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Prévia do material em texto

Prefeitura de Mogi das Cruzes/SP 
 
 
 
Professor de Educação Básica I 
 
 
 
Língua Portuguesa 
Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). .................................................... 1 
Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras. ............................................................................ 3 
Pontuação. ............................................................................................................................................................................ 4 
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: cargo 
e sentido que imprimem às relações que estabelecem. ................................................................................................ 8 
Concordância verbal e nominal. ..................................................................................................................................... 28 
Regência verbal e nominal. ............................................................................................................................................. 31 
Colocação pronominal. .................................................................................................................................................... 36 
Crase. .................................................................................................................................................................................. 37 
 
 
Matemática 
Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação ou 
radiciação com números racionais, nas suas representações fracionária ou decimal; ........................................... 1 
Mínimo múltiplo comum; Máximo divisor comum; ....................................................................................................... 4 
Porcentagem; ........................................................................................................................................................................ 5 
Razão e proporção; .............................................................................................................................................................. 7 
Regra de três simples ou composta; ................................................................................................................................. 9 
Equações do 1º ou do 2º graus; ...................................................................................................................................... 14 
Sistema de equações do 1º grau; .................................................................................................................................... 17 
Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e massa; .............................. 19 
Relação entre grandezas – tabela ou gráfico; ............................................................................................................... 21 
Tratamento da informação – média aritmética simples; ........................................................................................... 25 
 
 
Conhecimentos Pedagógicos e Legislação e Normas da 
Educação 
A Educação baseada em direitos humanos, enquanto processo de humanização tendo como referencial a ética, 
estética, solidariedade e respeito ao bem comum ......................................................................................................... 1 
Educação Inclusiva ............................................................................................................................................................... 6 
A integração entre educar e cuidar como diretriz na educação básica ................................................................... 16 
Prevenção e enfrentamento da violência ...................................................................................................................... 28 
Aprendizagem e desenvolvimento: afetividade, construção do conhecimento, zona de desenvolvimento 
proximal .............................................................................................................................................................................. 33 
A ludicidade enquanto dimensão humana ................................................................................................................... 50 
Avaliação: o papel do erro, a relação entre a avaliação e o fracasso escolar, os registros do educando e do 
educador no acompanhamento dos processos de aprendizagem e desenvolvimento ......................................... 57 
A reorganização dos tempos e espaços escolares ....................................................................................................... 67 
A educação e os tempos de vida: Concepção de infância(s) e adolescência ........................................................... 73 
Educação de Jovens e Adultos: identidade, trajetória, cultura e singularidades ................................................... 88 
Educação Integral e Escola em tempo integral ............................................................................................................ 96 
Organização da escola centrada no processo de desenvolvimento pleno do educando .................................... 109 
Concepções de educação e escola ................................................................................................................................. 117 
Função social da escola .................................................................................................................................................. 130 
Metodologias: pedagogia participativa na infância, juventude e vida adulta; trabalho coletivo, foco nos 
educandos (sujeitos)....................................................................................................................................................... 135 
Tecnologias e mediação pedagógica; A educação escolar e as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)
 ............................................................................................................................................................................................ 136 
A relação entre família/comunidade e escola na contemporaneidade ................................................................. 147 
Currículo: a valorização das diferenças individuais, de gênero, étnicas e socioculturais e o combate à 
desigualdade .................................................................................................................................................................... 152 
Currículo, conhecimento e processo de aprendizagem: as tendências pedagógicas na escola ......................... 176 
Currículo em ação: planejamento, seleção, contextualização e organização dos conteúdos; o trabalho por 
projetos; educação integral ........................................................................................................................................... 186 
Interdisciplinaridade, protagonismo e autoria .......................................................................................................... 205 
Gestão democrática: a participação como princípio ................................................................................................. 212 
Projeto político-pedagógico: fundamentos para a orientação, o planejamento e a implementação das ações 
educativas da escola ....................................................................................................................................................... 218 
Currículo e cultura: visão interdisciplinar e transversal do conhecimento; A avaliação diagnóstica ou 
formadora, os processos de ensino e de aprendizagem e a promoção escolar; A mediação do professor, dialogal 
e problematizadora, no processo de aprendizageme desenvolvimento do aluno.............................................. 225 
A inerente formação continuada do educador ........................................................................................................... 225 
O lúdico como ferramenta de aprendizagem ............................................................................................................. 231 
Conceitos de tecnologia educacional e metodologias ativas. Uso de tecnologias digitais na sala de aula....... 237 
Normas constitucionais: fontes primárias da regulação e organização da educação nacional. ........................ 239 
A educação municipal e a Lei Orgânica do Município de Mogi das Cruzes. .......................................................... 244 
Estrutura e funcionamento da educação nacional e municipal de Mogi das Cruzes: legislação federal e 
municipal .......................................................................................................................................................................... 253 
Natureza reguladora e regulamentadora da educação básica, etapas e modalidades de ensino ..................... 284 
Sistema nacional e municipal de educação ................................................................................................................. 287 
Atribuições e competências: Sistema Municipal de Ensino. Conselho Municipal de Educação. Estabelecimentos 
de Ensino. Profissionais da Educação .......................................................................................................................... 301 
Estatuto, Plano de Carreira e Remuneração dos Profissionais do Magistério Público Municipal de Mogi das 
Cruzes: Direitos e Deveres. ............................................................................................................................................ 309 
Políticas Pedagógicas da Secretaria Municipal de Educação de Mogi das Cruzes: currículo municipal de Mogi 
das Cruzes ......................................................................................................................................................................... 335 
A relação da Educação e dos Direitos das Crianças e Adolescentes ....................................................................... 335 
Diretrizes Curriculares nacionais e municipais para a Educação Básica .............................................................. 337 
 
 
Conhecimentos Pedagógicos Específicos 
Fundamento e Metodologia do ensino no âmbito dos anos iniciais em todos os componentes curriculares; 
Fundamento e Metodologia do ensino no âmbito da educação infantil, direitos e aprendizagens em todos os 
campos de experiências ...................................................................................................................................................... 1 
Currículo nos anos iniciais: a ênfase na competência leitora (alfabetização e letramento) e o desenvolvimento 
dos saberes ............................................................................................................................................................................ 1 
A construção do pensamento matemático pela problematização de situações do cotidiano; A resolução de 
problemas matemáticos e das diversas áreas de conhecimento ................................................................................. 4 
O educando e as múltiplas linguagens - o direito às artes e à expressão ................................................................ 13 
Ciências: pesquisa, investigação e cotidiano ................................................................................................................ 24 
A educação e a cultura corporal do movimento .......................................................................................................... 29 
A integração entre educar e cuidar na educação básica ............................................................................................. 38 
Avaliação nos anos iniciais e na educação infantil ...................................................................................................... 38 
A psicogênese na língua escrita ...................................................................................................................................... 47 
O olhar pedagógico para os desenhos de crianças ...................................................................................................... 72 
A relação da aprendizagem e práticas corporais: educação física escolar.............................................................. 73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao 
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não 
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é 
dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de 
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, 
narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam 
infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte 
de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para 
isso, devemos entender, primeiro, algumas definições 
importantes: 
 
Texto 
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de 
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações 
de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, 
um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma 
novela de televisão também são formas textuais. 
 
Interlocutor 
É a pessoa a quem o texto se dirige. 
 
Texto-modelo 
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, 
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. 
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. 
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado 
com outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? 
(…) 
É normal você querer o máximo de atenção do seu 
namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte 
mais importante da sua vida.” 
(Revista Capricho) 
 
Modelo de Perguntas 
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar 
quem é o seu interlocutor preferencial? 
Um leitor jovem. 
 
2) Quais são asinformações (explícitas ou não) que 
permitem a você identificar o interlocutor preferencial do 
texto? 
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor 
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser 
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista 
Capricho tem como público-alvo preferencial: meninas 
adolescentes. 
A linguagem informal típica dos adolescentes. 
 
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS 
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 
a leitura; 
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos duas vezes; 
04) Inferir; 
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor; 
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão; 
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão; 
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-a-
interpretacao-de-textos-em-provas/ 
 
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar 
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento 
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O 
mundo moderno cobra de nós inúmeras competências, uma 
delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a 
uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de 
entender aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional 
está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas 
do código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura 
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e 
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise 
de textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar 
suas dúvidas. 
Uma interpretação de texto competente depende de 
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar 
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas 
vezes, apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes 
em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz 
suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência 
e, por isso, sempre releia, pois uma segunda leitura pode 
apresentar aspectos surpreendentes que não foram 
observados anteriormente. Para auxiliar na busca de sentidos 
do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais 
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os 
parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom 
texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é 
porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação 
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias 
supracitadas ou apresentando novos conceitos. 
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram 
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não 
costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, 
supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às 
ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso 
na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à 
revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com 
cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um 
analfabeto funcional e ler com atenção é um exercício que deve 
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de 
nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece 
nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos! 
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa-
interpretacao-texto.html 
 
Questões 
 
01. (Câmara de Mauá – SP - Procurador Legislativo - 
VUNESP/2019) Leia trecho da crônica de Luís Fernando 
Veríssimo para responder às questão. 
 
