Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BRUCE KENSHIN ZENKE E DIAS MATHEUS CAMPOS HENRIQUE LUCAS TOMAS AGUIAR LABORATÓRIO 10 - CONVERSORES CC-CC: CONVERSOR BUCK-BOOST Londrina 2021 BRUCE KENSHIN ZENKE E DIAS MATHEUS CAMPOS HENRIQUE LUCAS TOMAS AGUIAR LABORATÓRIO 10 - CONVERSORES CC-CC: CONVERSOR BUCK-BOOST a Relatório apresentado à disciplina (2ELE048 - Eletrônica de Potência) do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina. Docente: Prof. Dr. Lúcio dos Reis Barbosa Londrina 2021 OBJETIVOS Entender, por meio de simulações, os conceitos sobre os conversores cc-cc, especi- ficamente o conversor Buck-Boost, analisando seu comportamento, comparando os resultados com os valores calculados. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 2 RESULTADOS E DISCUSSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 3 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 4 1 INTRODUÇÃO Conversores cc-cc são os chamados conversores de corrente contínua para corrente contínua, onde geralmente se objetiva converter uma tensão para maior ou menor, dependendo da aplicação. Os conversores cc-cc tem diversas aplicações, como Fontes de alimentação, Acionamentos de motores de corrente contínua, Fontes de uso geral, Carregadores de baterias. O conversor Buck-Boost é um conversor abaixador e elevador de tensão. As aplicações para o conversor Buck-Boost são diversas já que p conversor em estudo pode apresentar na saída uma tensão inferior, igual, superior à da entrada. O conversor Buck-Boost é mostrado a seguir: Figura 1: Circuito do conversor cc-cc Buck-Boost Para o modo de condução contínua, esse circuito tem 2 etapas: Na primeira etapa (0 a DTs), a chave S1 está conduzindo, e a tensão entre os pontos “a” e “b” será igual a tensão de entrada. A corrente no indutor L1 irá crescer linearmente. A carga será alimentada pelo capacitor Co. Figura 2: Primeira etapa de operação do conversor Buck-Boost (CCM) Na segunda etapa (DTs a Ts), a chave S1 está aberta. Neste instante de abertura o diodo D1 entra em condução, e a tensão entre os pontos “a” e “b” será igual a tensão da saída. A corrente circula por L1, pelo diodo D1 e pela carga. Nesta etapa ocorre a desmagnetização do indutor L1. 5 Figura 3: Segunda etapa de operação do conversor Buck-Boost (CCM) O comportamento da saída do circuito é dado a seguir: Figura 4: Formas de onda do conversor cc-cc Buck-Boost em condução contínua A corrente no indutor é contínua mas tem uma pequena ondulação, dada por ∆ILo. Do mesmo modo, a tensão sobre o capacitor de saída é contínua, mas apresenta ondulação, dada por ∆VCo Para o modo de condução descontínua, esse circuito tem 3 etapas. Na pri- meira etapa (0 a DTs), a chave S1 conduzindo. A tensão entre os pontos “a” e “b” será igual a tensão de entrada (vi). A corrente no indutor L1 irá crescer linearmente. Nesta etapa a fonte (vi) fornece energia para a magnetização do indutor L1. A saída é alimentada pelo capacitor. 6 Figura 5: Primeira etapa de operação do conversor Buck-Boost (DCM) Na segunda etapa (DTs a Ti=0), a chave S1 está aberta. No instante de abertura de S1 o diodo D1 entra em condução. A tensão entre os pontos “a” e “b” será igual a tensão da saída. A corrente circula por L1, pelo diodo D1 e pela carga. Nesta etapa ocorre a desmagnetização do indutor L1. Figura 6: Segunda etapa de operação do conversor Buck-Boost (DCM) Na terceira Etapa (Ti=0 a Ts), a corrente no indutor se anula e assim a chave o diodo estão bloqueados. A carga é alimentada pelo capacitor. Esta etapa dura até o novo acionamento da chave em Ts. Figura 7: Terceira etapa de operação do conversor Buck-Boost (DCM) 7 O comportamento da saída do circuito é dado a seguir: Figura 8: Formas de onda do conversor cc-cc Buck-Boost em condução descontínua Agora, calcularemos algumas grandezas do circuito. 