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2- Neuroimagem 06 03

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MÉTODOS INVESTIGATIVOS
Jayana Ramalho Ventura 
Pelo seu caráter multidisciplinar, os métodos da 
Neuropsicologia estão fortemente embasados em campos 
correlatos.
Embora esses métodos tenham suas raízes ancoradas na 
psicologia experimental e na psicometria, somente na 
última metade do século XX é que eles começaram a ser 
efetivamente empregados para o estudo do 
comportamento humano.
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Campo de estudo das 
características de 
instrumentos ou testes que 
visam à mensuração de 
variáveis psicológicas.
Entre os principais métodos e técnicas para o estudo das 
relações entre o cérebro e o comportamento, têm-se:
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Manipulação do 
sistema nervoso
Mensuração de 
parâmetros do sistema 
nervoso
Ex.: 
Estimulação (elétrica ou 
química); Neuromodulação
Ex.: 
Testes neuropsicológicos;
EEG; Registros por neuroimagem
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 Ciência aplicada que estuda a expressão 
comportamental das disfunções cerebrais
 Está mais voltada para o desenvolvimento de 
técnicas de exame e diagnóstico de alterações, 
enfocando principalmente as doenças que 
afetam o comportamento e a cognição
NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA
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NEUROPSICÓLOGO
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Correlaciona as alterações observadas no 
comportamento do paciente com as possíveis áreas 
cerebrais envolvidas, realizando, essencialmente, um 
trabalho de investigação clínica que utiliza testes e 
exercícios neuropsicológicos.
O enfoque é clínico e como tal deve ser compreendido.
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NEUROPSICÓLOGO
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O neuropsicólogo clínico é o especialista que realiza o diagnóstico 
de prejuízos cognitivos e é capaz de inferir, por sua extensão, os 
prejuízos encefálicos subjacentes. 
Esse profissional deve ser capaz de definir e identificar os prováveis 
prejuízos cognitivos e comportamentais subjacentes às queixas do 
paciente ou de seus cuidadores, guiando o exame neuropsicológico 
ao esgotamento de seus desfechos mais prováveis.
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NEUROPSICÓLOGO
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Face a face com o paciente, o 
neuropsicólogo trabalha com 
enfoque diagnóstico, seja para 
a descrição das alterações 
cognitivas em determinada 
doença, seja para o 
diagnóstico diferencial. 
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NEUROIMAGEM
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As técnicas de imagem cerebral in vivo 
podem ser utilizadas em pesquisas que 
buscam compreender a especialização 
funcional dos circuitos neurais e a 
fisiopatologia dos transtornos 
neuropsiquiátricos
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NEUROIMAGEM
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Os me ́todos de neuroimagem se 
multiplicam, e, junto com eles, surgem 
técnicas de processamento cada vez mais 
sofisticadas. 
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NEUROIMAGEM
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Constituição física e 
morfológica do cérebro em um 
ponto no tempo e independe 
de qualquer tipo de atividade 
cerebral
Mede indiretamente a 
atividade neuronal
NEUROIMAGEM
Estrutural
Funcional
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NEUROIMAGEM
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NEUROIMAGEM
Estrutural
Funcional SPECT
PET
RM
TC
RMf
EEG
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NEUROIMAGEM
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Tomografia Computadorizada
• A primeira imagem de TC foi produzida em 1972;
• A imagem é produzida a partir da emissão de fótons por um tubo de raios 
X (RX);
• Não faz uso de contraste ou substância radiotiva;
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NEUROIMAGEM
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Tomografia Computadorizada
Quais limitações?
- Limitada capacidade de diferenciar SB e SC, notadamente na região do 
cerebelo e dos núcleos da base
- Fornece apenas o plano de corte axial
Para que é usada?
Exame de mapeamento morfológico econômico, em especial para visualizar 
calcificação, hemorragia aguda e dano ósseo
Quando é indicada?
- Pesquisa de diagnósticos diferenciais, como neoplasias e processos 
inflamatórios, em situações em que o acesso à RM é limitado
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NEUROIMAGEM
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Ressonância Magnética Funcional (RMf)
• Detecta mudanças na perfusão cerebral regional, no volume ou na 
oxigenação sanguíneos, que acompanham a atividade neuronal;
• A imagem de RMf é obtida pelo chamado efeito BOLD (blood oxy-
genation level dependent);
• Faz uso de contraste indovenoso;
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NEUROIMAGEM
Ressonância Magnética Funcional (RMf)
Quando é usada?
Para que é usada?
- Detectar alterações na atividade neuronal durante realização de 
uma tarefa; determinação de áreas de linguagem e de áreas do 
córtex antes da ressecção de tumores
Investigação da localizac ̧ão de funções cerebrais, fisiopatologia de 
transtornos neuropsiquiátricos, resposta a intervenc ̧ões terapêuticas
farma- colo ́gicas, psicotera ́picas ou de neuromodulac ̧ão
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NEUROIMAGEM
Ressonância Magnética Funcional (RMf)
Quais as limitações?