 Vá entender___________. que depois dos 7 a 1 o torcedor 
brasileiro, desencantado, passaria _______ badminton, balé 
aquático ou outro esporte que não envolvesse bola ou 
qualquer coisa vagamente esférica. O desastre na Copa de 
2014 não só _______ não éramos mais o país do futebol como 
fomentaria nosso ódio pelo futebol. O futebol seria para nós 
Leitura e interpretação de 
diversos tipos de textos 
(literários e não literários). 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 2 
como a História para Stephen Dedalus, aquele personagem do 
James Joyce: um pesadelo do qual estaríamos tentando 
acordar. Mas não. Assimilamos a derrota até com certa 
resignação filosófica. Depois da derrota para o Uruguai em 
1950, correram boatos de suicídios em massa, de torcedores 
ateando fogo _______ vestes, do Bigode engolindo formicida e do 
Barbosa pedindo asilo numa embaixada estrangeira. Depois 
dos 7 a 1 não houve nada parecido, nem boatos de coisa 
parecida. Foi uma desilusão dolorida, não foi uma tragédia. 
(Luis Fernando Veríssimo [org. Adriana Falcão e Isabel 
Falcão], “O bum”. Ironias do tempo, 2018. Adaptado.) 
As informações do texto permitem concluir que a hipótese 
de que 
(A) o torcedor brasileiro deixaria de exaltar suas tragédias 
não foi levada a termo, uma vez que a sua resignação filosófica 
foi insuficiente para minimizar a derrota por 7 a 1 da Copa de 
2014. 
(B) o futebol deixaria de ser o esporte preferido do 
brasileiro começou a virar realidade, uma vez que outros 
esportes que não envolvem bola caíram no gosto dos 
torcedores. 
(C) o Brasil deixaria de ser o país do futebol virou 
realidade, uma vez que os torcedores encararam a derrota por 
7 a 1 como uma verdadeira tragédia, tal como aquela para o 
Uruguai em 1950. 
(D) o brasileiro deixaria de gostar de futebol depois do 
desastre da Copa de 2014 não se concretizou, uma vez que os 
torcedores aceitaram o sofrimento imposto pela derrota por 7 
a 1 sem revoltas. 
(E) a Copa de 2014 deixaria de incomodar rapidamente o 
torcedor brasileiro foi deixada de lado, uma vez que o espírito 
de sofrimento e tragédia de 1950 se instalou no país. 
 
02. (TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - FCC/2019) 
 
1 Existe uma enfermidade moderna que afeta dois terços 
dos adultos. Seus sintomas incluem falta de apetite, dificuldade 
para controlar o peso, baixa imunidade, flutuações de humor, 
entre outros. Essa enfermidade é a privação de sono crônica, 
que vem crescendo na esteira de dispositivos que emitem luz 
azul. 
2 Por milênios, a luz azul existiu apenas durante o dia. 
Velas e lenha produziam luz amarelo-avermelhada e não havia 
iluminação artificial à noite. A luz do fogo não é problema 
porque o cérebro interpreta a luz vermelha como sinal de que 
chegou a hora de dormir. Com a luz azul é diferente: ela 
sinaliza a chegada da manhã. 
3 Assim, um dos responsáveis pelo declínio da qualidade 
do sono nas duas últimas décadas é a luz azulada que emana 
de aparelhos eletrônicos; mas um dano ainda maior acontece 
quando estamos acordados, fazendo um malabarismo 
obsessivo com computadores e smartphones. 
4 A maioria das pessoas passam de uma a quatro horas 
diárias em seus dispositivos eletrônicos - e muitos gastam bem 
mais que isso. Não é problema de uma minoria. Pesquisadores 
nos aconselham a usar o celular por menos de uma hora 
diariamente. Mas o uso excessivo do aparelho é tão 
predominante que os pesquisadores cunharam o termo 
“nomofobia" (uma abreviatura da expressão inglesa no-
mobile-phobiaj para descrever a fobia de ficar sem celular. 
5 O cérebro humano exibe diferentes padrões de atividade 
para diferentes experiências. Um deles retrata reações 
cerebrais de um viciado em jogos eletrônicos. 
“Comportamentos viciantes ativam o centro de recompensa do 
cérebro", afirma Claire Gillan, neurocientista que estuda 
comportamentos obsessivos. “Contanto que a conduta 
acarrete recompensa, o cérebro a tratará da mesma maneira 
que uma droga". 
 (Adaptado de: ALTER, Adam. Irresistível. São Paulo: 
Objetiva, edição digital) 
Considere as afirmações abaixo. 
I. Critica-se no último parágrafo a dependência psicológica 
do celular, chamada por especialistas de “nomofobia”, 
característica de uma minoriaque o utiliza de maneira 
abusiva. 
II. No texto, associa-se a perda da qualidade do sono ao uso 
de dispositivos eletrônicos que emitem luz azul. 
III. O autor expressa sentimento de nostalgia ao enaltecer 
uma época em que a maior parte da iluminação noturna 
provinha de luzes amarelo-avermelhadas. 
 
Está correto o que consta APENAS de 
(A) II e III 
(B) I e II. 
(C) II. 
(D) I 
(E) I e III. 
 
03. (Prefeitura de Caranaíba - MG - Auxiliar de 
Consultório Dentário - FCM/2019) A questão se refere ao 
texto a seguir. 
 
Seu cachorro é um gênio – saiba o porquê 
 
Brian Hare, neurocientista especializado em cognição 
canina, e sua esposa, a cientista e jornalista Vanessa Woods, 
explicam como funciona a mente dos cães e contam por que 
eles podem ser mais inteligentes do que seus donos imaginam. 
Baseados em um conjunto de trabalhos sobre o assunto 
que apelidaram de caninognição – ou seja, a cognição dos cães 
–, os autores chegaram à conclusão de que o processo 
evolutivo que transformou lobos em cachorros domésticos fez 
com que os animais adquirissem um novo tipo de inteligência 
social. 
Essa inteligência teria tornado os cães muito semelhantes 
a bebês humanos, em termos de comportamento e de 
habilidades de comunicação – conquistando seus donos 
definitivamente. De acordo com Brian Hare, depois dos seres 
humanos, os cachorros são os mamíferos mais bem-sucedidos 
do planeta, superando até mesmo os chipanzés, famosos por 
sua esperteza. 
Disponível em: <https://veja.abril.com.br/ciencia/seu-
cachorro-e-um-genio-saiba-o-porque/> Acesso em: 13 ago. 
2019. Adaptado. 
 
Considerando-se a leitura do texto, é correto afirmar que 
(A) cachorros e lobos se igualam em termos de 
comportamento e de habilidades. 
(B) o estudo da mente dos cães prova a semelhança de 
comportamento entre estes animais e os bebês humanos. 
(C) cachorros domésticos se tornaram bem-sucedidos em 
inteligência graças a pesquisas de cognição canina. 
(D) os cães conquistaram ainda mais seus donos porque 
estes descobriram a inteligência social desses animais. 
 
04. (UFPE - Químico - COVEST-COPSET/2019) 
 
“Português é muito difícil”. 
 
Essa afirmação preconceituosa é prima-irmã da ideia de 
que “brasileiro não sabe português”. Como o nosso ensino da 
língua sempre se baseou na norma gramatical literária de 
Portugal, as regras que aprendemos na escola, em boa parte, 
não correspondem à língua que realmente falamos e 
escrevemos no Brasil. 
Por isso, achamos que “português é uma língua difícil”: 
temos de fixar regras que não significam nada para nós. No dia 
em que nosso ensino se concentrar no uso real, vivo e 
verdadeiro da língua portuguesa do Brasil, é bem provável que 
ninguém continue a pensar assim. Todo falante nativo de uma 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 3 
língua sabe essa língua. Saber uma língua, na concepção 
científica da linguística moderna, significa conhecer 
intuitivamente e empregar com facilidade e naturalidade as 
regras básicas de seu funcionamento. 
Está provado e comprovado que uma criança, por volta dos 
7 anos de idade, já domina perfeitamente as regras gramaticais 
de sua língua. O que ela não conhece são sutilezas e 
irregularidades no uso dessas regras, que só a leitura e o 
estudo podem lhe dar. Nenhuma criança brasileira dessa idade 
vai dizer, por exemplo: “Uma meninos chegou aqui amanhã”. 
(...) 
Se tantas pessoas inteligentes e cultas continuam achando 
que “não sabem português” ou que “português é muito difícil”, 
é porque o uso da língua foi transformado numa ciência 
esotérica, numa doutrina cabalística que somente alguns 
iluminados conseguem dominar completamente. (...) 
No fundo, a ideia de que “português é muito difícil” serve 
como um dos instrumentos de manutenção do status quo das 
classes sociais prestigiadas. 
É lamentável que a imagem da língua tenha sido 
empobrecida e reduzida a uma nomenclatura confusa e a 
exercícios descontextualizados, práticas que se revelam 
irrelevantes para, de fato, levar alguém a se valer dos muitos 
recursos que a língua oferece. 
Marcos Bagno. Preconceito linguístico. São Paulo: 
Parábola, 2015. p. 57-63. Adaptado. 
 
