Buscar

Unidade II - O Brasil Colonial 1ª Parte A Arte no Processo de Colonização e Catequização Brasileiro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

História da Arte Brasileira
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Sonia Leni Chamon
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
O Brasil Colonial 1ª Parte – A Arte no Processo de Colonização e 
Catequização Brasileiro
• As Primeiras Construções: Fortes, Engenhos,
Arquitetura Bandeirista e as Primeiras Missões Jesuíticas
• A Missão Artística Holandesa
• A Estatuária Protobarroca
• Conexões contemporâneas: Cildo Meireles –
“Missão: Missões (como construir catedrais)”
 · Conhecer o contexto histórico e cultural brasileiro na época da che-
gada dos colonizadores, observando as origens, os diálogos e a he-
gemonia estética dos primeiros séculos de colonização. 
 · Analisar características estilísticas na arquitetura, escultura e pinturas, 
incluindo a produção dos artistas viajantes do período.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
O Brasil Colonial 1ª Parte – 
A Arte no Processo de Colonização 
e Catequização Brasileiro
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE O Brasil Colonial 1ª Parte – A Arte no Processo 
de Colonização e Catequização Brasileiro
As Primeiras Construções: Fortes, 
Engenhos, Arquitetura Bandeirista 
e as Primeiras Missões Jesuíticas 
A época do descobrimento do Brasil pelos portugueses coincidiu com o período 
conhecido como “era oceânica” (SIMONSEN, 2005), início da expansão marítima 
devido ao comércio empreendido com a costa da África e com as Índias Orientais, 
em caríssimas naus, pertencentes à coroa em sua maior parte.
naus: grandes navios que cruzavam os oceanos nos séculos XV e XVI.
Ex
pl
or
Ouro, marfim e escravos da costa africana; finas especiarias, louças, porcelanas, 
pérolas, rubis e diamantes da Índia – esses eram os tipos de produtos com os quais 
os portugueses se abasteciam para seu rico comércio. Era, portanto, um grande 
contraste com uma terra selvagem, com uma dimensão não totalmente definida, 
habitada por povos sem aparência civilizada. Os portugueses viram parco interesse 
comercial na então Terra de Santa Cruz. A caravela que aqui aportou, em 1500, 
levou ao El-Rei D. Manuel uma carta sobre a descoberta da nova terra e amostras 
de pau-brasil – madeira avermelhada cuja resina servia de excepcional tintura para 
tecidos luxuosos, substituindo os pigmentos minerais, de qualidade inferior. Era, 
junto com aves exóticas de interesse limitado, mercadoria de valor real que se 
apresentava fácil aos olhos dos mercadores portugueses.
A comunicação sobre a descoberta da nova terra é a famosa Carta de Pero Vaz de Caminha. 
Que tal lê-la na íntegra? https://goo.gl/iC4xGnEx
pl
or
Assim, a exploração da madeira pau-brasil, ao longo da costa brasileira, acon-
teceu por cerca de trinta 30 anos após a chegada dos portugueses, através de 
feitorias. Indígenas coletavam o material: localizavam as árvores, derrubavam os 
troncos (alguns bastante largos), carregavam nos ombros até a praia (às vezes, em 
caminhadas de 15 a 20 léguas) e depois até as embarcações. Neste período, os 
exploradores portugueses abrigavam-se em tejupares. No período, cartas náuticas 
e uma incipiente cartografia definiam a representação da Terra Brasilis (fig. 1).
tejupares: pequena cabana ou choupana feita de paus e palha seca.
donatarias: sistema administrativo de divisão de terras, base do sistema colonial brasileiro, 
no qual alguns proprietários recebiam imensas porções de terras com a condição de prote-
ger territórios e produzir riqueza.
Ex
pl
or
8
9
Figura 1 – “Terra Brasilis”, 1519, mapa por Pedro Reinel e Lopo Homem,
Atlas Miller, Biblioteca Nacional de Paris
Fonte: Wikimedia Commons
O conceito de terra incógnita, comum nos séculos XV e XVI, além da perspec-
tiva cartográfica:
Considerando a visão metropolitana e litorânea de muitos brasileiros, a 
Terra Brasilis segue sendo Terra Incógnita, um espaço relativamente vazio 
e não civilizado, dependente de políticas públicas formuladas a partir do 
seu exterior. (NOVAES, 2012).
