Buscar

CPC 1 LIVRO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TUTELA PROVISÓRIA
O CPC não formula – nem competiria a ele fazê-lo – um conceito de tutela provisória. Mas o art. 294, bem como o seu parágrafo único, ao enumerar as diferentes naturezas que ela pode ter, e as razões pelas quais pode ser concedida, permite ao intérprete formular a sua conceituação. É inequívoco que ela é uma espécie de tutela diferenciada, em que a cognição do juiz não é exauriente, mas sumária, fundada ou em verossimilhança ou em evidência, razão pela qual terá natureza provisória, podendo ser, a qualquer tempo, revogada ou modificada. Sua finalidade é ou afastar o perigo a que está sujeita a tutela jurisdicional definitiva, o que ela alcança por meio da antecipação dos efeitos da sentença ou pela adoção de uma medida protetiva, assecurativa, que visa não satisfazer, mas preservar o provimento final, ou redistribuir os ônus da demora na solução do processo, quando o direito tutelado for evidente.
A tutela provisória garante e assegura o provimento final e permi-te melhor distribuição dos ônus da demora, possibilitando que o juiz conceda antes aquilo que só concederia ao final ou determine as medidas necessárias para assegurar e garantir a eficácia do provimento principal.
Fundamento Constitucional – Inafastabilidade do judiciário + celeridade processual (razoável duração do processo).
CLASSIFICAÇÕES
QUANTO AO FUNDAMENTO:
a) URGÊNCIA: probabilidade do Direito + perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (art. 300 d0 CPC)
b) EVIDÊNCIA: abuso de direito de defesa ou manifesto proposito protelatório/ ou julgamento de casos repetitivos ou súmula vinculante/ pedido reipersecutório em contrato de depósito/ petição inicial com prova suficiente + contestação sem prova suficiente (art. 311 do CPC)
QUANTO À FINALIDADE (
a) ANTECIPADA: antecipar os efeitos do provimento final, evitando o perigo de dano. Caráter satisfativo. (art. 300, primeira parte)
b) CAUTELAR: resguardar o resultado útil da demanda. Caráter não satisfativo.(art. 300, segunda parte, e art. 301)
QUANTO AO MOMENTO EM QUE SÃO PLEITEADAS (Art. 294, p.u)
a) ANTECEDENTE: antes do processo principal
b) INCIDENTAL: no curso do processo principal
CARACTERÍSTICAS
a) TUTELAS PROVISÓRIAS E TUTELA LIMINAR
b) SUMARIEDADE DA COGNIÇÃO
c) PROVISORIEDADE
d) REVOGAÇÃO, MODIFICAÇÃO E CESSAÇÃO DA EFICÁCIA
e) DIFERENÇAS ENTRE TUTELA DE PROVISÓRIA ANTECIPADA E JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO
f) PODER GERAL DO JUIZ DE CONCEDER TUTELAS PROVISÓRIAS
g) COMPETÊNCIA
PROCESSO EM QUE CABE TUTELA PROVISÓRIA:
PROCESSO PELO RITO COMUM (ANTIGO ORDINÁRIO)
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
EXECUÇÃO
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
TUTELA DE URGÊNCIA
a) Requerimento
b) Requisitos (art. 300)
a. Probabilidade do direito – verossimilhança das alegações
b. Perigo de dano
c. Risco ao resultado útil do processo
d. Exigência de caução para ressarcir eventuais danos
e. Quando houver perigo de irreversibilidade da decisão, não deve conceder
c) Dos meios para conceder tutela cautelar (art. 301)
a. Arresto
b. Sequestro
c. Arrolamento de bens
d. Registro de protesto contra alienação de bem
e. Qualquer outra medida
d) DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL PELOS DANOS (Art. 302)
a. Sentença desfavorável
b. Não realizar a citação, caráter antecedente
c. Cessação da eficácia da medida
d. Juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão
TUTELA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE
a) REQUERIDA ANTES DA AÇÃO PRINCIPAL
b) REQUISITOS:
a. Quando a urgência for contemporânea à propositura da ação
b. Limita-se ao requerimento da tutela antecipada
c. Probabilidade do Direito + perigo de dano
PROCEDIMENTO
a) Petição inicial pleiteando apenas o pedido de tutela antecedente e comprovando os requisitos;
b) Concedida a tutela:
a. Autor deve aditar a petição inicial em 15 dias, complementando a ação
b. Citação e intimação do réu para audiência de conciliação
c. Não havendo acordo, abre-se prazo para defesa (contestação)
Atenção:
1) Se não aditar – extinção sem resolução de mérito
2) Se não oferecer meios para citação, aplica-se o disposto no 302, inciso II, do CPC
DA ESTABILIDADE DA TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1º No caso previsto no caput , o processo será extinto.
