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Mediadores de Leitura 8º Módulo

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CURSO FORMAÇÃO DE 
mediadores de leitura
8 FASCÍCULO
Laiana Ferreira de Sousa
PRÁTICAS LEITORAS E 
Contação de 
Histórias
Gratuito!
114 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
ERA UMA VEZ...
[...] palavras brincando ao ar, sons e imagens 
a se espalhar e um olhar curioso, ansioso 
pelo momento certo de estar no centro do 
palco a brilhar. Esse era o meu modo estra-
nho de ler o mundo, de ver a textura das co-
res, de ouvir os ruídos da praça, de sentir na 
pele o leve toque do vento me convidando 
para fazer parte daquele lugar. Ler deve ser 
isso. É caminhar pelos espaços percorridos, 
é se apropriar do vivido e ressignificá-lo 
diante daquilo que vemos e que somos. Ler 
é ouvir a voz do coração, do amigo, da famí-
lia, do desconhecido e, mesmo assim, não 
se satisfazer. Ler também é decodificar as 
palavras, os símbolos e códigos instaurados 
pelo homem. Ler é saber, acima de tudo, 
relacionar o que existe dentro de nós com 
o que é construído do lado de fora. Ler é 
dar sentido às coisas, mesmo sabendo que 
o sentido pode ser outro. Ler é rememorar 
nossas construções ideológicas, sociais e 
culturais, que garantem a formação daquilo 
que somos. Ler é poder sonhar, fingir, ence-
nar, improvisar ou viajar pelos campos da 
imaginação, para deixar fluir os efeitos que 
o sentido de ler causa na gente.
Assim, caro cursista, iniciamos esse fas-
cículo sobre práticas leitoras e contação 
de histórias. 
As histórias contadas tocam e aguçam 
a imaginação das crianças, mas também a 
de jovens e adultos, não se esqueça. Por-
tanto, agora queremos convidá-los para 
embarcar conosco nessa aventura da me-
diação da leitura por meio da arte de con-
tar e de ouvir histórias.
Aqui, neste módulo, conheceremos di-
ferentes práticas de leituras e como fazer 
uso delas sem escolarizar o deleite. O nos-
so objetivo é guiar o professor/bibliotecá-
rio/agente de leitura/animador cultural/
mediador por entre os caminhos que le-
vam à leitura por fruição, por desejo e 
pelo prazer, tendo em vista que há uma 
carência de subsídios para o planejamen-
to de ações que acolham os leitores em 
formação, seja na escola, na biblioteca, na 
rua ou em casa.
Vamos embarcar nessa viagem sem fim, 
na qual polvilhamos de sonhos o mundo 
inteiro? Você está conosco? Então aban-
que-se, pois vamos começar agora. Acesse:
ava.fdr.org.br
 CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 115
1.
EXPERIÊNCIAS 
DE LEITURAS E 
NARRATIVAS DA VIDA
A leitura literária lhe permite ser quem 
você quiser: a princesa, o sapo, o prín-
cipe ou até mesmo a bruxa. Basta 
fechar os olhos e deixar a imagina-
ção fluir. Nesse exercício, deixamos 
nossa mente viajar pelas experiên-
cias de leituras que já tivemos des-
de a infância, perpassando sensações 
e sentimentos únicos, guardados num 
cantinho especial do coração. As nar-
rativas de vida, assim como as histórias 
inventadas, podem ser a chave para co-
nectar-se com o mundo e compreender 
nossas raízes. 
 Vasculhando minhas memórias leito-
ras, recordo facilmente a imagem da mi-
nha mãe sentada na varanda, de óculos 
presos na ponta do nariz, lendo uma 
infinidade de livros. E, inconsciente-
mente, questionava por que e como 
ela ficava tantas horas lendo livros 
se, ao final de tudo, não precisava 
fazer nenhuma prova. O que eu não 
sabia é que, a partir dali, começaria 
a vivenciar um processo de leitura 
antes mesmo de ser alfabetizada, 
associado ao desejo de ser como ela. 
Paulo Freire (2003) já dizia que a leitura 
de mundo precede a leitura da palavra, 
reafirmando a importância do mundo, do 
cotidiano, das pessoas e das relações so-
ciais, cuja substância crucial é a experiên-
cia. Vocês estão lembrados que já falamos 
sobre isso em módulos anteriores, não é?
PUXANDO 
PROSA
Você já parou para pensar que, 
ao revisitar nossas memórias leitoras 
de contato com as narrativas, quase 
sempre elas estão associadas a alguém 
que recordamos afetuosamente? 
