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3 Índice 1. Introdução 2 2. Analise das Actividades da Área Pedagógica 3 2.1. Técnicas de recolha de dados 3 2.1.1. Observação: noção da observação 3 2.1.1.1. Aspectos a ter em conta na observação e tipos de observação 4 2.1.1.1.1. A observação directa 4 2.1.1.1.1.1. Tipos de observação directa 4 2.1.1.1.2. Observação indirecta 5 2.1.1.1.2.1. Tipos de observação indirecta 6 2.1.1.2 Conteúdo de observação 7 2.1.2 Analise de dados documentais 8 2.2. Métodos para analise de dados 8 2.2.1. Descrição 8 2.2.2. Analise estatística 9 2.2.3. Analise de conteúdo 9 2.2.4. Analise de vídeos e leitura de imagens 9 3. Observação da Pratica Pedagógica Geral e Especifica 10 4. Conclusão 12 5. Referencia Bibliográfica 13 1. Introdução Neste presente trabalho iremos falar a cerca da analise das actividades na área pedagógica. Contudo o trabalho de o objectivo de fazer uma analise geral, de como pode ser feita a analise de actividades na área pedagógica; partindo das técnicas de recolha de dados e métodos que facilitem tal actividade e termina com as áreas pedagógicas já prescritas e detalhadas. De realçar que o trabalho só oferece directrizes que facilitem uma analise geral das actividades da aérea pedagógica, porem o mesmo esta organizado em títulos e subtítulos, que é a parte da fundamentação teórica; apresenta a conclusão e por ultimo a referencia bibliográfica. 2. Analise das Actividades da Área Pedagógica A Área Pedagógica é o setor responsável peloassessoramento e apoio ao Ensino. Retirado em https://www.ifmg.edu.br/conselheirolafaiete/ensino-1/pedagogia. 2.1. Técnicas de recolha de dados De acordo com DIAS, etall (2010) durante as praticas pedagógicas usa-se a técnica de observação para a recolha de dados; e para a analise de informações, usa-se a analise estatística, analise de conteúdo e analise de vídeo e leitura de imagens. 2.1.1. Observação: noção da observação De acordo com DIAS, etall (2010) a palavrar observar provem do latim observare=olhar ou examinar com minúcia e atenção. Para LAKATOS & MARCONI (2003, p. 190): “A observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenómenos que se deseja estudar”. DIAS, etall (2010) citando Minon, apudRudio (1999:39) afirma que no sentido mais amplo, obervar “não se trata apenas de ver, mas de examinar. Não se trata apenas de entender mas de auscultar. Trata-se também de ler documentos (livros, jornais, impressos diversos) na medida em que estes não somente nos informam dos resultados das observações e pesquisas feitas por outros mas traduzem também a reacção dos seus autores”. De acordo com DIAS, etall (2010) a observação como técnica requer especificação, objectividade, sistematização, validade e treinamento. 2.1.1.1. Aspectos a ter em conta na observação e tipos de observação DIAS, etall (2010) citando Gil (1996:20) para uma boa observação é necessário que haja certas qualidades intelectuais e sociais do pesquisador, de entre as quais; o conhecimento do assunto a ser pesquisado, a curiosidade, a criatividade, a integridade intelectual, a atitude autocorrectiva, a sensibilidade social, a imaginação disciplinada, a perseverança e paciência e a confiança na experiencia. De acordo com Dias, etall (2010) a observação também envolve recursos humanos e financeiros. Os recursos humanos precisam de materiais, considerando que a observação requer deslocação, produção e ou aquisição de instrumentos, é necessário que o pesquisador tenha dinheiro para cobrir tais casos ou outros eventuais. De acordo com Dias, etall (2010) existem duas técnicas para a recolha de dados: 1) A observação directa 2) Observação indirecta (entrevista, questionário e analise documental) De acordo com DIAS, etall, citando (QUIVY & CAMPENHOUDT 1998:181) qualquer uma das observações adoptadas, devemos ter em conta os seguintes aspectos fundamentais: conhecer um instrumento que seja capaz de recolher dados importantes e pertinentes; fazer a testagem do instrumento de recolha de dados; e fazer a recolha de dados. O sucesso de um questionário ou uma entrevista, não só depende das perguntas que se fazem, mas também do entrevistador dai a importância de criar um clima afável e ter habilidades para conduzir a entrevista. 2.1.1.1.1.A observação directa De acordo com DIAS, etall (2010: 101): a observação directa“acontece quando o investigador procede directamente a recolha de informações, sem se dirigir aos sujeitos interessados. Apela directamente ao seu sentido de observação”. 