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PROJETO EXPERIMENTAL II

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Prévia do material em texto

Projeto Experimental II
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Maria Jose Spiteri Tavolaro Passos
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Construindo um Plano de Ação Educativa
• Para que pesquisar?
• O Plano de Ação
• Criando uma Sequência Didática
• Para Fechar: O que Considerar para esta Nossa Sequência?
 · Compreender o que é um plano de ação educativa em Arte e seus 
componentes (objetivos, justificativa, conteúdos, ação educativa, 
cronograma, público-alvo, recursos materiais/estruturais, avaliação, 
referencial teórico); 
 · Conhecer as diferentes possibilidades de abordagem dirigidas à 
prática educativa em Arte;
 · Elaborar um plano de ação educativa em Arte.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Construindo um Plano de Ação Educativa
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Construindo um Plano de Ação Educativa
Para que pesquisar?
[...] Os cientistas têm que transcender as paredes dos seus laboratórios, 
de seus departamentos, das faculdades e das indústrias. Dizer que a vida 
científica é uma questão de “publicar ou morrer” é depreciativo e errôneo. 
Um cientista que permanece silencioso, sobretudo quando podem seguir-
se consequências irreversíveis, está comportando-se de maneira não 
profissional e imoral. 
Federico Mayor Zaragoza1 
A pesquisa pode ser um fascinante universo de desafios e descobertas. Quando 
nos debruçamos sobre um tema e o investigamos a fundo, nós nos deparamos com 
um amplo campo de possibilidades, mas também com múltiplas dúvidas. Embora 
isso possa ser inquietante, esses conflitos que constantemente acompanham o pes-
quisador funcionam como combustível, como incentivo para sua busca por respostas.
Mas qual o sentido de fazer pesquisa? Por que tantas pessoas se lançam nessa 
jornada de estudar, ler, investigar as fontes, fazer experimentos? O que fazer ao 
término de uma pesquisa? Qual o sentido de encontrar as respostas para os nossos 
questionamentos acadêmicos?
Como pesquisadores, quando conseguimos responder às dúvidas que motivam 
nossos estudos, conquistamos uma grande vitória. No entanto, o que fazer com 
esses resultados? Para que estudamos? Para guardar nossos conhecimentos nas 
prateleiras das estantes ou em arquivos digitais, perdidos no meio de milhões e 
milhões de outras informações?
Uma pesquisa não divulgada é como uma partitura musical que nunca foi 
executada, uma peça de teatro nunca encenada. Uma boa pesquisa merece ser 
compartilhada com o público interessado.
A pesquisa é um importante instrumento para a alimentação da atividade do 
professor. Ao discutir acerca do que significa ser um professor de arte no mundo 
contemporâneo, Ferraz e Fusari comentam: 
É atuar através de uma pedagogia mais realista e mais progressista, que 
aproxime os estudantes do legado cultural e artístico da humanidade, 
permitindo, assim, que tenham conhecimento dos aspectos mais signi-
ficativos de nossa cultura, em suas diversas manifestações. E, para que 
isso ocorra efetivamente, é preciso aprofundar estudos e evoluir no saber 
estético e artístico. [...] O professor de arte é um dos responsáveis pelo 
sucesso desse processo transformador, ao ajudar os alunos a melhorarem 
suas sensibilidades e saberes práticos e teóricos em arte. (FERRAZ e FU-
SARI, 2001, p. 53)
1. Federico Mayor Zaragoza - diretor geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura 
(Unesco), entre 1987e 1999.
8
9
Desse modo, entendemos a pesquisa como um ingrediente fundamental para 
o enriquecimento pessoal e profissional do professor. Por esse motivo, ao longo 
da disciplina Projeto Experimental de Curso I, você desenvolveu uma pesquisa 
a respeito de um tema específico e, como resultado desse processo, redigiu um 
artigo acadêmico no qual apresentou e discutiu o tema. Essa é uma das formas 
de tornar público um conhecimento: escrevendo e divulgando por meio de uma 
publicação (uma revista, uma coletânea acadêmica etc.) o artigo final. Mas o que 
mais podemos fazer com esses resultados? 
A proposta desta disciplina é pensar em outras possibilidades de levar esse 
conteúdo ao público. Para tanto, vamos pensar juntos em como transformá-lo em 
conteúdo para um plano de ação educativa.
Vamos trabalhar nessa ideia?
