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FACULDADE PAULISTA DE ARTES LICENCIATURA EM DANÇA ANÁLISE DE CAPACITAÇÃO – SEMIÓTICA Ana Caroline Cabral Assuncion Recalde Análise do livro O que é Semiótica 1) Explique a evolução dos modos de expressão dos humanos - da era primitiva até hoje. 2) Depois de ler as páginas 52 a 54, parafraseie Santaella em sua síntese sobre como interpretamos "o mundo". 3) Entre as páginas 63 e 69, identifique o que caracteriza e diferencia: ícone, índice e símbolo. Exemplifique cada um. Expressão humana Dentro das formas que o ser humano tem para se comunicar, há a linguagem verbal e não verbal. Em seu livro, Santaella (1983) aponta os seres humanos como seres de linguagem, pois estamos a todo momento em comunicação através de diversos meios. Ela ainda aponta que o fato do ser humano ter o domínio da língua, esta acaba sendo compreendida como saber de primeira ordem, deixando os outros saberes, as linguagens mais sensíveis, não verbais, relegados a uma segunda ordem. Caracterizadas como linguagem verbal, danças, músicas, cerimoniais, arquiteturas, objetos, dentre outras formas de criação de linguagem, que hoje são chamadas de arte, estas formas de expressão estão presentes nos saberes humanos desde a era primitiva, onde eram produzidos desenhos em cavernas, danças ritualísticas, etc. Além destas linguagens, existem muitas outras formas de produção de sentido, que evoluíram com a humanidade através do avanço tecnológico e em função das necessidades de comunicação que surgiram com o passar do tempo. Após a revolução industrial, são criadas máquinas capazes de armazenar e difundir linguagens, como fotografia, cinema, TV, rádio, etc. (SANTAELLA, 1983). Santaella destaca, ainda, que no sistema social em que vivemos hoje em dia, recebemos uma linguagem da qual não fazemos parte da produção e que trazem informações que atendem aos interesses do proprietário dos meios de produção dessas linguagens. Os modos de expressão primitivo, pinturas, objetos, músicas, danças, dentre outros, entram em um contraste muito grande quanto à sua função e significação em comparação aos meios de comunicação atuações. Os primeiros mencionados, acredito que havia uma condição de conexão maior nos primeiros meios sociais da era primitiva. Seguindo a linha de raciocínio de Santaella, acho que, apesar de existirem diversos meios e propósitos de comunicação hoje em dia, uma boa parte dos meios de comunicação em massa muitas vezes acabam sendo usados pelo propósito de um único lado. Interpretação de mundo O signo representa seu objeto e quem o recebe pode fazer associações com outros signos, onde o receptor cria sentido entre eles e faz a sua interpretação. Atribuímos significado a algo que nos chega, procurando outros significados de outros elementos, como quando lemos um livro e associamos os capítulos, um é usado para compreender o outro e para complementar-se. De acordo com o livro a impressão que se tem de algo que se vê também é quase um signo, pois já funciona como uma relação que se tem com o que se é apresentado. Ações e experiências, também funcionam como signos, pois são marcas que se apresentam ao mundo quando e abrem novas relações de interpretação. Ícone, índice e símbolo O ícone é uma qualidade que se dirige a alguém e produz algo na mente desse alguém, como um sentimento indizível. A qualidade não necessariamente representa alguma coisa, ela se apresenta. Acredito se tratar de características físicas visíveis ou perceptíveis do objeto que são o que trata-se das qualidades. De acordo com o livro, essas qualidades não representam nada, mas são uma possibilidade de produzir algum sentido. Ícones são formas que sugerem algo, imagem que representam o objeto por semelhança. Como, por exemplo, uma roupa, que se vê a textura, a forma, o tamanho, a cor, mas não representa algo, sugere, e essa sugestão fica a critério da produção de sentido que aquilo causa em quem vê. De acordo com o livro, qualquer coisa que se apresenta diante de alguém é um existente, diante disso, um índice se trata da relação desse existente com o todo de que faz parte. O índice é um signo que funciona porque indica uma coisa com a qual ele está ligado, de fato (SANTAELLA, 1983). O índice é um ponto que irradia direções e trata-se de um signo que só funciona quando quem o interpreta estabelece conexões com as direções. A roupa do exemplo anterior, se for, por exemplo, um uniforme de bombeiro já leva a uma associação com os objetos do qual ele faz uso e os locais onde costuma estar presente. O símbolo trata-se de quando o signo é lei em si mesmo, representa algo de maneira geral e não de maneira singular. Como, por exemplo, na imagem abstrata do bombeiro – o símbolo –, não é pensado suas singularidades, onde ele mora, se é vizinho de alguém, como se locomove ao seu trabalho, mas sim a imagem que já habita no imaginário do que se compreende como bombeiro. Referência bibliográfica: SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983. (Coleção primeiros passos: 103)
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