1.1 Tensões de Entrada e Saída Por termos uma tensão de entrada constante, temos: Vi(ef) = Vi(pk) = Vi(med) (1) Em relação à tensão média de saída, temos, para condução contínua, temos: Vo(med) = Vi D 1−D (2) onde D é o duty cycle do circuito. Para condução descontínua, temos: Vo(med) = ViD √ Ro 2FsLi (3) Para tensão eficaz, na prática, como o ripple de saída é muito baixo, temos: Vo(ef) = Vo(med) = Vo(pk) (4) A ondulação na saída, para condução contínua e descontínua, é dada por: ∆VCo = DIo CoFs (5) 8 1.2 Correntes de Entrada e Saída Tendo obtido as respectivas expressões das tensões de saída, podemos ex- por as equações da corrente de entrada e saída, tendo primeiramente a equação para corrente de pico carga de saída: Io(med) = Io(pk) = Io(ef) = Vo Ro (6) Podemos escrever a corrente de entrada da seguinte maneira: Ii = Io D 1−D (7) Para as corrente no indutor, temos para a corrente média: ILo(med) = Io(med) (8) A ondulação no indutor para condução contínua: ∆ILi = Vi LiFs D (9) Para condução descontínua: ∆ILi = Io 1 1−D (10) A corrente máxima no indutor para condução contínua: ILi(pk) = ILi(med) + ∆ILi 2 (11) Para condução descontínua: ILi(pk) = Vi Li DTs (12) Para a corrente eficaz no indutor em condução contínua: ILi(ef) = √ ( ∆ILi 2 √ 3 )2 + I2Li (13) Para condução descontínua: ILi(ef) = ILi(pk) √ Ti=0 3Ts (14) onde Ti=0 é dado por: 9 Ti=0 = 2 Ii + Io ILi(pk) Ts (15) 1.3 Potência de Entrada e Saída Definimos a potência de entrada como: Pi = ViIi (16) E a potência de saída como: Po = VoIo = V 2o Ro = I2oRo (17) 1.4 Rendimento Podemos definir o rendimento do circuito como: η = Po Pi = VoIo ViIi (18) 10 2 RESULTADOS E DISCUSSÕES 2.1 Modulação por Largura de Pulso Para a prática, simulou-se o seguinte circuito no software PSIM . Figura 9: Circuito gerador de PWM Desta forma, gerou-se três valores distintos de PWM, sendo eles: 0%, 30%, 50%. Assim, pode-se verificar com a ferramenta ’probe’ se os sinais estão corretos nos terminais de saída do PWM, conforme as figuras a seguir. Figura 10: PWM de 30% gerado 11 Figura 11: PWM de 50% gerado Figura 12: PWM de 70% gerado Assim, podemos construir a seguinte tabela de comparação. Tabela 1: Razão Cíclica Medida Razão cíclica PWM Medido 0% 0% 30% 30% 50% 50% 70% 70% 12 2.2 Conversor CC-CC Boost Além do circuito gerador de PWM, montou-se o seguinte circuito no software PSIM . Figura 13: Circuito do conversor CC-CC Buck-Boost Logo, temos que a tensão de entrada é V DC1 = Vin = 7V , o indutor de 5mH, o capacitor de saída de 680uF , um resistor de carga de 270Ω e por fim, configurou-se o PWM para operar em 500Hz. Assim, plotou-se a tensão de saída com uma razão cíclica de 30%, logo temos: Figura 14: Saída com 30% de Duty Cicle 13 Figura 15: Valor da saída com 30% de Duty Cicle Assim, temos que: V o(30%) = 15, 419V adotando um referencial de −Vo de acordo com a figura (13). Agora, plotou-se também a tensão de saída para a razão cíclica de 50%, logo temos: Figura 16: Saída com 50% de Duty Cicle 14 Figura 17: Valor da saída com 50% de Duty Cicle Assim, temos que: V o(50%) = 25, 698V adotando um referencial de −Vo de acordo com a figura (13). Por fim, plotou-se a tensão de saída para a razão cíclica de 70%, logo: Figura 18: Saída com 70% de Duty Cicle 15 Figura 19: Valor da saída com 70% de Duty Cicle