O Plano de Ação
Antes de iniciar os nossos trabalhos, vamos pensar um pouco a respeito dessa 
palavra “plano”, que nos traz a ideia de intenção, de um modelo a ser elaborado 
antes de partirmos para uma ação. 
Assim como você preparou um plano para realizar o seu artigo, agora vamos traçar 
também uma proposta para apresentar de forma oral, os resultados dos seus estudos.
Veja bem que, como em qualquer outra área, no universo da educação, um 
plano não é apenas uma burocracia pedagógica, mas sim um elemento norteador. 
O planejamento poderá contribuir para que as ações realizadas no âmbito escolar 
dialoguem com o tempo e espaço no qual se inserem.
O planejamento escolar é um processo de racionalização, organização e 
coordenação da atividade do professor, que articula o que acontece dentro 
da escola com o contexto em que ela se insere.
Fonte: (Revista Escola, Editora Abril)
Figura 1 – O planejamento é uma importante etapa para o sucesso de muitas das atividades
desenvolvidas pelo ser humano, sejam elas relacionadas ao trabalho, ou até mesmo ao lazer
Fonte: iStock/Getty Images
9
UNIDADE Construindo um Plano de Ação Educativa
Qualquer atividade educativa seja de curto, médio ou longo prazo envolve um 
planejamento prévio, englobando desde os objetivos, conteúdos, até os materiais a 
serem utilizados nessa realização.
Antes de mais nada, é fundamental refletir a respeito do seu papel como educador.
Qual a sua concepção de educação? Você acredita que o professor deve apenas 
reproduzir informações ou acredita que ele pode ir além?
Tudo que acontece na escola é político – é que nós achamos que política 
é sempre partidária. Toda escola é obrigada a ter um projeto político-pe-
dagógico, esse é o nome. O que significa esse político? O tipo de cidadão 
que nós queremos formar. A gente quer formar um cidadão consciente, 
crítico ou um cidadão que aceita tudo que dizem para ele?
(Rosely Sayão – em entrevista à Carta Educação,publicada em 22/06/2016)
Leia a entrevista completa da psicóloga Rosely Sayão em:
PAIVA, Thais. Rosely Sayão: “Educar é apresentar a vida e não dizer como viver”. In: Carta 
Educação. Disponível em: https://goo.gl/WfsQxA.
Ex
pl
or
Figura 2 – Aula da Profa. Ida Adams seguindo um sistema tradicional escolar do século XIX, 
na Horace Mann School, 1899. Foto do City of Boston Archives, Boston, EUA
Fonte: City of Boston Archives
O modelo “professor reprodutor” envolve uma concepção de educação calcada 
em moldes extremamente tradicionais. Mas o mundo contemporâneo nos mostra 
que o professor é hoje muito mais um propositor do que um reprodutor de 
informações, ou seja, ele semeia ideias, alimenta reflexões, provoca o aluno para 
que possa construir o seu próprio percurso conceitual que, no nosso caso, poderá 
ter desdobramentos no campo poético, artístico.
10
11
Figura 3: Ação educativa em uma escola municipal em Recife
Fonte: recife.pe.gov.br
E é com essa nova concepção de docente que queremos trabalhar e, a partir 
dela, construir o plano de ação.
Para pensar acerca da atuação do educador enquanto propositor, retome algumas propostas 
dirigidas ao ensino da arte, entre elas, as de Ana Mae Barbosa, Robert William Ott, Mirian 
Celeste Martins, Gisa Picosque, Anna Marie Holm, entre outros, que entendem o ensino da 
arte como um espaço para uma educação criativa, que associa a leitura, a interpretação e o 
exercício do potencial criativo.
Ex
pl
or
Criando uma Sequência Didática
As atividades propostas na área de Arte devem garantir e ajudar crianças 
e jovens a desenvolverem modos interessantes, imaginativos e criadores 
de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando seus modos de expressão 
e comunicação. Os encaminhamentos didáticos expressam, por fim, 
a seriação de conteúdos da área e as teorias de arte e de educação 
selecionadas pelo docente. (BRASIL, 1997, p. 69)
Ao tratarmos de planejamentos em educação, podemos encontrar diferentes 
tipos de ações: projetos didáticos, atividades permanentes, palestras, sequências 
didáticas etc. Em qualquer uma dessas situações, estaremos lidando com a mediação, 
a respeito do que é sempre interessante lembrar que: 
A mediação entre arte e público é uma tarefa que, quando criadora, pode 
ampliar a potencialidade de atribuição de sentido à obra, por um fruidor tornado 
mais sensível.
