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JUDO CAMINHO SUAVE História do Judô O judô é uma arte marcial esportiva. Foi criado no Japão, em 1882, pelo professor de Educação Física Jigoro Kano. Ao criar esta arte marcial, Kano tinha como objetivo criar uma técnica de defesa pessoal, além de desenvolver o físico, espírito e mente. História do Judô Esta arte marcial chegou ao Brasil no ano de 1922, em pleno período da imigração japonesa. O judô teve uma grande aceitação no Japão, espalhando, posteriormente, para o mundo todo, pois possui a vantagem de unir técnicas do jiu-jitsu (arte marcial indiana) com outras artes marciais orientais. Jigoro Kano Era pequeno e fraco por natureza, começou a praticar o ju-jitsu aos 18 anos pelo propósito de não ser dominado por sua fraqueza física. Jigoro Kano Ele aprendeu atemi-waza (técnicas de percussão), e katame-waza (técnicas de domínio) do estilo ju-jitsu Tenjin- shin-yo Ryu e nague-waza (técnicas de arremesso) do estilo de ju-jitsu Kito Ryu. Jigoro Kano Além disso, criou novas técnicas para o treinamento de esportes competitivos mas também pelo cultivo do caráter.Adicionando novos aspectos ao seu conhecimento do tradicional ju-jitsu o professor Kano fundou o Instituto Kodokan,com a educação física, a competição e o treinamento moral como seus objetivos. Com o estabelecimento do dojô Kodokan, em 1882, e com 9 alunos, Jigoro Kano começou seus ensinamentos do judô. O texto do estudioso japonês Yoshizo Matsumoto mostra os conceitos iniciais deste esporte e os seus objetivos. Judô no Brasil Foi introduzido no inicio deste século pelos primeiros imigrantes japoneses que vieram trabalhar na lavoura do café nas fazendas localizadas no estado de São Paulo e Paraná por volta de 1922. Judô no Brasil O Brasil teve dois grandes mestres desse esporte que lamentavelmente passaram desapercebidos diante de nosso publico devido a imprensa especializada apenas a dar valor ao futebol. Foram eles Ryuzo Ogawa e Sensei Ono. Judô no Brasil Ryuzo Ogawa foi uma das maiores autoridades mundiais em judô tendo nascido no ano em que Jigoro Kano fundou a Kodokan e iniciado sua pratica de judô com 9 anos, treinando de 3 a 4 horas por dia. Ryuzo Ogawa Judô no Brasil Em 1934, quando contava 52 anos, imigrou para o Brasil. Sendo possuidor do nono grau de faixa preta era uma das maiores autoridades mundiais em judô e, embora tivesse fundado a Associação Budokan do Brasil em 1945. Judô no Brasil Quando Sensei Ono chegou ao Brasil alugou um boxe no mercado municipal de São Paulo onde enfrentava qualquer adversário. Sensei Ono Judô no Brasil Mais tarde tendo estabelecido sua escola de judô, veio a se tornar uma figura lendária e muito popular no estado de São Paulo, tendo treinado seu sobrinho Akira Ono, que viria a se tornar o primeiro campeão brasileiro a vencer os Jogos Pan-americanos em judô. Judô no Brasil Outra figura que se destacou mas, a partir de 1908, era mais um dos discípulos de Jigoro Kano, Sensei Mitsuyo Maeda (shi-dan; 4º grau da faixa preta). Conde Koma Judô no Brasil Conhecido também como o "Conde Koma", este ofereceu os seus serviços à Academia Militar, ensinando judô aos integrantes do Exército Brasileiro. Judô no Brasil Um dos primeiros alunos de Conde Maeda no Brasil foi o Sr. Carlos Gracie que aprendeu primeiramente as técnicas de Judô e depois técnicas de Jiu-jitsu e de outros tipos de combate que Sensei Maeda também dominava. Judô no Brasil Esse conjunto de aprendizados foram o começo da família mais conhecida no mundo das artes marciais brasileira, a lendária Família Gracie, que inventou o Jiu-Jitsu Brasileiro ou Jiu-Jitsu Gracie. Judô no Brasil O resultado foi a criação da Confederação Brasileira de Judô em 1969, reconhecida por decreto apenas três anos mais tarde. Tiago Camilo, judoca brasileiro Regras O judô é dividido em categorias, de acordo com o peso dos lutadores. São sete classes, e os limites são diferentes para homens e mulheres. Regras Uma luta de judô pode ser decidida de duas formas: com um ippon ou dois waza-aris (regra similar ao nocaute do boxe) ou com a pontuação final, em que são considerados os yukos e kokas. Em caso de empate, a disputa vai para o