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput .
§ 3º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º.
§ 4º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2º, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1º.
§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou
invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.
TUTELA CAUTELAR EM CARÁTER ANTECEDENTE
a) Requerimento
b) Requisitos: perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo + risco contemporâneo à propositura da ação, deve indicar sumariamente narrativa dos fatos e fundamento e direito pleiteado
PROCEDIMENTO
a) Requerimento (petição inicial)
b) Réu citado para contestar no prazo de 5(cinco) dias(art. 306)
c) Se não contestar, juiz deve decidir em 5(cinco) dias, considerando verdadeiros os fatos articulados na inicial (art. 307)
d) Concedida a tutela cautelar:
a. Prazo de 30 dias para aditar a petição inicial
b. Complementada, agenda audiência de conciliação
Att: art. 309
1) Se autor não complementar em 30 dias –cessa a eficácia da tutela
2) Se não for efetivada no prazo de 30 dias
3) O juiz julgar improcedente o pedido principal ou extinguir o processo sem resolução de mérito
TUTELA DE EVIDÊNCIA
REQUISITOS (ART. 311 DO CPC)
a) Independe do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo – a probabilidade do direito se evidencia no caso
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
PROCESSO CIVIL 1 –
PROF. LUIS PAULO PONTES
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida; (IDENTIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA) CF. ART. 42 E SS, CPC
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; (QUALIFICAÇÃO DAS PARTES)
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;(CAUSA DE PEDIR PRÓXIMA E REMOTA)
IV - o pedido com as suas especificações; (PEDIDO) CF. ART. 322 E SS, CPC
V - o valor da causa; (VALOR DA CAUSA – PARÂMETRO VALOR DE CUSTAS E HONORÁRIOS) CF. ART. 291 -292, CPC
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; (PEDIDO DE PROVAS) CF. ARTS. 369 – 484, CPC
VII - a opção do autorpela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. (AUDIÊNCIA DO ART. 334 DO CPC)
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. (DOCUMENTOS ESSENCIAIS)
SE NÃO CUMPRIR OS REQUISITOS OU NÃO JUNTAR DOCUMENTO ESSENCIAL?
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
DOS PEDIDOS
O CPC, art. 319, estabelece como requisito fundamental da inicial a indicação do pedido com suas especificações. Dada a importância do assunto, a lei o trata em seção própria, nos arts. 322 a 329. Esses dispositivos cuidam da formulação de pedido genérico, dos pedidos implícitos e da possibilidade de cumulação.
a) PEDIDO GENÉRICO
O CPC, nos arts. 322 e 324, estabelece que o pedido deve ser certo e determinado. Por certo entende-se aquele que esteja individualizado, possibilitando a sua perfeita identificação. A petição inicial deve indicar qual o bem da vida pretendido, ou ao menos fornecer elementos que permitam identificá-lo. Ademais, o pedido há de ser determinado quanto à sua quantidade.
O art. 324, § 1o, estabelece hipóteses em que é lícita a formulação de pedido genérico, aquele que é certo quanto ao objeto, mas ainda indeterminado em relação à quantidade, no qual se indica o an debeatur, mas não o quantum debeatur.
Permite-se a formulação de pedido genérico:
I – nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados. São aquelas que versam sobre uma universalidade de fato ou de direito. Por esta última entende-se um conjunto de bens, relações jurídicas, direitos e obrigações, como o patrimônio e a herança;
II – quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou fato. É o que ocorre com as ações em que se postula indenização por lesões corporais, quando ainda não se sabe se delas resultará incapacidade, se esta será definitiva e qual o seu grau. Esse inciso tem sido invocado na formulação de pedido genérico em ações de indenização por dano moral (STJ, 3a Turma, REsp 125.416-RJ, rel. Min. Eduardo Ribeiro). ATENÇÃO: CRÍTICAS DA DOUTRINA, POIS POR NÃO HAVER CRITÉRIOS LEGAIS PARA A FIXAÇÃO DA INDENIZAÇÃO QUE SE DEVE EXIGIR QUE O AUTOR INDIQUE QUAL O VALOR QUE PRETENDE, PARA QUE O JUIZ, AO MENOS, TENHA ALGUM PARÂMETRO.
III – quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu, caso em que não se pode exigir do autor que, desde logo, na petição inicial formule pedido determinado. É o que ocorre, por exemplo, nas ações de exigir contas, em que não se conhece a existência de eventual saldo em favor de uma das partes, senão depois que o réu as apresenta, bem como nas ações que tenham por objeto obrigações de fazer infungível, e que se convertem em perdas e danos, caso não seja possível obter a tutela específica da obrigação exigida.
b) PEDIDO IMPLÍCITO
Os pedidos são, em regra, interpretados restritivamente. O juiz deve apreciar apenas a pretensão formulada, o que abrange o pedido e as consequências lógico-jurídicas dele advindas, e não aquilo que não tenha sido objeto de requerimento. Há, porém, exceções: existem pedidos implícitos, isto é, coisas que o juiz deve conceder ao autor, mesmo que não requeridas expressamente na petição inicial.
O art. 322, § 1o, menciona como tal os juros legais. Os juros de mora incluem-se na liquidação, ainda que tenham sido omissos o pedido e a condenação (Súmula 254 do STF). Além deles, é também devida a correção monetária, que não é acréscimo nem punição ao devedor, mas mera atualização do valor nominal da moeda.
SÚMULA 254, STF
Incluem-se os juros moratórios na liquidação, embora omisso o pedido inicial ou a condenação.
SÚMULA 256, STF
É dispensável pedido expresso para condenação do réu em honorários, com fundamento nos arts. 63 ou 64 do Cód. de Proc. Civil.
Por fim, as prestações sucessivas considerar-se-ão incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las, pelo tempo que durar a obrigação (CPC, art. 323). Esse dispositivo abrange tanto as prestações que se venceram no curso do processo como as posteriores à sentença, até o término da obrigação.
c) CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
O fenômeno da cumulação de pedidos é admitido pelo legislador em numerosas situações. De maneira geral, a lei a permite quando as demandas estão relacionadas entre si, de maneira que se justifique um julgamento conjunto, seja por economia processual, seja para evitar a desarmonia dos julgados.
A cumulação pode ser subjetiva ou objetiva. Será subjetiva quando houver pluralidade de partes, no polo ativo, no passivo, ou em ambos. A esse fenômeno dá-se o nome de litisconsórcio. A objetiva ocorrerá quando existir cúmulo de pedidos ou fundamentos. A rigor, a cada um deles corresponde uma demanda (ação), de sorte que, quando há pluralidade de pedidos ou fundamentos, haverá uma cumulação de demandas ou de ações, que serão julgadas conjuntamente, em um único processo.
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum. § 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326 .
CLASSIFICAÇÃO-
a) CUMULAÇÃO SIMPLES: Cumulação simples: é aquela tratada diretamente no CPC, art. 327. O autor formula, em face do mesmo réu, dois ou mais pedidos somados, pretendendo obter êxito em todos. Para que a cumulação seja simples, é preciso que os pedidos sejam interdependentes, e que o resultado de um não dependa do outro.
b) CUMULAÇÃO SUCESSIVA: aqui o autor também formula ao juiz mais de um pedido, buscando obter êxito em todos. Tal como na simples, ele tem mais de uma pretensão, que pretende ver acolhida, em relação ao mesmo réu. Mas o que diferencia uma da outra é que na sucessiva o resultado do exame de uma das pretensões repercute no da outra. Há relação de prejudicialidade entre um pedido e outro. É o que ocorre, por exemplo, com a ação de investigação de paternidade cumulada com petição de herança ou alimentos, em que o resultado do segundo pedido depende do acolhimento do primeiro.
c) CUMULAÇÃO ALTERNATIVA: é a que ocorre quando o autor formula dois ou mais pedidos, postulando o acolhimento de apenas um deles, sem estabelecer uma ordem de preferência. O acolhimento de um exclui o do outro. Para o autor é indiferente qual das suas pretensões seja acolhida, desde que ele tenha êxito em uma delas.