Avaliando as ideias expressas no Texto 2, é correto afirmar 
que: 
(A) são mostradas as consequências do problema, mas não 
se discutem as causas que o provocam. 
(B) faltam argumentos que sustentem outras 
possibilidades de contornar a realidade tratada. 
(C) conforme a visão do Texto 2, a escola fica inteiramente 
dispensada de ensinar a língua. 
(D) os preconceitos que atingem o fenômeno da língua têm 
repercussão socialmente danosa. 
(E) o uso real da língua portuguesa falada no Brasil 
constitui o referencial de estudo nas escolas. 
 
05. (IBGE - Agente Censitário Operacional - FGV/2019) 
 
Texto 1 
 
Uma propaganda sobre o aniversário de um programa de 
notícias diz o seguinte: 
O maior programa brasileiro de notícias completa 40 anos 
A história de quatro décadas do programa registra os fatos 
mais relevantes da história mundial, bem como as evoluções 
tecnológicas e de tratamento de informação que vêm 
transformando as comunicações em todo o mundo. 
 
Segundo o texto 1, o destaque de maior valor do programa 
de notícias é: 
(A) a procura incessante pela verdade nas informações; 
(B) a durabilidade sempre atualizada do programa; 
(C) a documentação histórica de fatos e evoluções; 
(D) a transformação do programa através do tempo; 
(E) as mudanças no tratamento das informações. 
 
Gabarito 
1. D / 2. C / 3. B / 4. D / 5. C 
 
 
1 BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 2009. 
 
 
Sinonímia1 
 
Ocorre quando há mais de uma palavra com significado 
semelhante, podendo estar no lugar da outra em determinado 
contexto, mesmo que haja diferentes nuanças de sentido ou de 
carga estilística. 
Ex.: casa, lar, morada, residência, mansão 
 
A identidade dos sinônimos é relativa. Em seus diferentes 
usos (literário ou popular), assumem sentidos “ocasionais” 
fazendo com que, pelo contexto, um não pode ser empregado 
pelo outro sem que haja uma perda do real significado da 
expressão. 
Dependendo do domínio, os sinônimos podem surgir com 
leves gradações semânticas: sentido abstrato ou concreto; 
valor popular ou literário (morrer / fenecer); menor ou maior 
intensidade de significação (chamar / clamar / bradar / 
berrar); aspecto cultural (escutar / auscultar); entre outros. 
Vale lembrar também que muitas palavras são sinônimas, 
se levarmos em conta as variações geográficas (aipim = 
macaxeira; mexerica = tangerina; pipa = papagaio; aipo = 
salsão...). 
 
Antonímia 
 
Ocorre quando palavras estabelecem oposição 
contraditória entre si (vida / morte), contrária (chegar / 
partir) ou correlativa (irmão / irmã). 
A antonímia pode ser entendida a partir de três 
subconceitos: 
Complementaridade (onde a negação de uma implica a 
afirmação da outra e vice-versa): Rafael não está casado 
implica que Rafael é solteiro; Rafael está casado implica que 
João não é Rafael); 
Antonímia (opostos por excelência): grande / pequeno; 
Correlação: comprar / vender; marido / mulher). 
 
A respeito da manifestação da antonímia, há três aspectos 
distintos: 
Por meio de palavras de radicais diferentes: bom / mau; 
Com a ajuda de um prefixo negativo nas palavras do 
mesmo radical: feliz / infeliz; legal / ilegal; 
Palavras que possuem significados opostos: excluir / 
incluir; progredir / regredir. 
 
A antonímia, em alguns casos, pode ocorrer porque a 
palavra apresenta valor ativo e passivo. 
Ex.: alugar 
- dar de aluguel 
- receber de aluguel 
 
Sentido Próprio e Sentido Figurado 
 
É possível empregar as palavras no sentido próprio ou no 
sentido figurado. 
Ex.: 
- Construí um muro de pedra. (Sentido próprio). 
- Dalton tem um coração de pedra. (Sentido figurado). 
- As águas pingavam da torneira. (Sentido próprio). 
- As horas iam pingando lentamente. (Sentido figurado). 
Sinônimos e antônimos. 
Sentido próprio e figurado das 
palavras. 
APOSTILASOPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 4 
Questões 
 
01. (Prefeitura de Cristalina - GO – Recepcionista - 
Quadrix/2019) No período “Propostas hoje defendem 
adoção, a partir da Rio+20, de metas semelhantes para a 
sustentabilidade”, é correto substituir a palavra “adoção” por 
(A) utilização. 
(B) implantação. 
(C) escolha. 
(D) aceitação. 
(E) acolhimento. 
 
02. (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor - 
FURB/2019) Em “...sendo uma das pioneiras na implantação 
da metodologia.”, a palavra destacada significa: 
(A) últimas 
(B) precursoras 
(C) únicas 
(D) corretas 
(E) difíceis 
 
03. (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor - 
FURB/2019) Assinale a alternativa que contém um antônimo 
de “tradicional”: 
(A) recente 
(B) famoso 
(C) consagrado 
(D) conhecido 
(E) popular 
 
Gabarito 
01. B / 02. B / 03. A 
 
 
 
PONTUAÇÃO 
 
Para a elaboração de um texto escrito, deve-se considerar 
o uso adequado dos sinais de pontuação como: pontos, 
vírgula, ponto e vírgula, dois pontos, travessão, parênteses, 
reticências, aspas, etc. 
Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e, se 
utilizados corretamente, facilitam a compreensão e 
entendimento do texto. 
 
A Importância da Pontuação 
 
2As palavras e orações são organizadas de maneira 
sintática, semântica e também melódica e rítmica. Sem o ritmo 
e a melodia, os enunciados ficariam confusos e a função 
comunicativa seria prejudicada. 
O uso correto dos sinais de pontuação garante à escrita 
uma solidariedade sintática e semântica. O uso inadequado 
dos sinais de pontuação pode causar situações desastrosas, 
como em: 
- Não podem atirar! (entende-se que atirar está proibido) 
- Não, podem atirar! (entende-se que é permitido atirar) 
 
Ponto 
 
Este ponto simples final (.) encerra períodos que terminem 
por qualquer tipo de oração que não seja interrogativa direta, 
a exclamativa e as reticências. 
 
2 BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 2009. 
Outra função do ponto é a da pausa oracional, ao 
acompanhar muitas palavras abreviadas, como: p., 2.ª, entre 
outros. 
Se o período, oração ou frase terminar com uma 
abreviatura, o ponto final não é colocado após o ponto 
abreviativo, já que este, quando coincide com aquele, 
apresenta dupla serventia. 
Ex.: “O ponto abreviativo põe-se depois das palavras 
indicadas abreviadamente por suas iniciais ou por algumas 
das letras com que se representam, v.g. ; V. S.ª ; Il.mo ; Ex.a ; etc.” 
(Dr. Ernesto Carneiro Ribeiro) 
O ponto, com frequência, se aproxima das funções do ponto 
e vírgula e do travessão, que às vezes surgem em seu lugar. 
 
Obs.: Estilisticamente, pode-se usar o ponto para, em 
períodos curtos, empregar dinamicidade, velocidade à leitura 
do texto: “Era um garoto pobre. Mas tinha vontade de crescer 
na vida. Estudou. Subiu. Foi subindo mais. Hoje é juiz do 
Supremo.”. É muito utilizado em narrações em geral. 
 
Ponto Parágrafo 
 
Separa-se por ponto um grupo de período formado por 
orações que se prendem pelo mesmo centro de interesse. Uma 
vez que o centro de interesse é trocado, é imposto o emprego 
do ponto parágrafo se iniciando a escrever com a mesma 
distância da margem com que o texto foi iniciado, mas em 
outra linha. 
O parágrafo é indicado por ( § ) na linguagem oficial dos 
artigos de lei. 
 
Ponto de Interrogação 
 
É um sinal (?) colocado no final da oração com entonação 
interrogativa ou de incerteza, seja real ou fingida. 
A interrogação conclusa aparece no final do enunciado e 
requer que a palavra seguinte se inicie por maiúscula. Já a 
interrogação interna (quase sempre fictícia), não requer que a 
próxima palavra se inicia com maiúscula. 
Ex.: — Você acha que a gramática da Língua Portuguesa é 
complicada? 
— Meu padrinho? É o Excelentíssimo Senhor coronel Paulo 
Vaz Lobo Cesar de Andrade e Sousa Rodrigues de Matos. 
 
Assim como outros sinais, o ponto de interrogação não 
requer que a oração termine por ponto final, a não ser que seja 
interna. 
Ex.: “Esqueceu alguma cousa? perguntou Marcela de pé, no 
patamar”. 
 
Em diálogos, o ponto de interrogação pode aparecer 
acompanhando do ponto de exclamação, indicando o estado de 
dúvida de um personagem perante diante de um fato. 
Ex.: — “Esteve cá o homem da casa e disse que do próximo 
mês em diante são mais cinquenta... 
— ?!...” 
 