Como facilitadora do encontro entre arte e fruidor, a mediação precisa ser 
pensada como uma ação específica. (MARTINS et al., 1998, p. 76)
11
UNIDADE Construindo um Plano de Ação Educativa
Oficinas podem ser entendidas como atividades de duração restrita que têm como base a 
relação teoria-prática de um modo democrático, favorecendo as vivências coletivas e a troca 
de experiências. 
Palestra é uma exposição de ideias de forma oral, a respeito de um tema específico, 
realizada por um especialista na área abordada (o palestrante). Trata-se de uma prática 
usual nos eventos acadêmicos para o compartilhamento dos conhecimentos desenvolvidos 
(divulgação dos resultados de pesquisas etc.).
Sequências didáticas são práticas pedagógicas constituídas por um conjunto de etapas 
inter-relacionáveis. O objetivo principal é colaborar com o processo de aprendizagem, 
utilizando como estratégia atividades que envolvam a ação e a reflexão. 
Ex
pl
or
A proposta aqui é criar uma sequência didática, ou seja, uma proposta educativa 
que envolva um momento propositor (por parte do professor), um momento de 
prospecção, um de desenvolvimento de atividades e um último de avaliação.
Figura 4 – Assim como o desabrochar das flores, uma sequência didática envolve um conjunto de etapas que 
visam atingir um objetivo. Todas estão intimamente relacionadas e, embora suscetíveis a fatores externos (no 
caso das flores há variáveis como as condições climáticas etc.), devem ser realizadas de acordo com uma lógica 
pré-determinada
Fonte: iStock/Getty Images
Para tanto, vamos começar do básico: qual o tema dessa sequência? Reflita a 
respeito daquilo que embasará a proposta, ou seja: qual o conteúdo central a ser 
trabalhado? Por exemplo: a educação patrimonial, as linguagens artísticas, a his-
tória da arte etc. E dentro desse vasto campo, quais são os pontos específicos a 
serem explorados?
12
13
Lembre-se de que, para a elaboração desta sequência didática, você estará partindo de um 
tema estudado na disciplina Projeto Experimental I. 
Por exemplo: 
Digamos que o título de seu artigo tenha sido “As xilogravuras de Renina Katz na década 
de 1940: um estudo histórico e social”. Entende-se que, ao longo dessa pesquisa, tenha 
sido desenvolvido um estudo a respeito da produção da artista brasileira Renina Katz, com 
ênfase para as xilogravuras nas quais ressaltou uma problemática social. A partir desse 
tema, o que se pretende explorar junto aos alunos? 
• As práticas artísticas?
• O desenvolvimento de um discurso poético?
• A ampliação do repertório acerca da arte brasileira?
• Uma refl exão acerca da ação da artista?
Poderíamos trabalhar especifi camente o universo das práticas artísticas relacionadas à 
gravura, destacando a xilogravura, ou ainda o papel do artista enquanto um agente social, 
que promove por meio de sua obra refl exões acerca da realidade na qual se insere. Nesse caso, 
poderíamos realizar inclusive um trabalho integrado com outras áreas do conhecimento 
como a História, a Sociologia etc.
Portanto, para elaborar o projeto, é fundamental defi nir o foco de sua ação e, assim, defi nir 
os objetivos, que poderão ser mais gerais ou mais específi cos.
Ex
pl
or
Para refl etir a respeito dos conteúdos a serem trabalhados em sua sequência didática, reveja 
também os Parâmetros Curriculares Nacionais, no que diz respeito à Arte, e amplie os seus 
conhecimentos quanto às orientações dirigidas ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio.
Desse modo, será possível verifi car que:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais enfatizam o ensino e a aprendizagem de 
conteúdos que colaboram para a formação do cidadão, buscando igualdade de 
participação e compreensão sobre a produção nacional e internacional de arte. A 
seleção e a ordenação de conteúdos gerais de Arte têm como pressupostos a clari-
ficação de alguns critérios, que também encaminham a elaboração dos conteúdos 
de Artes Visuais, Música, Teatro e Dança e, no conjunto, procuram promover a for-
mação artística e estética do aprendiz e a sua participação na sociedade.
