Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1) Em Ética a Nicômaco, entretanto, texto que foi pensado para ser uma espécie de primeiro de dois volumes, ele aborda em sua completude a “filosofia sobre os assuntos humanos” (ARI. O segundo tomo assume exatamente a estrutura de um novo livro, chamado de A política, onde dá continuidade àquela mesma reflexão. Ambos os livros se mencionam e, certamente, complementam-se. De qual (quais) filósofos estamos falando? E quais foram os pontos marcantes desse filosofo. (1,5 pontos) R= Aristóteles. No primeiro tomo, Aristóteles contempla o humano dentro de sua essência, tentando chamar a atenção sobre a necessidade da prática da racionalidade, da razão lógica nas ações, fazendo a sua própria definição de ética e da finalidade suprema que é a felicidade, a concepção da virtude como mediania e suas considerações acerca do papel do hábito e da prudência pelo humano. A ideia de virtude, na Grécia Antiga, era distinta do conceito atual, influenciado pelo cristianismo, para ele, virtude tinha o sentido da excelência no agir em cada ação. Já no segundo tomo, ele busca interpretar a cidade e a necessidade da associação, através da ética do homem, para harmonia e o bem comum. Ressaltando sempre que a ética é indispensável no trato da coisa pública e que ‘’que os governantes devem ser os mais bem qualificados para lidar com a comunidade, e que as leis podem até não ser perfeitas, pois não conseguem lidar com as imprevisibilidades da vida, mas são propostas razoáveis para se criar estabilidade nas sociedades.’’. Dentro de alguns pontos marcantes em tantas obras de Aristóteles, citamos a crítica à democracia ateniense devia-se ao impedimento da participação de mulheres, de estrangeiros e de escravos no conselho das discussões políticas, a crítica a democracia pela baixa participação, que chegava a 20% da população, a qual considerava mais como uma forma atenuada de oligarquia, além de forte crítica aos sofistas, que se preocupavam somente com as questões morais e políticas, ou seja, apenas com o poder. 2) Na obra, Aristóteles mostra como o homem é um animal político. Ele tenta propor a melhor maneira de organização social possível, indaga a respeito de quem poderia governar sobre os outros e sobre que bases se apoiaria. Aristóteles faz, em geral, uma defesa de uma constituição – ou seja, certa organização dos habitantes de um Estado – que beneficie o bem comum, em vez de priorizar apenas algumas pessoas, como os próprios governantes. Para tanto, o filósofo lista seis possibilidades de governo. Quais são tais possibilidades. (1,5 pontos) R= As seis possibilidades de governo são: Monarquia e tirania – o governo de apenas um. Aristocracia e oligarquia – o governo de poucos. Politeia e democracia – o governo de muitos. CURSO: DIREITO PROFESSOR (A): Andréa Vieira DISCIPLINA: ALUNO(A):__Clodomir Araújo_____________________________________________________ TURMA: 3001- AV1 - Nota de Trabalho (s): _______________ (+) Nota da Prova: _______________ Média Final: _7/7______________ Assinatura Profº.: ________________________ INSTRUÇÕES A prova é individual com duração de 100’; Resposta apenas em caneta azul ou preta; Não é permitido o uso de telefone celular – mantenha-o desligado; É permitido o uso de calculadora, se necessário; Questões objetivas resposta válida apenas na própria questão; RASURAS anulam sua questão objetiva; Questões subjetivas apenas na folha de resposta da IES – devolva todas; O uso de corretivo apenas nas questões discursivas; Qualquer ato ilícito penalizará sua prova BOA PROVA! Na monarquia como na tirania, o regime político de poder é centralizado na pessoa do monarca ou de um tirano, regime de um só para todos, os quais lutam para manter sua hegemonia de poder e de seus interesses sociais e econômicos; a oligarquia é uma forma de regime político onde o poder é distribuído nas mãos de poucas pessoas, de um grupo seleto, com hegemonia econômica, ou seja, de alguns para todos; já a democracia, seria um governo onde o poder seria distribuído entre todos, ou seja, de todos para todos. Contudo, segundo Aristóteles, tanto Tirania, Oligarquia quanto a democracia, são degenerações e não governam para o bem comum, sendo a menos pior, a Democracia. 