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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRAZ CUBAS FACULDADE DE PSICOLOGIA Psicologia e Políticas Públicas Mogi Das Cruzes 2020 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Trabalho exigido pela Faculdade de Psicologia do centro universitário Braz Cubas, sob a orientação da professora Mariana Valadares Macedo de Santana, como parte da avaliação da matéria de Psicologia e Políticas Públicas. Mogi Das Cruzes 2020 Sumário Introdução..........................................................................................................04 Objetivo..............................................................................................................06 Metodologia.......................................................................................................07 Resumo..............................................................................................................08 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER....................................................................09 ESTATÍSTICAS, COMO AS MULHERES SÃO AFETADAS E QUAIS SÃO OS TIPOS DE VIOLÊNCIA (FÍSICA E PSICOLÓGICA). Lei Maria da Penha............................................................................................12 1. O que diz a Lei Maria da Penha?...............................................................13 1.2 Implementação e desafios..................................................................14 Violência Doméstica na Pandemia....................................................................16 ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO TEMA...........................................................19 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, COMO ESSE PROFISSIONAL ATUA E AUXILIA COM ESSAS VÍTIMAS? A IMPORTÂNCIA DA PROFISSÃO PARA ESSA PROBLEMÁTICA. Tabela: Ligue 180..............................................................................................21 Anexos taxa feminicídio na Pandemia...............................................................22 Considerações Finais........................................................................................25 Referências........................................................................................................26 Introdução Na contemporaneidade a violência contra a mulher é presente na sociedade. Todos os dias mulheres morrem pelo fato de serem mulheres, isso se caracteriza como feminicídio, crime de ódio baseado no gênero, ou seja, assassinato de mulheres em contexto de violência doméstica ou em razão a misoginia. Embora as mulheres após muita luta e resistência tenham adquirido muitos direitos, estes ainda não são suficientes, visto que as estatísticas mostram dados estarrecedores. Segundo levantamento feito pela Secretaria de Políticas para Mulheres do Governo Federal, uma mulher é estuprada a cada 10 minutos e, a cada 90 minutos uma mulher é assassinada no Brasil. Para assegurar, defender e orientar mulheres que se encontram em situação de violência doméstica, no Brasil criou-se uma legislação, Lei n° 11.340/06 conhecida como Lei Maria da Penha, esta prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, moral, psicológica, sexual e patrimonial. Apesar de existirem diversos canais de apoio às vítimas como, por exemplo: disque 180, Delegacias de atendimento à Mulher, Casa da Mulher Brasileira, entre outros, é indubitável a necessidade de reconhecer que há falhas e que não são todas as capitais que possuem essa infraestrutura para lidar com esses casos e acolher essas mulheres. O cenário atual do país devido à pandemia da COVID-19 é demasiadamente preocupante, pois as mulheres agora estão mais expostas a violências por estarem convivendo mais com seus agressores. Podemos afirmar que: No isolamento, com maior frequência, as mulheres são vigiadas e impedidas de conversar com familiares e amigos, o que amplia a margem de ação para a manipulação psicológica. O controle das finanças domésticas também se torna mais acirrado, com a presença mais próxima do homem em um ambiente que é mais comumente dominado pela mulher. A perspectiva da perda de poder masculino fere diretamente a figura do macho provedor, servindo de gatilho para comportamentos violentos. (VIEIRA; GARCIA; MACIEL, 2020) Portanto, a proposta deste trabalho é propor a reflexão acerca de uma problemática tão importante e pertinente à atualidade. Ainda há uma árdua luta a se enfrentar em busca de uma vida onde as mulheres não precisem temer a tanta violência. O que se corrobora todos os dias é que a grande epidemia do século é o feminicídio, por isso é necessário combatê-lo com políticas públicas, aplicabilidade da lei de forma ágil, para enfrentamento dessa questão e para proteger e acolher as vítimas. Objetivo Examinar teoricamente a violência que as mulheres estão expostas na atual sociedade. Impulsionar as vítimas a explorar sua capacidade de se proteger e alcançar seus