Assim, temos que: V o(70%) = 35, 978V adotando um referencial de −Vo de acordo com a figura (13). Agora, com a finalidade de confirmar os resultados obtidos em simulação, podemos calcular os valores teóricos para a tensão de saída para cada duty cicle. Assim, devemos verificar para cada duty cicle se temos uma condução contínua ou descontínua observando o gráfico de corrente. Logo, temos os gráficos de correntes a seguir. Figura 20: Corrente de saída para o circuito com 30% de Duty Cicle 16 Figura 21: Corrente de saída para o circuito com 50% de Duty Cicle Figura 22: Corrente de saída para o circuitocom 70% de Duty Cicle Portanto, para os casos com duty cicle de 30%, 50% e 70% temos uma operação de condução descontínua, pois suas correntes no indutor atingem o valor de zero. Por outro lado, temos que para o duty cicle igual a 0% teremos um circuito aberto, não possuindo tensão e corrente, portanto teremos um valor medido e calculado de 0V e um erro de 0. Feitas as considerações sobre o modo de operação do circuito para cada duty cicle, pode-se utilizar a equação 3 para calcular a tensão de saída V0 do conversor Buck-Boost para o modo de condução descontínua. Desta forma, temos a expressão a seguir. 17 Vo(med) = ViD √ Ro 2FsLi Assim, calculando para cada duty cicle, temos que: V0(30%) = 7 · 0, 3 · √ 270 2 · 500 · 5m = 15, 4317V V0(50%) = 7 · 0, 5 · √ 270 2 · 500 · 5m = 25, 7196V V0(70%) = 7 · 0, 7 · √ 270 2 · 500 · 5m = 36, 0075V Assim, pode-se calcular o Erro Percentual, logo: �(D = 30%) = ∣∣∣∣15, 419− 15, 431715, 419 ∣∣∣∣ · 100% = 0.08236% �(D = 50%) = ∣∣∣∣25, 698− 25, 719625, 698 ∣∣∣∣ · 100% = 0.08405% �(D = 70%) = ∣∣∣∣35, 978− 36, 007535, 978 ∣∣∣∣ · 100% = 0.08199% Por fim, temos a seguinte tabela de comparação dos resultados obtidos com os valores calculados, assim como o erro entre as duas. Tabela 2: Comparação entre Tensão Média Calculada e Medida Razão cíclica Tensão Calculada Tensão Medida Erro Percentual 0% 0V 0V 0 30% 15,4317V 15.419V 0.08236% 50% 25,7196V 25.698V 0.08405% 70% 36,0075V 35.978V 0.08199% Assim, pode-se observar que os valores simulados se aproximam bastante dos valores calculados, o que comprova que o circuito simulado se comportou da maneira esperada. 18 3 CONCLUSÃO Quando se trata de uma prática laboratorial, tem-se como objetivo final não somente a comprovação de resultados, mas também a compreensão do porquê dos resultados. Com isso temos, no experimento em questão, a possibilidade de obtenção de um maior domínio e clareza no entendimento do funcionamento de um conversor Buck-Boost, podendo perceber que este é muito útil e versátil, pois é capaz de tanto abaixar como elevar a tensão de entrada. Assim, com a variação do valor de PWM, é possível obter uma tensão desejada, seja essa maior ou menor que a de entrada, em um circuito relativamente simples. Com isso temos resultados muito positivos em relação a prática, onde temos um resultado simulado muito perto do calculado, uma maior familiaridade com o soft- ware utilizado e uma maior clareza em relação ao funcionamento do circuito analisado. 19 REFERÊNCIAS [1] PETRY, C. A. Notas de aula de Eletrônica de Potência – Graduação. Florianópolis, SC – IFSC, 2013. [2] POMILIO, J. A. Notas de aula de Eletrônica de Potência – Graduação. São Paulo, SP – UNICAMP, 2013. [3] AHMED, A. Eletrônica de potência. São Paulo: Prentice Hall, 2000. INTRODUÇÃO Tensões de Entrada e Saída Correntes de Entrada e Saída Potência de Entrada e Saída Rendimento RESULTADOS E DISCUSSÕES Modulação por Largura de Pulso Conversor CC-CC Boost CONCLUSÃO
Compartilhar