno”, total dependência física; - Fase da Mera Imputação Criminal ou Modelo Penal Indiferenciado: a única preocupação com crianças e jovens era a esfera criminal, não se distinguia os estabelecimentos de adultos e adolescentes; - Doutrina da situação irregular – Etapa Tutelar: a criança como objeto de tutela; a aplicação do Código de Menores restringia-se ao binômio carência- delinquência agindo na consequência e não nas causas que levavam à carência ou à delinquência; Não havia diferenciação entre medidas socioeducativas e de proteção – delinquentes e abandonados tinham o mesmo tratamento - FEBEM; menor abandonado, menor carente e delinquente juvenil; - Etapa da proteção integral: CF/88; Convenção dos Direitos da Criança/89 e ECA/1990: criança e adolescente como sujeitos de direitos, garantidos com absoluta prioridade, em razão da peculiar condição de pessoa em desenvolvimento.
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