A Terra Brasilis como Terra Incógnita: https://goo.gl/UwD2W5
Ex
pl
or
A possibilidade de existência de minas de ouro na região de Cananeia, a descoberta 
de prata no Peru, com um possível trajeto pelo interior brasileiro e principalmente 
a sustentação da soberania marítima portuguesa sobre os corsários franceses 
e a coroa espanhola levaram Portugal a promover expedições exploratórias, a 
estabelecer donatarias e, posteriormente, um governo-geral. Era a efetivação da 
colonização do Brasil por Portugal.
Da primeira expedição, efetuada por Martim Afonso de Sousa, acontece a fun-
dação de São Vicente, primeira vila no Brasil, no ano de 1532. Podemos observar, 
sob a iconografia histórica sempre passível de análise e reflexão, na pintura de Be-
nedito Calixto, como seria esse empossamento: vegetação algo degradada, atitudes 
e afazeres dos indígenas, uniformes e roupas civis dos portugueses, a presença 
religiosa na figura de um padre, os tipos de embarcações na esquadra e forma dos 
tejupares no acampamento (fig. 2)
9
UNIDADE O Brasil Colonial 1ª Parte – A Arte no Processo 
de Colonização e Catequização Brasileiro
Figura 2 Fundação da Vila de São Vicente, por Benedito Calixto. 
Coleção do Acervo do Museu Paulista da Universidade de São Paulo
Fonte: Wikimedia Commons
A partir de então, inicia-se a arquitetura dos fortes militares – arquitetura 
brasileira mais antiga, que permanece até os dias de hoje, em função da solidez de 
sua estrutura (não é à toa que se chama forte!) e por ser das poucas construções 
que não são destruídas por invasores – um forte é estrategicamente preservado 
para garantir a proteção territorial. Como afirma Tirapeli (2006, p.10):
Logo após o Descobrimento do Brasil, as primeiras construções reali-
zadas foram as fortalezas, erguidas com o objetivo de defesa das vilas e 
cidades litorâneas. Os arquitetos eram militares e, posteriormente, padres 
jesuítas, que fundaram vilas e construíram igrejas e conventos.
Ao longo dos séculos, foram construídas fortificações militares em pontos estra-
tégicos do litoral ou em pontos de fronteira. O de Bertioga, Forte São João ao sul 
do litoral paulista, é o mais antigo, datado de 1532 (fig. 3).
Pedras, cal, argamassas à base de sedimento e argila eram algumas dastécnicas 
construtivas empregadas. O Maneirismo, ainda mais simplificado e austero que as 
linhas europeias, era o estilo predominante neste início de colonização, porém, 
traçados, estilos e materiais diferenciam-se entre si, entre cada fortificação.
Figura 3 Forte São João, em Bertioga
Fonte: bertioga.sp.gov.br
10
11
Atualmente, um conjunto de 19 fortes brasileiros estão na Lista Indicativa de 
Patrimônios Mundiais. São eles:
Fortaleza de São José, em Macapá (AP)
Forte Coimbra, em Corumbá (MS)
Forte de Príncipe da Beira, em Costa Marques (RO)
Fortaleza dos Reis Magos, em Natal (RN)
Forte de Santa Catarina, em Cabedelo (PB)
Forte de Santa Cruz (Forte Orange), em Itamaracá (PE)
Forte São João Batista do Brum, no Recife (PE)
Forte São Tiago das Cinco Pontas, no Recife (PE)
Forte de Santo Antônio da Barra, em Salvador (BA)
Forte São Diogo, em Salvador (BA)
Forte São Marcelo, em Salvador (BA)
Forte de Santa Maria, em Salvador (BA)
Forte de N. S. de Mont Serrat, em Salvador (BA)
Fortaleza de Santa Cruz da Barra, em Niterói (RJ)
Fortaleza de São João, no Rio de Janeiro (RJ)
Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá (SP)
Forte São João, em Bertioga (SP)
Fortaleza de Santa Cruz de Anhantomirim, em Governador Celso Ramos (SC)
Forte de Santo Antônio de Ratones, em Florianópolis (SC)
Leia mais sobre os fortes brasileiros que poderão tornar-se patrimônio mundial no portal 
do Iphan: https://goo.gl/ddIfMI
Veja imagens de fortes em https://goo.gl/kWPq03
Ex
pl
or
O sistema donatário de terras, instituído pela coroa portuguesa, fez prevalecer 
muito rapidamente a produção açucareira – o primeiro produto nacional cultivado 
com rentabilidade econômica. É o ponto central da economia – o chamado Ciclo 
do Açúcar, que permanece forte até o século XVII. Em torno de 1570, em oito 
capitanias, existiam cerca de 60 engenhos de açúcar. Ligadas a esta produção já 
havia mais de 50 mil pessoas, entre portugueses, indígenas livres que trabalhavam 
na produção e escravos negros, vindo da costa africana (SIMONSEN, 2006).
