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Resenha Critica Documentário (1)

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Resenha Crítica sobre o Documentário: “Psicologia Social 
e Social na Psicologia” 
 
O documentário em questão fala a respeito de “A Psicologia Social e o 
Social na Psicologia”, mostra a psicologia social da atualidade tem crescido 
grandemente em campos de pesquisa de atuação em espaço comunitário e 
também institucionais como a área da saúde, trabalho, educação, da 
assistência social e também do lazer. O vídeo mostra a trajetória da Psicologia 
Social na década de 1930 em São Paulo, onde se deu início ao campo de 
conhecimento especifico fundada na escola de sociologia e política. 
Estabeleceu em 1933 o primeiro curso de psicologia social, onde foi ministrado 
pelo médico Raul Briquet, tendo suas aulas reunidas no livro de Psicologia 
Social, dessa forma seu livro foi publicado em 1935 e é considerada uma obra 
pioneira no campo da Psicologia Social, mostra que por volta da década de 30 
dirigido por Noemi Rudolfer iniciou o laboratório de psicologia fundado na 
universidade de filosofia ciência e letras da faculdade de São Paulo, uma das 
instituições mais importantes desta área na época, assim Noemi Rudolfer 
iniciou o processo de pesquisa na psicologia social, contando com a 
colaboração de Betti Katzenstein e Aniela Ginsberg. 
Observa que a psicologia Social no Brasil passou por transição relativa à 
reflexão crítica de sua produção, a aceitação dessa postura em relação ao 
lugar de conhecimento e a indagação referente ao papel dos intelectuais frente 
a veracidade latino-americana. Com isso o método fenomenológico recuperou 
a memória dos atores sociais perante a busca pela identificação da Psicologia 
Social em São Paulo, no meados de 1960 e 1970. Nota-se que através da 
entrevista, recuperam-se os principais autores e as principais teorias que 
tiveram influência nas reflexões, e ao mesmo tempo na sua narrativa pessoal, 
relata sobre as dificuldades e suas conquistas experimentais, mostrando 
através deste documentário a importância de reviver o papel daqueles que 
tiveram o lugar de bandeirantes sobre pensar, sentir e agir, assim através das 
consequências dos movimentos da memória, mostrou uma releitura das práxis 
do psicólogo social, desde a atualidade dos desafios acadêmicos que se 
impõem até hoje. 
O documentário foca em relatar o trajeto histórico pelo contexto 
universitário, e possibilitando a reflexão crítica da Psicologia Social no 
município de São Paulo, por volta de 1960 e 1970, resgatando a memória e a 
narrativa de seus autores sociais, suas influências teóricas possibilitando uma 
postura direcionada para discussão do conhecimento e da transformação 
social, nisso essa área específica passou a ser marcada pela Escola Livre de 
Sociologia e Política em São Paulo (1930). Apesar do curso de Psicologia da 
PUC-SP ter sido desenvolvido em 1970, seu início foi no segundo semestre de 
https://www.sinonimos.com.br/a-respeito-de/
https://www.sinonimos.com.br/a-respeito-de/
https://www.sinonimos.com.br/progresso/
1972, disponibilizando duas disciplinas: Pesquisa Intercultural (administradas 
por Aniela Ginsberg e Karl Sheibe) e Psicologia Social. No ano subsequente, 
foram aplicadas mais duas novas disciplinas: Pequenos Grupos e Psicologia da 
Linguagem – ambas administradas por Silvia Lane. Contudo, dando o primeiro 
passo para o início do programa, ficando cada vez mais próximo de seu trato 
social no exato momento em que Silvia Lane começou a coordená-lo após 
cinco anos da sua formação. Neste momento também a Coordenação de 
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) começou a credenciar 
os cursos de Pós-Graduação, implantando requisitos a cumprir. Lane, vendo o 
vínculo de Sandoval com a Psicologia Política, propôs, para que administrasse 
os cursos desta área que ainda não existiam no Brasil, isso por volta de 1970. 
Outro marco importante para a história da psicologia social no 
documentário foi organizado pelo norte-americano Otto Klineberg em 1945 na 
Faculdade de Filosofia, Ciência e Cartas da Universidade de São Paulo, essas 
aulas também foram reunidas e publicadas chamada "Introdução à Psicologia 
Social". Otto Klineberg foi autor de outro trabalho importante para a psicologia 
social, o livro "Psicologia Social" foi destacado como um importante manual 
nesta área, publicado em 1950. 
Observa-se também que a proposta de Silvia Lane sobre a Psicologia 
Social, assim como para Sawaia era aquela a qual se refere como “a nossa 
Psicologia’, que discordava da psicologia social clássica relacionada na teoria 
cognitivista e behaviorista”. Visto que pensávamos em entender através da 
memoria dos participantes, trazendo os fios de ouro desta narrativa, o que 
percorre e interliga através das entrevistas e relatos obtidos. 
Quanto a este documentário, cabe a nós hoje, desde que a cultura 
proposta visava retratar o caminho historiográfico da psicologia social em São 
Paulo até a década de 1980. No entanto, os movimentos de memória das 
pessoas entrevistadas levaram-nos a compor considerações sobre problemas 
que ainda persistem no currículo do ensino da psicologia social. Na perspectiva 
