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Hemocitopoese (Cap. 13 - Junqueira e Carneiro 13ª ed.)

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Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
Hemocitopoese (Histologia) 
- É o processo contínuo e regulado de produção de células 
do sangue, que envolve renovação, proliferação, 
diferenciação e maturação celular; 
- As células do sangue têm vida curta e são 
constantemente renovadas pela proliferação mitótica de 
células localizadas nos órgãos hemocitopoéticos; 
- As primeiras células sanguíneas do embrião surgem em 
torno do 19º dia de gestação, no mesoderma do saco 
vitelino; 
- Essa fase transiente da hemocitopoese, denominada 
fase mesoblástica, é caracterizada pelo desenvolvimento 
de eritroblastos primitivos, principalmente e, em geral, 
ocorre no interior de vasos sanguíneos em 
desenvolvimento, prosseguindo até a 6ª semana de vida 
intrauterina (VIU); 
- Entre a 4ª e a 6ª semana de VIU inicia-se a 
hemocitopoese definitiva, com a migração, para o fígado 
fetal, de células originadas dos vasos em desenvolvimento; 
- Assim, o fígado funciona temporariamente como órgão 
hemocitopoético; 
- Essa fase, denominada hepática, é caracterizada pelo 
desenvolvimento de eritroblastos, granulócitos e 
monócitos; além disso, as primeiras células linfoides e os 
megacariócitos aparecem; 
- A hemocitopoese hepática, extravascular, é muito 
importante durante a vida fetal, com um pico em torno 
de 3 a 4 meses de gestação, declinando até o 
nascimento; 
- Em contrapartida, no 2º mês de VIU, a clavícula já passa 
a se ossificar, e começa a formação de medula óssea 
hematógena (vermelha) em seu interior, dando início à 
fase medular da hemocitopoese; 
- Alcança pico de atividade no período próximo ao mês de 
nascimento; 
- Na vida pós-natal, os eritrócitos, granulócitos, linfócitos, 
monócitos e plaquetas originam-se a partir de células-
tronco da medula óssea vermelha; 
- Conforme o tipo formado, o processo pode receber os 
seguintes nomes: eritropoese, granulocitopoese, 
linfocitopoese, monocitopoese e megacariocitopoese; 
- Essas células passam por diversos estágios de 
diferenciação e maturação na medula óssea antes de 
passarem para o sangue; 
 
Células-tronco, Fatores de 
Crescimento e Diferenciação 
- As células-tronco originam células-filhas, que seguem 
dois destinos: algumas permanecem como células-tronco, 
se autorrenovando, e outras se diferenciam em outros 
tipos celulares; 
- Essa regulação ocorre via interações célula-célula ou 
por meio de fatores secretados (fatores de 
crescimento, citocinas) e resulta na amplificação ou 
repressão da expressão de alguns genes; 
- As células-tronco são caracterizadas por: 
 Capacidade de autorrenovação; 
 Capacidade de produzir ampla variedade de tipos 
de células; 
 Capacidade de reconstituir o sistema 
hemocitopoético quando injetadas na medula de 
camundongos letalmente irradiado (desenvolvem 
colônias de células hemocitopoéticas no baço). 
- Deriva-se que todas as células do sangue derivam de 
um único tipo celular da medula óssea, a célula-tronco 
pluripotente; 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
- Elas se proliferam e formam duas linhagens: células 
linfoides (forma linfócitos) e a das células mieloides (forma 
eritrócitos, granulócito, monócitos e plaquetas); 
- A proliferação de células-tronco pluripotentes origina 
células-filhas com potencialidade menor, as células 
progenitoras multipotentes, que produzem as células 
precursoras (blastos); 
- É nos blastos que as características morfológicas 
diferenciais das linhagens aparecem pela primeira vez; 
- As células-tronco pluripotentes e as progenitoras são 
indistinguíveis morfologicamente e se parecem com 
linfócitos grandes; 
- As células progenitoras, quando se dividem, podem 
originar outras células progenitoras e células 
precursoras, embora estas originem apenas células 
sanguíneas destinadas a amadurecer.; 
 
- A hemocitopoese depende de microambiente adequado 
e de fatores de crescimento hematopoéticos, que 
regulam a proliferação, a diferenciação e a apoptose de 
células imaturas, assim como a atividade funcional de 
células maduras; 
- Esse fator pode ser específico para uma linhagem, 
como também influenciar outras; 
- Podem ser divididos em fatores multipotentes, que 
atuam precocemente, e fatores que atuam tardiamente, 
mais específicos para cada linhagem; 
- Uma visão geral da hemocitopoese mostra que o 
potencial de diferenciação e a capacidade de 
autorrenovação diminuem gradualmente nesse processo. 
 
