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Resumo de Tétano

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Definição: 
Tétano acidental é uma doença infecciosa não contagiosa, 
prevenível por vacina, causada pela ação de exotoxinas 
produzidas pelo Clostridium tetani, normalmente 
encontrado na natureza sob a forma de esporo, provocando 
um estado de hiperexcitabilidade do SNC. 
Agente etiológico: 
Bacilo Gram+, anaeróbico, esporulado. 
Exotoxina: 
Tetanolisina e a tetanopasmina. 
 
Epidemiologia: 
 No período de 2007 a 2016, foram notificados, no 
Brasil, 5.224 casos de tétano acidental, dos quais 
56,2% (2.939) foram confirmados, com média de 
294 casos ao ano. 
 Os casos confirmados se distribuem por todas as 
UFs, destacando-se os estados do Rio Grande do 
Sul (9,4%), Minas Gerais (8,8%), São Paulo 
(7,8%), Bahia (7,2%) e Ceará (7,1%). 
 Dos 2.939 casos confirmados de tétano, 973 
(33,1%) evoluíram para óbito e 1.542 (52,5%) 
tiveram cura. 
 A letalidade, no período de 2007-2016, foi de 
33,1%, considerada alta quando comparada aos 
países desenvolvidos, onde se apresenta entre 10 
e 17% 
 O tétano acidental é uma doença de notificação 
compulsória contemplada na Portaria de 
Consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017. 
Reservatório: 
O bacilo se encontra no trato gastrointestinal do 
homem e dos animais, solos agriculturados, pele 
e/ou qualquer instrumento perfuro-cortante 
contendo poeira e/ou terra. 
Modo de transmissão: 
O tétano acidental não é uma doença transmitida de pessoa 
a pessoa. A transmissão ocorre, geralmente, pela 
contaminação de um ferimento da pele ou mucosa, com os 
esporos do bacilo. 
Período de incubação: 
Ocorre entre o ferimento (provável porta de entrada do 
bacilo) e o primeiro sinal ou sintoma. É curto: em média 
de 5 a 15 dias podendo variar de 3 a 21 dias. Nos casos 
em que o período de incubação é menor que 7 dias, o 
prognóstico é pior. Quanto menor for o tempo de 
incubação, maior a gravidade e pior o prognóstico. 
Período de progressão: 
Primeiros sintomas e primeiro espasmo. 
Período de transmissibilidade: 
Não é contagiosa, não é transmitida diretamente de um 
indivíduo a outro. 
Suscetibilidade e imunidade: 
A suscetibilidade é geral, afetando todas as idades e ambos 
os sexos indiscriminadamente. 
Neurotoxina: 
 A função da tetanolisina no tétano humano não é 
clara. A tetanospasmina é uma neurotoxina. 
Todas as manifestações conhecidas do tétano 
resultam da capacidade da tetanospasmina de 
inibir a liberação do neurotransmissor através da 
membrana pre sináptica, por várias semanas, 
envolvendo dessa forma o controle motor central, 
a função autonômica e a junção neuromuscular. 
 Durante a indução da paralisia, através da 
inibição das células GABA e glicinérgicas, o 
sistema motor responde ao estímulo aferente com 
contração intensa, simultânea e sustentada dos 
músculos agonistas e antagonistas. 
Sinais e sintomas: 
 Rigidez muscular progressiva, atingindo os 
músculos abdominais e o diafragma. 
 Crises de contratura, (geralmente desencadeada 
por estímulos luminosos, sonoros ou 
manipulação do paciente). 
 Hipertonia dos músculos masseteres (trismo e 
riso sardônico) e dos músculos do pescoço 
(rigidez de nuca), ocasionando difícil 
Tétano 
deglutição (disfagia), que pode chegar à 
contratura muscular generalizada 
(opistótono). 
Complicações: 
 
 
 
Neurológico 
Encefalopatia 
Hemorragia intracraniana; 
Edema cerebral 
 
Ferida 
Infecções secundárias: 
cutâneas 
Hematoma Flebites 
Digestório/ 
nutricional 
Desnutrição 
Íleo paralítico 
 
Urinário 
Hematúria 
Retenção aguda 
 
Esquelético 
Fratura de vértebras e/ou da 
coluna vertebral 
 
Cardiovascular 
Choque 
Parada respiratória e/ou 
cardíaca durante o espasmo 
muscular. 
 
