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Farmacologia dos Anti-Helmínticos

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Farmacologia Aplicada – Professora Viviane Horta
FARMACOLOGIA DOS ANTI-HELMÍNTICOS
Anticestódeos e Antitrematódeos
· Antinematódeos são utilizados no tratamento de infecções por Fasciola spp., tem também atuação sobre outros trematódeos
· As infecções por cestódeos parecem ter pouca influência na produção animal, e o tratamento com medicamentos específicos às vezes é desnecessário
Substitutos Fenólicos - Disofenol®
· Utilizados no controle de infecções por trematódeos, cestódeos e nematódeos, mas apresentam baixo índice de segurança e reduzido espectro anti-helmíntico
· MDA: interferem no metabolismo respiratório dos helmínticos bloqueando a produção de energia por inibição da fosforilação oxidativa mitocondrial
· Efeitos tóxicos: perda de apetite e diarreia; hiperventilação, convulsões, taquicardia
Salicilanilidas
· Recomendados para ruminantes no controle de populações de nematódeos resistentes aos benzimidazóis e as lactonas macrocíclicas;
· Controle de trematódeos, cestódeos, e nematódeos hematófagos dos animais domésticos
· MDA: similar aos substitutos fenólicos
· Efeitos tóxicos: similar aos substitutos fenólicos
Antinematódeos
Benzimidazóis
· Os benzimidazóis agem principalmente contra nematódeos gastrintestinais e pulmonares de cães e gatos
· Triclabendazol 
· Apresenta eficácia contra a Fasciola (trematódeo) no seu estágio adulto e imaturo
· MDA: entrada por difusão no parasita, subsequente da desorganização estrutural do tegumento dos cestódeos e trematódeos (ainda não está completamente bem elucidado
· Fembendazol (Fenzol pet®, Panacur®) 
· Indicado contra nematódeos gastrintestinais. Não deve ser administrado em fêmeas prenhes
· Toxocara canis, Toxascaris leonina, Ancylostoma caninum, Uncinaria stenocephala, Thricuris vulpis, Dipylidium caninum, Giardia 
*Pró-benzimidazóis – Febantel (Drontal®)
Avermectinas e Milbemicinas
· Ivermectina (Endogard®, Cardomec®,Mectimax®) 
· Atua sobre os estágios adultos e imaturos em desenvolvimento de nematódeos gastrintestinais e pulmonares
· MDA:
· Agonista do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico) nas células do sistema nervoso, estimulando sua liberação
· Ligação aos canais de cloro ativados por glutamato nas células nervosas e musculares dos invertebrados, causando hiperpolarização, devido ao aumento da permeabilidade desses íons
· Diminui a oviposição ou induzindo a uma ovogênese anormal
· Selamectina (Revolution®)
· Possuindo o mesmo mecanismo de ação que a Ivermectina, sendo mais segura quando comparada a mesma
· Eficácia comprovada contra pulgas, carrapatos e sarnas, tanto no cão como no gato. Também é indicada para no tratamento e controle de vermes intestinais, como o Toxocara canis.
· Uso é tópico 
· Até o momento não há contraindicações. O produto pode ser administrado em animais prenhes, animais que estão amamentando, filhotes e animais reprodutores.
· Efeitos tóxicos
· As lactonas macrocíclicas, nas doses recomendadas, apresentam considerável margem de segurança para os mamíferos
· Em situações normais nos mamíferos , os canais iônicos mediados pelo GABA só estão presentes no cérebro e as macrolactonas não atravessam a barreira hematoencefálica, para atuarem no SNC; além disso, os nervos e as células musculares dos mamíferos não apresentam canais de cloro controlados por glutamato 
· Cães da raça Collie,  Shetland Sheepdogs,  Old English Sheepdog e Australian Sheepdog, quando tratados com ivermectina, milbemicina ou selamectina, podem manifestar sinais de intoxicação (convulsão, depressão, tremores, ataxia, vômitos, letargia, salivação, midríase, morte)
· O mecanismo de neurotoxicidade em algumas raças de cães está associado à funcionalidade da glicoproteína-P (P-gp)
· A P-gp é uma proteína da membrana celular codificada pelo gene MDR1. Essas proteínas atuam na absorção e excreção de medicamentos no intestino, fígado, rins, barreira hematoencefálica e em diversos outros locais
· A mutação do gene MDR1 gera a formação de uma proteína afuncional
· Os gatos também podem apresentar distúrbios neurológicos
· Pouco se sabe sobre o papel da P-gp na barreira hematoencefálica de gatos
Antiprotozoários
Babesiose
· A Babesia é um parasita de eritrócitos e é transmitida por carrapatos, nos quais fazem parte de seu ciclo vital
· Espécies de Babesia encontradas no Brasil que causam doença em seus hospedeiros: B. canis (cães), B. bigemina e B. bovis (bovinos e bubalinos), B. equi e B. caballi (equinos)
· O tratamento também envolve o controle da população de vetores
· Derivados das Diamidinas (Ganaseg®, Ganavet Plus®, Pirosan®)
· Mecanismo de ação: interferem na glicólise aeróbica e na síntese de DNA do parasito
· Efeitos adversos: apesar de serem medicamentos bem tolerados pelos vertebrados, podem algumas vezes causar tremores musculares, salivação, diarreia, queda da pressão sanguínea e pulso acelerado
· Indicações: atuam sobre todas as espécies de Babesia, inclusive sobre a B. canis, sendo menos eficientes contra B. bovis e B. caballi.
· Derivados das Carbanilidas (Dipropionato de Imidocar - Imizol®)
· Mecanismo de ação: o Imidocarb atua no núcleo do parasito, promovendo alterações no seu número e tamanho, e no citoplasma. É eficiente babesicida 
· Efeitos adversos: os animais tratados com Imidocarb podem apresentar brandos sintomas colinérgicos (salivação, lacrimejamento e cólica passageira) - tais efeitos podem ser evitados com uma aplicação prévia de atropina, que é um agente anticolinérgico. Dor e irritação no local de aplicação
· Interações medicamentosas: animais tratados com inseticidas ou anti-helmínticos organofosforados não devem ser tratados simultaneamente com Imidocarb 
Giardiáse
· Anti-helmínticos utilizados no tratamento do protozoário Giardia spp: febendazol, albendazol, febantel, pirantel e praziquantel 
· Drontal, Endogard, Fenzol Pet, Helfine Plus Caes, Panacur 
· O mecanismo de ação destes fármacos tradicionalmente empregados no tratamento de helmintoses sobre o protozoário Giardia spp. não é bem elucidado, entretanto a eficiência deles no tratamento e na profilaxia da giardíase é comprovada
· Metronidazol – interage com o DNA do protozoário, ocasionando perda da sua estrutura
Considerações Gerais sobre os Anti-helmínticos
· As helmintoses são um problema socioeconômico pela alta prevalência entre os animais domésticos e silvestres
· O controle de helmínticos tem por finalidade limitar a eliminação de ovos e larvas nas fezes e, consequentemente, reduzir o número de estágios infectantes no meio onde vivem os hospedeiros 
· Classificação e caracterização:
· Nematódeos: corpo cilíndrico, alongado, não segmentado; classe de maior destaque entre os helmínticos, por sua patogenicidade e ampla distribuição demográfica (Ascaris, Haemonchus, Ancylostoma) 
· Cestódeos: corpo achatado, segmentado, semelhante a uma fita (Dipylidium, Echinococus e Moniezia). Na maioria das vezes não causam graves lesões nos animais, e sua importância esta relacionada a saúde pública, pela transmissão da cisticercose e hidatidose para o homem
· Trematódeos: corpo achatado, não segmentado, alguns tem aspecto de folha (Fasciola)
· Ações sobre o hospedeiro:
· Perda de peso
· Crescimento tardio
· Predisposição a outras doenças
· Ações obstrutivas (Ascaris, Dirofilaria), espoliadora (Fasciola), compressiva, traumática e enzimática
· Menor absorção e digestão de nutrientes, interferência no fluxo dos alimentos, lesões teciduais, perda de sangue e de proteínas, bloqueio da passagem do ar
· Vias de administração:
· VO, intra-ruminal, SC, IM, pour-on
· Biotransformação
· Rúmen, fígado
· Excreção
· Urinária, bile e fezes
Farmacologia Aplicada 
–
 
