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Distúrbios Hemodinâmicos Edema, Congestão, Hiperemia Ativa, Efusão e Hemorragias Os distúrbios hemodinâmicos são alterações que acometem a irrigação sanguínea e o equilíbrio hídrico. Dentro desses distúrbios se tem os edemas e efusões, hiperemia e congestão, hemostasia, distúrbio hemorrágico, trombose, embolia, infarto e choque. (os destacados serão abordados nesse resumo). PRESSÃO HIDROSTÁTICA X PRESSÃO ONCÓTICA Relembrando alguns conceitos... Algumas forças são responsáveis por estar impulsionando o movimento do fluido dentro dos vasos, chamadas de forças de Starling, que são representadas por dois tipos, PRESSÃO HIDROSTÁTICA e PRESSÃO ONCÓTICA (ou coloidosmótica). Na hidrostática é a força imposta pela parte liquida. Na oncótica é se refere à pressão que as proteínas fazem para estar reabsorvendo esse líquido. Lembrando que essas duas pressões existem tanto dentro do vaso (vascular) quanto fora (intersticial) e é esse balanço que vai determinar se esse líquido sai ou retorna. Na pressão hidrostática, onde estiver maior é onde estará expulsando esse líquido. Na oncótica, onde estiver maior, mais líquido estará atraindo. Assim, é interessante que em uma situação fisiológica de equilíbrio, a pressão oncótica vascular seja maior que a intersticial, para que possa manter os líquidos na região vênular e serem drenados e levados para o local correto. Quando há um desequilíbrio nesses sistema, ocorre um acúmulo de líquido como os edemas e efusões. Alteração Hídrica Intersticial Obstrução Intravascular Volume sanguíneo • EDEMA • EMBOLIA • TROMBOSE • ISQUEMIA • INFARTO • HIPEREMIA • HEMORRAGIA • CHOQUE - / - EDEMA: É quando se tem acúmulo de líquido em tecido EFUSÃO: É o acúmulo de líquido em cavidades. Para cada tipo de cavidade recebe um nome específico CAUSAS PARA FORMAÇÃO DOS EDEMAS OU EFUSÕES Com a P.hidro no vaso alta, a tendência é expulsar esse líquido para o interstício. Poucas proteínas no sangue, não sendo capaz de trazer esse líquido para o vaso sanguíneo novamente A P. Hidro intersticial diminuída é ruim pq não contribui para empurrar o líquido para dentro do vaso Se tiver muita proteína no interstício, não contribui para o líquido voltar para o vaso Essa permeabilidade promove extravasamento de sódio, líquido e proteínas p/ meio intersticial O acúmulo de líquido que ocorre no edema ou efusão, seja no interstício ou nas cavidades, podem ter características inflamatórias ou não inflamatórias. Os EXSUDATO possuem características inflamatórias, pois tem um acumulo de liquido extracelular associados as proteínas que estão sendo perdidas por conta do aumento de permeabilidade capilar ou obstrução de drenagem linfática. Os TRANSUDATO, são não inflamatórios, ocorre quando se tem a movimentação de liquido para fora do vasos e, por algum motivo, esse líquido fica acumulado e ocorre quando se tem aumento da P.hidro ou queda na P. Coloidosmótica. E a I adorou a y a CLASSIFICAÇÃO DO EDEMA/EFUSÃO Quando é em EDEMA pode ser localizado, quando é somente em uma região, como no pé ou sistêmico, quando para diversas regiões, chamado também de anasarca. Quando é EFUSÃO, pode ser transudato ou exsudato e também pode ser localizado ou sistêmico. HIPEREMIA É quando se tem um aumento da quantidade de sangue em determinado tecido ou órgão. E pode ser classificada como ATIVA ou PASSIVA. HIPEREMIA.ATIVA: É um processo resultante da dilatação arteriolar (como no m.esquelético durante o exercício ou em locais