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PARA ESTERILIZAÇÃO CRISTÓFOLI GUIA PRÁTICO Cristófoli, a marca da proteção. para Esterilização 2 Guia Prático Cristófoli, empresa brasileira fabricante e importadora de produtos para a saúde com a certificação, ISO 13485 - Aparelhos Médicos - Sistema de Gestão de Qualidade - Requisitos para Fins Regulamentares, e BPF - Boas Práticas de Fabricação - ANVISA. Todas as câmaras das autoclaves Cristófoli possuem registro no INMETRO para vaso de pressão. 3 Missão da cristófoli Cristófoli. Valorizando a vida! Desenvolver soluções inovadoras para proteger a vida e promover a saúde. Política da qualidade e ambiental Cristófoli A Cristófoli Equipamentos de Biossegurança LTDA., estabelecida na Rodovia BR-158, 127, Área Urbanizada III, em Campo Mourão, Paraná, Brasil, fabrica equipamentos de biossegurança para atender a área de saúde, tendo como política: “Desenvolver soluções inovadoras para a área da saúde utilizando-se de processos ágeis, robustos e enxutos, para atender cada vez melhor seus clientes. Cumprir com os requisitos regulamentares das normas aplicáveis, pro- mover a melhoria contínua de seus sistemas da qualidade e ambiental, preve- nir poluição, diminuir seus impactos ambientais e capacitar constantemente seus colaboradores, para desta forma obter lucratividade sustentável e maxi- mização do valor da empresa.” Revisão 2. 4 Agradecemos a sua escolha. Você cliente, é a razão de existir da Cristófoli. Elaboramos este Guia Prático com a finalidade de complementar as orienta- ções do Manual de Instruções da sua autoclave Cristófoli e assim auxiliá-lo na melhor forma de utilizá-la. Agradecemos a todos os nossos clientes, parceiros e colaboradores por nos ajudarem na melhoria contínua e na inovação de nossos produtos e serviços, em especial à Liliana Junqueira de P. Donatelli, Consultora em Biossegurança Cristófoli, que presta um grande e valioso auxílio na coordenação do Projeto Biossegurança Cristófoli; na pesquisa de produtos complementares; no treina- mento de nossos funcionários, vendedores e técnicos; e como ministrante dos Cursos de Biossegurança para profissionais, acadêmicos e auxiliares. Para quaisquer observações ou sugestões sobre nossos produtos, por favor entre em contato com a CRC - Central de Relacionamento com o Cliente. Cristófoli Equipamentos de Biossegurança Ltda. Rodovia BR-158, nº 127, Campo Mourão, Paraná - BrasilL -CEP 87303-327 Tel: 0800-44-0800 - (44) 3518-3499 E-mail: crc@cristofoli.com Horário de Atendimento: De segunda a sexta-feira, das 9:00 às 12:00 e das 13:30 às 16:30hs. Para melhor auxiliar nossos clientes disponibilizamos o serviço de consul- toria em Biossegurança Cristófoli, que responderá dúvidas por meio do e-mail abaixo ou pelo Blog Biossegurança. Consultoria gratuita em biossegurança: www.cristofoli.com/biosseguranca liliana@cristofoli.com Liliana Junqueira de P. Donatelli Bióloga CRBio 18469/01-D Membro da OSAP Mestre em Saúde Coletiva FMB-MB - UNESP www.cristofoli.com 5 APRESENTAÇÃO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO E SUAS ETAPAS 1 Limpeza ................................................................................................................................... 1.1 Limpeza Manual .................................................................................................................... 1.2 Limpeza com a Cuba de Ultrassom ................................................................................. 1.3 Enxágue ................................................................................................................................... 1.4 Secagem .................................................................................................................................. 2 Inspeção Visual ..................................................................................................................... 2.1 Como realizar a Inspeção Visual ...................................................................................... 2.2 Lubrificação ............................................................................................................................ 3 Embalagem ............................................................................................................................ 3.1 Finalidade da embalagem .................................................................................................. 3.2 Tipos de Embalagens para Esterilização em Autoclave ............................................. 3.3 Recomendações sobre os Tipos de Embalagens e Materiais a serem Utilizados na Autoclave .............................................................................................................. 3.4 Técnica para empacotamento de instrumentos e outros materiais ..................... 4 Esterilização ........................................................................................................................... 4.1 Esterilização - definição ...................................................................................................... 4.2 Como Utilizar sua Autoclave .............................................................................................. 4.3 Recomendações para Melhor Acondicionamento do Material na Autoclave ..... 4.4 Manchas Superficiais ........................................................................................................... 