Por isso, as experiências de leitura 
dependerão, em muitos casos, 
das relações pessoais e verbais 
vivenciadas na trajetória de vida, 
daí a importância de mediadores 
sociais de leitura. Você já parou para 
pensar quem foi o seu mediador de 
leitura? Quem o(a) apresentou ao 
universo encantado da literatura?
116 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Durante a formação do sujeito, são construídas, 
gradativamente, três relações conscientes e in-
conscientes com a leitura, não necessariamente 
nessa ordem: uma relação de dependência, 
pois, através dela, tornamos possível a comu-
nicação interpessoal, mecanismo fundamen-
tal para convivência social; uma relação de 
acesso à informação, ao conhecimento e à 
sabedoria; e outra relação guiada pelo pra-
zer da leitura literária composta por signifi-
cados e sentimentos particulares.
Assim, podemos constatar que existem di-
mensões motivadoras para a leitura – a neces-
sidade de comunicação, a busca por conheci-
mento e o prazer/fruição – e, referindo-se a essa 
última, Fernando Pessoa, em seu o texto poético 
“Liberdade”, deixa vestígios de sua relevância: “Ai 
que prazer, não cumprir um dever. Ter um livro para 
ler e não o fazer!” (CAVALCANTE FILHO, 2015, p. 85).
Ao lermos a referida frase, notamos que essa 
sensação de “prazer”, causada pela possibilidade 
de escolha guiada somente pelo desejo, resume 
de forma direta o sentido de leitura fruitiva. 
Ainda que esse “prazer” tenha acontecido em 
decorrência do descumprimento de normas, ele 
advém da sensação prazerosa de liberdade cau-
sada por uma leitura realizada por fruição, pois 
foi consequência de uma escolha. 
É bem verdade que você já deve ter lido e ouvido 
muitas definições sobre leitura, mas tenho certeza de 
que nenhuma delas fará você conhecer melhor essa 
prática do que vivenciá-la. Se entendermos que pode-
mos encontrar diferentes meios de ler, facilmente perce-
beremos que existem muitas possibilidades para esti-
mular a leitura.
Nesse momento, ajustamos o foco da nos-
sa temática e voltamos o nosso olhar para 
as leituras e narrativas literárias como 
substância primeira para ingressar o sujeito 
no mundo das leituras.
 CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 117
2.
PRÁTICAS 
LITERÁRIAS: 
ALGUMAS 
CONSIDERAÇÕES 
ACERCA DA MEDIAÇÃO
Apesar de ser uma prática por vezes indivi-
dual, a leitura pode ser compartilhada, en-
volvida e relacionada com vivências coleti-
vas, de modo que ela jamais será única, pois 
o leitor, quase sempre, pode ir além do 
texto escrito. Ao mesmo tempo, é preciso 
considerar os diferentes efeitos que o con-
teúdo pode causar sobre o leitor, pois, ao 
modificar o sentido do autor, ele constrói e 
gera novos sentidos, traduzindo-os em con-
ceitos originais, pois partiram de vivências 
individuais. São essas “novas criações” que 
fazem do ato de ler uma construção singu-
lar, apesar de sempre incorrer em outras 
concepções pré-existentes. 
Há que se considerar também o contexto, 
pois a leitura é uma atividade interativa de 
caráter eminentemente social, tendo em 
vista que necessita fazer uso de diferentes 
conhecimentos e sentidos para ser concre-
tizada. Por isso, a leitura não deve ser im-
posta, nem tampouco escolarizada, pois a 
criança deve ver nela uma oportunidade 
de conhecer o outro lado da janela, de vi-
ver experiências novas, de envolver-se com 
o desconhecido. A imposição, a obrigato-
riedade de determinada leitura, sabemos, 
além de minar o seu trabalho, pode causar 
uma reação contrária à desejada, criando 
um não leitor.
O modo como o leitor enxerga a leitura 
diz muito sobre como ela foi apresentada 
para ele. Ao proporcionar ao leitor alfabeti-
zado novas chances de aprender com pra-
zer, estamos dando a oportunidade de o 
sujeito buscar e explorar campos diversos 
dentrodaquilo que ele julgar necessário. É 
certo que muitas dúvidas surgirão duran-
te esse processo, mas vale destacar que o 
contexto em que essas ações são pratica-
das revela bastante sobre como elas deve-
rão ser mediadas.
CONTEXTO
Conjunto de palavras, frases, ou o texto que 
precede ou se segue a determinada palavra, 
frase ou texto, e que contribuem para o seu 
significado; encadeamento do discurso. 