2.1.1.1.1.1. Tipos de observação directa De acordo com Dias, etall citando Rudio(1999) afirma existir 2 tipos de observação: 1. Observação vulgar: é a fonte de aprendizagem diária para o homem, a cerca de si mesmo e do mundo que o rodeia, ex: pessoas, coisas, factos. De acordo com Dias, etall (2010) esta observação pode ser feita directamente através de palavras ou indirectamente inferindo sobre os sentimentos e emoções desde que se manifestem em forma de palavras, gestos e acções; mas também se pode observar, observar indirectamente as atitudes e predisposições em relação a determinadas tarefas, pessoas, entre outros. 2. Observação cientifica: de acordo com Dias etall(2010: 107) Citando Rudio (1999) “ela complementa, enriquece e aprofunda a observação vulgar, de forma a lhe dar maior validade, fidedignidade e eficácia”. Porem a observação cientifica pode ser de dois tipos: assistemática e sistemática. 2.1. Observação assistemática: Para LAKATOS & MARCONI (2003:192) “a técnica da observação não estruturada ou assistemática, também denominada espontânea, informal, ordinária, simples, livre, ocasional e acidental, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais ou precise fazer perguntas diretas. É mais empregada em estudos exploratórios e não tem planejamento e controle previamente elaborados”. 2.2. Observação sistemática: De acordo com Gil (2008)na observação sistemática elabora-se previamente um plano de observação; é frequentemente usada em pesquisas que têm como objectivo a descrição precisa dos fenômenos ou o teste de hipóteses, porém em pesquisas deste género, o pesquisador sabe quais os aspectos da comunidade ou grupo são relevantes para alcançar os objetivos pretendidos. De acordo com DIAS, etall (2010) para a concretização da observação sistemática, o observador deve ter capacidades de percepção, atenção, memorização, analise, generalização e comunicação. Este tipo de observação sustenta-se de elementos como porque observar? No que tange as motivações; para que observar? Ou seja, quais os objectivos; como observar? Ou seja os instrumentos; o que observar? Ou seja, qual será o campo de observação e por fim quem observa, o sujeito. 2.1.1.1.2. Observação indirecta De acordo com DIAS, etall a observação indirecta é aquela em que o inqueridor conversa com o inquirido a fim de obter determinadas informações. 2.1.1.1.2.1.Tipos de observação indirecta 1. Entrevista: de acordo com Gil (2008) define-se entrevista como a técnica em que o investigador se apresenta ao investigado e lhe faz perguntas, com objectivo de obter dados relevantes para a sua investigação. Numa forma de dialogo assimétrico, uma das partes busca obter informações e a outra serve de fonte das informações. De acordo com DIAS etall, citando Bell (1997:119), para que se faça uma entrevista é necessário que antes haja um preparo, onde se faz a selecção de tópicos, a elaboração de questões, a consideração de um tipo de analise e a preparação de um plano de entrevista. 1.1. Tipos de entrevistas: De acordo com Dias etall citando GREBENIK & MOSER (1962) apud Bell (1997:120) afirmam que os diferentes tipos de entrevista situam-se naquilo que chamam de um continnum de formalidade, em que num lado se encontra a entrevista completamente formalizada ou seja estruturada, em que o entrevistador se comporta como uma maquina, ou seja enfoca-seem um tema bem específico e permite ao entrevistado falar livremente sobre o assunto mas, quando este se desvia do tema original, esforça-se para a sua retomada (Gil:2008); e no outro a entrevista informal que é livre e a forma é determinada por cada entrevistado, ou seja, pretende-se uma visão geral do assunto. 2. Questionários De acordo com Dias etall citando Chizzotti (2000:55) define questionário como sendo “Um conjunto de questões pré-elaboradas, sistemática e sequencialmente dispostas em itens que constituem o tema da pesquisa, com o objectivo de suscitar dos informantes respostas por escrito ou verbalmente sobre assuntos que os informantes saibam opinar ou informar” O entrevistador deve saber claramente as informações que pretende colher e o entrevistado deve compreender claramente as questões que lhe são colocadas; deve-se usar uma linguagem simples e acessível ao entrevistado. As perguntas do questionário podem ser abertas, fechadas e semi-abertas; ao elaborar o questionário é necessário ter em conta o numero de questões, à ordem de apresentação das perguntas e à codificação das respostas e opções de respostas Dias etall (2010). 