4.5 Corrosão ................................................................................................................................. 4.6 Como Evitar Manchas Superficiais e/ou Corrosão no Instrumental ...................... 5 Monitorização do Processo de Esterilização .............................................................. 5.1 Como realizar a Monitorização da Esterilização na sua autoclave ......................... 5.2 Possíveis Falhas no Processo de Esterilização ............................................................. 6 Registros da Monitorização da Esterilização .............................................................. 6.1 Registros - como realizar .................................................................................................... 7 Armazenamento de Material Esterilizado ................................................................... 7.1 Como armazenar corretamente o Material Esterilizado ........................................... 7.2 Validade da Esterilização .................................................................................................... LINKS DE INTERESSE ................................................................................................................... REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... Índice 09 09 10 11 12 12 12 13 14 21 21 21 22 22 24 25 25 25 25 28 30 30 31 31 32 33 33 14 14 18 6 Este Guia Prático tem a finalidade de complementar o Manual de Instruções do seu equipamento que acompanha o produto e não o substitui. Para familia- rizar-se com as características de funcionamento da sua autoclave e prevenir-se quanto aos cuidados que devem ser tomados para que sejam obtidos os resul- tados satisfatórios na esterilização e secagem, além de aumentar a vida útil do equipamento, consulte o Manual de Instruções do seu equipamento. Este é um guia simplificado que traz conceitos gerais a respeito do processa- mento de artigos em serviços de saúde de pequeno porte (não sujeitos à RDC 15) e interesses à saúde, fruto de consulta a diversos documentos nacionais e internacionais de relevância, porém você deve consultar a legislação vigente para sua atividade específica, bem como para sua cidade/estado. Qualquer dúvida entre em contato com a nossa consultora Liliana Junqueira de P. Dona- telli pelo e-mail: liliana@cristofoli.com Para instalar, desbloquear e realizar o ajuste de altitude da sua autoclave, assista aos vídeos: Apresentação Beleza eSaúde em suas mãos: Quatro Etapas básicas da Esterilização: https://youtu.be/v9mSwqIqvxA Desbloqueio Autoclave Cristófoli Vitale Class: https://youtu.be/VVbT3fZie6M Ajuste de Altitude Autoclave Cristófoli Vitale Class: https://youtu.be/h38sVfttb94 Como Usar Autoclave Cristófoli Vitale Class: http://youtu.be/S7C1ifIpR90 Ajuste de Altitude Autoclave Cristófoli Vitale Class CD: https://youtu.be/FPnYvgpdwVQ Como Usar Autoclave Cristófoli Vitale Class CD: https://youtu.be/Nvg58JgO3qU Desbloqueio Autoclave Cristófoli Vitale Class CD: https://youtu.be/KFuskRgeQiY Mais vídeos: 7 A esterilização é parte do processamento de artigos em serviços de saúde e interesse à saúde (Podologia, Salões de Beleza, Estúdios de Tatuagem, Centros de Estética, etc.) que tem por finalidade torná-los seguros para o uso em paci- entes. É importante que o responsável técnico e sua equipe elabore um manual de rotinas e procedimentos, com rotinas escritas e padronizadas. Isso evita que algum requisito seja esquecido. Utilize os equipamentos de proteção individual adequados para cada etapa da esterilização. Na área Suja da Sala de Esterilização (durante os procedimentos de Limpeza e Inspeção Visual) use: Luvas grossas de utilidade com o punho sobre o avental de mangas longas, avental impermeável, máscara, óculos de proteção, gorro e sapato fechado. Antes de entrar na Área Limpa da Esterilização: Retire as luvas, lave as mãos, retire o avental impermeável e coloque outras luvas de utilidade limpas exclusi- vas dessa área ou ainda luvas de procedimentos novas. Para os registros e armazenamento, as mãos devem estar higienizadas e sem luvas. Os demais EPI devem permanecer. Assista aos vídeos: Processo de esterilização e suas etapas Uso de EPI na Odontologia https://youtu.be/HKZKGjHaP1s Como usar Luvas de Utilidade https://youtu.be/GRRJn1HMt3o Como higienizar e retirar luvas de utilidade https://youtu.be/Eae6S2caRoA Dicas Práticas de Biossegurança em Odontologia Cristófoli: https://youtu.be/Iw2346CeI8U Mais vídeos: 8 O fluxo unidirecional do processamento de artigos é constituído de 7 etapas: 1 Limpeza, 2 Inspeção Visual, 3 Embalagem, 4 Esterilização, 5 Monitorização da Esterilização, 6 Registros da Monitorização e 7 Armazenamento TUDO EM BIOSSEGURANÇA Suporte para envelopes 13 Lugares Destilador CristófoliAutoclave Vitale Class 12 e 21 Litros Emulador TST SIL-250 SteamPlus Indicadores Químicos Indicador Biológico SteriTest Mini- incubadora Cristófoli Cuba de Ultrassom Cristófoli Inspeção Visual Embalagem Tubular para Esterilização Protex-R Seladora Cristófoli Envelopes para Esterilização Protex-E Registros (Baixe grátis no site) ETAPAS DA ESTERILIZAÇÃO6 R E G IS TR O S D A 7 A RM AZ ENA MENTO 1 LIMPEZA 2 INSPEÇ ÃO D A E S TER ILIZAÇÃO 4 ESTERIL IZA ÇÃ O 3 E M B A L A G E M VIS U A L 5 M O N ITO RIZAÇÃO M O N IT O R IZ AÇ ÃO