118 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Então, agora apresentaremos algumas 
possibilidades:
Como trabalhar o texto literário, 
como incentivar e orientar a leitura 
sem escolarizar essa prática?
Sendo o foco deste módulo as prá-
ticas leitoras e as narrativas literárias, 
não podemos fazer essa abordagem 
sem tratar sobre as funções da litera-
tura na formação do sujeito. De acor-
do com Antônio Candido (1972, p. 95), 
a literatura como força humanizadora 
perpassa três dimensões: a psicológica, 
a qual atende a necessidade universal de 
fruição e fantasia, levando o indivíduo ao 
devaneio; a formadora, que educa, mas 
não de modo escolarizado e sim como a 
própria vida; e a social, em que o sujeito 
reconhece a realidade social através das vi-
vências na obra literária.
Nem sempre essa função humanizadora 
da literatura é respeitada. Deve-se reconhe-
cer que há muitos anos se atribuiu à litera-
tura infanto-juvenil um caráter educativo, 
formador, por isso sua vinculação com 
a escola. De acordo com Magda Soares 
(1999), esse fenômeno é chamado de 
escolarização da literatura, ou seja, 
a apropriação dessa literatura pela es-
cola, para atender a seus fins forma-
dores e educativos. Para essa autora, 
essa escolarização é inevitável. O que 
se pode criticar é a “inadequada es-
colarização literária” que, por vezes, 
afasta o aluno das práticas literárias, 
desenvolvendo nele resistência ou aver-
são ao livro e ao próprio ato de ler, como já 
dissemos aqui.
 CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 119
Não nos cumpre tratar das questões 
históricas e sociais que geraram esse pro-
cesso de escolarização da literatura, mas 
apontar práticas inadequadas e evidenciar 
meios de torná-la propícia para a forma-
ção de leitores, ou seja, maneiras de como 
devemos trabalhar o texto literário, como 
podemos incentivar a leitura de livros ou 
de outras linguagens, sem transformar 
essa prática em uma atividade enfadonha, 
mecânica e/ou punitiva. 
Para a criança que se encontra no pro-
cesso de aquisição de escrita, por exemplo, 
o exercício de reescrita pode ser extrema-
mente cansativo e desmotivante. Primeiro 
que, ao solicitar essa atividade, o professor 
descaracteriza por completo o momento 
de apreciação literária que existe, simples-
mente para instigar o encantamento com 
o faz de conta. Segundo, que a criança es-
crever o “E-R-A U-M-A V-E-Z” durante o 
processo de aquisição de escrita já se torna 
complexo, imagine ter que construir aquilo 
ao seu modo.
Outra prática inadequada que vale 
mencionar é o uso de textos literários para 
trabalhar os códigos linguísticos, as sílabas, 
fonemas e tantas outras sistematizações da 
língua portuguesa. É extremamente recor-
rente encontrarmos nos livros didáticos tre-
chos literários nos exercícios de português/
gramática, quase sempre associados ao 
estudo da fonética ou da fonologia. Na ver-
dade, essas obras não foram escritas para 
esse fim, de modo que apresentá-las dessa 
maneira para as crianças só irá afastá-las da 
possibilidade de ler por prazer. Os livros de 
leitura literária deverão ser usados na esco-
la para aguçar o imaginário infantil, para 
trabalhar com o simbólico e com a riqueza 
das histórias. 
Essas práticas não estão restritas à sala 
de aula e à biblioteca escolar. Pelo contrá-
rio, existe uma série de instâncias de es-
colarização da literatura, dentro e fora da 
escola. Para tratar sobre isso, podemos 
mencionar o uso inadequado das narrati-
vas orais como meio de impor às crianças 
questões moralizantes. “Ah, mas não pode 
pegar nas coisas do coleguinha. Pode, 
gente?” (História da Cachinhos Dourados) / 
“A chapeuzinho Vermelho se perdeu na es-
trada porque desobedeceu a mamãe dela, 
que feio fazer isso!” (História da Chapeuzi-
nho Vermelho)
É comum ouvir esse tipo de comentário 
equivocado após a realização de uma con-
tação de histórias ou a leitura em voz alta 
de uma obra literária. Isso porque a litera-
tura não foi feita para o juízo de valor, ou 
seja, não existe necessariamente para en-
sinar o lado certo e errado de agir diante 
de uma situação, não antes de oportunizar 
um espaço de reflexão para as crianças. 
Agindo dessa forma, você estará apresen-
tando um sentido para as crianças sobre 
aquela história que, provavelmente, elas 
nem notariam. Percebe a sutileza da coisa?
