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Patologia DEGENERAÇÃO HIALINA ➢ DEFINIÇÃO: Acúmulo de material proteico e acidófilo no interior da célula. - Pode acontecer em qualquer tecido, mas todos possuem a mesma característica. TIPOS DE DEGENERAÇÃO HIALINA: • CORPÚSCULO DE MALLORY-DENK ➢ Degeneração, geralmente irreversível, visualizada nos HEPATÓCITOS, principalmente de etilistas crônicos. ➢ É formado por filamentos intermediários associados a outras proteínas do citoesqueleto – a CITOQUERATINA SOFRE PRECIPITAÇÃO devido ao aumento do estresse oxidativo (EROS – espécies reativas de oxigênio). Radicais livres atuam sobre a citoqueratina induzindo sua peroxidação, o que facilita as ligações transversais que formam aglomerados que se precipitam. ➢ Alteração presente em doença hepática gordurosa alcoólica (DHGA), doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), cirrose juvenil da Índia, carcinoma hepatocelular. • CORPÚSCULO DE RUSSEL ➢ ACÚMULO EXCESSIVO DE IMUNOGLOBULINAS NO CITOPLASMA DOS PLASMÓCITOS. Após a desintegração dos plasmócitos, os corpúsculos podem ser visualizados livres no interstício. ➢ Geralmente é uma lesão irreversível. ➢ O aspecto pode ser moruliforme (tumefação e vacuolização múltipla, com núcleos situados em posição central). ➢ Frequentes em inflamações agudas, como salmoneloses, ou crônicas, como leishmaniose tegumentar humana e osteomielites. • CORPÚSCULOS DE INCLUSÃO VIRAL ➢ Corpúsculo de Negri - INCLUSÕES CITOPLASMÁTICAS PRESENTES NOS NEURÔNIOS piramidais do hipocampo e células de purkinje do cerebelo. - Ocorre devido à infecção pelo VÍRUS DA RAIVA (proteínas do capsídeo viral rábico). - Tem característica ovalada e eosinófilo. - Patognomônico de infecção rábica. Substância hialina: uma substância proteica, homogênea, eosinofilia/acidófila, vítrea, translúcida e acelular. Caroline Vasconcelos ➢ Corpúsculo de Cowdry tipo A - Inclusão INTRANUCLEAR fortemente eosinófila com um halo claro em torno que desloca a cromatina para a periferia. - Provocado por diferentes vírus, como HERPES, CITOMEGALOVÍRUS E VARICELA. ➢ Corpúsculo de Lentz - Inclusões citoplasmáticas presentes em neurônios (também encontrado em células do líquor, linfócitos, monócitos, neutrófilos e eritrócitos circulantes). - Animais infectados com o VÍRUS DA CINAMOSE. - Tem formato ovoide e são perinucleares. ➢ Corpúsculo de Henderson-Patterson - Inclusões citoplasmáticas presentes em QUERATINÓCITOS decorrente da infecção por POX VÍRUS. - Patognomônico da infeção por molusco contagioso. ➢ Corpúsculos de Councilman-Rocha Lima - CORPOS APOPTÓTICOS HEPATOCELULARES decorrentes da ação hepatotóxica viral e de citocinas pró- inflamatórias. - Degeneração irreversível. - Observados em hepatócitos em hepatites virais, incluindo a FEBRE AMARELA. • HIPERPROTEINÚRIA ➢ Oferta de proteína maior do que a capacidade de degradação dessa célula. ➢ Presença de gotículas hialinas dentro das células do epitélio tubular renal devido à endocitose excessiva de proteínas. ➢ Ocorre principalmente em doenças renais, nas quais o glomérulo permita a passagem de proteínas que serão pinocitadas. As células absorvem a proteína que está saindo da urina, mas a quantidade é tão elevada a ponto de ocorrer a degeneração hialina. Mas isso é momentâneo, pois depois esse material proteico é metabolizado. ➢ Degeneração reversível. • DEFICIÊNCIA DE Α-1-ANTITRIPSINA: ➢ A deficiência congênita provoca uma alteração da forma quaternária da forma da proteína, ela perde a função e fica acumulada no hepatócito. ➢ A α-1-antitripsina é uma enzima antiprotease produzida por fagócitos mononucleares no fígado e lançada no plasma durante um processo inflamatório; ela equilibra a ação da elastase (realiza proteólise) nos processos inflamatórios, pois é uma antiprotease. ➢ Na ausência da α-1-antitripsina a elastase vai estar muito ativa e vai degradar o septo intra alveolar, provocando a ocorrência do enfisema pulmonar. ➢ Da mesma forma, o indivíduo pode ter pancreatite, cirrose hepática e hepatite neonatal com evolução para cirrose. Caroline Vasconcelos
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