Período de Controle: Autoclave nº: a Estabelecimento: Monitorização da Esterilização Registros Armazenamento 9 A limpeza rigorosa de todo o material é um dos fatores básicos para o sucesso da esterilização. A presença de matéria orgânica (sangue, secreções, pus, gor- dura, óleo ou outro tipo de sujidade) protege os microrganismos do contato com o agente esterilizante, comprometendo o sucesso da esterilização. A lim- peza inadequada ou com produtos incorretos pode danificar o instrumental causando manchas, escurecimento e corrosão. Os materiais novos (recém adquiri-dos em lojas), devem passar pelo processo de limpeza antes da esterili- zação para remoção de sujidade e produtos químicos, a fim de evitar que fiquem escurecidos, manchados ou amarelados. O operador deve tomar cuida- do ao remover o material aderido aos instrumentos. O ideal é que se coloque os instrumentos/artigos em imersão em uma cuba, contendo detergente enzimático, imediatamente após o uso. Siga as recomen- dações de diluição e tempo de imersão do fabricante do detergente enzimático, de um modo geral de 5 a 10 minutos. Se os instrumentos estiverem grosseiramente contaminados com matéria orgânica, é recomendado enxaguá-los antes da imersão com o detergente enzi- mático primeiramente para que os mesmos não inutilizem a solução. Retire-os da imersão e realize então a limpeza manual ou na Cuba de Ultrassom Cristófoli. Os detergentes enzimáticos são eficientes na remoção de matéria orgânica, porém alguns produtos utilizados na odontologia ficam aderidos aos instru- mentos, como o cimento por exemplo, necessitando ação mecânica. A limpeza manual deve ser feita sob imersão com escova de cabo longo para evitar a produção de aerossóis que podem causar danos a saúde (isso acontece quando o procedimento é realizado sob água corrente, embaixo da torneira por exemplo). Não utilize detergentes comerciais de uso doméstico para imersão ou lavagem de instrumentos/artigos, pois esses produtos podem danificá-los. Não misture metais diferentes no mesmo banho, pois poderá ocorrer corrosão ele- trolítica. 1 Limpeza 1.1 Limpeza Manual 10 Não utilize esponjas com abrasivos ou palha de aço, pois esses produtos podem danificar os instrumentais. Pode-se utilizar a limpeza automatizada em cubas de ultrassom (conheça a Cuba de Ultrassom Cristófoli) que facilitam a retirada de sujidade, sendo espe- cialmente úteis na limpeza de pontas diamantadas, brocas e limas, cujas reen- trâncias são inacessíveis às cerdas das escovas. A limpeza das canetas de alta rotação, contra-ângulos e outras peças de mão deve seguir as recomendações do fabricante e realizada separadamente do restante do instrumental. A sua lubrificação deve ser anterior a esterilização e com lubrificantes próprios e hidrossolúveis. Acesse os links e assista aos vídeos: Como preparar a solução com detergente enzimático https://youtu.be/HFsEGPADKow Como limpar os artigos antes de esterilizar https://youtu.be/GjzTnU5BLAU Limpeza de instrumentos: erros e acertos https://youtu.be/tJsUH9INgmk 1.2 Limpeza com a Cuba de Ultrassom 11 Limpeza com a Cuba de Ultrassom. Assista aos vídeos: Dica de Ouro: Desgaseificação https://youtu.be/zRzG7QRFRO4 Cuba de Ultrassom Cristófoli - Dicas e Vantagens https://youtu.be/2iL-WY0gQ40 Utilização do béquer para limpeza de brocas e limas. Retire a água despejando pela lateral. Cuidado para não molhar o painel. Enxágue abundantemente os instrumentais. O uso de água filtrada, purificada ou des- tilada no último enxágue é altamente recomendado. A remoção inadequada de desin- crustante provoca manchas cinza-escuras no instrumental de maneira irreversível. 1.3 Enxágue 12 Seque os instrumentos com campos de algodão ou outro tecido que não solte fiapos ou papel toalha. Não deixe o instrumental secar naturalmente, além do risco operacional, isso pode causar manchas. 1.4 Secagem Faça inspeção visual de cada instrumento, verificando as áreas de maior difi- culdade de acesso, como cremalheiras (engrenagens), peças dentadas, super- fícies serrilhadas, reentrâncias, ranhuras, etc., procedendo a remoção mecâni- ca da sujidade, se necessário. O uso da lupa para inspeção visual facilita esse processo. Para a área da beleza ainda não é obrigatório. Para odontologia, a legislação está em mudança, no momento da elaboração deste guia. Esta etapa, além de verificar a limpeza, tem por finalidade verificar a integri- dade dos instrumentos, como sondas, alicates, etc. 2.1 Como realizar a Inspeção visual 2 Inspeção visual Assista ao vídeo sobre o assunto: Inspeção Visual https://youtu.be/91O5L_g7ftc 13 Lubrifique as Canetas de Alta Rotação e outras peças de mão odontológicas, com lubrificante próprio, recomendado pelo fabricante. Utilizar lubrificante Premix Slip ou similar hidrossolúvel que seja específico para essa finalidade em instrumentos cirúrgicos: alicates deunha (manicure e podologia), instrumentais de corte e articulações (odontologia), entre outros. Não enxágue nem enxugue para não remover a camada protetora. Utilize um borrifador ou gotejador para lubrificar as áreas de articulação. Movimente as articulações dos alicates para facilitar a penetração do lubrificante. 