Os engenhos eram propriedades com vários núcleos arquitetônicos. Basicamen-
te, ainda no século XVI, ocupavam uma clareira na floresta, cercada de densa ve-
getação com construções rústicas e plantação (HOLLANDA, 1993). Até o século 
XIX, os engenhos foram se ampliando e se sofisticando em materiais, técnicas 
construtivas e edificações. Havia casa grande, capela, moenda (o ‘engenho’ pro-
priamente dito) e senzala – a escravidão de negros já era difundida no século XVI.
11
UNIDADE O Brasil Colonial 1ª Parte – A Arte no Processo 
de Colonização e Catequização Brasileiro
Podemos observar nas pinturas de Frans Post, séc. XVII, figuras 4 e 5, algumas 
características destas construções. Capela sempre próxima à casa grande (muitas 
vezes conjugada), ambas em localização topográfica alta, local de vigilância e 
segurança; casa dos escravos – as senzalas normalmente eram uma construção 
retangular, sem janelas, apenas com as portas dos cubículos que saiam para um 
corredor e a moenda, fábrica, com sua roda movida a água ( engenho real) ou 
tração animal (trapiche) . As técnicas construtivas variavam do uso de pedras e 
cal, pau a pique, taipa, chegando a usar tijolos nas fábricas e nas casas grandes do 
século XVIII e XIX, com tipologia de solar e estilo neoclássico.
A roda d’água, que designava o engenho real, era o verdadeiro centro da pro-
priedade, uma obra de engenharia – daí a designação engenho. A princípio para a 
fábrica, edifício no qual se executava a moagem da cana; mas tornou-se, também, o 
nome da propriedade onde coexistiam plantação, manufatura (fábrica) e residência.
Tem-se, assim, o princípio da sociedade brasileira, agrária, escravocrata, patriar-
cal e religiosa – definidora de uma identidade que ainda nos segue.
Pau a Pique: Técnica de construção em terra na qual as paredes são feitas com barro 
amassado e lançado simultaneamente dos dois lados de uma trama de varas verticais e 
horizontais, e dois alisados; inicialmente, pilares de madeira, os esteios ou pés direitos são 
fincados no chão, nas extremidades das paredes; os esteios são ligados entre si por vigas 
horizontais, os baldrames, que podem estar junto ao chão ou sobre alicerces de terra; em 
cima, a estrutura é travada com a colocação de outras vigas, os frechais, formando um sis-
tema rígido de sustentação; nas faces superiores dos baldrames e nas faces inferiores dos 
frechais, são feitos furos onde são fixadas varas verticais e, a partir destas varas verticais, é 
feita uma trama com varas horizontais, amarradas com cipó ou com fibras vegetais; final-
mente, é lançado o barro sobre a trama, o qual é depois alisado, fechando completamente 
os vãos; nas casas bandeiristas, a taipa de sopapo, quando aparece, é nas divisões internas; 
o pau a pique é também chamado de taipa de sopapo ou taipa de sebe.
Taipa de Pilão: Principal processo de construção das paredes portantes das casas bandeiris-
tas: na taipa de pilão, o barro era previamente amassado com fibras vegetais e restos 
orgânicos que serviam como aglutinantes, diminuindo as rachaduras da contração result-
ante da secagem; em seguida, era socado com pilões dentro de formas de madeira com 
altura aproximada de meia braça ou 1,10 m; a terra a ser socada era disposta em camadas 
de cerca de 15 cm de altura, que se reduziam à metade após a pilagem; essa operação era 
repetida sequencialmente em lanços, até que a parede atingisse a altura desejada; à me-
dida que a parede subia, as formas iam sendo apoiadas em peças cilíndricas de madeira 
chamadas agulhas, cuja retirada deixava na taipa uma série de buracos chamados cabodás; 
a secagem da terra pilada era rápida e, no dia seguinte à feitura de uma fiada ou lanço, já se 
podia armar novamente o taipal e acrescentar mais um lanço à parede; evitavam-se os peri-
gos da chuva cobrindo-se os blocos recém-acabados com sapé; a parede de taipa de pilão 
podia ser levantada sobre um alicerce de pedra, mas a melhor solução era levantá-la dentro 
de valas escavadas ao longo do perímetro da casa, pois a ausência de alicerces de pedra 
resultava em uma continuidade entre a parede e o solo, permitindo melhor escoamento da 
umidade e mesmo da água das chuvas, que corre do telhado para o solo através das fendas 
que a secagem produzia no barro.