de inflamação) levando a um aumento do fluxo sanguíneo. Os tecidos afetados tornam-se vermelhos (eritema) devido ao aumento do fornecimento de sangue oxigenado. HIPEREMIA PASSIVA ou CONGESTÃO: É resultante do efluxo sanguíneo de um tecido, podendo ocorrer quando a drenagem venosas estiver muito baixa, ou podendo ter algum tipo de obstrução. E pode ser sistêmica como na insuficiência cardíaca, ou localizada, como em uma obstrução venosa isolada. Além dessas, pode ocorrer também de forma MISTA, ocorrendo principalmente em quadros de inflamação, onde se tem vasodilatação (iniciando uma hiperemia ativa), como resultado se tem um aumento da permeabilidade vascular e começa a perder proteínas, o que compromete a P. Coloidosmótica do lado venular, comprometendo a drenagem venosa, caracterizado hiperemia passiva. HIPEREMIA ATIVA OU ARTERIAL ATIVA FISIOLÓGICA ATIVA PATOLÓGICA • Tubo gastrointestinal durante a digestão • Musculatura esquelética durante exercícios físicos • Cérebro durante estudo • Glândula mamária durante lactação • Rubor facial após hiperestimulação psíquica • Injúria térmica (queimaduras ou congelamento) • Irradiações intensas/Traumatismos • Infecções/Inflamação aguda ATIVA PASSIVA HIPEREMIA ATIVA OU ARTERIAL PASSIVA OU VENOSA CONGESTÃO ☒ A- → TI. 3 HIPEREMIA PASSIVA (CONGESTÃO) LOCAL SISTÊMICA • Obstrução ou compressão vascular • Torção de vísceras (H. Passiva aguda) • Trombos venosos • Compressão vascular por neoplasias, abscessos • Insuficiência Cardíaca Congestiva • Trombose e embolia pulmonar • Lesões pulmonares extensas Consequências da Hiperemia Passiva (congestão): Edema; Trombose; Degeneração, Necrose e Fibrose; Hemorragia HEMORRAGIA É a saída de sangue do compartimento vascular ou das câmaras cardíacas para o meio interno, para o interstício ou para as cavidades pré-formadas. Pode ser classificada quanto ao local, sendo interna ou externa ou quanto ao meio, sendo hemorragia arterial, venosa ou capilar. Além disso, podem ser classificadas pela extensão do sangramento. • Hemorragias puntiformes ou petéquias (3mm diâmetro) • Púrpura (até 1 cm de diâmetro) • Equimose (mancha azulada ou arroxeada) • Hematoma (tumoração) • Hemorragias em cavidades - Hemartro ou hemartrose para a cavidade articular - Hemopericárdio, hemotórax e hemoperitônio para as respectivas cavidades serosas - Hemossalpinge, hematométrio e hematocolpo na luz da tuba uterina, na cavidade uterina e na cavidade vaginal, respectivamente o Hemobilia interior da vesícula biliar ou dos ductos biliares Equimose Hematoma 1 ETIOPATOGÊNESE Hemorragias podem ser causadas pelos seguintes mecanismos: 1. Alterações na integridade da parede vascular; 2. Alterações dos mecanismos de coagulação sanguínea, incluindo fatores plasmáticos e teciduais. Assim, podendo ter deficiência em fatores de coagulação ou um excesso, que favorece quadros hemorrágicos por inibir fatores de coagulação. Além disso, essa inibição também faz com que haja uma fibrinólise exagerada 3. Alterações qualitativa ou quantitativas das plaquetas. Quando o paciente está com uma quantidade baixa de plaquetas, chama-se trombocitopenia, o que não favorece na coagulação. O que poderia estar causando essa trombocitopenia pode ser qualquer problema relacionado a medula óssea, alguns medicamentos ou autoanticorpos. Além disso, quando se tem alterações qualitativas, alterações funcionais, são chamadas de trombocitopatia 4. Mecanismos complexos e ainda mal definidos.
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