2.2 Lubrificação Assista aos vídeos: Dica fundamental para a segurança do paciente: https://youtu.be/X0HAhXrnMQs Como lubrificar peças de mãos: https://youtu.be/3WpFnoCBqGU Como lubrificar instrumentos articulados: https://youtu.be/tzlP7eZwVQg Para limpeza, lubrificação e esterilização das caneta de alta rotação assista ao vídeo: https://youtu.be/MGBohmgnjNk 14 A embalagem tem como finalidade manter a esterilidade do conteúdo depois da esterilização. Para tanto, o material da embalagem precisa ser compatível com o processo de esterilização, isto é, permitir a penetração do agente esterili- zante e servir como barreira microbiana, impedindo os microrganismos do con- tato com o interior do pacote. 3 Embalagem 3.1 Finalidade da embalagem Campos de Algodão: Os pacotes feitos com campos de algodão (40 fios por cm2) devem ser duplos. Este material tem a vantagem de não ser descartável, porém exige maior disponibilidade no tempo do empacotamento e lavagem a cada ciclo para recompor a disposição das fibras além do controle do reprocessa- mento. Verificar visualmente a sua integridade, pois é incorreto cerzir os orifícios. O fato da lavanderia ter especificações mais rigorosas pela ANVISA tem desenco- rajado o seu uso. Embalagens e Envelopes (papel grau cirúrgico + filmes laminados de poli- propileno: Embalar os artigos diretamente em envelopes especialmente confec- cionados para este fim. A barreira microbiana deste material é acima de 90%. Tem a vantagem de permitir a verificação visual do instrumental e de possuir indicadores químicos de processo. A sua correta abertura proporciona um campo estéril para colocação do instrumental. Os rolos ou tubulares possuem uma grande variedade de larguras que permitem a acomodação de caixas. Para o fechamento, utilize seladora que forneça uma selagem adequada. A APECIH recomenda que a borda de selagem seja de 10 mm de largura, com distância de 3 cm do corte. Esta selagem pode ser simples, dupla ou tripla. Não utilize fita para autoclave na selagem dos tubulares ou envelopes, este procedimento pode com- prometer a integridade da embalagem e consequentemente da esterilização. Para não utilizar seladora, a melhor opção é utilizar envelopes que já possuem fita adesiva incorporada. A reutilização de embalagens descartáveis é proibi- da. Utilize somente embalagens com registro na ANVISA. 3.2 Tipos de embalagens para esterilização em autoclave 15 Identifique os pacotes com caneta atóxica na aba externa na parte plástica: Data da esterilização Nome do Operador Autoclave utilizada Data de Validade Tipo do kit Número do lote Assista aos vídeos: Como fazer a identificação dos envelopes esterilizados https://youtu.be/zhIiWTHf1s4 Papel Grau Cirúrgico Super Dicas na Embalagem para Esterilização em Autoclaves: https://youtu.be/ql_17jhIULc Você sabe como escolher o papel grau cirúrgico? https://youtu.be/Rj10jRD4fs0 Papel crepado: A vantagem do papel crepado é ser mais resistente que o papel grau cirúrgico, pois a embalagem é feita com duas folhas de papel. Possui barrei- ra microbiana acima de 90%. São vendidos em folhas e possuem como desvanta- gem a necessidade de confecção dos pacotes e colocação de fita apropriada. São de uso único e mais indicados para caixas volumosas e pesadas. 16 Filmes Plásticos Transparentes: Existe no mercado algumas embalagens con- feccionadas com polímeros termoplásticos com a finalidade de embalar artigos para esterilização e que possuem registro na ANVISA. Ainda assim não recomen- damos o seu uso, pelas considerações feitas por Bergo (APECIH) e pelos testes que realizamos na fábrica (Cristófoli), onde foi detectado que nesse tipo de em- balagem é mais difícil a obtenção da secagem do seu interior o que compromete a esterilização. Caixas perfuradas próprias para autoclave: Podem ser encontradas em aço inoxidável ou plástico resistente à autoclavação, em diversos tamanhos e forma- tos. Porta limas e porta brocas autoclaváveis também estão disponíveis. O cirur- gião-dentista deverá avaliar se é o melhor método, evitando múltiplas embala- gens. De todo modo, as caixas não eliminam o posterior recobrimento com bar- reira microbiana representada pelos materiais citados acima (campo de algodão, papel grau cirúrgico, ou papel crepado). Ao adquirir material de embalagem certifique-se do registro na ANVISA. 17 ADVERTÊNCIA: Materiais do tipo não tecido, “wraps” e similares, embora com registro no Ministério da Saúde, não são indicados para autoclaves gravitacio- nais. NOTA - O papel kraft (branco e pardo) é proibido pela ANVISA (Agência Nacio- nal de Vigilância Sanitária RDC 15). Muito utilizado no passado, o papel não é fabricado para fins de esterilização, e apesar de não ter uma avaliação detalhada como invólucro para artigos hospitalares, possui diversas desvantagens, tais como irregularidade e inconstância na gramatura, o que compromete a resistên- cia física, tornando-o vulnerável como barreira microbiana. Além disso, é frequente a presença de amido, corantes e outros produtos tóxicos que podem se depositar sobre os artigos, deixando manchas. O papel kraft pardo pode apre- sentar na sua composição alquiltiofeno, que durante a fase de esterilização eva- pora gerando um odor extremamente desagradável, causando náusea e cefaléia nos indivíduos expostos. Apesar disso, este papel ainda é citado como invólucro em alguns documentos oficiais. A APECIH também condenava o seu uso para fins de esterilização, pois, além de todas as desvantagens apresentadas, o papel kraft solta fiapos durante o ciclo de esterilização que podem obstruir as válvulas e tubulações da autoclave. Outras opções: A indústria e comércio oferecem novos produtos a cada dia, portanto se algum novo material estiver disponível, verifique custos/benefícios e se foi confeccionado para esta finalidade, além de ter registro no órgão compe- tente. Em caso de dúvida, entre em contato com o fabricante. Nunca improvise embalagens. As embalagens para esterilização de artigos odonto-médico-hospitalares precisam seguir padrões de qualidade que garan- tam a penetração de vapor, ausência de contaminantes e a manutenção da este- rilização durante o armazenamento. 