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MÉTODOS INVESTIGATIVOS Jayana Ramalho Ventura Pelo seu caráter multidisciplinar, os métodos da Neuropsicologia estão fortemente embasados em campos correlatos. Embora esses métodos tenham suas raízes ancoradas na psicologia experimental e na psicometria, somente na última metade do século XX é que eles começaram a ser efetivamente empregados para o estudo do comportamento humano. 2PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Campo de estudo das características de instrumentos ou testes que visam à mensuração de variáveis psicológicas. Entre os principais métodos e técnicas para o estudo das relações entre o cérebro e o comportamento, têm-se: 3PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Manipulação do sistema nervoso Mensuração de parâmetros do sistema nervoso Ex.: Estimulação (elétrica ou química); Neuromodulação Ex.: Testes neuropsicológicos; EEG; Registros por neuroimagem 4 Ciência aplicada que estuda a expressão comportamental das disfunções cerebrais Está mais voltada para o desenvolvimento de técnicas de exame e diagnóstico de alterações, enfocando principalmente as doenças que afetam o comportamento e a cognição NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) NEUROPSICÓLOGO 5 Correlaciona as alterações observadas no comportamento do paciente com as possíveis áreas cerebrais envolvidas, realizando, essencialmente, um trabalho de investigação clínica que utiliza testes e exercícios neuropsicológicos. O enfoque é clínico e como tal deve ser compreendido. PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) NEUROPSICÓLOGO 6 O neuropsicólogo clínico é o especialista que realiza o diagnóstico de prejuízos cognitivos e é capaz de inferir, por sua extensão, os prejuízos encefálicos subjacentes. Esse profissional deve ser capaz de definir e identificar os prováveis prejuízos cognitivos e comportamentais subjacentes às queixas do paciente ou de seus cuidadores, guiando o exame neuropsicológico ao esgotamento de seus desfechos mais prováveis. PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) NEUROPSICÓLOGO 7 Face a face com o paciente, o neuropsicólogo trabalha com enfoque diagnóstico, seja para a descrição das alterações cognitivas em determinada doença, seja para o diagnóstico diferencial. PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) 8 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) As técnicas de imagem cerebral in vivo podem ser utilizadas em pesquisas que buscam compreender a especialização funcional dos circuitos neurais e a fisiopatologia dos transtornos neuropsiquiátricos 9 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Os me ́todos de neuroimagem se multiplicam, e, junto com eles, surgem técnicas de processamento cada vez mais sofisticadas. 10 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Constituição física e morfológica do cérebro em um ponto no tempo e independe de qualquer tipo de atividade cerebral Mede indiretamente a atividade neuronal NEUROIMAGEM Estrutural Funcional 11 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) NEUROIMAGEM Estrutural Funcional SPECT PET RM TC RMf EEG 12 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Tomografia Computadorizada • A primeira imagem de TC foi produzida em 1972; • A imagem é produzida a partir da emissão de fótons por um tubo de raios X (RX); • Não faz uso de contraste ou substância radiotiva; 13 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Tomografia Computadorizada Quais limitações? - Limitada capacidade de diferenciar SB e SC, notadamente na região do cerebelo e dos núcleos da base - Fornece apenas o plano de corte axial Para que é usada? Exame de mapeamento morfológico econômico, em especial para visualizar calcificação, hemorragia aguda e dano ósseo Quando é indicada? - Pesquisa de diagnósticos diferenciais, como neoplasias e processos inflamatórios, em situações em que o acesso à RM é limitado 14 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Ressonância Magnética Funcional (RMf) • Detecta mudanças na perfusão cerebral regional, no volume ou na oxigenação sanguíneos, que acompanham a atividade neuronal; • A imagem de RMf é obtida pelo chamado efeito BOLD (blood oxy- genation level dependent); • Faz uso de contraste indovenoso; 15 NEUROIMAGEM Ressonância Magnética Funcional (RMf) Quando é usada? Para que é usada? - Detectar alterações na atividade neuronal durante realização de uma tarefa; determinação de áreas de linguagem e de áreas do córtex antes da ressecção de tumores Investigação da localizac ̧ão de funções cerebrais, fisiopatologia de transtornos neuropsiquiátricos, resposta a intervenc ̧ões terapêuticas farma- colo ́gicas, psicotera ́picas ou de neuromodulac ̧ão PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) 