Ex
pl
or
Extraído de: https://goo.gl/cn0vlp
12
13
Figura 4 Casa de fazenda, por Frans Post (1651)
Fonte: tokdehistoria.com.br
Figura 5 Paisagem com plantação (O Engenho), por Frans Post (1668)
Fonte: historiailustrada.com.br
A configuração geográfica paulista, tendo a Serra do Mar como um elemento 
de isolamento, o rio Tietê (que nasce no litoral e deságua no interior) servindo 
primeiramente de indicador de caminhos e depois como o próprio caminho, fez 
nascer um tipo único: o bandeirante. O isolamento distanciou esse homem das regras 
gerais da coroa, e o aproximou do mameluco e seus saberes e das possibilidades 
que o ambiente e a natureza propicia. O rio Tietê como indicador, levou esse 
bandeirante a adentrar cada vez mais o interior brasileiro. Primeiro, escravizando 
índios, depois, em busca de riquezas minerais e finalmente apossando-se de terras 
e mudando a geografia do Brasil.
13
UNIDADE O Brasil Colonial 1ª Parte – A Arte no Processo 
de Colonização e Catequização Brasileiro
O bandeirante era um pequeno produtor rural e um grande aventureiro. Sua 
moradia tinha uma configuração característica, denominada bandeirista. Estas 
características foram levadas em suas andanças: Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais 
e as construções nessas localidades são chamadas de arquitetura bandeirante.
Fique por dentro. Conheça construções históricas pertencentes ao Iphan, em todo o território 
nacional. São as Casas Patrimônio, descritas e analisadas nesse catálogo.
https://goo.gl/Apwlmt
Ex
pl
or
As características da arquitetura bandeirista estão detalhadas nos dizeres do 
arquiteto pré-modernista Ricardo Severo:
Em seu modelo ideal, a casa bandeiristase desenvolve a partir de uma 
planta retangular erguida em taipa de pilão e revestida de tabatinga, com 
paredes externas brancas com poucas aberturas, amplo telhado e um 
alpendre aberto na fachada principal.
A cobertura de telhas em quatro águas, assentada sobre estrutura de 
madeira apoiada sobre uma grande vergam termina em largos beirais 
cujos cachorros estendem-se muito além das paredes, protegendo a taipa 
da ação erosiva das chuvas frequentes.
A geometria da fachada é dominada por um amplo alpendre onde o 
patriarca recebia os visitantes. À direita de quem sai pela porta principal 
para o alpendre, fica a entrada para o quarto de hóspedes; e, à esquerda, 
o acesso à capela, disposição que evitava que estranhos adentrassem a 
área familiar.
O amplo espaço interior, pouco iluminado e de aspecto austero, tem o 
chão de terra batida. A sala principal, contígua ao alpendre, impressiona 
por suas grandes dimensões. Em torno dela, estão distribuídos os quartos, 
zona restrita à família.
Escassamente mobiliada, seu equipamento consistia basicamente de 
redes, esteiras, arcas, bancos, mesas e armários.
Nos primeiros tempos da colônia, dormia-se em redes, raras vezes 
substituídas por catres de madeira e couro. Nas arcas, dos mais diversos 
tamanhos, guardavam tudo o que possuíam, e não era muito: ferramentas, 
armas, pólvora e roupas. Os gêneros alimentícios eram estocados em 
sacos e barricas, dispostos em plataformas elevadas ou em sótãos entre 
o forro e o telhado.
Para sentar, havia bancos e banquetas, sendo raras as cadeiras mais 
pomposas. Quando existiam, era, privilégio do patriarca ou, em suas 
frequentes ausências, de sua esposa. Usualmente, as mulheres se sentavam 
no chão, sobre esteiras, tendo raramente o conforto de almofadas.
Comia-se à mesa. Nos armários de prateleiras, guardavam-se tigelas, 
gamelas, cuias e canecas; e, às vezes, alguma porção de alimento. Com 
exceção das facas de todos os tipos e tamanhos, os talheres eram um luxo.
14
15
Cozinhava-se na área livre aos fundos da casa, a céu aberto nos dias bons, 
ou debaixo de tendas de couro cru, quando chovia. Rezava-se na capela, 
onde havia um altar adornado segundo as posses da família. Quando 
eram muitos os assistentes à missa, ocupava-se também o alpendre.
Nos arredores da casa, havia plantações e instalações auxiliares, como 
moendas de cana de açúcar, estábulos, oficinas e vivendas para os serviçais.