Respiratório 
Embolia Pulmonar 
Aspiração Disfunção 
respiratória 
 
Diagnóstico diferencial: 
Trismo: processos inflamatórios locais – infecções 
dentárias, amigdalite. 
Tetania: hipocalcemia, intoxicações exógenas, histeria, 
raiva, etc. Espasmos localizados e associados às baixas 
concentrações de cálcio. 
Raiva: Apresenta espasmos, porém não paroxísticos. 
Meningite: Rigidez da nuca mas ausência de trismo. 
Exames: 
O laboratório auxilia no controle das complicações e 
tratamento do paciente: 
 Radiografia de tórax e da coluna vertebral, p/ o 
diagnóstico de infecções pneumônicas e de 
fraturas de vértebras. 
 Hemoculturas, culturas de secreções e de urina 
são indicados nos casos de infecção secundária; 
 Dosagem de gases e eletrólitos é importante nos 
casos de insuficiência respiratória. 
Tratamento: 
 Casos graves têm indicação de terapia intensiva. 
 Princípios básicos: sedação do paciente, 
neutralização da toxina tetânica, eliminação do C. 
tetani do foco da infecção, debridamento do foco 
infeccioso e medidas gerais de suporte. 
 Soroterapia: Neutralizar toxina circulante e a que 
acabou de se formar, ainda no foco. 
 Específico: Recomenda-se que, preferencialmente, 
seja utilizada IGATH, quando disponível, por ser 
opção mais segura em função dos efeitos adversos 
imediatos ou tardios relacionados ao SAT. 
 Desvantagem do SAT: reações de 
hipersensibilidade, variando desde as de leve 
intensidade às reações graves e fatais (choque 
anafilático). 
 Vantagem da IGATH: sua meia-vida de 21 a 30 
dias, permitindo um efeito mais prolongado. 
 
Diagnóstico Intervenções 
 
 
 
Dor aguda 
Realizar uma avaliação completa da 
dor; Investigar os fatores que 
aliviam/pioram a dor; Administrar 
analgésicos, quando prescritos; 
Providenciar internamento em quarto 
silencioso e em penumbra, reduzindo, 
ao mínimo, os estímulos auditivos, 
visuais, táteis e outros 
 
Padrão 
respiratório 
ineficaz 
Observação do padrão respiratório 
Aspiração traqueal: quando 
necessário Controle da pressão do 
balonete: no mínimo a cada 12 horas 
Observação dos alarmes do ventilador 
 
 
 
 
Desobstrução 
ineficaz das 
vias aéreas. 
Auscultar campos pulmonares e 
observar parâmetros do paciente 
Manter técnica asséptica (estéril) 
Observar tempo máximo permitido 
para aspiração (até 15 s) Pinçar o 
látex/silicone ao introduzir a sonda 
no TOT ou TQT Observar necessidade 
de aspiração por sistema fechado 
Fechar dieta do paciente (SNG ou 
SNE) durante o procedimento Manter 
vias aéreas desobstruídas; OBS: a 
presença do tubo endotraqueal pode 
precipitar ou exacerbar espasmos, 
tanto laríngeos como generalizados. 
 
 
Mobilidade 
física 
prejudicada 
Identificar os métodos de prevenção de 
lesão durante as transferências; 
Mobilizar o paciente dentro dos limites 
possíveis, evitando as lesões por 
pressão; Cuidado com posturas 
viciosas no leito, levando a 
contraturas dolorosas Proteger a 
córnea contra agentes irritantes e/ ou 
de ressecar; 
Nutrição 
desequilibrada: 
menor do que 
as necessidades 
corporais 
Realizar terapia nutricional por sonda 
nasoentérica; Avaliar presença de 
resíduo gástrico 30 min antes das 
dietas. 
 
Diagnósticos de 
enfermagem 
Intervenções de enfermagem 
 
Risco de volume de 
líquidos desequilibrado 
Monitorar os níveis 
anormais de eletrólitos 
séricos; - Realizar balanço 
hídrico rigoroso. 
 
 
 
Deglutição prejudicada 
Realizar alimentação por 
sonda nasoentérica em 
sistema contínuo. - Avaliar 
resíduo gástrico; -Manter 
cabeceira do leito elevada 
entre 30° e 45°, para evitar 
bronco aspiração. 
 
Risco de infecção 
Monitorar sinais e sintomas 
sistêmicos e locais de 
infecção - Examinar a 
condição de qualquer incisão 
cirúrgica/ferida.

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