Ponto de Exclamação 
 
Este sinal (!) é colocado no final da oração enunciada com 
entonação exclamativa. 
Ex.: “Que gentil que estava a espanhola!” 
“Mas, na morte, que diferença! Que liberdade!” 
 
Este sinal é colocado após uma interjeição. 
Ex.: — Olé! exclamei. 
— Ah! brejeiro! 
Pontuação 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 5 
As mesmas observações vistas no ponto de interrogação, 
em relação ao emprego do ponto final e ao uso de maiúscula 
ou minúscula inicial da palavra seguinte, são aplicadas ao 
ponto de exclamação. 
 
Reticências 
 
As reticências (...) demonstram interrupção ou 
incompletude de um pensamento. 
Ex.: — “Ao proferir estas palavras havia um tremor de 
alegria na voz de Marcela: e no rosto como que se lhe espraiou 
uma onda de ventura...” 
— “Não imagina o que ela é lá em casa: fala na senhora a 
todos os instantes, e aqui aparece uma pamonha. Ainda 
ontem... 
 
Quando colocadas no fim do enunciado, as reticências 
dispensam o ponto final, como você pode observar nos 
exemplos acima. 
As reticências, quando indicarem uma enumeração 
inconclusa, podem ser substituídas por etc. 
Ao transcrever um diálogo, elas indicam uma não resposta 
do interlocutor. Já em citações, elas podem ser postas no início, 
no meio ou no fim, indicando supressão do texto transcrito, em 
cada uma dessas partes. 
Quando ocorre a supressão de um trecho de certa 
extensão, geralmente utiliza-se uma linha pontilhada. 
As reticências podem aparecer após um ponto de 
exclamação ou interrogação. 
 
Vírgula 
 
A vírgula (,) é utilizada: 
- Para separar termos coordenados, mesmo quando 
ligados por conjunção (caso haja pausa). 
Ex.: “Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado”. 
 
IMPORTANTE! 
Quando há uma série de sujeitos seguidos imediatamente 
de verbo, não se separa do verbo (por vírgula) o ultimo sujeito 
da série . 
Ex.: Carlos Gomes, Vítor Meireles, Pedro Américo, José de 
Alencar tinham-nas começado. 
 
- Para separar orações coordenadas aditivas, mesmo que 
estas se iniciem pela conjunção e, proferidas com pausa. 
Ex.: “Gostava muito das nossas antigas dobras de ouro, e 
eu levava-lhe quanta podia obter”. 
 
- Para separar orações coordenadas alternativas (ou, quer, 
etc.), quando forem proferidas com pausa. 
Ex.: Ele sairá daqui logo, ou eu me desligarei do grupo. 
 
IMPORTANTE! 
Quando ou exprimir retificação, esta mesma regra vigora. 
Ex.: Teve duas fases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer 
outro nome, que eu de nome não curo. 
Caso denote equivalência, o ou posto entre os dois termos 
não é separado por vírgula. 
Ex.: Solteiro ou solitário se prende ao mesmo termo latino. 
 
- Em aposições, a não ser no especificativo. 
Ex.: “ora enfim de uma casa que ele meditava construir, 
para residência própria, casa de feitio moderno...” 
 
- Para separar os pleonasmos e as repetições, quando não 
tiverem efeito superlativamente. 
Ex.: “Nunca, nunca, meu amor!” 
A casa é linda, linda. 
 
- Para intercalar ou separar vocativos e apostos. 
Ex.: Brasileiros, é chegada a hora de buscar o 
entendimento. 
É aqui, nesta querida escola, que nos encontramos. 
 
- Para separar orações adjetivas de valor explicativo. 
Ex.: “perguntava a mim mesmo por que não seria melhor 
deputado e melhor marquês do que o lobo Neves, — eu, que 
valia mais, muito mais do que ele, — ...” 
 
- Para separar, na maioria das vezes, orações adjetivas 
restritiva de certa extensão, ainda mais quando os verbos de 
duas orações distintas se juntam. 
Ex.: “No meio da confusão que produzira por toda a parte 
este acontecimento inesperado e cujo motivo e circunstâncias 
inteiramente se ignoravam, ninguém reparounos dois 
cavaleiros...” 
 
IMPORTANTE! 
Mesmo separando por vírgula o sujeito expandido pela 
oração adjetiva, esta pontuação pode acontecer. 
Ex.: Os que falam em matérias que não entendem, parecem 
fazer gala da sua própria ignorância. 
 
- Para separar orações intercaladas. 
Ex.: “Não lhe posso dizer com certeza, respondi eu” 
 
- Para separar, geralmente, adjuntos adverbiais que 
precedem o verbo e as orações adverbiais que aparecem antes 
ou no meio da sua principal. 
Ex.: “Eu mesmo, até então, tinha-vos em má conta...” 
 
- Para separar o nome do lugar em datas. 
Ex.: São Paulo, 14 de janeiro de 2020. 
 
- Para separar os partículas e expressões de correção, 
continuação, explicação, concessão e conclusão. 
Ex.: “e, não obstante, havia certa lógica, certa dedução” 
Sairá amanhã, aliás, depois de amanhã. 
 
- Para separar advérbios e conjunções adversativos 
(porém, todavia, contudo, entretanto), principalmente quando 
pospostos. 
Ex.: “A proposta, porém, desdizia tanto das minhas 
sensações últimas...” 
 
- Algumas vezes, para indicar a elipse do verbo. 
Ex.: Ele sai agora: eu, logo mais. (omitiu o verbo “sairei” 
após “eu”; elipse do verbo sair) 
 
- Omissão por zeugma. 
Ex.: Na classe, alguns alunos são interessados; outros, 
(são) relapsos. (Supressão do verbo “são” antes do vocábulo 
“relapsos”) 
 
- Para indicar a interrupção de um seguimento natural das 
ideias e se intercala um juízo de valor ou uma reflexão 
subsidiária. 
 
- Para evitar e desfazer alguma interpretação errônea que 
pode ocorrer quando os termos estão distribuídos de forma 
irregular na oração, a expressão deslocada é separada por 
vírgula. 
Ex.: De todas as revoluções, para o homem, a morte é a 
maior e a derradeira. 
 
- Em enumerações 
sem gradação: Coleciono livros, revistas, jornais, discos. 
com gradação: Não compreendo o ciúme, a saudade, a dor 
da despedida. 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 6 
Não se separa por vírgula: 
- sujeito de predicado; 
- objeto de verbo; 
- adjunto adnominal de nome; 
- complemento nominal de nome; 
- oração principal da subordinada substantiva (desde que 
esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa). 
 
Dois Pontos 
 
São utilizados: 
- Na enumeração, explicação, notícia subsidiária. 
Ex.: Comprou dois presentes: um livro e uma caneta. 
“que (Viegas) padecia de um reumatismo teimoso, de uma 
asma não menos teimosa e de uma lesão de coração: era um 
hospital concentrado” 
“Queremos governos perfeitos com homens imperfeitos: 
disparate” 
 
- Em expressões que se seguem aos verbos dizer, retrucar, 
responder (e semelhantes) e que dão fim à declaração textual, 
ou que assim julgamos, de outrem. 
Ex.: “Não me quis dizer o que era: mas, como eu instasse 
muito: 
— Creio que o Damião desconfia alguma coisa” 
 
- Em alguns casos, onde a intenção é caracterizar 
textualmente o discurso do interlocutor, a transcrição aparece 
acompanhada de aspas, e poucas vezes de travessão. 
Ex.: “Ao cabo de alguns anos de peregrinação, atendi às 
suplicas de meu pai: 
— Vem, dizia ele na última carta; se não vieres depressa 
acharás tua mãe morta!” 
 
Em expressões que, ao serem enunciadas com entonação 
especial, o contexto acaba sugerindo causa, consequência ou 
explicação. 
Ex.: “Explico-me: o diploma era uma carta de alforria” 
 
- Em expressões que possuam uma quebra na sequência 
das ideias. 
Ex.: Sacudiu o vestido, ainda molhado, e caminhou. 
“Não! bradei eu; não hás de entrar... não quero... Ia a lançar-
lhe as mãos: era tarde; ela entrara e fechara-se” 
 
Ponto e Vírgula 
 
Sinal (;) que denota pausa mais forte que a vírgula, porém 
mais fraca que o ponto. É utilizado: 
 
- Em trechos longos que já possuam vírgulas, indicando 
uma pausa mais forte. 
Ex.: “Enfim, cheguei-me a Virgília, que estava sentada, e 
travei-lhe da mão; D. Plácida foi à janela” 
 
- Para separar as adversativas onde se deseja ressaltar o 
contraste. 
Ex.: “Não se disse mais nada; mas de noite Lobo Neves 
insistiu no projeto” 
 
- Em leis, separando os incisos. 
 
- Enumeração com explicitação. 
Ex.: Comprei alguns livros: de matemática, para estudar 
para o concurso; um romance, para me distrair nas horas 
vagas; e um dicionário, para enriquecer meu vocabulário. 
 