[…]
O conjunto de conteúdos está articulado dentro do contexto de ensino e 
aprendizagem em três eixos norteadores: a produção, a fruição e a reflexão. 
(BRASIL, 1997, p. 41)
Ex
pl
or
Depois de definido o tema, os objetivos da proposta, pode-se passar a pensar 
nas estratégias que serão utilizadas para atingir os objetivos. Reflita a respeito de 
cada conteúdo proposto e pergunte-se “que ações podem ser desenvolvidas para 
trabalhar esse conteúdo?”. Por exemplo: leitura e discussão de textos, análise de 
imagens ou filmes etc. Desse modo, ficará mais simples atingir os objetivos.
Observe que, seguindo essa linha de raciocínio, a ação educativa propriamente 
dita, o centro da sua sequência didática será composto por uma série de etapas 
ordenadas, considerando sempre quais conhecimentos são necessários para que se 
passe à fase seguinte. 
13
UNIDADE Construindo um Plano de Ação Educativa
1. Apresentação
da proposta
e Contextualização
2 e 3.
Desenvolvimento
da Proposta
4. Fechamento
Figura 5
As etapas estarão, portanto, ligadas ao cronograma do seu plano de ação que, 
nesta proposta, prevê a execução dividida em 4 encontros.
• Encontro 1: sugere-se que o primeiro encontro seja reservado para uma 
contextualização, ou seja, um momento dedicado a apresentar ao grupo uma 
problematização, que poderá ser derivada de um vídeo, um texto, uma imagem, 
uma música etc. Esse elemento (ou conjunto de elementos) terá o papel de 
propositor, ele instigará à discussão, o mergulho no tema da sequência.
• Encontros 2 e 3: aproveite esses dois encontros parao desenvolvimento de 
uma atividade específica, que poderá envolver as práticas artísticas etc.
• Encontro 4: o fechamento. Esse encontro poderá reunir atividades que 
favoreçam a finalização e a reflexão acerca do processo desenvolvido, a 
avaliação individual e coletiva etc.
Lembre-se de que os encontros poderão envolver diferentes tipos de estratégias: 
aulas expositivas dialogadas, utilizando materiais de apoio (lousa, projetor 
multimídia, cartazes etc.); aulas práticas, com experimentação de materiais; aulas 
teórico-práticas; encontros envolvendo a leitura e discussão de textos, orientação 
de levantamentos e análise de dados etc. 
É importante prever atividades factíveis, ou seja, elas devem ser coerentes com 
os objetivos do projeto, o público a que se destinam (Ex.: qual a faixa etária?), as 
condições e os recursos materiais disponíveis (Ex.: é fundamental que se tenha 
uma pia com água no ambiente, ou, ainda, que se tenha um aparelho de som?) e, 
sobretudo, com o período de tempo previsto para cada atividade (Ex.: 4 encontros: 
quanto tempo durará cada um deles?).
Ao elaborar as atividades, considere se serão realizadas de modo individual, 
em dupla, ou coletivamente, envolvendo todo o grupo. Considere sempre que 
poderá haver no grupo algum caso de inclusão. E, embora a proposta não deva ser 
uma estrutura estanque, deve admitir certa flexibilidade, tendo sempre em vista os 
objetivos propostos inicialmente.
14
15
Figura 6 – O tempo é um ator importante a ser considerado
Fonte: iStock/Getty Images
O tempo deve ser sempre considerado com muito cuidado. Nesta proposta, a ideia é 
que a sequência didática envolva quatro encontros.
Portanto, não exagere nas expectativas ligadas à quantidade de conteúdos a ser 
trabalhada e nem na complexidade das ações. Privilegie sempre a qualidade!
Figura 7 – No desenvolvimento das atividades, o tempo deve ser um aliado e não um 
inimigo, por isso é fundamental estabelecer os objetivos e planejar as ações com clareza.
Fonte: iStock/Getty Images
A avaliação é também um ponto importante. Segundo os Parâmetros Curriculares 
Nacionais (PCN) em Arte:
Avaliar implica conhecer como os conteúdos de Arte são assimilados pelos 
estudantes a cada momento da escolaridade e reconhecer os limites e a flexibilidade 
necessários para dar oportunidade à coexistência de distintos níveis de aprendizagem, 
num mesmo grupo de alunos. (BRASIL, 1997, p. 63)
 Para tanto, devemos sempre ter como foco os objetivos propostos, considerando 
o crescimento dos alunos quanto ao seu contato com os conhecimentos trabalhados 
nas ações, o que pode ser feito a partir da análise de registros da participação de 
cada aluno do início ao fim da sequência. 