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
Parágrafo único.Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
d) Cumulação eventual ou subsidiária: é aquela em que o autor formula dois ou mais pedidos, esperando que apenas um deles seja acolhido, em detrimento dos demais, mas estabelecendo uma ordem de preferência. Distingue-se da cumulação simples e da
sucessiva porque não há uma soma de pedidos, e o acolhimento de um implica a exclusão dos demais. E difere da alternativa, porque o autor manifesta sua preferência pelo acolhimento de um dos pedidos, sendo os demais subsidiários.
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior.
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
REQUISITOS PARA CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326 .
POSSIBIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DOS PEDIDOS
Art. 329. O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
Ao receber a petição inicial, compete ao juiz fazer um exame da admissibilidade da petição inicial, que deve ser cuidadoso, pois, depois da citação do réu, o pedido e os seus fundamentos não poderão ser modificados, senão com o consentimento deste. É nessa fase inicial que eventuais defeitos ou irregularidades poderão ser sanados, devendo o juiz conceder prazo ao autor para que a regularize.
Verificando que a petição inicial está em termos, o juiz a recebe e determina a citação do réu. Do contrário, concede prazo para regularização. Se o vício não for solucionado, o juiz a rejeita. O indeferimento pode ser total ou parcial. Será total quando não puder ser aceita em relação a nenhuma das pretensões nela contida. O juiz, então, extinguirá o processo, desde logo, sem resolução de mérito. Haverá indeferimento parcial quando apenas uma ou algumas das pretensões não puderem ser admitidas, caso em que o processo não será extinto, mas prosseguirá em relação às demais pretensões.
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta; CF. ART.330,PU, CPC
II - a parte for manifestamente ilegítima; CF.ART.17, CPC
III - o autor carecer de interesse processual; CF.ART.17, CPC.
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. (INFORMAÇÕES DO ADV EM CAUSA PRÓPRIA, EMENDAR A PETIÇÃO INICIAL CUMPRINDO ART.319 E/OU 320)
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:(HIPÓTESES DE INÉPCIA DA PI)
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241 .
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Preenchidos os requisitos, o juiz deverá julgar liminarmente improcedente a pretensão, mas não sem antes cumprir o disposto nos arts. 10 e 11 do CPC. É certo que o art. 487, parágrafo único, ressalva a hipótese do art. 332, § 1o, permitindo que o juiz profira sentença de improcedência liminar sem ouvir as partes, em caso de prescrição ou decadência. De fato, não haverá como ouvir o réu, que nem sequer estará citado. Mas parece-nos que terá de ouvir o autor, para que este não seja surpreendido com o reconhecimento da prescrição ou da decadência, sem ter tido oportunidade de demonstrar ao juiz que ela não ocorreu.
REJEIÇÃO LIMINAR DA DEMANDA, ANTES DA CITAÇÃO DO RÉU, LEVANDO A EXTINÇÃO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO.
REQUISITOS:
a) QUE A CAUSA DISPENSE A FASE INSTRUTÓRIA
b) QUE ESTEJA PRESENTE QUALQUER UMA DAS HIPÓTESES DO ART. 332, I A IV, OU A DO ART. 332, § 1º.
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 1º O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
§ 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.
§ 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
§ 4º A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§ 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
§ 7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por centoda vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. (AUSÊNCIA INJUSTIFICADA À AUDIÊNCIA- ATO ATENTATÓRIO – MULTA DE 2%)
§ 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.
