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Reflexos Primitivos DEFINIÇÃO • Os Reflexos Primitivos são respostas automáticas e estereotipadas a um determinado estímulo externo. • Estão presentes ao nascimento mas devem ser inibidos ao longo dos primeiros meses, quando surgem os reflexos posturais. • Sua presença mostra integridade do sistema nervoso central; entretanto, sua persistência mostra disfunção neurológica. REFLEXO DE MORO (0-6 MESES) • É desencadeado por queda súbita da cabeça, amparada pela mão do examinador. • Observa-se uma abdução e extensão dos membros superiores com abertura das mãos seguida de uma adução e flexão cruzada destes membros. • Esse reflexo primitivo, que avalia a cintura escapular da criança, desaparece e tende a se integrar por volta do 5º ou 6º mês de vida do bebê, não devendo persistir no segundo semestre. REFLEXO DE SUCÇÃO (0-2 MESES) • É desencadeado pela estimulação dos lábios. • Observa-se sucção vigorosa. • Sua ausência é sinal de disfunção neurológica grave. • O reflexo de sucção está intimamente relacionado com o reflexo da voracidade, mas pode ser avaliado individualmente com a presença de um estímulo tátil nos lábios ou a inserção de um objeto na boca da criança, como uma chupeta ou o próprio dedo do examinador. REFLEXO DA VORACIDADE (0-4 MESES) • Reflexo dos pontos cardeais ou da busca • O examinador deve tocar a região perioral da criança, o que fará com que ela vire a cabeça em direção ao estímulo, abrindo a boca e realizando uma tentativa de sucção com protrusão da língua. • Por anteceder a pega correta, esse reflexo é extremamente importante para a amamentação. REFLEXO TÔNICO CERVICAL ASSIMÉTRICO (0-3 MESES) • Reflexo do esgrimista ou reação de Magnus-Kleijn • É desencadeado pela rotação de 90 graus da cabeça, que deve ser mantida desta forma por 15 segundos. • O reflexo tônico cervical assimétrico será perceptível pela extensão ipsilateral (à rotação) dos membros superior e inferior e flexão contralateral (do lado occipital) dos membros superior e inferior. • O reflexo exagerado e/ou persistente (além do terceiro mês de vida) representa comprometimento cerebral. REFLEXO DA PREENSÃO PALMAR (0-6 MESES) • O examinador deve posicionar o dedo index na palma da mão da criança, obtendo como resposta a flexão dos dedos. • Deve desaparecer entre 4 e 6 meses, quando se torna um movimento voluntário de preensão. REFLEXO DA PREENSÃO PLANTAR (0-15 MESES) • É avaliado com o examinador colocando o polegar na planta do pé do bebê, logo abaixo os dedos, observando também a flexão dos mesmos. • Deve desaparecer com 15 meses de vida, quando se torna um movimento voluntário de preensão. REFLEXO CUTÂNEO PLANTAR (0-18 MESES) • Obtido através do estímulo da porção lateral do pé, desencadeando no recém-nascido a extensão do hálux. REFLEXO DA MARCHA REFLEXA (0-2 MESES) • O examinador segura a criança pelo tronco com as duas mãos e o reflexo é obtido pelo contato da planta do pé com a superfície, que resulta em marcha. • Inicia nos primeiros dias pós-parto e deve desaparecer entre a quarta e oitava semana de vida. REFLEXO DE GALANT (0-2 MESES) • Reflexo do encurvamento do tronco • A criança deve estar em decúbito ventral, suspenso pelo examinador ou não, o qual deve realizar um estímulo tátil na região dorso-lateral da criança. • Com isso, tanto o quadril quanto o tronco da mesma se direcionarão para o lado no qual ocorreu o estímulo, ou seja, será observado um encurtamento do tronco ipsilateral. • Realizando esta manobra, que desaparece por volta dos 2 meses de vida, o examinador conseguirá avaliar a cintura pélvica da criança. REFLEXO DE COLOCAÇÃO PLACING– (0-2 MESES) • É desencadeado por estímulo tátil do dorso do pé estando o bebê seguro pelas axilas. • Observa-se elevação do pé como se estivesse subindo um degrau de escada. • É o único reflexo primitivo com integração cortical. FENÔMENO DOS OLHOS DE BONECA (0-2 MESES) • Estando o bebê reclinado nos braços do examinador, rodar a sua cabeça lentamente para um dos lados e mantê-la na posição por alguns segundos. • A resposta obtida são os olhos permanecerem na posição inicial, não acompanhando o movimento da cabeça. MANOBRA DE PROPULSÃO (0-3 MESES) • Ao fazer apoio plantar com os dedos, o RN, em prono, realiza movimentos de rastejar, alternadamente. REFLEXO PARAQUEDAS (INÍCIO: 6 MESES) • É desencadeado colocando-se a criança de ponta cabeça. Observa-se a extensão dos braços para frente, como se para amparar a queda. • É o último reflexo postural a aparecer. • Está presente a partir de 8 a 9 meses de idade. • Deve estar obrigatoriamente presente aos 12 meses. REFLEXO DE LANDAU (INÍCIO: 4-5 MESES) • É desencadeado quando o bebê é suspenso na posição prona. Observa-se elevação da cabeça acima do tronco. • Em seguida o tronco é retificado e as pernas estendidas. • Quando o examinador flete a cabeça, as pernas se fletem. • É um reflexo postural fundamental para sentar e andar APOIO LATERAL (INÍCIO: 6-8 MESES) • É desencadeado lateralizando-se o tronco do bebê sentado. • Observa-se extensão do braço ipsilateral ao lado da queda, com apoio da palma da mão na maca. REFLEXO TÔNICO CERVICAL SIMÉTRICO (0-4 MESES) • Criança em decúbito ventral, ligeiramente suspensa pelo abdome e o profissional realiza a flexão ou extensão passiva ou ativa da cabeça; • Para flexão: Terá com resposta a flexão dos membros superiores e extensão dos membros inferiores. • Para extensão: Terá como resposta a extensão dos membros superiores e flexão dos inferiores REFLEXO TÔNICO CERVICAL LABIRÍNTICO (0-4 MESES) • Este reflexo também exibe uma resposta flexora e outra extensora, porém, são mais apropriadamente designadas como repostas em prono e supino. • A presença do RTL é sempre patológica, este reflexo é de grande importância para o diagnóstico precoce da encefalopatia crônica da infância. • É evocado pelas mudanças da posição da cabeça no espaço. • Na criança com PC provoca um máximo de tônus extensor (hipertonia) na posição supina e um mínimo na posição prona. • Examinador leva a criança suavemente para a posição prona ou supina sobre uma superfície (a própria posição é o estímulo para desencadear o reflexo). • Respostas: No caso da posição prona, ocorre aumento do tônus flexor de braço, pernas e quadris. No– caso da testagem em supino, ocorrerá aumento do tônus extensor de braço, pernas e quadris. • Quando a resposta em supino é muito intensa, pode ocorrer o opistótono. • Neste caso, a hiperextensão de tronco e membros faz o paciente formar um arco, com apoio na cabeça e calcanhares.
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