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Kellyane Zambom – Medicina UFMS - T6 Distúrbios hemodinâmicos è Alterações no fluxo sanguíneo normal no indivíduo – aspectos patológicos (distúrbios que acometem a irrigação sanguínea e o equilíbrio hídrico); è Dentro dos distúrbios hemodinâmicos tem-se: Edemas e efusões, hiperemia e congestão, hemostasia, distúrbio hemorrágico, trombose, embolia, infarto e choque; - Embolia - Hiperemia - Trombose - Hemorragia - Isquemia -Choque -Infarto - Edema PRESSÃO HIDROSTÁTICA X PRESSÃO ONCÓTICA • Há Forças que são responsáveis por impulsionar o fluxo dentro do vaso – manter o fluxo unidirecional = Forças de Starling = Representadas pela pressão hidrostática e a pressão oncótica. • A pressão hidrostática é a pressão do próprio líquido impõe sobre o processo. • Já a oncótica - coloidosmótica refere-se a pressão que as ptn’s fazem para reabsorver esse líquido. Por exemplo, se a pressão hidrostática vascular é maior que a do interstício o líquido presente no vaso tende a sair. No caso da oncótica, quanto maior a pressão coloidosmótica em determinado lugar, maior é a atração de líquido para ele. • Tudo o que ‘‘sobra’’ no interstício, teoricamente, é reabsorvido pela rede de vasos linfáticos e é levado na direção do ducto torácico – eventualmente vai cair na subclávia esquerdaà o líquido recolhido se junta ao sistema circulatório novamente. • O corpo é composto por 70% de águaà 2/3 é intracelular e 1/3 extracelular, sendo que 5% é intravascular. Todas as vezes em que há o desequilíbrio entre as forças de Starling (pressão hidrostática e pressão oncótica) pode haver o acúmulo de líquido (não necessariamente tem alteração nas duas). ALTERAÇÃO Obstrução intravascular Volume sanguíneo Hídrica intersticial EDEMA Figura 1- Representação da ação das pressões hidrostática e oncótica Kellyane Zambom – Medicina UFMS - T6 - EDEMA é quando há acumulo de líquido no tecido – interstício. Já o acúmulo de líquido em determinadas cavidades pré-formadas do organismo é chamado de EFUSÃO; cada tipo de cavidade que tem acúmulo de líquido acaba recebendo um nome específico, por exemplo, acúmulo peritoneal = ascite ou barriga d’água. - Quando o edema é generalizado ou sistêmico ele é chamado de anasarca; - Sinal de cacifo = sinal clínico que serve p/ avaliar, por meio da pressão digital, a presença ou não de edema; O edema ou as efusões pode ter algumas causas, sendo elas: Queda da pressão coloidosmótica sanguínea, queda da pressão hidrostática intersticial, aumento da pressão hidrostática sanguínea, aumento da permeabilidade capilar, aumento da pressão coloidosmótica intersticial e obstrução da drenagem linfática. FISIOPATOLOGIA DO EDEMA O acumulo de líquido que acontece no interstício tecidual ou cavidades pode ter característica inflamatórias exsudato (acúmulo de líquido e ptn) ou não – transudato (acúmulo de líquido e não necessariamente associado a ptn’s); CLASSIFICAÇÃO EDEMA/EFUSAO Logo, o edema pode ser classificado a partir da sua localizaçãoà local/generalizado ou sistêmico (anasarca – comum em baixa pressão oncótica)/ podendo ser transudato ou exsudato. Já o edema em cavidades (efusão) a nomenclatura é dada a partir de = hidro + local (ex.: hidrotórax) ‘‘Aumento da quantidade de sangue (volume) em um tecido ou órgão’’ – A microcirculação (arteríola/ funcionamento da parte vênula) vai ser muito importante para definir se é uma hiperemia ativa ou passiva; pode também apresentar, inicialmente, uma fase arterial e posteriormente um quadro de passiva – hiperemia mista; A hiperemia pode ser chamada de: - Ativa/ arterial: Maior pressão arterial e menor resistência pré-capilarà Vasodilatação. Pose ser fisiológica (Tubo gastrointestinal durante a digestão, musculatura esquelética durante exercícios físicos, cérebro durante estudo, glândula mamária durante lactação e rubor facial após hiperestimulação psíquica) ou patológica (Injúria térmica (queimaduras ou congelamento) irradiações intensas/Traumatismos e infecções/Inflamação aguda). - Passiva(congestão)/venosa: Menor resistência pós capilarà Menor drenagem venosa. Ela pode ser localizada (obstrução ou compressão vascular, (torção de visceras, trombos venosos e compressão vascular por neoplasias, abcessos) ou sistêmica (Insuficiência Cardíaca Congestiva, trombose e embolia pulmonar e lesões pulmonares extensas). HIPEREMIA Figura 2- Sinal de cacifo Figura 3 - Representação do quadro de hiperemia (ativa e passiva) Kellyane Zambom – Medicina UFMS - T6 As principais consequências da hiperemia passiva – congestão: Edema, hemorragia, trombose e degeneração, necrose, fibrose e trombose. Caracterizado pela saída do sangue do compartimento vascular ou das câmaras cardíacas para o meio externo, para o interstício ou para as cavidades pré-formadas. CLASSIFICAÇÃO: - Quanto ao local: Hemorragia interna - Quanto ao meio: Hemorragia arterial, hemorragia venosa e hemorragia capilar Em relação a extensão do sangramento: - Hemorragias puntiformes ou petéquias (até 3 mm de diâmetro) - Púrpura (até 1 cm de diâmetro) - Equimose (mancha azulada ou arroxeada) - Hematoma (tumoração) - Hemorragias em cavidades . Hemartro ou hemartrose para a cavidade articular; . Hemopericárdio, hemotórax e hemoperitônio para as respectivas cavidades serosas; . Hemossalpinge, hematométrio e hematocolpo na luz da tuba uterina, na cavidade uterina e na cavidade vaginal, respectivamente; . Hemobilia interior da vesícula biliar ou dos ductos biliares; -A exteriorização de hemorragias por orifícios corpóreos também recebe denominações específicas. Epistaxe é a eliminação de sangue pelas narinas Os distúrbios hemorrágicos podem ser causados pelos seguintes mecanismos: • Alteração na integridade da parede vascular; • Alterações dos mecanismos de coagulação sanguínea, incluindo fatores plasmáticos e teciduais; • Alterações qualitativas ou quantitativas das plaquetas • Mecanismos complexos e ainda mal definidos. HEMORRAGIA
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