PARA ALÉM 
DO TEXTO
Antes de abordar questões 
específicas do texto a ser mediado 
é importante criar um momento de 
reflexão do enredo. Por exemplo: 
Vocês já ouviram uma história 
parecida com essa? Vocês já 
viram acontecer isso com alguém 
conhecido? Isso já aconteceu 
com vocês? O que vocês sentiram 
quando ouviram essa história?
120 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
PUXANDO 
PROSA
Você já parou para pensar como as 
crianças podem aprender com as 
histórias e o quanto nós, educadores 
e mediadores, podemos privá-las de 
desenvolverem a capacidade crítica 
e de reflexão quando levamos o 
resultado pronto de cada conto? 
Vamos refletir sobre isso? Vamos 
pensar nesse momento como um 
diálogo, cientes de que para que 
haja esse diálogo é importante saber 
e querer ouvir?
Como a obra literária é simbólica, 
ela permite leituras plurais e, por isso, a 
partir das diferentes possibilidades de 
combinações dos signos, é possível in-
terpretar um fato ou evento sempre de 
um modo novo. Por essas vias, o leitor 
pode ter suas expectativas atendidas ou 
contrariadas, podendo variar em maior 
ou em menor grau. (AGUIAR, 1999). Con-
tudo, o certo é que ele tem o direito de 
descobrir – ou não! – as particularidades 
escondidas nas entrelinhas do texto. De 
qualquer forma, o leitor não continuará 
o mesmo depois da leitura. 
O que muda, certamente, é o modo 
como aquele caminho até as leituras foi 
traçado. Ao tratar sobre esse assunto, 
surge, de modo natural, a necessidade da 
figura de um(a) mediador(a), que deverá 
proporcionar o encontro com as diferen-
tes possibilidades de leitura, sem tornar 
aquele momento um dever a ser cumpri-
do. Afinal, todo aprendizado é necessa-
riamente mediado, o que torna o papel 
do educador e do mediador de leitura 
mais ativo e determinante.
Ao refletir sobre a mediação de leitura, 
muitos chegam a pensar que essa função 
é somente dos professores e que apenas 
ocorrerá no âmbito escolar, quando, na 
verdade, um mediador social de leitura, 
imbuído de amor pelas leituras, é capaz de 
promover o acesso ao livro e desenvolver 
o gosto por literatura em qualquer lugar 
e fase da vida (AGUIAR, 1996; PETIT, 2009; 
YUNES, 2002).
PARA ALÉM 
DO TEXTO
Quem é o(a) mediador(a) de 
leitura? Qual o seu papel na 
formação leitora do leitor 
contemporâneo? Olhe para 
dentro de si e reflita sobre 
que tipo de mediador(a) de 
leitura você é e/ou que tipo de 
mediador(a) você quer ser.
 CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 121
Esses mediadores, sejam eles professo-
res, bibliotecários, pais, mães, avós, artistas 
ou animadores, incorporam o papel de so-
cializadores da memória e da história, mas, 
sobretudo da leitura como meio de apro-
priação e acesso ao conhecimento. 
Nas prateleiras estão histórias, lugares, 
acontecimentos e pessoas. É preciso res-
gatá-las, de modo a seduzir os leitores para 
o mundo literário. Para tanto, os mediado-
res de leitura precisarão considerar alguns 
aspectosprimordiais para a concretização 
dessa prática. Vamos conhecê-los:
a) Tornar a leitura uma prática pre-
sente em suas vidas. É comum 
ouvirmos dos professores, pais e 
adultos que “as crianças precisam 
gostar de ler”, quando eles mesmos 
não possuem interesse pela leitu-
ra. Não é bem assim? Como pode-
mos formar leitores ou incentivar a 
leitura se não somos leitores? Daí, 
é imprescindível que o mediador 
construa uma rotina de leitura, que 
conheça as produções literárias e se 
interesse em descobrir novas leituras 
e, ainda, seja visto com um livro de-
baixo do braço ou comentando sobre 
uma peça teatral ou 
filme, por exemplo. Vale 
salientar que essa prática deve ser, 
antes de qualquer outra coisa, verda-
deira, pois a criança percebe quando 
não há sentimento, quando a palavra 
não condiz com a ação. Lembrem-se 
de que a leitura não está só no livro-
-texto. Outras formas de leitura po-
dem ser apresentadas. 
b) Preparar o ambiente para o aco-
lhimento do leitor. Os espaços de 
realização das práticas de leituras, 
sejam eles na escola, na biblioteca 
ou na comunidade, devem mobilizar 
diferentes sentimentos no leitor, de 
modo que criem um clima de expec-
tativa e interesse. Para isso, o cuidado 
com o aspecto físico e estético fará 
toda a diferença para a realização de 
atividades dessa natureza. Ao encon-
trar um lugar abarrotado de caixas ou 
amontoados de livros, o leitor criará 
em seu imaginário um conceito de 
leitura relacionado ao descaso ou 
abandono. É imprescindível produzir 
uma atmosfera diferenciada e de 
encantamento, inserindo elemen-
tos que demonstrem que algo dife-
rente acontecerá naquele espaço. 
