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RESUMO FILME COBAIAS

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RESUMO 
FILME COBAIAS 
 
Bianca Maria Evangelista Silva 
 
O filme “Cobaias”, 1997, foi baseado no experimento humano, denominado “Caso 
Tuskegee de Sífilis Não Tratada em Homens Negros”, que ocorreu no Condado de Macon, 
Alabama, Estados Unidos, de 1932 a 1972, que mudou a regulamentação de experimentos 
com humanos. 
 O filme, inclusive, antes de dar início a história , nos informa sobre esse caso. Nessa 
época acreditava-se que o índice de mortalidade e de doenças entre os afro-americanos era 
uma prova de que eles eram “biologicamente inferiores” aos brancos. E que médicos e 
infermeiros negros eram menos capazez que os brancos. O governo, com medo de que 
“doenças negras” passassem para brancos, criou vários programas para “negros”, como o” 
Estudo de Tuskegee”. 
O enredo do filme se inicia com o julgamento do caso do “Estudo de Tuskegee”. A 
Comissão do Senado interroga a enfermeira (Evers), que dá o seu depoimento sobre o caso. 
Evers, era uma enfermeira negra, que além de trabalhar nesse estudo desde o início, também 
foi “eleita” pelo governo como porta-voz para atrair os pacientes ao programa. Assim, ela vai 
narrando a história ao relembrar os acontecimentos que levaram ao julgamento deste caso. 
A época em se passa os acontecimentos, era uma época marcada por muito racismo, a 
ponto de separar negros e brancos de ações básicas como beber água. Cada um tinha seu 
lugar marcado para exercer tal ação. E ainda na época, a Sífilis era uma doença que estava 
tomando uma grande proporção na população. O governo então criou um programa “para 
negros”, afim de testarem biologicamente a inferioridade dos negros, por muitos acreditarem 
que a doença era um “mal negro”. Segundo o médico (Dr. Douglas), que foi escolhido para 
também fazer parte do programa, quase 35% de 80% da população negra estavam com 
incidências de sífilis. Mas isso não era uma prova de que a doença era “um mal negro”. Na 
verdade, ao se supor isso, era uma prova de que o racismo estava ali presente. 
CARIRÉ 
2021 
 
O hospital de Tuskegee foi escolhido para o “ tratamento” por ser o único hospital 
frequentado apenas por negros. A mensagem do tratamento gratuito dado pelo governo foi 
divulgada em vários lugares, na intenção de atrair a população negra a aderirem ao programa, 
com a esperança de cura e igualdade social em relação aos negros, pela “boa ação” do 
governo para eles. A princípio, nem a enfermeira Evers, nem os médicos Dr. Douglas e 
Dr.Samuel, e os pacientes sabiam qual era a verdadeira intenção do programa do governo. 
Acreditavam que dias melhores estavam por vir para eles. 
Muitos pacientes, por não possuírem estudo e não entenderem o que a doença 
significava, nem ao menos o nome, e também por confiarem em sua porta-voz, por ser 
também negra, não questionavam o tratamento. Outros, apesar de não possuírem estudo, 
tinham curiosidade e buscavam em livros, entender como funcionava a doença. 
O programa já contava com grande quantidade de pacientes e estava ameaçado ser 
cancelado por falta de verba. Os medicamentos para tratar os pacientes já estavam acabando. 
Assim, vários funcionários tiveram que ser demitidos , para cortar gastos com pagamentos e 
o dinheiro ser utilizado para os tratamentos. 
Tempos depois, Dr. Douglas e Dr Samuel são chamados em Washington a fim de 
serem patrocinados para realizar um estudo com cerca de 400 pacientes sifilíticos e 200 não 
contagiados de Tuskegee. O estudo, segundo um dos patrocinadores, se tratava de avaliar 
homens negros sifilíticos através de experimentos para saber se os negros reagem a sífilis 
como os brancos. O estudo seria feito sem tratamento para que os resultados fossem “puros”, 
sem interferência de medicamentos. Os médicos aceitaram, ainda na esperança que após os 
estudos (por volta de 06 meses a 1 ano) teriam o tratamento financiado. Nomearam de 
“Estudo Tuskegee da sífilis não tratada em homens negros”. 
Dessa forma, os pacientes foram submetidos a vários experimentos invasivos, sem 
seus consentimentos, com a falsa idéia de que estavam sendo tratados. Anos se passaram, e o 
estudo continuava, e sem tratamento os pacientes sofriam com os danos que tanto a doença 
como os efeitos dos experimentos causavam ao seu corpo e mente. Nem mesmo após a 
descoberta de que a penicilina curava a sífilis, os pacientes foram tratados. Muitos morreram. 
De 412 homens quando o estudo iniciou, 127 restaram como sobreviventes quando o estudo 
chegou ao fim. 
 Em seu depoimento, Evers afirma que eles conseguiram provar que não há diferença 
nas reações de brancos e negros em relaçãoa sífilis. Que se fosse em homens brancos, o 
serviço de saúde do Estado nunca teria aprovado esse estudo por 40 anos.Mas como eram 
negros, eles não ligavam para o tratamento ou morte deles. 
CARIRÉ 
2021

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