- Possibilidade do surgimento de artefatos de movimento e da 
máquina, que podem comprometer o processamento 
Quais as vantagens?
- Resolução temporal da imagem em relação à tarefa;
- Possibilidade de repetir o mapeamento no mesmo paciente;
- Não há radiação ionizante ou necessidade de injeção de contraste 
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NEUROIMAGEM
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Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET)
• É assim denominada por gerar imagens do funcionamento cerebral a partir 
de iso ́topos emissores de pósitrons, que são entidades radioativas utilizadas 
para marcar moléculas especi ́ficas, as quais fornecem medidas de 
parâmetros fisiolo ́gicos in vivo.
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NEUROIMAGEM
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Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET)
Quando é usada?
Pesquisas em neurociências, mensuração de quantidade de 
receptores e transportadores de neurotransmissores em transtornos 
neuropsiquiátricos x controles saudáveis
Para que é usada?
- Visualização e quantificação in vivo de entidades moleculares 
cerebrais e suas correlações com eventos fisiopatológicos;
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NEUROIMAGEM
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Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET)
Quais as limitações?
- Substâncias marcadas radioativamente são injetadas por via 
intravenosa;
- A radioatividade limita o número de varreduras;
- Participante pode ser estudado apenas de 2 a 4 vezes por ano;
- Tem menor resolução espacial;
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NEUROIMAGEM
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Tomografia por Emissão de Fóton Único (SPECT)
• Também utiliza compostos radioativos para mapear atividade neuronal;
• Os compostos utilizados produzem apenas um fóton por desintegração, 
diferentemente do PET
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NEUROIMAGEM
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Tomografia por Emissão de Foton Único (SPECT)
Quais as limitações?
- Substâncias marcadas radioativamente são injetadas por via 
intravenosa;
- Limitada capacidade de repetição;
- Tem menor resolução espacial;
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NEUROIMAGEM
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Eletroencefalograma (EEG)
Para que é usada?
- Fornece um mapeamento cerebral fiel por meio de uma medida 
não invasiva da fisiologia cerebral
Quais as vantagens?
- Não é invasiva;
- Excelente resolução espacial temporal;
Quando é utilizada?
- Para avaliar crises convulsivas, delirium, encefalites, intoxicac ̧ões
medicamentosas, encefalopatia ure ̂mica ou hepática
DIAGNÓSTICO
 Conceito
 Tipos de Diagnóstico
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DIAGNÓSTICO
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Processo pelo qual são 
recolhidas informações 
quanto ao funcionamento 
do paciente em níveis
Biológico
Afetivo 
Social/Familiar
Cognitivo
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DIAGNÓSTICO
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O objetivoprincipal é subsidiar o processo de 
tomada de decisões, obedecendo a uma sequência 
de passos lógicos derivada da Neurologia
interpretação 
dos resultados
Sistema Nervoso Conceitual (SNC) 
Modelo estrutura-função
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DIAGNÓSTICO
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A sequência lógica do diagnóstico é 
formulada em funções das seguintes 
etapas:
 Diagnóstico funcional
 Diagnóstico topográfico
 Diagnóstico etiológico/nosológico
 Diagnóstico ecológico
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DIAGNÓSTICO
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Tipos de Diagnóstico: FUNCIONAL
 Consiste em descrever os sintomas e sinais em termos de padrões de 
associação de sinais e sintomas (síndromes) ou dissociação entre funções 
comprometidas e preservadas;
 É construído a partir dos dados de história clínica e observação do 
comportamento;
 Os modelos cognitivos permitem compreender computacionalmente os 
padrões de funções comprometidas e integradas, diferenciando-os de 
variações normais da arquitetura cognitiva.
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DIAGNÓSTICO
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Tipos de Diagnóstico: TOPOGRÁFICO
 Procura localizar as lesões em um referencial anátomo-funcional;
 Mesmo com o advento dos métodos de neuroimagem, contribui para a 
caracterização do padrão de comprometimento; ajuda a construir 
expectativas e eliminar hipóteses quanto ao padrão de funções 
comprometidas e preservadas que deve ser procurado;
 O exame neuropsicológico continua sendo o único modo de formular 
um diagnóstico topográfico quando os exames de neuroimagem são 
normais.
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DIAGNÓSTICO
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Tipos de Diagnóstico: ECOLÓGICO
 Avalia o impacto da condição de saúde sobre o funcionamento do 
indivíduo nos níveis cognitivo (impacto subjetivo da doença, descobrindo 
a pessoa por trás da síndrome ou lesão), comportamental e contextual;
 Considerando sua complexidade, o diagnóstico ecológico precisa ser 
formulado de forma pluralista, integrando as perspectivas cognitiva, 
comportamental e contextual.

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