§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
§ 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
AUDIÊNCIAS PODEM SER REALIZADAS NA PRÓPRIA VARA OU NA CENTRAL JUDICIÁRIA DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS - CEJUSC
É fase indispensável nos processos de procedimento comum. A sua designação no começo funda-se na ideia de que, após o oferecimento da contestação, o conflito poderá recrudescer, tornando mais difícil a conciliação das partes. A busca pela solução consensual dos conflitos vem prevista como norma fundamental do processo civil, no art. 3o, §§ 2o e 3o, do CPC. A eventual conciliação nesta fase ainda inicial do processo se adequa ao princípio econômico, já que o poupará de avançar a fases mais adiantadas
PROCESSO CIVIL 1 – 21/05/2020
PROF. LUIS PAULO PONTES
PROCEDIMENTO
É o modo pelo qual os atos processuais encadeiam-se no tempo para atingir a sua finalidade. É preciso que os atos processuais sejam ordenados de uma maneira, e com uma lógica interna, que permita ao juiz emitir o provimento final. Todo procedimento começa com uma pretensão formulada por meio de uma petição inicial. É obrigatório que o réu seja chamado a integrar a relação processual, o que se faz por intermédio da citação, e que lhe seja dada oportunidade de oferecer resposta. Depois, se necessário, será aberta a possibilidade de as partes produzirem as provas pertinentes para demostrar os fatos que sustentam as suas pretensões, e, ao final, o juiz, sopesando as alegações e provas por elas trazidas, deverá emitir o provimento jurisdicional. Essa é, grosso modo, a estrutura fundamental do procedimento nos processos de conhecimento.
O CPC previu dois tipos fundamentais de procedimento: o comum e os especiais. O procedimento comum vem tratado no CPC, arts. 318 a 512. Os especiais de jurisdição contenciosa, nos arts. 539 a 718, e os de jurisdição voluntária, nos arts. 719 a 770.
O procedimento comum é supletivo em relação ao especial. A lei trata especificamente apenas daquelas ações que têm procedimento especial: a consignação em pagamento, ação de exigir contas, os inventários, as possessórias de força nova etc. As que não são expressamente tratadas como de procedimento especial seguem o comum.
O CPC, a partir do art. 319, trata do procedimento comum, que está dividido em quatro fases: a postulatória, em que o autor apresenta a petição inicial e o réu, a sua contestação; a ordinatória, em que o juiz saneia o processo e aprecia os requerimentos de provas formulados pelas partes; a instrutória, em que são produzidas as provas; e a decisória. Essa divisão é feita levando em conta o tipo de ato predominante em cada fase. Na postulatória prevalecem os de requerimento das partes. Mas isso não significa que já não sejam produzidas provas (em regra documentais), e que o juiz não profira decisões. O mesmo ocorre nas outras fases, em que há um tipo de ato predominante, embora não necessariamente único.
PETIÇÃO INICIAL
1. Propositura da demanda
É o ato que dá início ao processo. A petição inicial é a peça por meio da qual se faz a propositura da ação. É por seu intermédio que se fixam os contornos da pretensão, pois nela são indicados os pedidos do autor e os fundamentos nos quais eles estão baseados. É também ela que indica quem ocupará os polos ativo e passivo da ação, contendo os seus elementos identificadores. É pelo seu exame que se verificará quais são os limites e os contornos do pedido e de seus fundamentos. Por causa disso, o exame da inicial tem enorme repercussão sobre a distinção ou identidade entre duas ações e para a questão da conexão ou continência.
2. REQUISITOS
Requisitos da petição inicial Estão enumerados no CPC, arts. 319 e 320. No primeiro estão elencados os requisitos intrínsecos, isto é, aqueles que devem ser observados na própria peça que a veicula. No segundo estão os extrínsecos, relacionados a documentos que devem, necessariamente, vir acompanhando a peça.
Além deles, é também requisito que a petição inicial seja escrita em vernáculo e esteja assinada pelo advogado do autor, ou pelo próprio, se estiver advogando em causa própria. Determina o art. 319 que a inicial indique:
1.2.1. O juízo a que é dirigida: a petição inicial contém um requerimento e deve indicar a quem ele é dirigido. Se houver erro na indicação, e a demanda for proposta perante juízo incompetente, nem por isso a inicial deverá ser indeferida, mas apenas remetida ao competente.
1.2.2. Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu: as partes constituem um dos elementos identificadores da ação. Por isso, a inicial deve designar os seus nomes e qualificação, que permitam a sua identificação.
1.2.3. O fato e os fundamentos jurídicos do pedido: esse é um dos
requisitos de maior importância da petição inicial. A indicação da causa de pedir próxima e remota é de grande relevância, porque constitui um dos elementos identificadores da ação que, em conjunto com o pedido, dá os limites objetivos dentro dos quais será dado o provimento jurisdicional.