2.1.1.2 Conteúdo de observação De acordo com Dias etallcitantoBogdan&Biklen (1982, apudLudke e André, 2003) o conteúdo da observação deve compreender ima parte descritiva e outra mais reflexiva. A parte descritiva deve ser um registo detalhado do que ocorre no campo sobre: 1. Descrição dos sujeitos: sua aparência física, seu modo de vestir, de falar, etc. 2. Reconstrução de diálogos: as palavras, os gestos, os depoimentos, as observações feitas entre os sujeitos e o pesquisador devem ser registadas, porem as citações são importantes para analisar, interpretar e apresentar dados. 3. Descrição de locais: a descrição do ambiente onde é feita a investigação. O uso de desenhos mostrando a disposição dos moveis, espaço físico, materiais de classes, entre outros, é importante regista-los. 4. Descrição de eventos especiais: as anotações devem incluir o que aconteceu, os sujeitos envolvidos e como se deu seu envolvimento. 5. Descrição de actividades: devem ser descritos os comportamentos das pessoas observadas, sem deixar de registar a sequencia em que ambos ocorrem. 6. Os comportamentos do observador: o observador deve incluir nas suas anotações as suas atitudes, acções e conversas com os participantes durante os estudos. A componente reflexiva das anotações inclui as observações pessoais do pesquisador, feitas durante a recolha de dados como seus sentimentos, problemas, ideias, etc. Estas reflexões podem ser: 1. Reflexões analíticas: o que esta sendo aprendido no estudo, isto é, temas que estão a emergir, associações e relações entre novas ideias surgidas. 2. Reflexões metodológicas: as decisões sobre o delineamento do estudo, os problemas encontrados na obtenção de dados e a forma de resolve-los. 3. Dilemas éticos e conflitos: envolvem-se as questões surgidas no relacionamento com os informantes. 4. Mudanças na perspetiva do observador: são anotadas espetactivas, opiniões, preconceitos e conjecturas do observador e sua evolução durante o estudo. 5. Esclarecimento necessário: as anotações devem conter pontos a serem esclarecidos, aspectos que parecem confusos, relações a serem explicitas, elementos que precisam de uma maior exploração. “Estas anotações (descritivas e reflexivas), devem ser encaradas como sugestões para uma observação cosciente e visa facilitar a organização de dados de estudo e não como uma receita” Dias etall (2010:112). 2.1.2 Analise de dados documentais De acordo com DIAS etall, citando Phiplips (1974) apudLudke& André (2003:38) são documentos “quaisquer materiais escritos que possam ser usados como fonte de informação sobre o comportamento humano”. De acordo com DIAS etall, constituem exemplos de documentos as leis e regulamentos, normas, pareceres, cartas, memorandos, diários pessoais, autobiografias, jornais, revistas, discursos, roteiros de programas de radio e televisão, arquivos escolares, entre outros. De acordo com Dias (2010) a escolha dos documentos a analisar não é aleatória, depende dos objectivos da pesquisa, ex: um plano de lição e o programa de ensino podem ser documentos para a observação de aulas. A analise de dados é feita depois da seleção dos documentos, onde o pesquisador utiliza a metodologia de analise de conteúdo definida por Dias (2010) citando Krippendorff (1980) apudLudke&andré (1997: 41) como sendo “uma técnica de pesquisa para fazer inferências validas e replicáveis dos dados para o seu contexto”. 2.2.Métodos para analise de dados Para analisar os dados obtidos através das técnicas apontadas, podemos usar 3 operações e 4métodos de analise de dados, que são: 2.2.1. Descrição De acordo com Dias etall, (2010) descrição é a explicação através de palavras e de forma pormenorizada e ordenada. Para se fazer uma boa descrição é necessário: observaratentamente os aspectos gerais e os pormenores; selecionar os aspectos mais importantes dos dados; organizar os dados selecionados de acordo com uma dada ordem; e ao descrever deve-se situar os objectos no espaço com precisão. De acordo com Dias etall, (2010:122) “uma boa descrição deve recorrer ao registo de impressões visuais, auditivas, olfactivas, tácteis e gustativas”. 