- Enumeração com ponto e vírgula, mas sem vírgula, para 
marcar distribuição. 
Ex.: Comprei os produtos no supermercado: farinha para 
um bolo; tomates para o molho; e pão para o café da manhã. 
 
Travessão 
 
É importante não confundir o travessão (—) com o traço 
de união ou hífen e com o traço de divisão empregado na 
partição de sílabas. 
O uso do travessão pode substituir vírgulas, parênteses, 
colchetes, indicando uma expressão intercalada: 
Ex.: “... e eu falava-lhe de mil cousas diferentes — do 
último baile, da discussão das câmaras, berlindas e cavalos, de 
tudo, menos dos seus versos ou prosas” 
 
Se a intercalação terminar o texto, o travessão é simples; 
caso contrário, se utiliza o travessão duplo. 
Ex.: “Duas, três vezes por semana, havia de lhe deixar na 
algibeira das calças — umas largas calças de enfiar —, ou na 
gaveta da mesa, ou ao pé do tinteiro, uma barata morta” 
 
IMPORTANTE! 
Como é possível observar no exemplo, pode haver vírgula 
após o travessão. 
 
O travessão pode, também, denotar uma pausa mais forte. 
Ex.: “... e se estabelece uma cousa que poderemos chamar 
—, solidariedade do aborrecimento humano” 
 
Além disso, ainda pode indicar a mudança de interlocutor, 
na transcrição de um diálogo, com ou sem aspas. 
Ex.: — Ah! respirou Lobo Neves, sentando-se 
preguiçosamente no sofá. 
— Cansado? perguntei eu. 
— Muito; aturei duas maçadas de primeira ordem (...) 
 
Neste caso, pode, ou não, combinar-se com as aspas. 
 
Parênteses e Colchetes 
 
Estes sinais ( ) [ ] apontam a existência de um isolamento 
sintático e semântico mais completo dentro de um enunciado, 
assim como estabelecem uma intimidade maior entre o autor 
e seu leitor. Geralmente, o uso do parêntese é marcado por 
uma entonação especial. 
Se a pausa coincidir com o início da construção parentética, 
o sinal de pontuação deve aparecer após os parênteses, 
contudo, se a proposição ou frase inteira for encerrada pelos 
parênteses, a notação deve aparecer dentro deles. 
Ex.: “Não, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez 
que seja, convosco, este suavíssimo nome); não: o coração não 
é tão frívolo, tão exterior, tão carnal, quanto se cuida” 
“A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio 
que se tem inventado para a divulgação do pensamento”. 
(Carta inserta nos Anais da Biblioteca Nacional, vol. I) [Carlos 
de Laet] 
 
- Isolar datas. 
Ex.: Refiro-me aos soldados da Primeira Guerra Mundial 
(1914-1918). 
 
- Isolar siglas. 
Ex.: A taxa de desemprego subiu para 5,3% da população 
economicamente ativa (PEA)... 
 
- Isolar explicações ou retificações. 
Ex.: Eu expliquei uma vez (ou duas vezes) o motivo de 
minha preocupação. 
 
Os parênteses e os colchetes estão ligados pela sua função 
discursiva, mas estes são utilizados quando os parênteses já 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 7 
foram empregados, com o objetivo de introduzir uma nova 
inserção. 
São utilizados, também, com a finalidade de preencher 
lacunas de textos ou para introduzir, em citações 
principalmente, explicações ou adendos que deixam a 
compreensão do texto mais simples. 
 
Aspas 
 
A forma mais geral do uso das aspas é o sinal (“ ”), 
entretanto, há a possibilidade do uso das aspas simples (‘ ’) 
para diferentes finalidades, como em trabalhos científicos 
sobre línguas, onde as aspas simples se referem a significados 
ou sentidos: amare, lat. ‘amar’ port. 
As aspas podem ser utilizadas, também, para dar uma 
expressão de sentido particular, ressaltando uma expressão 
dentro do contexto ou indicando uma palavra como 
estrangeirismo ou uma gíria. 
Se a pausa coincidir com o final da sentença ou expressão 
que está entre aspas, o competente sinal de pontuação deve ser 
utilizado após elas,se encerrarem somente uma parte da 
proposição; mas se as aspas abarcarem todo o período, frase, 
expressão ou sentença, a respectiva pontuação é abrangida 
por elas. 
Ex.: “Aí temos a lei”, dizia o Florentino. “Mas quem as há de 
segurar? Ninguém.” 
“Mísera, tivesse eu aquela enorme, aquela Claridade 
imortal, que toda a luz resume!” 
“Por que não nasce eu um simples vaga-lume?” 
 
- Delimitam transcrições ou citações textuais. 
Ex.: Segundo Rui Barbosa: “A política afina o espírito.” 
 
Alínea 
 
Apresenta a mesma função do parágrafo, uma vez que 
denota diferentes centros de assuntos. Como o parágrafo, 
requer a mudança de linha. 
De forma geral, aparece em forma de número ou letra 
seguida de um traço curvo. 
Ex.: Os substantivos podem ser: 
a) próprios 
b) comuns 
 
Chave 
 
Este sinal ({ }) é mais utilizado em obras científicas. 
Indicam a reunião de diversos itens relacionados que formam 
um grupo. 
3Ex.: Múltiplos de 5: {0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35,… }. 
Na matemática, as chaves agrupam vários elementos de 
uma operação, definindo sua ordem de resolução. 
Ex.: 30x{40+[30x(84-20x4)]} 
Também podem ser utilizadas na linguística, 
representando morfemas. 
Ex.: O radical da palavra menino é {menin-}. 
 
Asterisco 
 
Sinal (*) utilizado após ou sobre uma palavra, com a 
intenção de se fazer um comentário ou citação a respeito do 
termo, ou uma explicação sobre o trecho (neste caso o 
asterisco se põe no fim do período). 
Emprega-se ainda um ou mais asteriscos depois de uma 
inicial, indicando uma pessoa cujo nome não se quer ou não se 
pode declinar: o Dr.*, B.**, L.*** 
 
 
 
3 https://bit.ly/2RongbC. 
Barra 
Aplicada nas abreviações das datas e em algumas 
abreviaturas. 
 
Questões 
 
01. (Prefeitura de Cristalina - GO – Recepcionista - 
Quadrix/2019) A respeito dos sinais de pontuação, é correto 
afirmar que se utiliza o ponto de interrogação ao final de um(a) 
(A) pensamento. 
(B) exclamação. 
(C) afirmação. 
(D) pergunta. 
(E) citação. 
 
02. (Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - 
Técnico em Segurança do Trabalho - IBFC/2019) Assinale 
a alternativa em que o uso da vírgula foi corretamente 
empregado. 
(A) Um navio cargueiro de uma companhia sul-coreana, 
tombou e pegou fogo na costa da Geórgia, nos Estados Unidos, 
na manhã de domingo. 
(B) O acidente, que aconteceu perto do porto de 
Brunswick, deixou, quatro pessoas desaparecidas. 
(C) Autoridades americanas informaram que 20 pessoas, 
entre elas o piloto, foram resgatadas em segurança. 
(D) O capitão da Guarda Costeira John Reed, explicou que 
as chamas e a fumaça prejudicaram as operações de resgate. 
Os desaparecidos, estavam na casa de máquinas da 
embarcação. 
 
03. (Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - 
Técnico em Segurança do Trabalho - IBFC/2019) 
 
 
 
Novo ‘Coringa’ é aplaudido por 8 minutos 
consecutivos ao estrear em Veneza 
Assim como acontece em Cannes, na França, o Festival de 
Cinema de Veneza (Itália) é um bom termômetro para medir 
quais filmes com estreia prevista para os próximos meses têm 
grandes chances de virar um verdadeiro sucesso de bilheteria 
– e, quem sabe, garantir algumas importantes indicações ao 
Oscar do próximo ano. 
No que depender de quem já assistiu à première de 
“Coringa” (ou “Joker”, em inglês), novo filme da DC Comics em 
parceria com a Warner Bros., que conta a história de um dos 
principais vilões de “Batman” nos quadrinhos, o longa já 
conquistou seu lugar de destaque. 
Após ser exibido em Veneza, nesta semana, o filme foi 
aplaudido por oito minutos consecutivos, aos gritos de 
“bravo!”. Com Joaquin Phoenix no papel do palhaço Arthur 
Fleck, nome original do vilão, “Coringa” tem direção e roteiro 
comandados por Todd Phillips, e vem recebendo elogios da 
crítica especializada, principalmente no que diz respeito à 
atuação de Phoenix. Segundo diretor e protagonista, o longa 
promete trazer uma abordagem bem diferente da que estamos 
acostumados a ver em filmes de super-heróis. O filme está 
previsto para chegar aos cinemas brasileiros em 3 de outubro 
deste ano. 
(Fonte: MSN) 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 8 
As aspas (“”) são utilizadas para destacar falas, citações, 
título ou destacar palavras/ expressões. Assinale a alternativa 
em que seu uso não teve a mesma finalidade que o utilizado 
em: “Coringa”. 
(A) “Joker”. 
(B) “Batman”. 
(C) “Coringa”. 
(D) “bravo!”. 
 