Vivia-se uma vida austera e despojada.
(SEVERO, Ricardo. A ARTE TRADICIONAL DO BRASIL: DA ARQUI-
TETURA. Revista do Brasil: vol. IV, p. 394-424. Conferência realizada 
no dia 31 de Março de 1917, a convite do Grêmio Politécnico de São 
Paulo. São Paulo, Propriedade de uma Sociedade Anônima, Janeiro-Abril 
de 1917).
Fonte: https://goo.gl/2UHw8Z
Quando estudar o Pré-Modernismo e o próprio Modernismo, você verá o quanto 
o período colonial, com sua arte e principalmente arquitetura, foi importante na 
formação da identidade estética nacional.
Tabatinga: barro de tonalidade clara que substituía a cal para acabamento de construções.
Alpendre: cobertura à frente de uma porta que cria um lugar de destaque. No caso das casas 
bandeiristas, o alpendre é reentrante, isto é, ele encontra-se recuado em relação à fachada.
Quatro águas: telhado com inclinações nos quatros lados.
Vergam: (verga) viga fl exível colocada sobre vãos.
Cachorros: peça em balanço (apoiada em um lado apenas) que sustenta beirais dos telhados.
Altar-mor: altar principal de uma igreja, do lado oposto à entrada.
Volutas: elemento decorativo curvilíneo. 
Ex
pl
or
Figura 6 Sítio Mandu
Fonte: casasbandeiristas.com.br
15
UNIDADE O Brasil Colonial 1ª Parte – A Arte no Processo 
de Colonização e Catequização Brasileiro
O sítio Mandu (fig. 6), em Cotia, é autêntica arquitetura bandeirista do séc. XVII, 
assim como o Sítio Sto. Antônio (fig. 7), em São Roque, ambos no interior paulista. 
Caráter geométrico, simétrico em taipa de pilão, telhados com beirais, treliças nas 
janelas, alpendre reentrante. A perfeita austeridade paulista encontra na capela 
de Santo Antônio um contraponto requintado em sua decoração (fig. 8). Mário de 
Andrade adquiriu esta propriedade na década de 1940. Hoje pertence ao Iphan e 
é gerido pela Universidade de São Paulo.
Figura 7 Casa e Capela do Sítio de Santo Antônio
Fonte: casasbandeiristas.com.br
Figura 8 Tocheiros Antropomórficos originalmente pertencentes à capela 
de sto Antônio. Acervo do Museu Paulista da Universidade de São Paulo
Fonte: casasbandeiristas.com.br
Os séculos XVI e XVII viram a Contra-Reforma da Igreja Católica transformar 
a arte e as relações religiosas intercontinentais. Na arte, ao estilo maneirista 
sobrepõe-se o barroco e, posteriormente, o rococó. Na questão religiosa, os 
jesuítas – os soldados de Cristo – tinham sobre si o dever de propagar a fé cristã 
16
17
entre as colônias, convertendo os habitantes locais e ampliando o contingente de 
fiéis católicos, perdidos na Reforma. O instrumento de propagação desta fé é a 
arte, primeiramente, maneirista – e assim é instaurada a arte religiosa no Brasil. De 
acordo com Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira,
[...] o termo maneirismo é hoje aplicado à arquitetura e às artes visuais do 
século XVII, anteriores às primeiras manifestações do barroco, já no final 
da centúria, de preferência a outros que vigoraram no passado como arte 
jesuíta ou estilo chão. (OLIVEIRA; BARCINSKI, 2015, p.97)
A arquitetura religiosa maneirista é profundamente austera, tem despojamento 
e contenção formal. Não nega a ornamentação, mas a rigidez formal prevalece. 
Podemos observar essa simplicidade e rigor nas capelas primitivas que têm formas 
e partidos muito diferenciados em todo o território, ou ainda nos mosteiros 
beneditinos, como o de Salvador (1584), Rio de Janeiro (1586) – fig. 9, Olinda 
(1590), Paraíba (1596) e São Paulo (1598).
Figura 9 Fachada do Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro
Fonte: Wikimedia Commons
A arquitetura jesuítica deste período encontra-se mais conservada pelo uso 
de materiais mais resistentes. Influenciada pelo maneirismo italiano, há volumes 
retangulares, vastos espaços internos, altar-mor elevado. Na fachada, torres baixas, 
frontões clássicos e um início de volutas. A Igreja de Salvador (1692), atual Catedral 
Metropolitana de Salvador, é um exemplo desta arquitetura (fig. 10).