2.2.2. Analise estatística De acordo com Dias etall (2010), os estudantes podem apresentar dados recorrendo a analise estatística simples, fazendo o calculo de medias e a apresentação dos dados em tabelas e gráficos, porem a apresentação de dados na forma gráfica é muito importante, pois permite uma melhor visualização. De acordo com Dias etall (2010) citando (Santos- 1985:85) os gráficos mais usados são o “polígono de frequência, o histograma, o gráfico de frequências acumuladas e a curva das percentagens acumuladas ou em ogiva” 2.2.3. Analise de conteúdo De acordo com Dias etall (2010) a analise de conteúdos é feita sobre textos, documentos vários, relatórios de entrevistas, entre outros, porem nesta analise, usam-se os métodos de analise quantitativos ou qualitativos. 2.2.4. Analise de vídeos e leitura de imagens O uso do vídeo, CD e outros recursos tecnológicos na sala de aula significa mudança de paradigma na área de ensino aprendizagem. A analise dos vídeos pode ser por analogia, devem analisar o vídeo no seu todo, depois dividi-lo em partes e analisa-lo; a leitura deve ser apoiada em predições que ajudarão a reconstruir o que esta a observar, onde a leitura do vídeo constitui uma interação entre o praticante e a imagem. Depois a analise passa-se para interpretação do que estamos a observar; o trabalho com o vídeo obrigara a ter conhecimentos referentes à leitura de imagens. Ao observarmos as imagens é necessário ter atenção as noções de detenção e de conotação; a leitura de imagens é feita a partir dos seguintes códigos: espacial, gestual, lumínico, simbólico, gráfico e racional. A interpretação critica das imagens deve permitir analisar as falas e os discursos presentes no CD; discutir as relações de poder nas escolas. 3.Observação da Pratica Pedagógica Geral e Especifica Dias etall (2010) afirma que de acordo com as normas para a produção e publicação de trabalhos científicos na Universidade Pedagógica e regulamento académico da mesma universidade, no 1º ano das practicas pedagógicas, a observação foca-se em 4 áreas, nomeadamente: 1. A descrição física que focaliza a localização, os espaços, os edifícios, etc. 2. A descrição da área organizacional que compreende o plano geral da escola e os planos sectoriais, ex: regulamentos de avaliação, o estatuto do professor, o livro de turma, entre outros. 3. A descrição da área pedagogia: inclui os planos de estudo de classes, os ciclos e grupos de disciplina, os mapas estatísticos, os efectivos escolares,isto é, o numero de alunos por classes e turmas, o numero de professores por classes, ciclos e grupo de disciplina, horários e organização das turmas, a função do director de turma, aproveitamento pedagógico do ano lectivo anterior, o processo de exames e a biblioteca.4. A descrição da área administrativa: engloba os processos dos funcionários e dos alunos, a organização do arquivo (entrada e saída de expediente) intervenção dos bens moveis e imoveis, matriculas dos alunos e outras secções da escola. No 2º ano, a pratica pedagógica especifica; a observação recai sobre a situação do processo do ensino aprendizagem de uma certa disciplina como aquela que ocorre na sala de aula, assim o praticante poderá descrever o seguinte: 1. A caracterização dos alunos, referindo a idade medias, a posse de livros, etc. 2. A caracterização do professor, refere-se ao plano de aula, os métodos de ensino, entre outros. 3. A relação pedagógica entre professor e o aluno, isto é, a estrutura e organização das aulas. 4. A avaliação das aulas observadas. No 3º ano, ocorre a continuação da pratica pedagógica especifica, a observação continua e poderá incidir sobre um determinado caso na sala de aula, por exemplo: os conteúdos de ensino, os actos pedagógicos, os métodos de ensino entre outros aspectos; e para a colecta de dados o praticante precisa usar instrumentos campo ficha de observação, questionário, inquérito, guião de entrevista. 4.Conclusão Com o presente trabalho concluímos que é importante estudar a analise das actividades na área pedagógica, para alem de ser uma actividade que poderá se tornar rotineira em nossa vida profissional, também ira nos ajudar na produção de nossos relatórios em PPG’s. 5. Referencia Bibliográfica DIAS, H. N, etal..Manual de Prácticas e Estágio Pedagógico. 2. Ed. Maputo, Editora Educar. 2010. GIL, A. C..Métodos E Técnicas De Pesquisa Social. 6 ed. São Paulo. Atlas, 2008. MARCONI, De. A. e LAKATOS, E. M..Fundamentos de metodologia cientifica. 5. Ed. São Paulo, Editora Atlas S.A. 2003. PIRES, Márcio. Área Pedagógica. [online] Disponível na Internet via WWW. https://www.ifmg.edu.br/conselheirolafaiete/ensino-1/pedagogia. Arqivoacessado a 18 de setembro de 2019, as 8:45min. Elaborado por: Júlio Abel Júlio Namagila Estudante de 3o Ano, Curso de Licenciatura em Ensino Básico, na Universidade Licungo Beira-Moçambique.