18 Antes de colocar qualquer instrumental/artigo na autoclave, verifique as indica- ções do fabricante. Usualmente as embalagens dos instrumentos/artigos trazem a indicação de resistência até 135ºC, ou o símbolo correspondente. Gaze e algodão: Devem ser embalados em porções individuais para cada paciente, ou você pode comprá-los já estéreis. Campos, capotes e tecidos em geral: Devem ser embalados individualmen- te ou em kits cirúrgicos. Materiais pequenos e/ou leves: Materiais como brocas e limas devem ser obrigatoriamente embalados em envelopes de esterilização pequenos, pois podem ser sugados durante o processo, causando obstrução da válvula e tubula- ção da autoclave. Brocas e limas: porta limas, porta brocas podem ser utilizados em conjunto com o papel grau cirúrgico facilitando a embalagem e protegendo contra ruptu- ra. Brocas de aço carbono são impróprias para serem esterilizadas em autocla- ves. Ao adquirir brocas novas, ou qualquer outro material lembre-se de lavá-los antes de autoclavar. 3.3 Recomendações sobre os tipos de embalagens e materiais a serem usados na autoclave Assista o vídeo: Como organizar kits personalizados de instrumentos: https://youtu.be/b9MZhl4MhTA 19 Caixas e bandejas: Devem ser totalmente perfuradas de modo a permitir a circulação de vapor e facilitar a secagem. Estas podem ser embaladas em papel grau cirúrgico, papel crepado,conforme as especificações mais adiante. A utilização de caixas não é obrigatória, porém protegem a integridade da embala- gem e o instrumental, uma vez que muitos são perfurocortantes. Para esterilizar bandejas não perfuradas, coloque-as separadas do instrumental, com espaços entre as mesmas para permitir a circulação de vapor (conheça o suporte para envelopes Cristófoli). 20 Pacotes: Devem ser pequenos e compatíveis com os atendimentos (jogo clínico, jogo de periodontia, etc.), evitando o reprocessamento desnecessário dos materiais não utilizados. Devem também ser confeccionados e lacrados cuida- dosamente para que não se rompam durante o processo de esterilização, cau- sando obstrução nas saídas de vapor, comprometendo a esterilização e causan- do danos ao equipamento. Retire o excesso de ar dos pacotes para diminuir o risco de ruptura durante a esterilização. Pontas de instrumentos perfurocortantes: Sondas exploradoras, sondas milimetradas, material de periodontia, etc. deverão ser protegidos com gaze ou algodão para evitar que furem os pacotes, inutilizando-os. Esterilize materiais articulados abertos para permitir a passagem do vapor em toda a extensão do instrumento. Envelope alicate 21 Há uma técnica para empacotamento de instrumental e/ou artigos para o pro- cesso de esterilização em autoclave que poderá ser em campo de tecido duplo ou papel crepado duplo, deve-se obedecer a sequência apresentada na execução de suas dobras, conforme demonstrado na ilustração abaixo. Esta sequência na execução das dobras não é meramente por acaso. Tem a finalidade de facilitar ao profissional o manejo na hora de seu uso e evitar a con- taminação ao abrir o pacote. De modo simplificado, é o processo para eliminação de todas as formas de vida microbiana. 3.4 Técnica para empacotamento de instrumentos e outros materiais 1 Colocar o artigo no centro do invólucro, em posição diagonal; 2 Fazer a dobra “a” e uma pequena dobra na ponta do invólucro, cobrindo total- mente o material; 3 Fazer a dobra “b” e uma pequena dobra na ponta do invólucro; 4 Repetir o mesmo procedimento na ponta “d”; 5 Trazer a ponta “c” do invólucro em direção ao operador; 6 Pegar a ponta “c” do invólucro e introduzir sobre as dobras realizadas, deixan- do a ponta para fora do pacote para facilitar sua abertura e evitar contaminação na hora de abrir; 7 Lacrar o pacote com fita crepe própria para esterilização (indicador de proces- so). Identificar o pacote, anotando os artigos contidos e o responsável pela esterilização. 4 Esterilização 4.1 Esterilização - definição 22 A água utilizada deve ser destilada ou com qualidade comprovada para esterilização. Coloque a quantidade adequada de acordo com a sua autoclave e as indicações do manual de instruções do seu equipamento. O não cumprimento desta recomendação poderá ocasionar obstrução do sistema hidráulico da auto- clave, manchas nos instrumentos e perda da garantia do equipamento. Para utilizar sua autoclave Cristófoli leia com atenção o Manual de Instruções que acompanha o seu equipamento. Assista aos vídeos que orientam você nesses procedimentos. 