golden score, quando qualquer golpe define o vencedor. Há uma hierarquia entre as pontuações do judô. O ippon é fruto do chamado “golpe perfeito” e encerra o combate. Ele ocorre quando o lutador projeta o oponente sobre suas costas de maneira correta ou mantém o adversário imobilizado por 25 segundos. Ippon O waza-ari é um “meio-ippon”. Dois waza- aris equivalem a um ippon e também encerram a luta. Esta pontuação é concedida quando o lutador tenta o ippon, mas não realiza o golpe com perfeição e o adversário não cai com as costas completamente no chão. Uma imobilização de 20 a 24 segundos também equivale a um waza-ari. Waza-ari Ele se dá quando a projeção do lutador não é suficientemente forte para valer um waza-ari ou porque o adversário não cai de costas no chão. Imobilização de 15 a 19 segundos culmina em um yuko. Yuko Koka: Menor pontuação do judô. Vale um quarto de ponto. Ocorre quando o adversário cai sentado. Quatro kokas não gera o final da luta, embora ele seja cumulativo. Local O judô é normalmente praticado em um ginásio fechado, sobre um tatame. O tatame tradicional japonês é feito de palha de arroz prensada revestida com esteira de junco e faixa preta lateral. Atualmente o composto que reveste o solo de uma luta é feito de material sintético. Local O tatame é composto pela área de combate (espaço onde os judocas se enfrentam), pela zona de perigo (faixa vermelha que indica o fim da área de combate e a necessidade de retornar à mesma) e a área de segurança (local fora da área de combate em que não é válido nenhum tipo de golpe). A área de combate é um quadrado de 8m a 10m de comprimento e conta com duas marcações, que são os locais onde os judocas iniciam as lutas. A zona de perigo tem 1m de largura, e a área de segurança tem 3m de comprimento. Local Técnicas • Existem diversos tipos de golpes no judô, divididos em 12 técnicas diferentes: Nage-waza (arremesso); Tachi-waza (em pé); Te-waza (braço); Koshi-waza (quadril); Ashi-waza (perna); Sutemi-waza (sacrifício); Técnicas Mae-sutemi-waza (sacrifício para trás); Yoko-sutemi-waza (sacrifício para o lado); Katame-waza (domínio no solo); Osae-waza (imobilização); Shime-waza (estrangulamento) e Kansetsu-waza (luxação). Equipamentos A vestimenta do judoca é o quimono, uma jaqueta e uma calça de cotton azul ou branco (para identificação durante a luta) confortáveis, para que o lutador consiga realizar os movimentos com facilidade. O quimono é amarrado por uma faixa, que simboliza a graduação do judoca. Equipamentos Um iniciante começa com a faixa branca, e, de acordo com a evolução de seu aprendizado, recebe, pela ordem, as faixas Branca, Cinza, Azul Clara, Azul Escura, Amarela, Laranja, Verde, Marrom e, finalmente, a Preta. Quando o lutador recebe a faixa preta, ele alcança o primeiro dan (grau) para tornar-se um mestre. Do 1º ao 5º dan a faixa é preta, e torna-se branca e vermelha do 6º ao 8º dan. Somente no 9º e no 10º ela se torna vermelha. Equipamentos Kimono Medalhas O japonês naturalizado brasileiro Chiaki Ishii tornou-se o primeiro representante da nação sul- americana ao conquistar o bronze, em 1972, em Munique, na Alemanha. Medalhas Luiz Yoshio Onmura e Walter Carmona repetiram o feito em Los Angeles, nos Estados Unidos, doze anos depois. Nessa mesma edição, Douglas Vieira conquistou a primeira de prata da história. Aurélio Miguel e Rogério Sampaio garantiram o ouro em Seul, na Coréia do Sul, em 1988, e Barcelona, na Espanha, em 1992, respectivamente. Quatro anos mais tarde, em Atlanta, nos Estados Unidos, Aurélio Miguel voltou a ganhar uma medalha, desta vez de bronze, assim como Henrique Guimarães. Medalhas Em 2000, em Sidney, na Austrália, Tiago Camilo e Carlos Honorato levaram a prata. Nos Jogos de Atenas, Flávio Cantoe Leandro Guilheiro ficaram com o bronze. Edinanci Silva também é um dos grandes nomes do Brasil no judô. Medalhas Já em Pequim, destaque para Tiago Camilo, Leandro Guilheiros e Ketleyn Quadros - todos conquistaram a medalha de bronze. A medalha de Ketleyn foi ainda a primeira medalha conquistada por uma mulher brasileira em uma prova individual. Medalhas Edinanci Silva
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