04. (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor - 
FURB/2019) No trecho “A Escola Municipal Bilíngue Erich 
Klabunde oferece matérias em português e alemão, e a Escola 
Básica Municipal Bilíngue Professor Fernando Ostermann, em 
português e inglês.”, a segunda vírgula está sendo usada para: 
(A) separar o adjunto adverbial 
(B) antecipar o sujeito 
(C) separar o vocativo 
(D) separar o aposto 
(E) indicar a elipse de um termo 
 
05. (Prefeitura de Itapevi - SP - Professor de Educação 
Básica I - VUNESP/2019) Na passagem “… pela leitura da 
versão integral do clássico de J.R.R. Tolkien, O Hobbit.”, a 
vírgula é empregada porque a expressão “O Hobbit” especifica 
o sentido da informação anterior, que é mais amplo – clássico 
de J.R.R. Tolkien. Esse mesmo uso da vírgula está presente na 
passagem: 
(A) Para minha surpresa, no entanto, seu envolvimento 
com a obra crescia a cada noite que a líamos juntos. 
(B) Ao terminarmos a leitura do décimo capítulo, Moana 
não me desejou boa-noite. 
(C) “Não é assim que vocês fazem, você e a mamãe, quando 
leem Arendt e Paul Ricoeur em seus grupos de estudos?”. 
(D) Na escola, é por meio das trocas discursivas entre 
professores e alunos que um romance ou um programa 
computacional deixam de ser coisas inertes… 
(E) … para se transformarem em objetos que 
desempenham uma função educativa e, assim, adquirem seu 
sentido humanizador. 
 
06. (SANASA Campinas - SP - Agente Técnico Elétrico-
Eletrotécnico - FCC/2019) Para responder à questão, 
considere o texto abaixo. 
 
 De cedo, aprendi a subir ladeira e a pegar bonde 
andando. Posso dizer, com humildade orgulhosa, que tive 
morros e bondes no meu tempo de menino. 
 Nossa pobreza não era envergonhada. Ainda não fora 
substituída pela miséria nos morros pobres, como o da Geada. 
Que tinha esse nome a propósito: lá pelos altos do Jaguaré, 
quando fazia muito frio, no morro costumava gear. Tínhamos 
um par de sapatos para o domingo. Só. A semana tocada de 
tamancos ou de pés no chão. 
 Não há lembrança que me chegue sem os gostos. Será 
difícil esquecer, lá no morro, o gosto de fel de chá para os rins, 
chá de carqueja empurrado goela abaixo pelas mãos de minha 
bisavó Júlia. Havia pobreza, marcada. Mas se o chá de carqueja 
me descia brabo pela goela, como me é difícil esquecer o gosto 
bom do leite quente na caneca esmaltada estirada, 
amorosamente, também no morro da Geada, pelas mãos de 
minha avó Nair. 
 A miséria não substituíra a pobreza. E lá no morro da 
Geada, além do futebol e do jogo de malha, a gente criava de 
um tudo. Havia galinha, cabrito, porco, marreco, passarinho, e 
a natureza criava rolinha, corruíra, papa-capim, andorinha, 
quanto. Tudo ali nos Jaguarés, no morro da Geada, sem água 
encanada, com luz só recente, sem televisão, sem aparelho de 
som e sem inflação. 
 Nenhum de nós sabia dizer a palavra solidariedade. 
Mas, na casa do tio Otacílio, criavam-se até filhos dos outros, e 
estou certo que o nosso coração era simples, espichado e 
melhor. Não desandávamos a reclamar da vida, não nos 
hostilizávamos feito possessos, tocávamos a pé pra baixo e pra 
cima e, quando um se encontrava com o outro, a gente não 
dizia: “Oi!”. A gente se saudava, largo e profundo: − Ô, batuta*! 
 
*batuta: amigo, camarada. 
(Texto adaptado. João Antônio. Meus tempos de menino. In: 
WERNEK, Humberto (org.). Boa companhia: crônicas. São 
Paulo, Companhia das Letras, 2005, p. 141-143) 
 
No segmento ... morros pobres, como o da Geada. Que tinha 
esse nome a propósito: lá pelos altos do Jaguaré, quando fazia 
muito frio, no morro costumavagear (2° parágrafo), o sinal de 
dois-pontos introduz 
(A) uma ressalva. 
(B) uma citação. 
(C) um esclarecimento. 
(D) uma contradição. 
(E) um resumo. 
 
Gabarito 
01. D / 02. C / 03. D / 04. E / 05. C / 06. C 
 
 
 
CLASSES DE PALAVRAS 
 
Em Classes de Palavras, estudaremos artigo, substantivo, 
adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, 
interjeição e conjunção. E dentro de cada uma, abordaremos 
seu emprego e quando houver, sua flexão. 
 
Artigo 
 
É a palavra que acompanha o substantivo, indicando-lhe o 
gênero e o número, determinando-o ou generalizando-o. Os 
artigos podem ser: 
Definidos: o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de 
um ser já conhecido; denota familiaridade: “A grande reforma 
do ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do 
médio.” 
Indefinidos: um, uma, uns, umas; Trata-se de um ser 
desconhecido, dá ao substantivo valor vago: “...foi chegando 
um caboclinho magro, com uma taquara na mão.” (A. Lima) 
 
Usa-se o artigo definido: 
- com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados 
foram punidos. 
- com nomes próprios geográficos de estado, país, oceano, 
montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o 
oceano Pacífico. Ex.: Conheço o Canadá mas não conheço 
Brasília. 
- depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos 
os vinte atletas participarão do campeonato. 
- com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais 
lindas flores da floricultura. 
- com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo 
tem dois amigos: Rui é alto e lindo, o outro é atlético e 
simpático. 
Classes de palavras: 
substantivo, adjetivo, numeral, 
pronome, verbo, advérbio, 
preposição e conjunção: cargo 
e sentido que imprimem às 
relações que estabelecem. 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 9 
- antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da 
primavera vem o verão. 
- com expressões de peso e medida: O álcool custa um real 
o litro. (=cada litro) 
 
Não se usa o artigo definido: 
- antes de pronomes de tratamento iniciados por 
possessivos: Vossa Excelência, Vossa Senhoria. Ex.: Vossa 
Alteza estará presente ao debate? 
- antes de nomes de meses: O campeonato aconteceu em 
maio de 2002. 
- alguns nomes de países, como Espanha, França, 
Inglaterra, Itália podem ser construídos sem o artigo, 
principalmente quando regidos de preposição. Ex.: “Viveu 
muito tempo em Espanha.” 
- antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos 
quatro, amigos de João Luís e Laurinha. 
- antes de palavras que designam matéria de estudo, 
empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar, 
ensinar. Ex.: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês. 
 
O uso do artigo é facultativo: 
- antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência 
é irritante. 
- antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou 
Luciana / a Luciana? 
- “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente.” (Para a 
frente: exige a preposição) 
 
Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = ao 
/ de + o, a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela. 
 
Usa-se o artigo indefinido: 
- para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns 
oito anos. 
- antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em 
pares: Usava umas calças largas e umas botas longas. 
- em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é 
uma meiguice só. 
- para comparar alguém com um personagem célebre: Luís 
August é um Rui Barbosa. 
 
O artigo indefinido não é usado: 
- em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte, 
gente, quantidade. Ex.: Reservou para todos boa parte do lucro. 
- com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente. Ex.: 
Não há suficiente espaço para todos. 
- com substantivo que denota espécie. Ex.: Cão que ladra 
não morde. 
 
Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e 
em + um, uma = num, numa, dum, duma. 
 
O artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra 
transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do 
ler e do escrever. 
 
Questões 
01. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão 
Contábil - FGV/2018) A frase abaixo em que o emprego do 
artigo mostra inadequação é: 
(A) Todas as coisas que hoje se creem antiquíssimas já 
foram novas; 
(B) Cuidado com todas as coisas que requeiram roupas 
novas; 
(C) Todos os bons pensamentos estão presentes no 
mundo, só falta aplicá-los; 
(D) Em toda a separação existe uma imagem da morte; 
(E) Alegria de amor dura apenas um instante, mas 
sofrimento de amor dura toda a vida. 
02. (Prefeitura de Timbó - SC - Técnico em Segurança 
do Trabalho - FURB/2019) 
 
Uma deputada estadual de Santa Catarina recebeu críticas 
nas redes sociais após comparecer a posse na Assembleia 
Legislativa com um macacão decotado. A ex-prefeita de 
Bombinhas, Ana Paula da Silva, do PDT, no dia 1º de fevereiro 
foi até a cerimônia e chamou a atenção pela roupa. Nas redes 
sociais, ela publicou uma foto dizendo que era o momento de 
“trabalhar”, no entanto, a maioria das pessoas reparou apenas 
no decote. [...] 
Disponível em: https://www.metrojornal.com.br. Acesso em: 05/02/2019. 
[adaptado] 
 
Assinale a alternativa que contenha um artigo utilizado no 
texto: 
(A) Uma 
(B) Até 
(C) De 
(D) Após 
(E) Ela 
 
03. (SESAP/RN - Técnico em Enfermagem - 
COMPERVE/2018) 
Nas décadas subsequentes, vários estudos 
correlacionaram os hábitos dos pacientes como fatores de 
risco para doenças cardiovasculares. Sedentarismo, 
tabagismo, obesidade, entre outros, aumentam drasticamente 
as chances de enfarte. 
 