4.3 Recomendações para melhor acondicionamento do material na autoclave I Disponha os pacotes paralelamente uns aos outros, com espaços de pelo menos um centímetro, entre um e outro. Este cuidado favorece a circulação de vapor e facilita a secagem. II A padronização de abastecimento da câmara da autoclave deve ser baseada em monitorização. O abastecimento deve ser de até 75% da capacidade da câmara da autoclave, por exemplo: Amora: 5 envelopes (9 x 23 cm com 4 instrumentos cada); Vitale Class e Class CD 12 litros: 5 envelopes (9 x 23 cm com 6 instrumentos cada OU 13 envelopes com o uso de um Suporte para Envelopes Cristófoli); Vitale Class e Class CD 21 litros: 12 envelopes (9 x 23 cm contendo 6 instrumentos cada OU 26 envelopes com o uso de dois Suportes para Envelopes Cristófoli); Vitale Class CD 54: 20 envelopes 10 x 23 cm com 6 instrumentos cada OU 52 envelopes com o uso de quatro Suportes para Envelopes Cristófoli. Assista ao vídeo: Destilador Cristófoli https://youtu.be/vHdQdek0tr0 Vitale Class: Desbloqueio https://youtu.be/VVbT3fZie6M Vitale Class: Ajuste de Altitude https://youtu.be/h38sVfttb94 Vitale Class: Como usar https://youtu.be/S7C1ifIpR90 4.2 Como Utilizar sua autoclave Cristófoli Vitale Class CD: Como usar https://youtu.be/Nvg58JgO3qU Vitale Class CD: Ajuste de Altitude https://youtu.be/FPnYvgpdwVQ Vitale Class CD: Desbloqueio https://youtu.be/KFuskRgeQiY 23 III Não encoste o material na câmara ou nas saídas internas de vapor, pois existe o risco de superaquecimento e consequentemente dano ao artigo e/ou à câmara, além de dificultar a passagem de vapor, podendo inviabilizar a esterilização e/ou a secagem. IV Certifique-se que tanto os artigos, quanto o material de embalagem são ade- quados para o processo de esterilização em autoclave e possuam registro no Minis- tério da Saúde. V Instrumental desembalado Utilize os instrumentos desembalados imediatamente após a sua esterilização para evitar contaminação. Este procedimento não deve ser rotineiro e é utiliza- do excepcionalmente para artigos semi críticos para uso imediato. Ao acomodar os instrumentos desembalados diretamente na bandeja perfurada da autoclave, intercale-os com campos de tecido ou papel crepado para evitar a for- mação de corrente galvânica; Nunca esterilize artigos pequenos sem embalagem. VI Se estiver utilizando papel grau cirúrgico, a melhor opção para abastecimento da autoclave é na vertical. Para tanto, utilize um suporte para envelopes. Isso facilita a circulação de vapor resultando em uma secagem eficiente. Na falta do suporte, coloque a parte de papel voltada para cima e evite a sobreposição de pacotes. Conheça o Suporte para Envelopes Cristófoli, figura abaixo, que, além de facili- tar a secagem, otimiza a capacidade interna da autoclave podendo comportar até 13 pacotes (1 suporte, Vitale Class e Class CD 12 litros) e até 26 pacotes (2 suportes, Vitale Class e Class CD 21 litros). Nunca sobrepor os pacotes. Suporte para Envelopes Cristófoli (acessório vendido separadamente). Otimiza o espaço da autoclave. 24 VII Utilize caneta atóxica, ou etiquetas especiais para marcar a data de esteri- lização, data de validade, tipo de kit, o operador, autoclave e o número de lote, se o pacote for de tecido anotar os mesmos dados na fita crepe, também com caneta atóxica ou etiqueta especial para essa finalidade. VIII Ao abastecer e/ou retirar os materiais da autoclave, manuseie-os com cuidado para evitar o rompimento dos pacotes. IX Não coloque material quente, recém saído da autoclave, sobre superfícies frias, isto poderá condensar o vapor dentro dos pacotes. Para manipulá-los, forre a superfície com campo duplo de preferência estéril. Veja em vídeo: Como otimizar o espaço interno da autoclave https://youtu.be/DaTYb8NAHd8 4.4 Manchas superficiais Manchas superficiais em formato circular sem contorno definido são causadas pela secagem incorreta do instrumental antes do empacotamento. Manchas de coloração amarelada ou marrom escuras, localizadas nas extremi- dades de instrumentos (não confundir com manchas de ferrugem) são cau- sadas pela pré-lavagem inadequada e permanência de matéria orgânica. Manchas de cor amarela por toda a superfície do instrumento são causadas pelo superaquecimento durante o processo de esterilização. Manchas de cor cinza-azuladas são causadas pela remoção inadequada das substâncias químicas e/ou detergentes. Manchas de cor cinza escuras são causadas pela remoção inadequada de desincrustantes. Este tipo de mancha é irreversível. 25 4.5 Corrosão Pontos de corrosão são os danos mais frequentes, ocasionam a quebra do instrumental e tem sua origem por íons halógenos de soluções salinas, cloretos, iodo, resíduos de fluídos/secreções corporais, detergentes, desincrustantes e soluções desinfectantes sujasou alteradas. Outro fator determinante é a quali- dade do instrumental. Certifique-se que o material que você esteja adquirindo ou usando é efetivamente correto para as diversas finalidades propostas. Existe no mercado um protetor de instrumentos, removedor de manchas e oxidação (Surgistain), recomendado por Guandaline (1999). O mesmo autor indica a lub- rificação posterior com um óleo mineral (Premix Slip). Atenção! Produtos recomendados somente para instrumentos de aço inoxidável. As manchas nos instrumentais podem ter várias origens e podem ocorrer simultaneamente, o que dificulta a identificação das causas. As causas mais comuns são: utilização de água com impurezas (não destilada ou não devidamente purificada) e instrumental de qualidade inferior ou impróprio para autoclavação. 4.6 Como evitar manchas superficiais e/ou corrosão no instrumental A monitorização ou monitoramento da esterilização é necessário porque a esterilização não é um processo visível. Utilizamos medidas indiretas para asse- gurar que os parâmetros nessários para a sua obtenção foram atingidos. 