 
 
 
 
OBS.: Na prática médica, os fatores de crescimento 
têm sido utilizados para tratar doenças que afetam a 
medula óssea. Esses fatores têm sido úteis para 
corrigir a quantidade de células sanguíneas 
diminuídas por radioterapia e por quimioterapia, 
por exemplo. São usados também para aumentar a 
eficiência dos transplantes de medula óssea, pelo 
estímulo das mitoses, e para aumentar as defesas 
imunológicas em pacientes com câncer, doenças 
infecciosas e imunodeficiências. 
As doenças da hemocitopoese são causadas, 
geralmente, por aumento ou diminuição da 
produção de células-tronco, com a consequente 
superprodução ou subprodução de células das 
linhagens hemocitopoéticas. Um único tipo ou vários 
tipos de células-tronco podem ser afetados, podendo 
haver diminuição de um tipo de célula madura e 
simultâneo aumento de outro tipo. Um exemplo são 
as leucemias, nas quais ocorre formação excessiva 
de leucócitos anormais. 
 
Medula Óssea 
- Órgão difuso, porém volumoso e muito ativo; 
- No adulto saudável, produz, por dia, cerca de 2,5 bilhões 
de eritrócitos, 2,5 bilhões de plaquetas e 1 bilhão de 
granulócitos por quilo de peso corporal; 
- Encontrada no canal medular dos ossos longos e nas 
cavidades dos ossos esponjosos; 
- Distinguem-se em medula óssea vermelha 
(hematógena), que deve sua cor a numerosos eritrócitos 
em diversos estágios de maturação, e a medula óssea 
amarela, rica em células adiposas e que não produz 
células sanguíneas; 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
- No recém-nascido, toda a medula óssea é vermelha e, 
ao longo do tempo, vai se transformando, a maior parte, 
em amarela; 
- No adulto, a vermelha é vista apenas no esterno, nas 
vértebras, nas costelas e na díploe dos ossos do crânio 
(no adulto jovem, por volta de 18 anos, é vista também 
nas epífises proximais do fêmur e do úmero); 
- A medula amarela ainda retém células-tronco e, em 
alguns casos, como hemorragias e inflamações, pode 
transformar-se em vermelha; 
 
 Medula Óssea Vermelha 
- Constituída por células reticulares, associadas a fibras 
reticulares (colágeno tipo III); 
- Essas células e fibras formam uma rede percorrida por 
numerosos capilares no endósteo e terminam em um 
grande vaso central, cujo sangue desemboca na 
circulação sistêmica venosa por meio de veias emissárias; 
-Artérias também são encontradas na medula; 
- A inervação da medula consiste principalmente em 
fibras nervosas mielínicas e amielínicas existentes na 
parede das artérias; 
- O endotélio dos capilares e as células reticulares são 
fontes de citocinas hemocitopoéticas; 
- A hemocitopoese ocorre nos espaços entre capilares 
e células reticulares; 
- Células adiposas ocupam cerca de 50% da medula óssea 
vermelha no indivíduo adulto; 
- O aumento de tecido adiposo continua gradualmente 
com o envelhecimento; 
- A liberação de células maduras da medula para o sangue 
ocorre por migração através do endotélio, próximo das 
junções intercelulares; 
- Além de produzir as células do sangue, ainda armazena 
ferro sob a forma de ferritina e de hemossiderina; 
- Outra função é a destruição de eritrócitos envelhecidos. 
Maturação dos Eritrócitos 
- A células madura é a que alcançou um estágio de 
diferenciação que lhe possibilita exercer todas as suas 
funções especializadas; 
- De acordo com o grau de maturação, as células 
eritrocíticas são chamadas de: 
 