17
UNIDADE O Brasil Colonial 1ª Parte – A Arte no Processo 
de Colonização e Catequização Brasileiro
Figura 10 Antigo Colégio Jesuíta, atual Catedral Metropolitana de Salvador, BA
Fonte: Wikimedia Commons
Mas é do século XVIII uma das mais significativas construções jesuítica, por seu 
caráter histórico e artístico também. O Sítio Arqueológico de S. Miguel das Missões, 
no Rio Grande do Sul, deriva de uma época em que essa parte de nosso território 
pertencia à América Espanhola (LEAL, 1984). Foi declarado Patrimônio Mundial 
da Humanidade pela UNESCO em 1983. Dentro do processo de catequização 
empreendido pelos padres jesuítas, a Missão compreendia milhares de indígenas 
guaranis. Cerca de 1.000 pedreiros e carpinteiros guaranis, a partir do traçado e 
sob a responsabilidade do padre jesuíta italiano Gian Battista Primoli, construíram 
a igreja e núcleos arquitetônicos. Destes, ainda existem vestígios dos aposentos 
dos padres e da prisão, o colégio, os armazéns, arsenais e as oficinas, a ruínas do 
hospital, a casa das viúvas e o cemitério.
Só a igreja levou 10 anos para ser construída. Em cantaria, com blocos de are-
nito sobrepostos, a igreja tem 20 m de altura e uma torre com 25m, que abrigava 
cinco sinos.
A decoração do interior possuía altares em talha dourada e inúmeras esculturas 
feitas pelos índios em madeira, muitas atualmente no Museu das Missões, construído 
por Lúcio Costa na década de 1940.
Leia mais sobre o Sítio Arqueológico de São Miguel das Missões na Revista do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional, nº 19, 198;4, p 71 a 96.
https://goo.gl/LJlwur
Ex
pl
or
18
19
Figura 11 Igreja de São Miguel , no sítioarqueológico de São Miguel das Missões, RS
Fonte: Wikimedia Commons
A Missão Artística Holandesa
O lucrativo comércio do açúcar na Europa trouxe invasores de diversos países 
ao Brasil. Em 1621, a Holanda criava a Companhia das Índias Ocidentais para 
controlar as rotas comerciais pelo Atlântico. Fortalecidos, os holandeses invadiram 
e se instalaram no Nordeste, tomando Recife e Olinda em 1630.
O Conde Maurício de Nassau foi nomeado governador do Brasil holandês e 
trouxe à “Nova Holanda” – uma Recife totalmente reurbanizada e ajardinada – ar-
tistas, cientistas, arquitetos e cartógrafos. Como explica Valéria Picolli:
No período em que foi governador (1637 a 1644) Nassau transformou 
Recife numa cidade capital, à maneira das cortes principescas europeias. 
Incentivou uma urbanização mais racional da cidade [...]. Construiu os 
palácios da Boa Vista (ou Schoonzit) e de Friburgo (Vrijjburg), este 
cercado de extensos jardins de plantas nativas e espécies estrangeiras 
aclimatadas, além de possuir um zoológico com animais exóticos [...]. 
Totalmente destruída após a reconquista da cidade pelos portugueses a 
Recife de Nassau ainda permanece na imaginação local como uma espécie 
de testemunho de uma era de ouro perdida. (PICOLLI; BARCINSKY, 
2015) fig. 12
Figura 12 Vista da Cidade Maurícia e Recife , 1657 . óleo sobre madeira , 46 x 83 cm . Coleção Particular
Fonte: Wikimedia Commons
19
UNIDADE O Brasil Colonial 1ª Parte – A Arte no Processo 
de Colonização e Catequização Brasileiro
Entre os ilustres membros da comitiva de Nassau, a chamada Missão Artística 
Francesa contou com dois artistas que se tornaram referência Frans Post e Albert 
Eckhout, os pintores de Nassau. Ambos retrataram o Brasil, com abordagens 
diferenciadas, com minúcia científica ou força simbólica.
Frans J. Post
Nascido em Haarlen, Holanda (1612-1680), foi pintor, desenhista e gravador. A série 
de pinturas que produz em sua estada no Brasil é considerada uma série de obras-
primas. Nassau presenteou, em 1678, Luís XIV, soberano francês, com cerca de 
trinta obras de Post. Oito delas encontram-se no acervo do Louvre.