de que queríamos entender a história da psicologia social através da memória 
dos participantes, estamos procurando o fio de ouro das histórias, suas 
mudanças e relatórios recebidos pelas entrevistas - como nos ensina Bosi 
(2003). Participamos das histórias de memórias em sua importância, 
deslocamento, lacunas e hesitações. 
De acordo com Bosi (2003), a memória oral não prende um curso com 
marcas cronológicas rígidas, antes segue o “mapa afetivo” da experiência. 
Como resultado do recorte desta pesquisa - o final da década de 1960 e no 
início dos anos 1970 - observamos que os memorialistas realizam suas 
narrativas ancoradas em certa linearidade cronológica. Nesse sentido, as 
dificuldades se colocaram aos pesquisadores como aproximação da 
complexidade da realidade, ou seja, a combinação de fatores cronológicos e 
emocionais que assumem diferentes perspectivas e incluindo antagonismos, 
lacunas e contradições - embora não tenhamos o objetivo na análise dos 
discursos, e sim, a reconstrução da história pelo relato deste ponto de vista, 
considera - se os atores entrevistados os protagonistas da história a qual 
narram, pois possuem um conhecimento teórico e crítico sobre os fatos e não 
só a experiência vivida. 
Assim, notou-se que, por diversas vezes, os entrevistados apresentaram 
um discurso aparentemente colado à linearidade dos fatos, ou seja, marcado 
por uma cronologia rígida; contudo, análises posteriores revelaram que a 
afetividade aparecia não obstante o recorte cronológico. Portanto, foi possível 
compreender por meio dos relatos, além do percurso histórico, a gênese dos 
conceitos estudados e utilizados atualmente na área, o porquê dos 
questionamentos e as mudanças ocorridas no âmbito da Psicologia Social, de 
forma mais aprofundada. 
Percebe-se através deste documentário o diferencial relatado pela 
riqueza da recordação dos individuo, suas vivências e emoções próprias. 
Levando em consideração que os entrevistados são professores da área da 
psicologia, assim os personagens partiram das suas vivências profissionais e 
de seus conhecimentos para arquitetar os relatos de suas experiências. 
Outro fato interessante que notamos foi que, pelos fatos dos 
personagens terem estado na época do desenvolvimento do estudo na área, 
ate as frases mais cheias de emoção, vieram decorrentes de questões teóricas. 
Como observamos na fala de Sawaia: “A Silvia arrebatava a gente com aquela 
honestidade ética - política”, com isso o entrevistado coloca lado a lado o 
“arrebatamento” da personalidade como exemplo Lane e a “honestidade ético-
politica” através do seu engajamento teórico. 
Já a ditadura aparece como um pano de fundo nas críticas em 
relacionado à Psicologia vigente. Neste cenário, as pessoas perceberam o 
problema epistemológico de erguer uma PsicologiaSocial adequada para a 
realidade brasileira. De acordo com o que relata Sandoval, a Psicologia não se 
posicionava de forma política e crítica frente aos problemas sociais. Com isso, 
apesar de a ditadura não ser um “disparador” em si mesmo, percebeu-se neste 
evento histórico um inimigo concreto e uma forma de iniciar práticas mais 
críticas e politizadas dentro da Psicologia, as quais visassem a instrumentalizar 
a população para enfrentar a ditadura, em vez de adaptá-la a este contexto – 
tal como foi o papel da Psicologia, na época. 
Portanto, cabe nos lembrarmos, que, a memória é um processo coletivo, 
as imagens, os pensamentos e afetos de cada sujeito, ressoam através das 
narrativas de cada um dos atores sociais entrevistados. Embora a lembrança 
ainda seja uma manifestação pessoal de cada um, seu tecido é costurado de 
modo a unir às vozes dos protagonistas dessa história. O documentário nos faz 
compreender a importância deste movimento desde o inicio, trazendo a riqueza 
de personagens visto nesta entrevista como Annita Cabral, Aniela Ginsberg, 
Joel Martins e Silvia Lane, pois deram inicio neste percurso para que o 
processo pudesse acontecer. 
 
Conclusão 
Concluo que o documentário e didático interessante e aprazível, a ponto 
de manter nossa atenção, e nos remete as falas dos entrevistados. As 
referências, as citações relatadas e os testemunhos dos participantes da 
história da psicologia social são um ponto cativante, pois quando geralmente 
falamos da história de uma determinada área, falamos sobre o estudo da 
psicologia, onde os autores pioneiros não estão mais presentes para contar o 
fato, assim podemos através do documentário, observar e conhecer 
importantes autores que aparecem e têm seu trabalho e suas experiências 
apresentadas, nos fazendo refletir sobre essa nova psicologia social através de 
uma pesquisa histórica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
Goski, P. & Schnaider, L. (Diretores). (2014). A psicologia social e o 
social na psicologia [Documentário]. São Paulo: Conselho Regional de 
Psicologia. Recuperado em 12 de abril, 2015, de 
http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/2014-memoria-social/2014-
memoria-social.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/2014-memoria-social/2014-memoria-social.html
http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/2014-memoria-social/2014-memoria-social.html

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