Por exemplo, podemos dispor tape-
tes coloridos ou almofadas no chão, 
organizar cadeiras em círculo, distri-
buir livros pelo ambiente de modo 
que fiquem à altura dos olhos e das 
mãos, estabelecer um espaço para 
as discussões literárias e narrações 
orais etc. Além disso, vale conside-
rar aspectos como iluminação e 
ventilação para garantir um espaço 
adequado e confortável para as lei-
turas individuais.
c) Conhecer o público que será aten-
dido. De modo geral, para que 
ocorra uma mediação efetiva e de 
qualidade, ela precisa estar de acor-
do com os interesses do leitor. Co-
nhecer suas características, desde 
o contexto social e econômico, até 
seus desejos e níveis de aprendiza-
gem, facilita no planejamento das 
ações de leitura. Sabe-se, entretanto, 
que os estágios de desenvolvimento 
não são pontualmente marcados e 
cada momento é sempre permeado 
por especificidades do contexto so-
cial. Assim, o que podemos fazer é 
oferecer aproximações e referências 
pautadas em estudos dessa natu-
reza. Vale destacar que esse estudo 
é inteiramente contínuo e também 
bastante específico. 
d) Elaborar estratégias para media-
ção de leitura. Ao conhecer o per-
fil de seus leitores e não leitores, o 
mediador de leitura deverá propor-
cionar o encontro com as diferentes 
possibilidades de leitura a partir da 
elaboração de atividades de media-
ção literária. Para tanto, é preciso 
organizar estratégias para tornar 
possível o acesso aos livros e à lei-
tura, buscando meios de chamar a 
atenção do leitor. 
122 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Um dos modos mais eficazes para o planejamento de atividades integradoras é a 
elaboração de projetos de leitura, ou seja, a produção de ações de leituras contextualizadas 
com as vivências de determinada comunidade, com enfoque em temáticas específicas. 
Um projeto de leitura deve conter, basicamente, os seguintes elementos: apresentação, 
objetivos, justificativa, descrição das atividades e um plano de ação que reúna as 
práticas pedagógicas que serão realizadas a curto ou longo prazo. 
A seguir, um pequeno roteiro para estruturar essas informações:
1 IDENTIFICAÇÃO Definir o tema da atividade e o perfil do público-alvo
2 DIAGNÓSTICO
Descrição do contexto social, histórico 
e cultural da instituição (escola, biblioteca, espaço 
de vivências etc.) e da comunidade participante, 
apresentando a problematização
3 ATIVIDADES 
DESENVOLVIDAS
“O que fazer?” Descrição das atividades 
que serão desenvolvidas
4 JUSTIFICATIVA “Por quê?” Apresentação das razões para 
justificar as atividades a serem realizadas
5 OBJETIVOS “Para quê?” Descrição dos objetivos 
específicos a serem alcançados
6 ENVOLVIDOS
“Pra quem? Com quem? Quantos? 
Quais os envolvidos?” Informações 
do público-alvo e organizadores
7 ESTRATÉGIAS
“Como?” Estratégias metodológicas envolvem os 
caminhos a serem percorridos, considerando as 
múltiplas e diferentes abordagens, bem como os 
diferentes atores. (Ex.: interações grupais, fóruns e 
debates, oficinas pedagógicas e de arte etc.) 
8 RESULTADOS 
ESPERADOS:
“Aonde se quer chegar?” Previsão dos resultados a 
serem obtidos a partir dos objetivos e das metas
Bom, agora que já conhecemos os principais aspectos que o(a) mediador(a) de 
leitura deverá considerar antes de realizar uma atividade integradora e as estratégias 
para sua implementação, trataremos dos tipos de práticas de leitura que poderão ser 
implementados nos ambientes de mediação literária. Geralmente, essas práticas são 
ações pontuais, dirigidas a determinado público, mas podem fazer parte de um projeto 
de leitura a ser desenvolvido a médio e longo prazo.