3) A Revolução Industrial trouxe novidades técnicas que potencializaram a capacidade de produção a níveis nunca vistos, assim como outros aspectos. Em grande medida, o idealismo alemão foi inspirado no ceticismo de Hume (DUDLEY, 2007). Quais são os outros pontos importantes que justifiquem essa afirmativa. (2 pontos) R= Segundo o historiador Hans Ulrich Gumbrecht, a modernidade foi fundada no final do Séc. XV e com seu advento, criou-se novos cânones filosóficos, refazendo aqueles pensamentos que até então eram considerados inquestionáveis. A desconfiança e o ceticismo em relação a esses cânones modernos, ou seja, a desconfiança sobre o novo conjunto de preceitos morais da sociedade, surge, como exemplo, com o racionalismo, que representa a crença no potencial emancipatório da razão, o que constitui um dos maiores cânones iluministas, que se divide em duas partes: a “razão” como atributo inerente ao humano, naturalmente racionais, o que nos diferencia dos outros seres, e o progresso, que trazia a ideia otimista em relação a marcha evolutiva do processo histórico. Os iluministas franceses, de acordo com a metafísica racionalista, acreditavam que a razão é a potência que move o processo histórico da humanidade, dessa forma, a história caminharia, naturalmente, pelo processo de racionalidade e sempre no sentido da evolução e do progresso histórico. Já os pensadores alemães ao trazerem essas ideias iluministas para o contexto alemão, desconfiaram, de forma distinta, desse processo de evolução natural da história, disso foi formulada a Revolução Cartesiana que findou na Metafísica Iluminista francesa. O fundador do conhecido Idealismo Alemão, Immanuel Kant , considerado um dos maiores pensadores da era moderna que, a partir do ceticismo criado por David Hume, aprimorou a ideia contida na obra que ficou conhecida como Ceticismo Humeano, que criticava as promessas do iluminismo francês, trazendo um novo conceito onde, mostra a possibilidade de reunir espírito(inteligência) e natureza(objeto), surgindo outro ponto importante, onde se observa o elemento experiência, que condiciona os indivíduos em suas ações, dessa forma, não existiria um pensamento puro (principal ideia de Kant) que fosse afastado das condicionantes da natureza ou do mundo real; dessa premissa surge toda a base do Idealismo Alemão e da modernidade, então, é dessa forma que o ceticismo dialoga entre Hume, Kant, Johann Fichte e Hegel, ressaltando que Hume citava que o meio agia sobre os indivíduos. A utopia iluminista prometeu que a universalização da razão seria o motor do progresso humano e que, muito embora fosse rodeada pela desconfiança e pelo ceticismo dos críticos, buscaram radicalizar essa ideia de modernismo. Desse modo, com a ruptura com o passado que, agora, não lhe serviria mais como um modelo a ser seguido, o que ajudou no surgimento da materialidade, com Marx, somadas a três outros pontos importantes: a destruição da desigualdade entre as nações; os progressos da igualdade num mesmo povo; e, finalmente, o aperfeiçoamento real do homem. (CONDORCET, 1995. p. 12) 4) Uma das maneiras de continuar a obra platônica foi pensar na mistura que existe entre ética e política. Tal entrelaçamento já aparecia nas obras de Platão, embora não tenha sido exatamente o autor de A república a criaressa aproximação. Disserte com as suas próprias palavras sobre a ética e a importância da Obra A república para a atualidade no contexto político. (2 pontos) R= A ética, apresentada pelos filósofos ora apresentados, estabelecia como uma obrigação natural dos indivíduos, dentro da perspectiva de uma construção do bem comum, a organização das ideias para um melhor e mais saudável entendimento entre os grupos sociais, de forma que, esse compromisso tivesse por fundamento o próprio comportamento humano na busca da felicidade, que nada mais seria do que a paz social, ou seja, a busca constante, de todos, por verdadeira justiça e temperança, elementos que caracterizam e diferencia os homens de sua essência e dos demais animais. A falta dessa temperança na busca do bem comum e na construção de uma cidade ideal, como se apresenta nos dias atuais, arraiga um sentimento egoísta e perverso nos indivíduos; diante desse quadro, a cobiça e a cegueira do querer por simples querer, sem uma necessidade lógica e baseada nos ditames de uma sociedade de consumo, faz com que os homens se digladiem entre si e, inclusive, entre os seus. Ressaltando que, a ética traça uma teoria normativa que auxilia na distinção entre o certo e o errado, bem como no comportamento que nos obriga a adotar de acordo com esse entendimento tornando-se, dessa forma, imprescindível ao homem para um melhor convívio social. Nos dias