Com relação à quantidade de artigos no trecho, há 
(A) cinco. 
(B) três. 
(C) quatro. 
(D) dois. 
 
04. (IF-TO - Jornalista - IF-TO/2019) 
 
Texto 2 
 
Tanto o desenvolvimento como o ponto de partida da 
argumentação pressupõem acordo do auditório. Esse acordo 
tem por objeto ora o conteúdo das premissas explícitas, ora as 
ligações particulares utilizadas, ora a forma de servir-se dessas 
ligações. O orador, utilizando as premissas que servirão de 
fundamento à sua construção, conta com a adesão de seus 
ouvintes às proposições iniciais, mas estes lha podem recusar, 
seja por não aderirem ao que o orador lhes apresenta como 
adquirido, seja por perceberem o caráter unilateral da escolha 
das premissas, seja por ficarem contrariados com o caráter 
tendencioso da apresentação delas. 
PERELMAN, Chaim; OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado 
da argumentação: a nova retórica. São Paulo: Martins Fontes, 
2014, p. 73 (adaptado) 
 
Assinale a alternativa que apresenta fragmento do texto 
em que o emprego do artigo definido é optativo. 
(A) “por não aderirem ao que o orador lhes apresenta”. 
(B) “fundamento à sua construção”. 
(C) “O orador”. 
(D) “adesão de seus ouvintes às proposições iniciais”. 
(E) “escolha das premissas”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 10 
05. (Câmara de Conselheiro Lafaiete - MG - Agente 
Legislativo - FCM/2019) O artigo é um signo que exige a 
presença de outro (ou outros) com o qual se associa. Ele se 
classifica em definido e em indefinido. 
Considere esse princípio e leia o texto seguinte. 
 
A noite/2 
 
Eu adormeço às margens de uma mulher: eu adormeço às 
margens de um abismo. 
(GALEANO, Eduardo. Mulheres. Porto Alegre: L&PM, 1997, 
p. 28.) 
 
Analise as afirmações a seguir e a relação proposta entre 
elas. 
I. Os artigos grifados nas frases apresentadas, antepostos 
aos substantivos, são classificados como indefinidos 
PORQUE 
II. atribuem aos seres que acompanham um sentido 
preciso, particularizando as palavras “mulher” e “abismo”. 
 
Sobre as afirmações, é correto afirmar que 
(A) as duas são falsas. 
(B) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. 
(C) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. 
(D) as duas são verdadeiras e a segunda é uma justificativa 
correta da primeira. 
(E) as duas são verdadeiras, mas a segunda não é uma 
justificativa da primeira. 
 
Gabarito 
01. D / 02. A / 03. C / 04. B / 05. C 
 
Substantivo 
 
É a palavra que dá nomes aos seres. Incluios nomes de 
pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou 
mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, respeito, 
criança. 
 
Classificação 
- Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie. Ex.: 
menina, piano, estrela, rio, animal, árvore. 
- Próprios: referem-se a um ser em particular. Ex.: Brasil, 
América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia. 
- Concretos: são aqueles que têm existência própria; são 
independentes; reais ou imaginários. Ex.: mãe, mar, água, anjo, 
alma, Deus, vento, saci. 
- Abstrato: são os que não têm existência própria; depende 
sempre de um ser para existir. Designam qualidades, 
sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença, amor, fé, 
beijo, abraço, juventude, covardia. Ex.: É necessário alguém ser 
ou estar triste para a tristeza manifestar-se. 
 
Formação 
- Simples: são aqueles formados por apenas um radical: 
chuva, tempo, sol, guarda. 
- Compostos: são os que são formados por mais de dois 
radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia. 
- Primitivos: são os que não derivam de outras palavras; 
vieram primeiro, deram origem a outras palavras. Ex.: ferro, 
Pedro, mês, queijo. 
- Derivados: são formados de outra palavra já existente; 
vieram depois. Ex.: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão. 
- Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no 
singular, designam um conjunto de seres de uma mesma 
espécie. Ex.: 
 
 
Álbum 
de 
fotografias 
Colmeia de abelhas 
Alcateia de lobos Concílio 
de bispos 
em 
assembleia 
Antologia 
de textos 
escolhidos 
Conclave de cardeais 
Arquipélago ilhas Cordilheira 
de 
montanhas 
 
Reflexão do Substantivo 
Os substantivos apresentam variações ou flexões de gênero 
(masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau 
(aumentativo/diminutivo). 
 
Gênero (masculino/feminino) 
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e 
feminino. A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a, 
ou o acréscimo da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra. 
 
Formação do Feminino 
O feminino se realiza de três modos: 
- Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha / 
mestre, mestra / leão, leoa; 
- Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um 
sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, 
consulesa / cantor, cantora / reitor, reitora. 
- Utilizando-se uma palavra feminina com radical 
diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro, 
ovelha / cavalo, égua. 
 
Substantivos Uniformes 
- Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero, 
quer se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea 
/ a cobra macho ou fêmea. 
- Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam 
indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A 
indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou 
feminino: o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a 
pianista. 
- Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero 
para homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a 
testemunha (homem, mulher) / o cônjuge (marido, mulher). 
 
Alguns substantivos que mudam de sentido, quando se 
troca o gênero: 
o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar); 
o capital (dinheiro) - a capital (cidade); 
o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo); 
o guia (acompanhante) - a guia (documentação). 
 
São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o 
champanha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete, 
o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa, 
o lança-perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o 
formicida, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-rolha, o 
plasma, o estigma. 
 
São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a 
análise, a cal, a gênese, a entorse, a faringe, a cólera (doença), 
a cataplasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rês, 
a sentinela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama, 
a Xerox, a aguardente. 
 
Número (plural/singular) 
Acrescentam-se: 
- S – aos substantivos terminados em vogal ou ditongo: 
povo, povos / feira, feiras / série, séries. 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 11 
- S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens / 
abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes, 
abdômenes, hífenes. 
- ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, 
cartazes / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em 
R mudam sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter, 
caracteres / sênior, seniores. 
- IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal, 
jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções: 
mal, males / cônsul, cônsules / real, réis. 
- ÃO – aos substantivos terminados em ão, acrescenta S: 
cidadão, cidadãos / irmão, irmãos / mão, mãos. 
 
Trocam-se: 
- ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões 
/ mamão, mamões. 
- ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão, 
alemães / cão, cães. 
- il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis / 
pernil, pernis. 
- por eis (paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, répteis / 
projétil, projéteis. 
- m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs / 
atum, atuns. 
- zito, zinho - 1º coloca-se o substantivo no plural: balão, 
balões. 2º elimina-se o S + zinhos. 
Balão – balões – balões + zinhos: balõezinhos. 
Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos. 
Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos. 
 
Alguns substantivos terminados em X são invariáveis 
(valor fonético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix, 
as fênix / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax. 
 
Substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma 
no plural: 
aldeão, aldeões, aldeãos; 
verão, verões, verãos; 
anão, anões, anãos; 
guardião, guardiões, guardiães; 
corrimão, corrimãos, corrimões; 
ancião, anciões, anciães, anciãos; 
ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos. 
 
Metafonia - apresentam o “o” tônico fechado no singular e 
aberto no plural: caroço (ô), caroços (ó) / imposto (ô), 
impostos (ó). 
 
Substantivos que mudam de sentido quando usados no 
plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens. 
(Patrimônio); Conferiu a féria do dia. (Salário); As férias foram 
maravilhosas. (Descanso). 
 
Substantivos empregados somente no plural: Arredores, 
belas-artes, bodas (ô), condolências, cócegas, costas, exéquias, 
férias, olheiras, fezes, núpcias, óculos, parabéns, pêsames, 
viveres, idos, afazeres, algemas. 
 
Plural dos Substantivos Compostos 
 
Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural: 
 
- palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés / girassol 
= girassóis / autopeça = autopeças. 
- verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas / arranha-
céu = arranha-céus / bate-bola = bate-bolas / guarda-roupa = 
guarda-roupas / guarda-sol = guarda-sóis / vale-refeição = 
vale-refeições. 
- elemento invariável + palavra variável: sempre-viva = 
sempre-vivas / abaixo-assinado = abaixo-assinados / recém-
nascido = recém-nascidos / ex-marido = ex-maridos / auto-
escola = auto-escolas. 
- palavras repetidas: o reco-reco = os reco-recos / o tico-
tico = os tico-ticos / o corre-corre = os corre-corres. 
- substantivo composto de três ou mais elementos não 
ligados por preposição: o bem-me-quer = os bem-me-queres / 
o bem-te-vi = os bem-te-vis / o sem-terra = os sem-terra / o 
fora-da-lei = os fora-da-lei / o João-ninguém = os joões-ninguém 
/ o ponto-e-vírgula = os ponto e vírgulas / o bumba meu boi = 
os bumba meu bois. 
- quando o primeiro elemento for: grão, grã (grande), bel: 
grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer 
= bel-prazeres. 
 