15
UNIDADE Construindo um Plano de Ação Educativa
Para Fechar: O que Considerar para esta 
Nossa Sequência? 
Como ocorre em todo planejamento, para este plano de ação, que terá o 
formato de uma sequência didática, será importante definir alguns itens inerentes 
a todo projeto: 
• Título
• Tema
• Público-alvo (a quem se dirige esse plano?)
• Objetivos (aonde se quer chegar?)
• Justificativa (por que se quer chegar a esse lugar?)
• Conteúdo (o que se pretende ensinar?) 
• Ação educativa e Cronograma (como se dará a sequência, quais as etapas e o 
que será realizado em cada uma delas?)
• Recursos (em termos físicos, o que será necessário para essa realização?)
• Avaliação (proposta para a verificação dos resultados obtidos)
• Bibliografia (os materiais teóricos de referência, aqueles que embasam a ação 
a ser desenvolvida)
No material complementar, você encontrará indicações de algumas sequências 
didáticas disponíveis na internet. Essas propostas foram elaboradas a partir de 
reportagens publicadas na mídia impressa, nas quais a ideia central era levar para 
a sala de aula uma reportagem jornalística, utilizando-a como objeto propositor, 
um ponto de partida para a discussão e vivência de vários conteúdos relacionados 
ao universo da arte.
Agora, você já tem uma ideia de algumas possibilidades de aplicação dos 
conhecimentos reunidos a partir do seu artigo acadêmico. Portanto, mãos à obra 
e vamos construir essa sequência didática. E lembre-se: embora esta seja uma 
proposta hipotética, nada impede que, após elaborar este plano de ação educativa, 
você o aplique e acompanhe pessoalmente o desenvolvimento das atividades. 
Figura 8
Fonte: iStock/Getty Images
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Relatos de Experiência 
https://goo.gl/kHyhi7
Como avaliar uma obra de arte? – sequência didática
https://goo.gl/9yccE5
Para conhecer a arte das vanguardas – sequência didática
https://goo.gl/YANJJ4
Patrimônio cultural: use a obra de Tomie Ohtake para discutir o conceito
https://goo.gl/gpYJeP
Obras Noturnas de Vincent Van Gogh
https://goo.gl/RAfVBg
 Vídeos
Duas palavras 
https://goo.gl/42hT9J
Documentários a respeito de ações realizadas em ambiente escolar. Esses trabalhos foram vencedores do 17o. 
Prêmio Arte na Escola Cidadã
https://goo.gl/Os6Pps
17
UNIDADE Construindo um Plano de Ação Educativa
Referências
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares 
nacionais: arte. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. 
BRASIL. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Secretaria de Educação 
Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.
DELORS, J. (org.). Educação um tesouro a descobrir. Relatório para a 
Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. São 
Paulo: Cortez, 2012.
ENSINAR bem… é saber planejar. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.
br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/ensinar-bem-saber-planejar-424802.
shtml. Acesso 08 mar.2017.
FERRAZ, M.H.C.T.; FUSARI, M. F. R. Metodologia do ensino da arte. São 
Paulo: Cortez, 1999.
FERRAZ, M.H.C.T.; FUSARI, M. F. R. Arte na educação escolar. São Paulo: 
Cortez, 2001.
HERNÁNDEZ, F.; VENTURA, M. A organização do currículo por projetos de 
trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
IAVELBERG, R.; ARSLAN, L. M. Ensino de Arte. São Paulo: Thomson 
Learning, 2006.
MARTINS, M. C.; PICOSQUE, G.; GUERRA, M. T. T. Didática no ensino da 
arte: a linguagem do mundo. Poetizar, fruir e conhecer a arte. São Paulo: 
FTD, 1998.
MAYOR, F.; FORTI, A. Ciência e poder. Campinas/Brasília: Papirus/
UNESCO, 1998. 
SANTOMAURO, B. O que ensinar em arte. Disponível em: http://
revistaescola.abril.com.br/formacao/conhecer-cultura-soltar-imaginacao-427722.
shtml?page=0. Acesso em 12 fev.2017.
18

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