PARA ALÉM 
DO TEXTO
Quais são as práticas de leitura 
possíveis de serem realizadas em seu 
cotidiano? Que ações poderemos 
realizar para incentivar e mediar a 
leitura literária? Você conhece ou 
participa de algum projeto assim? 
 CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 123
Assim, existem diferentes maneiras de 
promover o acesso ao livro e à leitura, seja 
através das narrativas orais, dramatizando 
ou contando histórias, formando grupos 
de discussão em torno da leitura, propor-
cionando momentos em que o leitor possa 
ter voz, onde apresente sua opinião sobre 
os personagens de uma história ou sobre o 
seu desfecho, refletindo sobre a produção 
literária. Conheceremos, a seguir, algumas 
dessas ações:
•	 Rodas de Leitura/ Clube de leitu-
ra/Leituras coletivas/Histórias de 
leitura: São atividades que visam 
a reunião de pessoas em determi-
nados grupos com o objetivo de 
compartilhar leituras, discutir sobre 
autores, ler conjuntamente e dividir 
histórias de vida.
•	 Saraus literários/ Festivais de 
arte/ Encontro com autores/Feira 
de livros: Essas iniciativas contam 
com a participação de um público 
mais heterogêneo e abrem espaço 
para conhecer personalidades do 
mundo literário. O intuito é demo-
cratizar o acesso ao livro, à leitura e 
ao entretenimento literário.
•	 Oficinas de produção literária/
Gincanas literárias/Estante de 
leitura itinerante: São ações que 
visam ao desenvolvimento de práti-
cas literárias e contam com a partici-
pação ativa do público para produzir 
material literário.
•	 Contação de histórias: É a narração 
oral de contos literários. Teremos um 
tópico especial para descrição des-
sa atividade. Ficaram animadinhos, 
não foi?
3. 
Narrativas 
literárias na voz 
de contadores 
de histórias
Narrar ou escrever uma história não é um 
produto exclusivo de um sujeito, nem da 
voz de quem narra ou do domínio das téc-
nicas de escrita. É um ato que perpassa o 
coração de quem se deixa tocar a alma 
através dos sentidos, para então encontrar 
no olhar do outro o cenário que dá vida à 
história. Suscitado pela memória e ligado 
pela respiração, o narrar não concebe a 
divisão entre corpo e voz. 
Essa prática torna-se ainda mais espe-
cial quando paramos para refletir sobre sua 
origem, quando o homem ainda pintava 
nas cavernas registros do seu cotidiano, 
contando em imagens histórias de luta, de 
superação, de descobertas. Ou quando os 
mais velhos se encarregavam de transmitir,por meio das palavras, os acontecimentos 
cotidianos e o conhecimento acumulado 
por seus ancestrais. A memória, naquela 
época, era fundamental para os povos, pois, 
sem a existência da cultura escrita, era pela 
oralidade e memorização dos fatos que 
se tornava possível a sua narração. 
Ainda que o costume de sentar ao redor 
da fogueira tenha se perdido com o tempo, 
todo o povo possui histórias para contar 
sobre suas tradições, raízes e legado. Isso 
é demonstrado com o reaparecimento dos 
contadores de histórias no século XX, que, 
apesar do desenvolvimento e moderniza-
ção da sociedade, retomaram as suas prá-
ticas narrativas de tradição oral, trazendo 
novos artifícios, criando novas histórias. 
A arte de contar histórias ressurgiu com 
uma proposta pedagógica e de apropria-
ção da leitura literária, como processo de 
mediação em espaços culturais. Além do 
encantamento pessoal que a arte de contar 
histórias pode proporcionar, ela alcança o 
fascínio de aproximar o leitor da literatura 
escrita e da capacidade interpretativa da 
informação, pois, ao ouvir as narrativas, o 
ouvinte passa a perceber que muitas des-
sas histórias contadas estão disponíveis 
124 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
em outros suportes de leitura, além da me-
mória. Evidenciam-se, assim, não somente 
a importância da memória oral, mas o in-
centivo ao gosto pela literatura, a aproxi-
mação com o objeto livro. Por esse motivo, 
muito se presencia a narração oral atrelada 
ao contexto educacional.
Analisando dessa forma, podemos con-
siderar o poder das histórias na formação 
do leitor e os feitos atingidos por essa arte: 
•	 estímulo ao prazer de ler; 
•	 conhecimento da literatura; 
•	 aproximação do livro e da biblioteca; 
•	 desenvolvimento da atenção e do 
gosto literário; 
•	 fixação e ampliação do vocabulário; 
•	 desenvolvimento da linguagem oral 
e escrita; 
•	 estímulo a imaginação e criatividade.