Professora Viviane Horta
 
FARMACOLOGIA DOS 
ANTI
-
HELMÍNTICOS
 
Anticestódeos e Antitrematódeos
 
·
 
Antinematódeos são utilizados no tratamento de infecções por 
Fasciola spp
., tem também atuação sobre 
outros trematódeos
 
·
 
As infecções por cestódeos parecem ter pouca influência na produção animal, e o tratamento com 
medicament
os específicos às vezes é desnecessário
 
 
Substitutos Fenólicos-
 
Disofenol
®
 
·
 
Utilizados no controle de infecções por trematódeos, cestódeos e nematódeos, mas apresentam baixo índice 
de segurança e reduzido espectro anti
-
he
lmíntico
 
·
 
MDA: interferem no metabolismo respiratório dos helmínticos bloqueando a produção de energia por inibição 
da fosforilação oxidativa mitocondrial
 
·
 
Efeitos tóxicos: perda de apetite e diarreia; hiperventilação, convulsões, taquicardia
 
 
Salicilanilid
as
 
·
 
Recomendados para ruminantes no controle de populações de nematódeos resistentes aos benzimidazóis e as 
lactonas macrocíclicas;
 
·
 
Controle de trematódeos, cestódeos, e nematódeos hematófagos dos animais domésticos
 
·
 
MDA: similar aos substitutos fenólico
s
 
·
 
Efeitos tóxicos: similar aos substitutos fenólicos
 
 
Ant
ine
matódeos
 
Benzimidazóis
 
·
 
O
s benzimidazóis agem principalmente contra nematódeos gastrintestinais e pulmonares de cães e gatos
 
·
 
Triclabendazol 
 
Ø
 
Apresenta eficácia contra a
 
Fasciola
 
(trematódeo) no 
seu estágio adulto e imaturo
 
Ø
 
MDA: entrada por difusão no parasita, subsequente da desorganização estrutural do tegumento dos 
cestódeos e trematódeos (ainda não está completamente bem elucidado
 
·
 
Fembendazol (Fenzol pet
®
, Panacur
®
) 
 
Ø
 
Indicado contra 
nematódeos gastrintestinais. Não deve ser administrado em fêmeas prenhes
 
Ø
 
Toxocara canis, Toxascaris leonina, Ancylostoma caninum, Uncinaria stenocephala, Thricuris vulpis, 
Dipylidium caninum, Giardia 
 
*
Pró
-
benzimidazóis 
–
 
Febantel (Drontal
®
)
 
 
Avermectinas
 
e Milbemicinas
 
·
 
Ivermectina
 
(
Endogard®, Cardomec
®,Mectimax®)
 
 
Ø
 
A
tua sobre os estágios adultos e imaturos em desenvolvimento de nematódeos gastrintestinais e 
pulmonares
 
·
 
MDA:
 
Ø
 
Agonista do neurotransmissor GABA (ácido gama
-
aminobutírico) nas células do 
sistema nervoso, 
estimulando sua liberação

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