 Proeritroblastos: 
- Células grandes que apresenta todos os elementos 
característicos de uma célula que sintetiza intensamente 
proteínas; 
- Núcleo esférico e central, com cromatina delicadae um 
ou dois nucléolos grandes; 
- O citoplasma é basófilo, com região clara ao redor do 
núcleo; 
- A microscopia eletrônica mostra que o halo perinuclear 
contém mitocôndrias, complexo de golgi e um par de 
centríolos; 
- O resto do citoplasma tem muito polirribossomos e 
retículo endoplasmático pouco desenvolvido; 
- As proteínas sintetizadas por ele destinam-se 
principalmente a reconstituir o tamanho das células que 
se divide ativamente; 
- Há síntese de hemoglobina, mas em quantidade pequena, 
não é detectável em técnicas de coloração. 
 
 Eritroblastos Basófilos: 
- Células menores; 
- Cromatina condensada em grânulos grosseiros e não há 
nucléolos visíveis. 
 
 Eritroblastos Policromáticos: 
- Ainda menor; 
- Núcleo com cromatina mais condensada; 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
- Contém hemoglobina suficiente para aparecer uma 
acidofilia citoplasmática (cor-de-rosa), que, somada à 
basofilia ainda existente, confere uma coloração cinza ao 
citoplasma. 
 
 Eritroblastos Ortocromáticos (ou acidófilos): 
- O núcleo com cromatina muito condensada, sendo 
picnótico; 
- Riqueza de hemoglobina, sendo o citoplasma acidófilo, 
podendo apresentar traços de basofilia devido aos restos 
de RNA. 
 
 Reticulócitos: 
- Anuclear; 
- Apresenta algumas mitocôndrias e muitos 
polirribossomos, que ainda sintetizam hemoglobina; 
- Essa síntese proteica acaba em pouco tempo, pois os 
polirribossomos não podem ser renovados, devido à 
ausência do núcleo celular; 
- Maior que o eritrócitos, nos esfregaços de sangue; 
- Basofilia homogênea, superposta à intensa acidofilia da 
hemoglobina; 
- Saem da medula óssea e vão para o sangue, onde 
permanecem por menos de 1 dia antes de se tornarem 
eritrócitos maduros. 
 
- O tempo desde a entrada do proeritroblasto até a 
entrada do reticulócito na circulação é de 
aproximadamente 7 dias. 
 
Granulocitopoese 
- Nesse processo, ocorrem modificações citoplasmáticas 
caracterizadas pela síntese de muitas proteínas, que são 
condicionadas em dois tipos de grânulos, os azurófilos 
(contêm enzimas do sistema lisossomal e se coram com 
corantes básicos) e os específicos (contêm diferentes 
proteínas, conforme o tipo de granulócito). 
 
Maturação dos Granulócitos 
- O mieloblasto é a célula mais imatura já determinada 
para formar exclusivamente os três tipos de 
granulócitos; 
- Quando surgem granulações citoplasmáticas 
específicas, ela passa a ser chamada de promielócito 
neutrófilo, eosinófilo ou basófilo, conforme o tipo de 
granulação existente; 
- Os estágios seguintes de maturação são o mielócito, o 
metamielócito, o granulócito com núcleo em bastão e o 
granulócito maduro (neutrófilo, eosinófilo e basófilo); 
 
 Mieloblasto: 
- Citoplasma basófilo e que contém grânulos azurófilos; 
- Núcleo grande, esférico, com cromatina delicada e um 
ou dois nucléolos. 
 
 Promielócito: 
- Célula menor, com núcleo esférico, às vezes, com uma 
reentrância; 
- Cromatina mais grosseira e nucléolo visível nos 
esfregaços corados pelas misturas tipo Romanowsky; 
- Citoplasma mais basófilo e contém grânulos específicos 
(neutrófilos, eosinófilos e basófilos) ao lado de 
granulações azurófilas. 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
 Mielócito: 
- Núcleo esférico ou em forma de rim, e a cromatina é 
grosseira; 
- Desaparece a basofilia citoplasmática e aumenta a 
quantidade de grânulos específicos, formando-se os 
mielócitos neutrófilos, basófilos e eosinófilos. 
 