Vale lembrar que, hoje, o contador de 
histórias contemporâneo subirá num pal-
co e encontrará uma plateia desconheci-
da, de modo que é preciso envolver essas 
pessoas com sua dinâmica e desenvoltura 
cênicas. Por isso, é imprescindível buscar 
aperfeiçoamento técnico, tanto para me-
morização e apropriação da história, como 
para as escolhas de figurino e movimenta-
ção corporal. O bom desempenho da per-
formance do contador de histórias estará 
condicionado ao modo como ele se prepa-
rou para aquele momento. 
PUXANDO 
PROSA
É importante ressaltar que para ser 
um contador de histórias é preciso, 
acima de tudo, gostar de ler e de ouvir, 
sobretudo de evocar emoções. O 
sentimento está muito relacionado à 
atuação do contador de histórias, pois, 
para emocionar seus ouvintes, é preciso 
acreditar na sua arte e no seu poder 
transformador. Uma história nunca 
é escolhida por acaso. Ela vem ao 
encontro do contador, permitindo-lhe 
se deparar com um pouco de si mesmo. 
É preciso gostar muito da história para 
poder contá-la.
 CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 125
E então, você pode nos perguntar: Mas 
como preparar uma prática de contação 
de histórias? Como dominar o interesse 
do público? Por isso, elaboramos este pas-
so a passo para você conhecer o que preci-
sa para preparar a narração de um conto e 
como buscar artifícios para manter a aten-
ção do seu público. Vamos lá?
1. Escolha do texto e desejo de con-
tá-lo: é muito importante definir o 
estilo de narrativas que deseja con-
tar. Essa escolha está atrelada, prin-
cipalmente, ao público que você irá 
atender. Portanto, se o seu público 
for de crianças, por exemplo, a his-
tória terá que fazer parte da literatu-
ra infantil e o gênero textual poderá 
variar de acordo com a faixa-etária 
dessas crianças.
2. Análise da obra e conhecimento 
do autor: independentemente do 
público ouvinte, é imprescindível 
conhecer o estilo literário do autor 
da obra. Lembre-se de que um dos 
grandes objetivos da contação de 
histórias é a aproximação do ouvinte 
às leituras, por isso saiba falar sobre 
as histórias e tenha sempre em men-
te livros para indicar.
3. Estudo e memorização da obra: o 
contador de história empresta a sua 
voz para os autores literários. Portan-
to, é muito importante que ele estu-
de a obra e seja fiel ao enredo. Por 
isso, ao final da apresentação/conta-
ção, é imprescindível mencionar o 
título e o autor do livro. Além disso, 
a preparação do narrador é crucial 
para um bom desempenho no palco.
126 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
4. Seleção de gestos, vozes, entona-
ção e pausas: toda história possui 
suas pontuações, ou seja, os pontos 
altos, médios e baixos do enredo. É 
preciso conhecê-los e definir uma per-
formance para cada situação. Os ges-
tos fazem o público envolver-se com a 
situação narrada, a voz e a entonação 
imprimem o sentimento do texto e as 
pausas dão um ar de suspense ao es-
petáculo. Essa atuação faz a diferença 
na conquista do seu público.
5. Ensaiar: qualquer que seja a apre-
sentação, o narrador precisa ensaiar. 
Por isso, não se superestime e mui-
to menos subestime o seu público. 
ENSAIE! Explore o espelho, conheça 
seus trejeitos e expressões. Além dis-
so, conte para alguém – de preferên-
cia bem crítico – antes de apresentar-
-se à plateia. Esse exercício fará com 
que você ganhe mais confiança, que 
amplie seu repertório de atuação, 
além de ter a oportunidade de co-
nhecer o feedback do ouvinte.
Enfim, a boa memória, o bom improviso 
e a espontaneidade – a capacidade de inter-
pretar e se expressar – o poder de concentra-
ção e abstração – o amor e encantamento 
pelas histórias são ingredientes infalíveis 
para formar um bom contador de histórias.
4.
INTERROMPENDO A 
LEITURA: A HISTÓRIA 
NÃO TERMINOU
Durante o fascículo, vimos que é necessário 
repensar o conceito tradicional de leitura, 
sobretudo aquele restrito à escolarização, 
pois ler é bem mais do que traduzir có-
digos linguísticos. O leitor, ao praticar a 
leitura, age sobre aquilo que compreende, 
misturando percepções, opiniões, memó-
rias e experiências na construção de uma 
teia de significações. 