Suas pinturas retratam ou evocam a paisagem brasileira, em grandes planos riquíssi-
mos de detalhes. Fauna, flora, topografias, construções retratam o Brasil açucareiro 
dominado pelos holandeses. Observe as figuras 4, 5 e 12- a representação minuciosa 
evoca um cientificismo possível nos pintores barrocos protestantes – que, impossibili-
tados de retratar temáticas religiosas, buscam a representação do profano. Ao voltar 
para a Europa, continuou, por toda sua vida, a retratar um Brasil de memória, com 
luzes e cromatismos cada vez mais holandeses, mas que determinou um imaginário 
brasileiro ao europeu.
Albert Eckhout
Nascido em Groninger, Holanda (1610-
1666), foi artista e botânico, veio para o Bra-
sil em 1637 e permaneceu até 1644, como 
pintor contratado por Maurício de Nassau.
As pinturas de Eckhout, grande telas de pla-
nos aproximados de espécies botânicas, ani-
mais e de etnias, são alvo de inúmeros estudos 
e reflexões. Essas pinturas poderiam ter sido 
feitas para decorar o palácio Friburgo, em Re-
cife. Poderiam, também, ter forte simbolismo 
político: cada casal pintado por Eckhout es-
taria relacionado com um continente no qual 
a Holanda teria colônias (BELLUZZO, 1994) 
ou apenas compõem um registro etnográfico 
que retrata a formação e a identidade do povo 
brasileiro. As pinturas também têm um cará-
ter científico – próximo às figuras humanas, a 
proporção exata das espécies de fauna e flo-
ra são asseguradas. Eckout pintou uma gran-
de tela retratando uma dança tapuia; quatro 
casais que representam o indígena, o negro, 
o mulato e o mameluco, retratos e inúmeras 
naturezas mortas. Fig. 13.
Figura 13 Albert Eckhout. Mulher Tapuia. 
1641-43. Óleo sobre tela. 274 x 170 cm. 
Nationalmuseet, Copenhagem
Fonte: Wikimedia Commons
20
21
A Estatuária Protobarroca
A estatuária sacra ocupa, via de regra, os retábulos e nichos das igrejas e ora-
tórios, ou tem lugar em procissões. São denominadas, de forma geral, imaginária. 
No século XVII, esta estatuária que antecede a opulência e expressividade do barro-
co, caracteriza-se pela rigidez formal, linhas e cromatismos sóbrios, panejamentos 
verticais, quando produzidas por artistas religiosos. Uma grande quantidade de 
artistas anônimos – devotos, discípulos, autodidatas, mestiços criados nas igrejas – 
produzem trabalhos de qualidade e, eventualmente, de forte expressividade – dada 
por desproporções ou interpretações livres. Fig. 14.
Figura 14 Autor desconhecido. Imaginária Santo Antônio, século XVII. 
Barro cozido. Procedência desconhecida. Acervo Museu de Arte Sacra de São Paulo
Fonte: museuartesacra.org.br
As ordens religiosas (apêndices da igreja secular com vocações específicas) que 
instalaram-se no Brasil nos primeiros séculos de colonização, estenderam suas ca-
racterísticas às formas, tanto na arquitetura, quanto na estatuária. Assim,
[...] se o século XVII maneirista determinou características gerais nas es-
culturas, como as posturas e as expressões severas e os planejamentos 
retos e com pouca movimentação, por outro lado é possível observar que 
as imagens jesuítas são mais retóricas, já que destinadas a apoiar as pre-
gações; as beneditinas, mais concentradas, como convém a uma ordem 
contemplativa; e as franciscanas mais conviviais e familiares, como os 
populares frades franciscanos. (OLIVEIRA; BERCINSKY, 2015, p.129)
O escultor beneditino Frei Agostinho da Piedade, de origem portuguesa, produ-
ziu obras importantes em diversos mosteiros entre Bahia e São Paulo fig. 15. Foi 
mestre do brasileiro Frei Agostinho de Jesus.
21
UNIDADE O Brasil Colonial 1ª Parte – A Arte no Processo 
de Colonização e Catequização Brasileiro
Figura 15 Frei Agostinho da Piedade. 
Imaginária Santo Amaro, século XVII. 
Barro cozido e policromado. Proveniência 
Igreja Matriz de Santana de Parnaíba
Fonte: museuartesacra.org.br
Figura 16 Frei Agostinho de Jesus. Imaginária Nossa senhora 
da Purificação. Século XVII, barro cozido policromado. Acervo 
Museu de Arte Sacra de São Paulo. Proveniente da Igreja da 
Matriz de Santana do Parnaíba, SP
Fonte: museuartesacra.org.br
Conexões contemporâneas: 
Cildo Meireles – “Missão: Missões 
(como construir catedrais)”
A importância de Cildo Meireles na arte contemporânea é imensa. Sua trajetória, 
fortemente conceitual, ideológica, experimental, produziu obras emblemáticas para 
a história – não só da arte – brasileira. Cada obra, ação artística, objeto ou instalação 
de Meireles proporciona experiência singular, reflexão ideológica, formação ou 
destruição de conceitos. Um dos mais importantes artistas contemporâneos, vale 
conhecer toda a sua obra.
