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ARTE BRASILEIRA: ANTROPOFAGIA, TROPICÁLIA E PARANGOLÉS

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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DE CASCAVEL
UNIVEL – União Educacional de Cascavel
Estética e História da Arte
Design Gráfico | 1º semestre
Sabrina Graf
Cascavel-PR, 2020
ARTE BRASILEIRA - ANTROPOFAGIA E TROPICÁLIA
● OBJETIVO
O presente trabalho tem por objetivo relacionar os movimentos artísticos brasileiros
de “Antropofagia” e “Tropicália” e apontar seus artistas de maior importância, bem
como as obras destes períodos que marcaram a história da arte brasileira.
● INTRODUÇÃO
Em maio de 1928, Oswald de Andrade publicava o Manifesto Antropofágico que
marcou fortemente os primeiros anos do Modernismo no Brasil. Seu grande símbolo, o
quadro “Abaporu” (canibal, em tupi guarani), pintado por Tarsila do Amaral, inspirou
Oswald de Andrade no lançamento da Revista e do Clube de Antropofagia que visavam
criticar a herança cultural brasileira e questionar os moldes culturais impostos pelos
colonizadores que, por sua vez, não correspondiam com a realidade brasileira.
O Abaporu de Tarsila representava nitidamente o conceito dessa nova corrente
modernista pois, vê-se a cabeça da figura pequena e o corpo desproporcionalmente
grande, representando que, no Brasil, invalida-se o intelecto e prioriza-se o trabalho
braçal; precisamente, significa que o brasileiro desvaloriza o pensamento crítico.
O termo “Antropofagia” é interpretado no sentido de “devorar”/”deglutir” a cultura
internacional e transformá-la como parte da cultura brasileira, fundamentado em um
procedimento crítico; este movimento buscava a independência cultural do Brasil, ou
seja, pretendia-se inovar o cenário artístico do país a partir de influências das
Vanguardas Europeias, porém com críticas, estéticas e conceitos direcionados para a
perspectiva brasileira.
Alguns anos depois, nos anos 60, sob a forte opressão do período da Ditadura
Militar, os conceitos do Movimento de Antropofagia foram retomados por artistas e
músicos que pretendiam revolucionar o cenário musical e artístico do Brasil. A
Tropicália, como foi chamada, veio para opor-se ferozmente à Ditadura e o ufanismo
das artes na época. Grandes nomes da música como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os
Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, entre outros, buscaram inovar o cenário musical com
novos instrumentos, novos sons, novas influências e trazer mais leveza, mais cultura e
mais crítica para a Música Popular Brasileira. Misturando ritmos e gêneros, o
Tropicalismo produzia canções inesquecíveis, até mesmo carregando críticas
disfarçadas de poesia. Um dos maiores marcos do movimento foi o álbum coletivo
Tropicália ou Panis et Circencis, com a colaboração dos citados Caetano Veloso,
Gilberto Gil, os Mutantes, Gal Costa, bem como Torquato Neto, Capinam, Tom Zé, Nara
Leão e Rogério Duprat.
Embora tenha sofrido vigorosamente com a censura militar, este movimento
incorporou fortemente as ideologias da Antropofagia Oswaldiana com a vontade de
reimaginar o Brasil e não revolucionou só a música, mas teve grande influência em
todos os aspectos culturais brasileiros, como na moda, no design, comportamento,
política, etc, com alta influência no movimento Hippie americano. E apesar de toda a
agitação causada por esta corrente, a Tropicália durou pouco tempo, tendo seu fim nos
últimos anos da década de 60 com a prisão de Gilberto Gil e Caetano Veloso pelo
Regime Militar; contudo, a revolução que o movimento trouxe para o Brasil foi
estrondosa e impactara intensamente todo o cenário artístico brasileiro que surgiria nos
próximos anos.