Conhecemos diferentes formas de traba-
lhar as práticas de leituras e refletimos sobre 
o processo de mediação dessas práticas. 
Afinal, não basta conhecermos as ações de 
leitura; é necessário saber conduzir e fazer 
uso de uma abordagem consciente. 
Além disso, revisitamos algumas dicas 
para contar histórias e discutimos sobre 
essa arte milenar que coloca a oralidade no 
centro do palco. O narrador, protagonista 
dessa magia, usufrui do privilégio de poder 
escolher o seu papel, a sua fala, a sua histó-
ria e o fim dela. Mas ele sempre precisará da 
voz para surpreender os seus ouvintes e do 
olhar para envolvê-los naquilo que acredita.
 Para finalizar, retornamos as nossas im-
pressões iniciais para reforçar que a media-
ção de práticas de leitura jamais perderá 
o vínculo com o amor que a magia lite-
rária transmite, pois não se vivencia essa 
arte sem percorrer às entrelinhas infinitas 
do coração. Não é apenas um papel a ser 
cumprido, é uma história a ser vivida, con-
tada e recontada.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Vera Teixeira de. O leitor competente à 
luz da teoria da literatura. Revista TB, n. 124, p. 
23-24, jan./mar. 1996. 
CANDIDO, Antônio. A literatura e a formação do 
homem. Ciência e Cultura, São Paulo v. 24, n.9, 
p. 803-809, set, 1972.
CAVALCANTE FILHO, José Paulo. Fernando 
Pessoa: o livro das citações. Rio de Janeiro: 
Record, 2015.
PETIT, Michéle. A arte de ler. Ou como resistir 
à adversidade. Tradução de ArthurBuenos e 
Camila Boldrini. São Paulo: Editora 34, 2009.
SOARES, Magda Becker. 1999. A escolarização 
da Literatura Infantil e Juvenil. In EVANGELISTA, 
Aracy, BRINA, Heliana, MACHADO, Maria Zélia(orgs). A escolarização da Leitura Literária: O 
Jogo do Livro Infantil e Juvenil. Belo Horizonte: 
Autêntica, p 17-48
YUNES, Eliana. Pensar a leitura: complexidade. 
São Paulo: Loyola, 2002. 
 CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 127
DESAFIO
Chegou o momento mais do 
que esperado. Hora de praticar o 
que aprendeu. Que tal escolher 
um texto literário e prepará-lo 
para contar? Depois conte-nos 
como foi a sua experiência como 
contador de histórias. Exponha 
para seus colegas, no Grupo 
de Facebook do curso, as suas 
impressões, as suas experiências.
Laiana Ferreira de Sousa (Autora)
É professora e contadora de histórias, formada em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre e doutoranda em 
Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Especialista em Educação a Distância e em Teorias da Comunicação 
e Imagem pela UFC. Tem vasta experiência como formadora e contadora de histórias. Atualmente, atua como supervisora pedagógica 
e de monitoramento do Núcleo de Tecnologias e Educação a Distância em Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal 
do Ceará (Nuteds/Famed/UFC). 
Rafael Limaverde (ilustrador)
É ilustrador, chargista e cartunista (premiado internacionalmente) e xilogravurista. Formado em Artes Visuais pelo Instituto Federal de 
Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará (IFCE). Escreve e possui livros ilustrados nas principais editoras do Ceará e em editoras paulistas.
RealizaçãoApoio
EXPEDIENTE: FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR) João Dummar Neto Presidente André Avelino de 
Azevedo Diretor Administrativo-Financeiro Raymundo Netto Gestor de Projetos Emanuela Fernandes 
Analista de Projetos Tainá Aquino Estagiária UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE Viviane Pereira 
Gerente Pedagógica Luciola Vitorino Analista Pedagógica CURSO FORMAÇÃO DE MEDIADORES DE LEITURA 
Raymundo Netto Coordenador Geral e Editorial Lidia Eugenia Cavalcante Coordenadora de Conteúdo 
Emanuela Fernandes Assistente Editorial Amaurício Cortez Editor de Design e Projeto Gráfico Marisa 
Marques de Melo Diagramadora Rafael Limaverde Ilustrador
ISBN: 978-85-7529-893-0 (Coleção)
ISBN: 978-85-7529-901-2 (Fascículo 8)
Este fascículo é parte integrante do Programa Fortaleza Criativa, em decorrência do Termo de Fomento celebrado entre a Fundação Demócrito Rocha e a Secretaria Municipal da Cultura 
de Fortaleza, sob o nº 05/2018.
Todos os direitos desta edição reservados à:
Fundação Demócrito Rocha
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