Somente o primeiro elemento vai para o plural: 
 
- substantivo + preposição + substantivo: água de colônia 
= águas-de-colônia / mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça / 
pão-de-ló = pães-de-ló / sinal-da-cruz = sinais-da-cruz. 
- quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá 
ideia de tipo, finalidade: samba-enredo = sambas-enredo / 
pombo-correio = pombos-correio / salário-família = salários-família / banana-maçã = bananas-maçã / vale-refeição = vales-
refeição (vale = ter valor de, substantivo+especificador) 
 
Os dois elementos ficam invariáveis quando houver: 
 
- verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-pouco / o 
cola-tudo = os cola-tudo / o bota-fora = os bota-fora 
- os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai 
= os entra-e-sai / o leva-e-traz = os leva-e-traz / o vai-e-volta 
= os vai-e-volta. 
 
Os dois elementos, vão para o plural: 
 
- substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis / 
abelha-mestra = abelhas-mestras / tia-avó = tias-avós / 
tenente-coronel = tenentes-coronéis / redator-chefe = 
redatores-chefes. 
- substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores-
perfeitos / capitão-mor = capitães-mores / carro-forte = 
carros-fortes / obra-prima = obras-primas / cachorro-quente 
= cachorros-quentes. 
- adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas / curta-
metragem = curtas-metragens / má-língua = más-línguas / 
- numeral ordinal + substantivo: segunda-feira = 
segundas-feiras / quinta-feira = quintas-feiras. 
 
Composto com a palavra guarda só vai para o plural se 
for pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos / guarda-
florestal = guardas-florestais / guarda-civil = guardas-civis / 
guarda-marinha = guardas-marinha. 
 
Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas 
/ os Oliveiras / os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os 
Silvas. 
 
Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs / 
DVDs / ONGs / PMs / Ufirs. 
 
Grau (aumentativo/diminutivo) 
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir 
intensidade, exagero ou diminuição. A essas modificações é 
que damos o nome de grau do substantivo. Os graus 
aumentativos e diminutivos são formados por dois processos: 
 
- Sintético: com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou 
diminutivo: peixe – peixão; peixe-peixinho; sufixo inho ou 
isinho. 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 12 
- Analítico: formado com palavras de aumento: grande, 
enorme, imensa, gigantesca (obra imensa / lucro enorme / 
carro grande / prédio gigantesco); e formado com as palavras 
de diminuição (diminuto, pequeno, minúscula, casa pequena, 
peça minúscula, saia diminuta). 
 
- Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns 
substantivos exprimem também desprezo, crítica, indiferença 
em relação a certas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo, 
narigão, gentinha, coisinha, povinho, livreco. 
- Já alguns diminutivos dão ideia de afetividade: filhinho, 
Toninho, mãezinha. 
- Em consequência do dinamismo da língua, alguns 
substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram 
um significado novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha 
(calendário). 
- As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em 
sílabas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo 
zinho(a): lâmpada (proparoxítona) = lampadazinha; irmão 
(sílaba nasal) = irmãozinho; herói (ditongo) = heroizinho; baú 
(hiato) = bauzinho; café (voga tônica) = cafezinho. 
- As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas 
consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país = 
paisinho; rapaz = rapazinho; rosa = rosinha; beleza = 
belezinha. 
- Há ainda aumentativos e diminutivos formados por 
prefixação: minissaia, maxissaia, supermercado, 
minicalculadora. 
 
Questões 
 
01. (Prefeitura de Imperatriz - MA - Fisioterapeuta - 
Prefeitura de Imperatriz - MA/2019) Quanto a classificação, 
estamos falando daquele que nomeiam estados, qualidades, 
sentimentos ou ações cuja existência depende de outros seres. 
Neste sentido, estamos nos referindo a qual classificação de 
substantivos? 
(A) Próprios; 
(B) Primitivos; 
(C) Derivados; 
(D) Abstratos. 
 
02. (Prefeitura de Fraiburgo - SC - Auxiliar de 
Alimentação e Nutrição - FEPESE/2019) Assinale a 
alternativa em que todos os substantivos estão no grau 
aumentativo. 
(A) coração • coelhão • carvão • mão 
(B) carrão • pavão • marcação • corpanzil 
(C) palavrão • barrigão • caixão • cabeção 
(D) cebolão • canastrão • sabão • leão 
(E) portão • capataz • alemão • anão 
 
03. (Prefeitura de Fraiburgo - SC - Auxiliar de 
Alimentação e Nutrição - FEPESE/2019) Assinale a 
alternativa em que todos os substantivos destacados 
pertencem ao gênero feminino. 
(A) “A falta de chuva em Santa Catarina está levando o 
estado a uma situação de estiagem.” 
(B) “Para agravar a situação, a previsão para os próximos 
dias é de pouca chuva”. 
(C) “Provavelmente, as chuvas previstas para os próximos 
dias não alterarão o quadro de estiagem em Santa Catarina”. 
(D) “Segundo ele, no dia 10 de agosto há previsão de chuva 
com volume entre 5 e 10 mm num período de 24 horas nas 
regiões do Oeste ao Sul do Estado. 
(E) “[…] nas regiões mais críticas o total de precipitação 
acumulada entre os dias 1º de junho e 5 de agosto está em 
torno de 40% a 50% da média climatológica.'' 
 
04. (IBADE - Recenseador - IBGE/2019) O substantivo 
QUINTAS-FEIRAS foi corretamente flexionado no texto. 
Assinale a opção em que a palavra destacada também está 
correta no plural. 
(A) Os guardas-noturnos não eram funcionários da 
empresa 
(B) Os guardas-roupas dos funcionários ficavam no 
primeiro andar 
(C) Os funcionários assinaram os abaixos-assinados 
(D) Aquelas eram verdadeiras obras-prima 
(E) Dois beijas-flores apareceram no jardim 
 
05. (MPE-GO - Secretário Auxiliar - MPE-GO/2019) 
Assinale a alternativa em que os substantivos foram 
CORRETAMENTE empregados no plural: 
(A) tabeliães, melões, couves-flores 
(B) demãos, aldeões, guardas-chuvas 
(C) mamãos, escrivães, surdos-mudos 
(D) chãos, cidadões, terças-feiras 
(E) pães, bem-te-vis, abaixos-assinados 
 
Gabarito 
01. D / 02. C / 03. E / 04. A / 05. A 
 
Adjetivo 
 
É a palavra variável em gênero, número e grau que 
modifica um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, 
estado, ou modo de ser: laranjeira florida; céu azul; mau tempo. 
Os adjetivos classificam-se em: 
- simples: apresentam um único radical, uma única palavra 
em sua estrutura: alegre, medroso, simpático. 
- compostos: apresentam mais de um radical, mais de duas 
palavras em sua estrutura: estrelas azul-claras; sapatos 
marrom-escuros. 
- primitivos: são os que vieram primeiro; dão origem a 
outras palavras: atual, livre, triste, amarelo, brando. 
- derivados: são aqueles formados por derivação, vieram 
depois dos primitivos: amarelado, ilegal, infeliz, 
desconfortável. 
- pátrios: indicam procedência ou nacionalidade, referem-
se a cidades, estados, países. Amapá: amapaense; Amazonas: 
amazonense; Anápolis: anapolino; Angra dos Reis: angrense; 
Aracajú: aracajuano ou aracajuense; Bahia: baiano. 
 
Pode-se utilizar os adjetivos pátrios compostos, como: 
afro-brasileiro; Anglo-americano, franco-italiano, sino-
japonês (China e Japão); Américo-francês; luso-brasileira; 
nipo-argentina (Japão e Argentina); teuto-argentinos 
(alemão). 
 
Locução Adjetiva: é a expressão que tem o mesmo valor 
de um adjetivo. É formada por preposição + um substantivo. 
Vejamos algumas locuções adjetivas: 
 
Angelical de anjo Etário de idade 
Abdominal de abdômen Fabril de fábrica 
Apícola de abelha Filatélico de selos 
Aquilino de águia Urbano da cidade 
 
Flexões do Adjetivo 
Como palavra variável, sofre flexões de gênero, número e 
grau: 
 
Gênero 
 
- uniformes: têm forma única para o masculino e o 
feminino. Funcionário incompetente = funcionária 
incompetente. 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 13 
- biformes: troca-se a vogal “o” pela vogal “a” ou com o 
acréscimo da vogal “a” no final da palavra: ator famoso = atriz 
famosa / jogador brasileiro = jogadora brasileira. 
 
Os adjetivos compostos recebem a flexão feminina apenas 
no segundo elemento: sociedade luso-brasileira / festa cívico-
religiosa / são – sã. 
Às vezes, os adjetivos são empregados como substantivos 
ou como advérbios: Agia como um ingênuo. (adjetivo como 
substantivo: acompanha um artigo). A cerveja que desce 
redondo. (adjetivo como advérbio: redondamente). 
 
Número

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