 Metamielócito: 
- Núcleo com chanfradura profunda, que indica o início do 
processo de formação dos lóbulos; 
- As modificações que caracterizam os metamielócitos 
são difíceis de identificar no granulócito basófilo; 
 
 Granulócito com núcleo em bastão: 
- Antes de adquirir a forma nuclear lobulada típica da 
célula madura, o granulócito neutrófilo passa por uma 
fase intermediária, chamada de neutrófilo com núcleo 
bastonete ou simplesmente bastonete, na qual tem a 
forma de bastão curvado; 
- Uma vez que sua identificação é difícil, não se descreve 
nem o basófilo nem o eosinófilo com núcleo em bastão. 
 
Cinética da produção de 
neutrófilos 
- Mais conhecida que a dos outros granulócitos, 
principalmente porque são mais numerosos no sangue; 
- O tempo total gasto desde o aparecimento do 
mieloblasto até o final de sua maturação, que leva à 
penetração de neutrófilos no sangue, é de 
aproximadamente 11 dias; 
- Durante sua maturação, os neutrófilos passam por 
diversos compartimentos anatômicos e funcionais: 
1) Compartimento medular de formação: Pode ser 
subdividido em compartimento mitótico (aprox. 3 dias), no 
qual novos neutrófilos são produzidos; 
2) Compartimento medular de reserva: Contém 
neutrófilos maduros, aí mantidos por um período variável 
(geralmente 4 dias) antes de penetrarem o sangue; 
3) Compartimento circulante: Constituído pelos 
neutrófilos suspensos no plasma e circulando nos vasos 
sanguíneos; 
4) Compartimento de marginação: Formado por 
neutrófilos que, embora, contidos nos vasos sanguíneos, 
não circulam. Eles estão nos capilares colocados 
temporariamente fora da circulação, por vasoconstrição 
nas arteríolas e ligados fracamente a moléculas de 
integrinas do endotélio dos vasos, não sendo levados pela 
corrente circulatória. 
- Há uma troca constate de células entre o 
compartimento circulante e o de marginação, e ambos 
têm aproximadamente a mesma quantidade de 
neutrófilos; 
- Os neutrófilos e outros granulócitos entram no tecido 
conjuntivo, passando entre as células endoteliais dos 
capilares e as vênulas pós-capilares (diapedese); 
- O tecido conjuntivo constitui um quinto compartimento 
para neutrófilos, onde eles permanecem por cerca de 4 
dias e morrem por apoptose, quer tenham exercido sua 
função de fagocitose ou não. 
 
OBS.: A atividade muscular intensa ou injeções de 
epinefrina (hormônio da medular da adrenal), por 
exemplo, mobilizam os neutrófilos marginados, 
que passam para o compartimento circulante. 
Nesses casos, há aumento da quantidade de 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
neutrófilos no sangue circulante (neutrofilia) sem 
que tenha havido elevação da sua produção. 
 
Cinética da produção de outros 
granulócitos 
- Os eosinófilos permanecem menos de uma semana no 
sangue, mas existe um grande número armazenado na 
medula que pode ser usado rapidamente quando 
necessário (ex.: reações alérgicas ou parasitoses); 
- A formação de basófilos é bem menos conhecida 
principalmente em virtude de sua quantidade muito 
reduzida no sangue. 
 
Maturação dos linfócitos e 
monócitos 
- O estudo das células precursoras dos linfócitos e 
monócitos é difícil, pois elas não apresentam grânulos 
específicos nem núcleos lobulados, característica que 
facilita a distinção entre os diversos estágios dos 
granulócitos; 
- Os precursores de linfócitos são identificados 
principalmente pelo tamanho, pela estrutura da 
cromatina e por nucléolos visíveis nos esfregaços; 
- À medida que os linfócitos maturam, sua cromatina se 
torna mais condensada, os nucléolos se tornam menos 
visíveis e a célula diminui de tamanho; 
- Além disso, subpopulações de linfócitos adquirem 
receptores superficiais específicos, os quais podem ser 
identificados por meio de técnicas que utilizam anticorpos 
que se ligam a esses receptores. 
 