16 NEUROIMAGEM Ressonância Magnética Funcional (RMf) Quais as limitações? - Possibilidade do surgimento de artefatos de movimento e da máquina, que podem comprometer o processamento Quais as vantagens? - Resolução temporal da imagem em relação à tarefa; - Possibilidade de repetir o mapeamento no mesmo paciente; - Não há radiação ionizante ou necessidade de injeção de contraste PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) 17 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) • É assim denominada por gerar imagens do funcionamento cerebral a partir de iso ́topos emissores de pósitrons, que são entidades radioativas utilizadas para marcar moléculas especi ́ficas, as quais fornecem medidas de parâmetros fisiolo ́gicos in vivo. 18 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) Quando é usada? Pesquisas em neurociências, mensuração de quantidade de receptores e transportadores de neurotransmissores em transtornos neuropsiquiátricos x controles saudáveis Para que é usada? - Visualização e quantificação in vivo de entidades moleculares cerebrais e suas correlações com eventos fisiopatológicos; 19 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) Quais as limitações? - Substâncias marcadas radioativamente são injetadas por via intravenosa; - A radioatividade limita o número de varreduras; - Participante pode ser estudado apenas de 2 a 4 vezes por ano; - Tem menor resolução espacial; 20 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Tomografia por Emissão de Fóton Único (SPECT) • Também utiliza compostos radioativos para mapear atividade neuronal; • Os compostos utilizados produzem apenas um fóton por desintegração, diferentemente do PET 21 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Tomografia por Emissão de Foton Único (SPECT) Quais as limitações? - Substâncias marcadas radioativamente são injetadas por via intravenosa; - Limitada capacidade de repetição; - Tem menor resolução espacial; 22 NEUROIMAGEM PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Eletroencefalograma (EEG) Para que é usada? - Fornece um mapeamento cerebral fiel por meio de uma medida não invasiva da fisiologia cerebral Quais as vantagens? - Não é invasiva; - Excelente resolução espacial temporal; Quando é utilizada? - Para avaliar crises convulsivas, delirium, encefalites, intoxicac ̧ões medicamentosas, encefalopatia ure ̂mica ou hepática DIAGNÓSTICO Conceito Tipos de Diagnóstico 24 DIAGNÓSTICO PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Processo pelo qual são recolhidas informações quanto ao funcionamento do paciente em níveis Biológico Afetivo Social/Familiar Cognitivo 25 DIAGNÓSTICO PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) O objetivoprincipal é subsidiar o processo de tomada de decisões, obedecendo a uma sequência de passos lógicos derivada da Neurologia interpretação dos resultados Sistema Nervoso Conceitual (SNC) Modelo estrutura-função 26 DIAGNÓSTICO PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) A sequência lógica do diagnóstico é formulada em funções das seguintes etapas: Diagnóstico funcional Diagnóstico topográfico Diagnóstico etiológico/nosológico Diagnóstico ecológico 27 DIAGNÓSTICO PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Tipos de Diagnóstico: FUNCIONAL Consiste em descrever os sintomas e sinais em termos de padrões de associação de sinais e sintomas (síndromes) ou dissociação entre funções comprometidas e preservadas; É construído a partir dos dados de história clínica e observação do comportamento; Os modelos cognitivos permitem compreender computacionalmente os padrões de funções comprometidas e integradas, diferenciando-os de variações normais da arquitetura cognitiva. 28 DIAGNÓSTICO PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Tipos de Diagnóstico: TOPOGRÁFICO Procura localizar as lesões em um referencial anátomo-funcional; Mesmo com o advento dos métodos de neuroimagem, contribui para a caracterização do padrão de comprometimento; ajuda a construir expectativas e eliminar hipóteses quanto ao padrão de funções comprometidas e preservadas que deve ser procurado; O exame neuropsicológico continua sendo o único modo de formular um diagnóstico topográfico quando os exames de neuroimagem são normais. 29 DIAGNÓSTICO PROF. JAYANA RAMALHO VENTURA (JAYANARV@GMAIL.COM) Tipos de Diagnóstico: ECOLÓGICO Avalia o impacto da condição de saúde sobre o funcionamento do indivíduo nos níveis cognitivo (impacto subjetivo da doença, descobrindo a pessoa por trás da síndrome ou lesão), comportamental e contextual; Considerando sua complexidade, o diagnóstico ecológico precisa ser formulado de forma pluralista, integrando as perspectivas cognitiva, comportamental e contextual.
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