1.2.4. O pedido e suas especificações: com a causa de pedir e a indicação das partes, o pedido forma o núcleo essencial da petição inicial. Ao formulá-lo, o autor deve indicar ao juiz o provimento jurisdicional postulado (pedido imediato) e o bem da vida que se quer obter (pedido mediato). O pedido deve ser redigido com clareza e ser especificado, pois será ele, somado à causa de pedir, que dará o contorno dos limites objetivos da lide. O juiz, ao proferir a sentença, não pode dele desbordar. Será extra petita a sentença em que o juiz apreciar pedido diverso ou fundamento distinto daqueles formulados na inicial; e será ultra petita aquela em que ele conceder o que foi pedido, mas em quantia maior. Também devem ser apreciados todos os pedidos, sob pena de a sentença ser considerada citra petita.
1.2.5. O valor da causa: estabelece o CPC, art. 291, que a toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. Ele pode influir, entre outras coisas:
a) na competência, pois o valor da causa é um dos critérios de sua fixação, em relação ao juízo;
b) no procedimento: é utilizado para delimitar o âmbito de atuação do Juizado Especial Cível;
c) no recolhimento das custas e do preparo, que tem como base de cálculo o valor da causa;
d) nos recursos em execução fiscal, conforme a Lei n. 6.830/80,art. 34;
e) na possibilidade de o inventário ser substituído por arrolamento sumário (CPC, art. 664, caput).
1.2.5.2. Controle judicial do valor da causa: o art. 293 do CPC
autoriza o réu a impugnar o valor da causa, em preliminar de contestação. Além disso, o juiz, de ofício, poderá determinar a
correção, tanto que o art. 337, § 5o, estabelece que, dentre as matérias alegáveis em preliminar, o juiz só não pode conhecer de ofício a convenção de arbitragem e a incompetência relativa. As demais, incluindo incorreção no valor da causa, ele deve conhecer de ofício. O juiz deve fazer esse controle, pois o autor pode ter desrespeitado algum dos critérios fixados em lei ou ter atribuído valor à causa em montante incompatível com o conteúdo econômico da demanda.
1.2.6. As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados: tem havido tolerância quanto ao descumprimento desta exigência. A sua falta não enseja o indeferimento da inicial, nem torna preclusa a oportunidadede o autor, posteriormente, requerer as provas que lhe pareçam cabíveis. Isso se justifica porque o autor não tem como saber quais as matérias fáticas que se tornarão controvertidas antes da contestação.
1.2.7. A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou mediação: não se trata, propriamente, de um requisito da inicial, mas da oportunidade que o autor tem de manifestar desinteresse na audiência inicial de tentativa de conciliação, que se realiza no procedimento comum, antes da resposta do réu. Essa audiência deve obrigatoriamente ser designada, salvo se o processo for daqueles que não admite autocomposição, ou se ambas as partes manifestarem desinteresse na sua realização.
1.2.8. O endereço do advogado do autor: deverá constar da pro-curação que acompanha a inicial (art. 105, § 2o).
Além dos requisitos intrínsecos, a inicial deve preencher outros, que não são propriamente formais, nem dizem respeito ao seu conteúdo. Por isso, são chamados extrínsecos. Estabelece o art. 320 que ela deverá vir instruída com os documentos indispensáveis. Os não indispensáveis podem ser juntados a qualquer tempo no processo, desde que deles se dê ciência à parte contrária (CPC, art. 437, § 1o). Mas sem os imprescindíveis, a inicial não será recebida.
Se o documento não estiver em poder do autor, na inicial ele requererá ao juiz que ordene ao réu ou a terceiro a sua exibição, na forma do CPC, arts. 396 e s.
Na falta de documento indispensável, o juiz concederá ao autor prazo de 15 dias para trazê-lo, sob pena de indeferimento da inicial. Também deve o autor juntar a procuração outorgada ao seu advogado, com as ressalvas do CPC, arts. 103, parágrafo único, e 104. Quando o autor for pessoa jurídica, deve apresentar os seus estatutos ou contrato social, que permitam verificar se a pessoa que outorgou a procuração tinha poderes para fazê-lo.

Continue navegando