 Linfócitos: 
- Circulantes no sangue e na linfa; 
- Se originam principalmente no timo e nos órgãos 
linfoides periféricos (baço, linfonodos, tonsilas), a partir 
de células levadas da medula óssea pelo sangue; 
- Os linfócitos T e B se diferenciam no timo e na medula 
óssea, respectivamente, independentemente de 
antígenos; 
- A célula mais jovem é o linfoblasto, forma o prolinfócito, 
originando os linfócitos maduros; 
- Linfoblasto: Maior célula da série linfocítica, tem forma 
esférica, com citoplasma basófilo e sem granulações 
azurófilas. A cromatina é relativamente condensada em 
placas. Apresenta dois ou três nucléolos; 
- Prolinfócito: Menor que a anterior, tem o citoplasmabasófilo, podendo conter granulações azurófilas. Sua 
cromatina é condensada, porém menos do que nos 
linfócitos. Os nucléolos são facilmente visíveis devido à 
condensação da cromatina. Dá origem diretamente ao 
linfócito circulante; 
 
OBS.: A proliferação neoplásica de células 
precursoras dos leucócitos constitui as leucemias. 
As leucemias mais comuns, de acordo com sua 
origem, podem ser linfocíticas, quando originadas 
da linhagem linfoide; granulocíticas, originadas da 
linhagem dos leucócitos granulócitos; e 
monocíticas, originadas dos precursores dos 
monócitos. 
 
 Monócitos: 
- Ao contrário dos granulócitos, que são células 
diferenciadas e terminais, as quais não mais se dividem, 
os monócitos são células intermediárias, destinadas a 
formar os macrófagos dos tecidos; 
- Sua origem é a células mieloide multipotente que origina 
todos os outros leucócitos, exceto os linfócitos; 
- A células mais jovem da linhagem é o promonócito, 
encontrado somente na medula óssea, idêntica 
morfologicamente ao mieloblasto; 
- O promonócito tem cromatina delicada, e o citoplasma 
basófilo, com complexo de Golgi grande e retículo 
endoplasmático desenvolvido. Mostra também numerosos 
grânulos azurófilos finos (lisossomos); 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
- Dividem-se 2 vezes e se transformam em monócitos 
que passam para o sangue, no qual permanecem cerca 
de 8 horas; 
- Depois, migram para o tecido conjuntivo, atravessando 
a parede das vênulas e dos capilares, e se diferenciam 
em macrófagos. 
 
Origem das Plaquetas 
- São corpúsculos anucleados com papéis relevantes em 
hemostasia, trombose, inflamação e biologia vascular; 
- Se originam na medula óssea vermelha, pela 
fragmentação do citoplasma dos megacariócitos, os 
quais, formam-se pela diferenciação dos 
megacarioblastos; 
- O megacarioblasto tem núcleo grande, oval ou em forma 
de rim, com numerosos nucléolos. O núcleo é poliploide, 
contendo até 30 vezes a quantidade normal de DNA, e o 
citoplasma é homogêneo e intensamente basófilo; 
- O megacariócito tem núcleo irregularmente lobulado e 
cromatina grosseira, sem nucléolos visíveis nos 
esfregaços. O citoplasma é abundante e levemente 
basófilo. Contém numerosas granulações que ocupam, às 
vezes, a maior parte do citoplasma, as quais formam os 
cromômeros das plaquetas; 
- Durante a maturação do megacariócito aparecem 
grânulos citoplasmáticos, delimitados por membrana; 
- Esses se formam no complexo de golgi e depois se 
distribuem por todo o citoplasma; 
- São precursores do hialômero das plaquetas e contêm 
diversas substâncias biologicamente ativas, como alguns 
fatores de crescimento; 
- Com o amadurecimento do megacariócitos, ocorre 
também um aumento na quantidade de membranas lisas, 
que vão formar os canais de demarcação. Essas 
membranas acabam fluindo, dando origem à membrana 
das plaquetas; 
- Os megacariócitos são adjacentes aos capilares 
sinusoides, o que facilita a liberação das plaquetas para o 
sangue.

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