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FISIOLOGIA DA SÉRIE BRANCA: LEUCÓCITOS INTRODUÇÃO · Os leucócitos formam o grupo mais heterogêneo de células sanguíneas, tendo como função mais básica a defesa do indivíduo e fornecem informações básicas acerca da imunologia; · Os leucócitos desempenham papel de defesa do organismo, dentre os quais há subtipos leucocitários e, desse modo, subdividem-se nas funções bastante específicas e distintas entre si do sistema imunológico; · Os elementos celulares do leucograma podem ser divididos, tradicionalmente, em granulócitos ou polimorfonucleares (basófilos, eosinófilos e neutrófilos) e em agranulócitos ou mononucleares (linfócitos e monócitos). Os neutrófilos, por sua vez, são subdivididos em mielócitos, metamielócitos, bastões e segmentados. CLASSIFICAÇÃO DA SÉRIE BRANCA · Os leucócitos são agrupados em duas categorias diferentes: os leucócitos mononucleares e os polimorfonucleares; · Os primeiros incluem os linfócitos, plasmócitos e os monócitos, cuja característica peculiar é a de possuir um núcleo único e uniforme; · Os últimos, também chamados de granulócitos, pela presença de granulação citoplasmática, incluem os neutrófilos, os eosinófilos e os basófilos e possuem núcleo multiforme e segmentado; · Apesar de todos os leucócitos se originarem de um precursor hematopoético comum na medula óssea, os precursores intermediários são distintos e são influenciados por diferentes fatores de crescimento; · No caso dos linfócitos T, por exemplo, eles apresentam a peculiaridade de completar o seu processo de maturação no timo; · Mononucleares ou agranulócitos: 1. Linfócitos, plasmócitos e os monócitos · Possui um núcleo único e uniforme · Polimorfonucleares ou granulócitos: 1. Presença de granulação citoplasmática 2. Neutrófilos, eosinófilos e basófilos · Possuem núcleo multiforme e segmentado VALOR DE REFERÊNCIA DE CADA UMA DAS CÉLULAS: NEUTRÓFILO: 40,0% a 75,0% EOSINÓFILOS: 1,0% a 6,0% BASÓFILOS: 0,0% a 1,5% MONÓCITOS: 2,0% a 10,0% LINFÓCITOS: 20,0% a 45,0% · Monócitos: após entrarem em circulação, migram para diferentes tecidos, onde recebem o nome de macrófagos tissulares de morfologia semelhantes às dos monócitos. · Nos diferentes tecidos, participam da fagocitose de células mortas, senescentes, corpos estranhos, regulação da função de outras células, processamento e apresentação de antígenos, reações inflamatórias e destruição de micróbios e células tumorais; · Neutrófilos: possuem quatro grânulos secretórios em seu citoplasma: azurófilos ou primários, específicos ou secundários, de gelatinase ou terciários e vesículas secretoras; · Possuem papel fundamental na defesa do organismo, fagocitando e digerindo microorganismos. Para isso, eles primeiro recebem a informação da existência de inflamação e então migram para o seu sítio. · Uma vez no sangue, os neutrófilos migram para os diferentes tecidos lesados ou infectados por um processo denominado quimiotaxia; · A presença de fatores quimiotáticos orienta os neutrófilos na corrente sanguínea e nos tecidos, e também pela presença de receptores para tais fatores na membrana do neutrófilo; · Uma vez no local da infecção, o neutrófilo pode tanto fagocitar o microorganismo ou liberar para o meio extracelular o conteúdo de seus grânulos ricos em enzimas antimicrobianas e superóxidos de oxigênio. · Eosinófilos: estão presentes predominantemente no sangue periférico e têm função importante na mediação de processos inflamatórios associados à alergia, à defesa contra parasitas metazoários helmínticos, em certos distúrbios cutâneos alérgicos e neoplásicos; · Basófilos: são caracterizados pela presença de grânulos citoplasmáticos que se tingem com corantes básicos nas colorações usais em cor purpúrea escura, produzem diversos mediadores inflamatórios, sendo um dos principais deles a histamina, além de possuírem receptores de IgE na membrana plasmática. · Semelhantes aos basófilos, são encontradas nos diferentes tecidos células um pouco maiores denominadas mastócitos: eles não circulam na corrente sanguínea e provavelmente amadurecem a partir de precursores locais. · Apesar de se assemelharem pela metacromasia, acidez citoplasmática e grânulos citoplasmáticos com heparina e histamina, os basófilos contém enzimas hidrolíticas, como a serotonina, ausentes naqueles. MICROAMBIENTE E FATORES DE CRESCIMENTO · Além do SCF, o estroma também é responsável pela produção de G-CSF, GM-CSF, IL-1, IL-3, IL-6, IL-7, TGF-β, entre outros fatores que participam da regulação da hematopoese. O estroma ainda contém matriz extracelular composta por várias proteínas, glicoproteínas e proteoglicanas produzidas pelas células estromais. Essas macromoléculas que mantêm a estrutura tridimensional do compartimento e que dão suporte às células incluem o colágeno (tipos I, III, IV, V e VI), fibronectina, laminina, hemonectina, sulfato de heparina e sulfato de condroitina. · Na regulação da mielopoese, que dá origem a hemácias, granulócitos, monócitos e megacariócitos, a IL-3 e o GM-CSF atuam em um amplo espectro de precursores imaturos, enquanto que o G-CSF e M-CSF são necessários para o desenvolvimento de células granulocíticas e monocíticas maduras, respectivamente. · As células progenitoras hematopoéticas possuem receptores de superfície para essas macromoléculas e se ligam a sítios específicos do estroma para regular sua proliferação e diferenciação. PLAQUETAS · As plaquetas sanguíneas são fragmentos citoplasmáticos anucleares presentes no sangue, originados na medula óssea. Sua principal função está relacionada ao processo de coagulação sanguínea; · Como se dá a função das plaquetas? · As plaquetas liberam a enzima tromboplastina ou tromboquinase, também liberada pelas células da superfície interna do vaso rompido. · Com isso, a protrombina (fator II da coagulação produzida pelo fígado) torna-se ativa e se transforma em trombina (promove a conversão de fibrinogênio em fibrina), que também depende da presença de íons cálcio e da vitamina K. · Por fim, a rede de fibrina, favorece o fechamento do local ao reter as hemácias e células do sangue. · As plaquetas são formadas na medula óssea e a célula precursora é o megacariócito, este advindo do megacioblasto (processo chamado de megacariocitopoiese); · A formação é chamada de trompopoiese e é estimulada pela trompopoietina (TPO), análoga à eritropoietina (EPO) para formação de eritrócitos na medula óssea; · Qualquer distúrbio que interfira na ação das plaquetas é denominado trombocitopatia. Dentre os mais conhecidos desses distúrbios estão as trombocitopenias (diminuição do número de plaquetas) e trombocitose, problemas que alteram significativamente o processo de hemostasia. · A trombocitopenia é a patogenia mais frequente e é causada pela deficiência de produção de plaquetas, destruição pelo próprio sistema imunológico, por agentes tóxicos externos ao organismo ou por consumo demasiado. A falta de plaquetas no sangue compromete a coagulação, podendo dar origem a sérias hemorragias. · A trombocitose se dá de forma inversa, isto é, há um aumento anormal da quantidade de plaquetas, na maioria das vezes de ordem fisiológica. Nesses casos, muitos coágulos são formados e o fluxo sanguíneo não ocorre normalmente. Os trombos formados por coagulação excessiva podem obstruir artérias e causar, dentre outros problemas, o infarto do miocárdio.