5 Monitorização do processo de esterilização A monitorização nada mais é que o controle da esterilização. Se todos os indica- dores aprovam o ciclo, significa que a autoclave foi corretamente manuseada. Para tanto utilizamos parâmetros físicos, indicadores químicos e biológicos. a) Físicos - Tempo e pressão de acordo com o estabelecido pelo manual de instruções da sua autoclave. Devem ser verificados pelo operador e devidamente registrados para todos os ciclos. 5.1 Como realizar a Monitorização da Esterilização na sua autoclave 26 Assista em vídeo: Como fazer a monitorização física e química na sua autoclave: https://youtu.be/b3vma50_h7U b) Indicadores Químicos - Indicadores de processo (fitas zebradas e indica- dores dos envelopes) são indicadas para utilização em todos os pacotes. Estes não asseguram a esterilização, apenas evidenciam que aquele pacote passou pelo processo. Hoje, a indústria fornece uma variedade de indicadores multi- paramétricos (Classe 4 – SIL 250) que avaliam mais de um fator de esterilização, como por exemplo, tempo e temperatura. Outros mais sofisticados (Integra- dores - Classe 5 - Steam Plus) integram tempo, temperatura e presença de vapor. Idealmente devem ser utilizados em todos os ciclos, ou pelo menos diari- amente. Os testes realizados pela Cristófoli demonstraram que o ponto ideal para colocar o pacote teste com um indicador químico/biológico, nas autoclaves Cristófoli, é a prateleira superior, na região frontal (próximo da porta). Atenção na hora da compra de indicadores químicos, pois embora a maioria deles sejam confiáveis, alguns são específicos para determinados ciclos. Em caso de dúvida entre em contato com a nossa consultora em Biossegurança da Cristófoli Liliana J. P. Donatelli pelo e-mail: lilliana@cristofoli.com ou por meio do BLOG BIOSSEGURANÇA: https://www.cristofoli.com/biosseguranca/ 27 c) Indicadores Biológicos - O Ministério da Saúde recomenda o uso dos indica- dores biológicos para estabelecimentos não sujeitos à RDC 15 no mínimo sema- nalmente, na instalação, depois da manutenção da autoclave e também em todas as cargas que contenham artigos implantáveis. Os indicadores biológicos para autoclaves a vapor são esporos de Geobacillus stearothermophilus, geral- mente autocontidos, devendo o usuário seguir as indicações do fabricante do teste para assegurar a sua validade. Existem laboratórios de microbiologia que prestam este tipo de serviço. Para sua segurança todos os testes devem ser documentados e arquivados. Os custos para as medidas de controle, tais como testes químicos e biológicos são de inteira responsabilidade do proprietário da autoclave. Estes registros devem ser arquivados por pelo menos cinco anos. Veja como realizar o teste biológico acessando o link ou no site www.cristofoli.com, na aba “Downloads” do produto ou na aba Cristófoli na Biblioteca do Blog Biossegu- rança: https://www.cristofoli.com/biosseguranca/biblioteca/cristofoli/ Coloque uma ampola teste em pacote de um ciclo normal de esterilização da sua autoclave. Faça o ciclo completo de esterilização. Aguarde resfriar. Recupere e ampola teste e aguarde 15 minutos. Utilize também uma ampola controle do mesmo fabricante. Quebre a Ampola Teste ativando-a. Repita a operação para a ampola controle. Incube a Ampola Teste e Ampola Controle. Resultado após 24 horas. 28 Resultado esperado após a incubação. Assista o passo a passo em vídeo: Monitorização da Esterilização em autoclaves - Parte I - Monitorização Física e Química: https://youtu.be/b3vma50_h7U Monitorização da Esterilização em autoclaves - Parte II - Indicadores Biológicos SporTest: https://youtu.be/A65ZOIarMxM Teste (esterilizado) Antes da Incubação e ativação Observe que o rótulo do indicador químico da ampola teste muda de rosa para marrom depois da esterilização. Depois da Incubação Controle (não esterilizado) Teste (esterilizado) Controle (não esterilizado) Falta de água no reservatório, em geral, a autoclave cancela o ciclo. Presença de ar residual na câmara e/ou no interior do pacote. Confecção de pacotes densos e grandes. Embalagens inadequadas (composição do material) para a esterilização em autoclave. Tempo insuficiente de exposição ao agente esterilizante. 5.2 Possíveis falhas no processo de esterilização 29 Manejo incorreto do equipamento. Sobrecarga (excesso de pacotes). Veja como abastecer a sua autoclave no item 4.3. Obstrução dos orifícios internos, saída de vapor ou entrada de água da auto- clave, por falta de limpeza diária do equipamento. Falta de manutenção preventiva da autoclave. Escolha inadequada do ciclo de esterilização perante o material a ser esterilizado. Falha do equipamento, que pode ser observada pelo operador durante o ciclo e na monitorizaçãoda esterilização. Rompimento/perfuração das embalagens durante o abastecimento ou retirada dos materiais da autoclave. ATENÇÃO! A monitorização da esterilização tem a finalidade de detectar as falhas na esterilização. Limpeza inadequada dos artigos/instrumentos não são detectadas por indica- dores da esterilização e depende da capacitação do pessoal e de inspeção visual criteriosa dos instrumentos. A presença de sujidade, matéria orgânica e óleos protegem os microrganismos da ação esterilizante do vapor. Alguns monitores de limpeza já estão sendo disponibilizados no mercado, e são mais usuais para limpeza automatizado. Fique atento com o lançamento de novos produtos com esta finalidade. 