● PARANGOLÉS - HÉLIO OITICICA
Responsável por nomear a Tropicália, o artista brasileiro Hélio Oiticica criou nos
anos 60 peças de arte as quais chamou de “Parangolé”, que eram como capas,
vestimentas que carregavam grande valor simbólico para a época e também serviam
como obra multisensorial. Contudo, o conceito deste projeto visava democratizar a arte
e tornar o público parte da obra, deixando de ser meros espectadores e tornando-se
arte viva. Os Parangolés possuíam textos, formas, grafismos e cores e o artista os
planejava para serem símbolos do Tropicalismo, da reinvenção da arte brasileira.
● OBRAS
Abaporu, Tarsila do Amaral, 1928, Museu de Arte Latino-americana.
Tropicalia ou Panis et Circencis, álbum de estúdio, 1968, Philips Records.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tropicalia_ou_Panis_et_Circencis
- Manifesto Antropofago. Oswald de Andrade, 1928.
“Tupi, or not tupi that is the question.”
- Alegria, Alegria. Caetano Veloso,1967.
Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou
O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento
Eu vou
Eu tomo uma Coca-Cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou
Por que não, por que não?
Por que não, por que não?
Por que não, por que não?
- Domingo no Parque. Gilberto Gil, 1968.
O rei da brincadeira (ê, José)
O rei da confusão (ê, João)
Um trabalhava na feira (ê, José)
Outro na construção (ê, João)
A semana passada, no fim da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde saiu apressado
E não foi pra Ribeira jogar capoeira
Não foi pra lá, pra Ribeira, foi namorar
O José como sempre no fim da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo um passeio no
parque
Lá perto da Boca do Rio
Foi no parque que ele avistou Juliana
Foi que ele viu
Foi que ele viu Juliana na roda com
João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João
O espinho da rosa feriu Zé
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa (ô, José)
A rosa e o sorvete (ô, José)
Foi dançando no peito (ô, José)
Do José brincalhão (ô, José)
O sorvete e a rosa (ô, José)
A rosa e o sorvete (ô, José)
Oi, girando na mente (ô, José)
Do José brincalhão (ô, José)
Juliana girando (oi, girando)
Oi, na roda gigante (oi, girando)
Oi, na roda gigante (oi, girando)
O amigo João (João)
O sorvete é morango (é vermelho)
Oi girando e a rosa (é vermelha)
Oi, girando, girando (é vermelha)
Oi, girando, girando
Olha a faca! (olha a faca!)
Olha o sangue na mão (ê, José)
Juliana no chão (ê, José)
Outro corpo caído (ê, José)
Seu amigo João (ê, José)
Amanhã não tem feira (ê, José)
Não tem mais construção (ê, João)
Não tem mais brincadeira (ê, José)
Não tem mais confusão (ê, João)
- Parangolés. Hélio Oiticica, 1964.
● REFERÊNCIAS. Acessos em 14/06/2020
- De OLIVEIRA, Ana. ANTROPOFAGIA. Site Projeto Tropicália. Disponível em:
http://tropicalia.com.br/ruidos-pulsativos/geleia-geral/antropofagia
- DINIZ, Júlio. Antropofagia e Tropicália - devoração/devoção. Publicado em
07/04/2017. Portal UAI e+. Disponível em:
https://www.uai.com.br/app/noticia/pensar/2017/04/07/noticias-pensar,204762/an
tropofagia-e-tropicalia-devoracao-devocao.shtml
- BORGES, Adriana. Arte Brasileira - Antropofagia Cultural e o Movimento
Tropicalista. Portal OBVIOUS Magazine. Disponível em:
http://obviousmag.org/my_cup_of_tea/2015/03/arte-brasileira---antropagia-cultur
al-e-o-movimento-tropicalista.html
- MATOS, Kleyson. Os Parangolés de Oiticica. Portal OBVIOUS Magazine.
Disponível em:
http://lounge.obviousmag.org/haraquiri_sertanejo/2012/08/Os-Parangoles-de-Oiti
cica-.html

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