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A semiologia é a ciência dos signos, nesse caso a semiologia psicopatológica é a ciência dos signos psicopatológicos. ↪ São também signos os gestos, atitudes e comportamentos não verbais, sinais matemáticos, signos musicais, etc. Os signos são um tipo de sinal, sendo o elemento principal da semiologia. Sendo assim, os sinais mais significativos para a psicopatologia são os sinais e sintomas. Semiologia Médica é o estudo dos sintomas e dos sinais das doenças, o que permite ao profissional da saúde identificar alterações, sejam elas físicas ou mentais, ordenar os fenômenos observados, formular diagnósticos e empreender terapêuticas. Sá Junior (1988) propõe outra classificação: ↪ Sintomas objetivos: observados pelo examinador; ↪ Sintomas subjetivos: percebidos apenas pelo paciente; ↪ Sinais: dados elementares das doenças que são provocados (ativamente evocados) pelo examinador. • Indicador: o sintoma indica que há uma disfunção em outro ponto do organismo ou do aparelho psíquico. • Símbolo: ao ser nomeado, o sintoma adquire status de signo linguístico arbitrário, onde será compreendido dentro de um sistema simbólico cultural (ex.: a manifestação da angústia dar-se por tremores, mãos geladas e etc. que pode indicar uma disfunção no sistema nervoso. Ao ser nomeado como ansiedade ou nervosismo, passa a receber um significado simbólico e cultural). • Semiotécnica: são técnicas e procedimentos para a coleta de sinais e sintomas e a descrição de tais sintomas. ↪ No caso dos transtornos mentais, concentra-se na entrevista direta com o paciente e demais pessoas que convive. A coleta de sinais e sintomas requer que o profissional tenha habilidade de formular as perguntas mais adequadas para estabelecer uma relação produtiva e identificar os signos dos transtornos mentais. É crucial que haja uma observação minuciosa, atenta e perspicaz do comportamento do indivíduo, assim como seu discurso, modo de falar, postura, vestimenta e estilo de relacionamento com as outras pessoas de seu convívio. • Semiogênese: consiste na investigação da origem, mecanismos de produção, significado e do valor diagnóstico e clínico dos sinais e sintomas. Jéssica Alves - Psicologia • Sinais: comportamentos objetivos, verificáveis pela observação direta do paciente. • Sintomas: evidências subjetivas, suas queixas e narrativas, experienciada e verbalizada e pelo indivíduo. Na prática clínica os sinais e sintomas sempre ocorrem em agrupamentos, chamados de clusters, relativamente frequentes. Define-se então, as síndromes como agrupamentos relativamente constantes e estáveis de sinais e sintomas, não necessitando a busca de causas, curso e evolução. Entidades nosológicas, doenças ou transtornos específicos são os fenômenos mórbidos nos quais podem-se identificar certas causas ou fatores causais, o curso, padrões evolutivos e estados terminais típicos (ex.: esquizofrenia, Alzheimer, anorexia nervosa, etc.). ↪ Busca-se identificar mecanismos psicológicos e psicopatológicos característicos. Referências Dalgalarrondo, P. (2019). Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre : Artmed, 2019.
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