30 Assista ao vídeo: Como arquivar a monitorização da autoclave https://youtu.be/htnMEQA7eDw Organize uma pasta arquivo com os seguintes dados: nome do estabelecimen- to de saúde; responsável técnico; responsável pela esterilização; número de série do equipamento e a data inicial e final do período do registro. Esta pasta deverá conter: as anotações dos resultados dos parâmetros físicos (impressos de cada ciclo diretamente ou obtidos pela transferência de dados da sua autoclave para o computador - para a Autoclave Class CD 54), os indicadores químicos utilizados diariamente; as etiquetas dos indicadores biológicos de todos os ciclos em que foram realizadas; todas as observações relativas à aprovação/reprovação de ciclo e as providências tomadas para resolver os eventuais problemas; fotocó- pias das notas fiscais das manutenções preventivas e corretivas realizadas no referido equipamento. Verifique a legislação pertinente à monitorização da esterilização de seu Estado, que pode variar, bem como quanto ao tipo de esta- belecimento. Arquive esta documentação em ordem cronológica por pelo menos cinco anos. Registrar a monitorização da esterilzação mostra que o estabelecimento está assegurando as condições para a sua ocorrência. 6.1 Registros - Como realizar 6 Registros da Monitorização da Esterilização 31 O ideal é o armazenamento em armários revestidos de fórmica fechados com prateleirasaramadas e exclusivos para esta finalidade. Os armários devem ser de fácil limpeza (a ser realizada no mínimo semanalmente), em local seco e are- jado, livre de odores e umidade. Jamais embaixo de pias perto de conexões da rede de água e/ou esgoto. É muito importante a escolha do local de armazenamento do material esterili- zado. Isso contribui para que o material permaneça esterilizado. 7 Armazenamento de Material esterilizado Assista ao vídeo: Como armazenar pacotes esterilizados https://youtu.be/TUdLzUn49-Y 7.1 Como armazenar corretamente o material esterilizado 32 A recomendação da validade de esterilização, da Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 1995), para autoclaves a vapor é de 7 dias. A RDC 15 permite que o estabelecimento determine o prazo de guarda de acordo com as condições locais. Verifique a legislação pertinente em seu estabelecimento/ estado com a vigilância sanitária local. Este período de validade deve ser conside- rado desde que os pacotes tenham saído secos do processo de esterilização a vapor e mantidos íntegros e em condições adequadas, isto é, com temperatura de 18 a 22ºC e umidade relativa do ar de 35 a 50% para embalagens íntegras. 7.2 Validade da esterilização 33 LINKS DE INTERESSE Mantenha-se sempre atualizado(a) com as constantes mudanças na legislação e a publicação da literatura científica pertinente através dos links abaixo. www.anvisa.gov.br Agência Nacional de Vigilância Sanitária. www.ccih.med.br Site do livro Infecções Hospitalares e suas interfaces na Área da Saúde coord. Dr. Antonio Tadeu Fernandes, área médica. www.cdc.gov Centers for Disease Control and Prevention Office of Health and Safetyem inglês. www.cristofoli.com Website da Cristófoli. Blog Biossegurança da Cristófoli www.cristofoli.com/biosseguranca www.cvs.saude.sp.gov.br Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Bauru.www.fob.usp.br Risco Biológico, debates e matérias sobre o tema. www.riscobiologico.org www.saude.gov.br Ministério da Saúde. Secretaria da Saúde do Estado do Paraná.www.saude.pr.gov.br www.who.int Site da OMS - Organização Mundial de Saúde (World Health Organization) em inglês. OSAP Organization for Safety, Asepsis and Prevention- Dentistry’s resource. Dirigida para controle de infecção em odontologia, Recursos em inglês, espanhol e alguns em português na página brasileira do site. www.osap.org Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (Procure também o site do seu estado). www.saude.sp.gov.br REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APECIH - ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, Desinfecção de Artigos e Áreas Hospitalares e Antissepsia. 1999. APECIH - ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Controle de Infecção na Prática Odontológica. 2000. APECIH - ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Esterilização de Artigos em Unidades de Saúde. 2. ed., 2003. 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Saúde AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - RDC50 - Regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de proje- tos físicos para estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília, 2002. BRASIL. Ministério da Saúde AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos Brasília; Ministério da Saúde, Brasília, 2006 a. 156 p. BRASIL Ministério da Saúde AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA RDC15 Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Brasília, 2012. 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Norma Técnica Especial Referente ao Funcionamento de Estabelecimentos de Assistência Odontológica. 1999. TEIXEIRA, P.; VALLE, S. (orgs) Biossegurança - Uma Abordagem Multidisciplinar. Editora Fiocruz, 2002.
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