atuais, principalmente no Brasil, é extremamente importante reforçar, a partir das bases, o estudo da ética, da moral e do direito; sendo que, para isso, o ensino da filosofia não pode permanecer em segundo e ou terceiro planos, perseverando tratado com irresponsabilidade e falta de zelo, como vem ocorrendo ao longo de todos estes anos, por exemplo, as aulas de filosofia têm de ser ministradas por professores licenciados em Filosofia, verdadeiros profissionais para tal mister, não como ocorre hoje em dia na maioria das instituições de ensino brasileiras. Como na própria Faculdade Estácio, onde acabo de assistir uma vídeo aula de “filosofia”, gravada pelo Dr. Rodrigo Perez Oliveira, que é um historiador e doutor em história social. Mas como assim, uma Academia não possui Filósofos? Por melhor que possam parecer as similaridades, são apenas similaridades, existe todo um jeito e ética de aplicação de cada disciplina e, cada profissional tem uma visão, um olhar, dentro de sua especificidade na formação, “a César o que é de César e, aos Filósofos, o que é dos Filósofos”. Uma boa reformulação do ensino público para incluí-lo a partir da 5ª série do ensino regular, já serviria como forma de defesa e de represália ao rápido processo de degradação do que conceituamos como ‘moral’ em nossa sociedade mas, também, imprescindível para brecar todo esse desmonte que vem sendo protagonizado por grupos, de forma proposital para atender necessidades do mercado, os quais atacam inclusive as nossas instituições, resultantes de todo um processo de lutas, e positivadas pela conquista da CF/88, assim como a educação, segue o conjunto que compõem o nosso sistema de justiça, e a economia brasileira, além do trabalho, violentamente fragilizado a partir de seu Ministério e de órgão fiscalizador, com todo o arcabouço legal que protegia o operariado, que se encontra cada vez mais explorado, sem garantias trabalhistas e, sequer, sem direito à sua aposentadoria, fato que será um dos principais motivos para o agravamento da degradação humana e o crescimento da criminalidade no seio da sociedade brasileira, em questão de poucos anos, reforçando que, em grande parte, são os aposentados que movimentam a economia de inúmeros municípios, além de serem a única renda certa no seio de milhares de famílias. Então, reorganizar a sociedade é de suma importância, principalmente de se criar espaços comuns para que essas ideias sejam debatidas e afloradas para a criação de um novo referencial que orientem o comportamento dos indivíduos, dentro de uma proposta nacional e coletiva (já que o Congresso virou banca de bodega, onde se vende de Bíblias a armas) para que venha a atender a todos e para “o bem de todos”, em respeito a própria Constituição Federal, não somente dentro de uma imediaticidade sem propostas sem aporte de outras e esvaziadas da razão, mas que respeite toda uma história construída por nossos antepassados, com suor e sacrifícios, e que vislumbre resultados, também, as nossas posteridades. Diante disso, o modelo político da forma que se apresenta organizado, dentro de uma sociedade cada vez mais excludente, onde as pessoas saem do seu espaço laboral de trabalho levando tarefas para casa, para complementá-las através do ‘tele trabalho’, embora sempre não negociados tais custos adicionais aos trabalhadores, tendo gora como desculpa a ‘Pandemia’ do Covid-19, fato que desrespeita a própria Lei do Tele Trabalho e a liberdade dos indivíduos, que os aprisionam em uma ciranda, já no intuito de querer oficializar a nova forma laboral como permanente, em muitas áreas do saber, através de estratégias que fazem com que os trabalhadores não tenham olhos para ver essas mazelas, além de tamanhas corrupções que correm soltas nos corredores dos gabinetes dos ‘representantes’ que escolheram para servirem ‘a sociedade’, bem como, indisponham de tempo para se organizarem, fazendo frente a tudo isso, além de assumirem dos próprios bolsos os custos operacionais agora ‘terceirizados’ para os seus ‘salários’, por seus empregadores, os quais reduzem seus custos operacionais lançando-os tais despesas nas costas de seus próprios trabalhadores, como se já não bastasse todo o valor de custo da produção agregado aos preços das mercadorias. Não podemos, de forma alguma, compactuar com um governo que coloca sua própria nação como seu principal inimigo. Não há ética nesse “governo”, não há um mínimo de moral e senso, tampouco, humanidade em tudo isso. #FORABOLSONARO!
Compartilhar