Para começar a conhecer trajetória de Cildo Meireles, leia a entrevista concedida à 
Revista Carbono: https://goo.gl/HDHRyQEx
pl
or
No contexto deste capítulo, foi escolhida a instalação intitulada Missão/Missões 
– Como Construir Catedrais (fig. 17), de 1987, para uma conexão. No chão, 
600 moedas de um centavo da época (equivalente a 5 dólares, como explica o 
artista); um teto com 2 mil ossos de gado; entre os dois uma fina coluna feita de 
800 hóstias empilhadas, um canal conector entre os ossos e o dinheiro, entre céu 
22
23
e terra, entre vida e morte. Missão/Missões – Como construir Catedrais, é uma 
referência às Missões Jesuíticas que ocorreram no Brasil, Argentina e Paraguai no 
século XVII e XVII. Qual o custo humano da conversão das comunidades indígenas 
ao Cristianismo? Quais as conexões e desdobramentos entre as ações religiosas e 
o colonialismo? As respostas tangenciam os ritos e os conflitos de nossa história.
Com uma visualidade poderosa, que se aproxima da teatralidade barroca e 
força simbólica dos materiais, Missão/Missões – Como construir Catedrais, foi 
exposta na exposição Magiciens de la Terre, organizada em 1989 pelo curador 
francês Jean Hubert Martin, no Centro Georges Pompidou, em Paris, França.Figura 17 Missão/ Missões ( Como construir catedrais) - Cildo Meireles, 1987. Aproximadamente 600.000 moedas, 
800 hóstias, 2000 ossos, 80 pedras de pavimento e tecido negro. 235 x 600 x 600 cm. Fotografi a: Trudo Engels
Fonte: revistacarbono.com
23
UNIDADE O Brasil Colonial 1ª Parte – A Arte no Processo 
de Colonização e Catequização Brasileiro
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Museu de Arte Sacra de São Paulo
Navegue no ótimo site do Museu de Arte Sacra de São Paulo
http://www.museuartesacra.org.br/pt/
 Livros
O Brasil dos Viajantes
Conheça a Missão Artística Holandesa lendo o extraordinário O Brasil dos viajantes, 
Ana Maria de Morais Beluzzo. No primeiro volume, a arte dos holandeses que aqui 
aportaram é analisada de forma maravilhosa.
 Filmes
A Missão
Assista ao drama histórico A Missão. 1986. Direção de Roland Joffé, com Jeremy 
Irons e Robert De Niro. O filme trata da questão dos jesuítas que buscam a conversão 
de índios guaranis fundando uma Missão. Ganhou a Palma de Ouro, em Cannes e o 
Oscar de Melhor Fotografia.
 Visite
Museus de Arte Sacra
Visite os museus de arte sacra de sua região, independente da sua fé, a arte sacra 
brasileira é rica demais!
 Leitura
A Terra Brasilis como Terra Incógnita
Artigo de André Reyes Novaes na Revista Carbono, 2012. Interessante reflexão sobre 
cartografia e representação.
https://goo.gl/UwD2W5
Casas do Patrimônio
Uma análise das casas tombadas que pertencem ao Iphan.
https://goo.gl/Apwlmt
24
25
Referências
BARCINSKI, F. W. Sobre a Arte Brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
BELLUZZO, A. M. de M. O Brasil dos viajantes. 3 vol. São Paulo: Odebrecht, 1994.
HOLLANDA, S. B. de. História Geral da Civilização Brasileira. Tomo 1. São 
Paulo: Records,1993.
PEREIRA, S. G., OLIVEIRA, M. A. R., LUZ, A. A História da Arte no Brasil: 
textos de síntese. Rio de Janeiro: UFRJ, 2008.
SILVA, R. M. Da Pré-História ao fim do Período Colonial (livro 1). Rumo 
Certo. (e-Book).
SIMONSEN, R. C. História econômica do Brasil: 1500-1820. Brasília: Senado 
Federal, 2005. http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/1111
TIRAPELLI, P. Conhecendo os Patrimônios da Humanidade no Brasil. São 
Paulo: Metalivros, 2001.
25

Continue navegando