direitos. https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/laranjal-e-feminicidio- mostram- um-brasil-que-nao-respeita-suas-mulheres/ https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/laranjal-e-feminicidio- Metodologia Pesquisa sobre Violência Doméstica e como os demais estudos conseguem aumentar e enriquecer o conteúdo referente a este tema. A pesquisa em questão exposta tem como finalidade, analisar como o assunto dessa abordagem é apresentado. Com isso, foi efetuada uma pesquisa, através de artigos, selecionados na base de dados: Pepsi e SCIELO; e obras de especialistas contemporâneos que tratam esse assunto. Resumo A cada 15 segundos uma mulher é espancada no Brasil e em quase 64% dos casos, as agressões são diárias. O ex ou atual companheiro geralmente é o agressor e esse dado vem à tona através da Lei Maria da Penha, que abre um caminho nos permitindo acessos à mais dados. Neste trabalho vamos apresentar a circunstância dentro do homicídio, dentro de casa e dentro do domo de alguém que vai e faz a brutalização de outra pessoa. Dar a isso o nome de “AMOR” é “porque eu te amo que estou fazendo isso” ou é “porque eu te amo que eu quero que você não seja desse modo”, tem outra referência no que diz que onde um amor concreto, não é um amor que tudo aceita e sim, um o amor que tem exigência a requisitos que pode chegar à brutalidade porque isso é a negação da própria amorosidade, onde, hematomas desaparecem, porém o que fica no psicológico da mulher dificilmente desaparecerá. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER ESTATÍSTICAS, COMO AS MULHERES SÃO AFETADAS E QUAIS SÃO OS TIPOS DE VIOLÊNCIA. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, juntamente com o Datafolha Instituto de pesquisa, 536 mulheres foram vítimas de agressão no ano de 2018, totalizando 4,7 milhões de mulheres (9%) que sofreram empurrão, chute ou batida. Outras foram vitimas de ofensa verbal, como 21,8% insulto, humilhação ou xingamento que corresponde a 21,8% (12,5 milhões), 8,9% (4,6 milhões) foram tocadas ou agredidas fisicamente por motivos sexuais, 3,9% (1,7 milhão) foram ameaçadas com faca ou arma de fogo e 3,6% (1,6 milhão) sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento. O Brasil ocupa o 5º. Lugar no ranking mundial nos casos de feminicídio, mulheres assassinadas no país. Segundo o atlas da violência em 2016 4.645 mulheres foram assassinadas no país. Kayano salienta que “o homem mata a mulher por questão de ódio, geralmente são ex-maridos ou ex-namorados”. Diz ainda que os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e da Datafolha indicam que as mulheres jovens e as negras são as mais propensas a sofreremviolência, isto é 42,6% das mulheres de 16 a 24 anos, 335% correspondem às mulheres de 25 a 34 anos, 27,1% de 35 a 44 anos, 17,8% de 45 a 59 anos e aos 60 anos ou mais correspondem a 13,6%. A violência manifesta-se de diferentes formas, em distintas circunstâncias e com diversos tipos de atos violentos dirigidos a crianças, mulheres, idosos e outros indefesos. Violência doméstica, violência de gênero e violência contra mulheres são termos utilizados para denominar este grave problema que degrada a integridade da mulher. A violência de gênero pode manifestar-se através de violência física, violência psicológica, violência sexual, violência econômica e violência no trabalho. A violência sofrida pela mulher por parte de seu companheiro intima pode ser analisada através do Modelo Ecológico, que explica a estreita relação entre o indivíduo e seu entorno. Concluiu-se que é importante analisar os fatores que influem no comportamento das pessoas frente à violência para se estabelecer programas de ajuda. (CACIQUE E FUREGATO, 2006). Vítimas negras correspondem a 28,49%, pardas 27,5 e mulheres brancas 24,7%. De acordos e documentos nacionais e internacionais enfatizam a luta para combater as formas de violência contra as mulheres como a Lei Maria da Penha e a Organização das Nações Unidas (ONU Direito das Mulheres). A pesquisa frisa que 42% da violência ocorrem dentro de casa, 29% na rua, 8% na internet, 8% no trabalho, 3% na balada ou bar. A mulher vítima de violência enfrenta medo e vergonha para denunciar o agressor, apenas 10.3% procuram uma delegacia da mulher, 8% denunciam em delegacias comum, 5,5% ligam para o disque 190, 15% contam para familiares e infelizmente 52% não recorrem a nenhuma dessas instâncias. Segundo o Tribunal de Justiça existem vários tipos de violência doméstica como: Violência física: conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher. Violência psicológica: conduta que cause a mulher dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, manipulação, humilhação, vigilância constante, perseguição, isolamento, insulto, ridicularização, exploração, chantagem e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica. Violência sexual: qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, manter ou participar de relação sexual não desejada, ameaça coação ou uso da força, que impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, a gravidez, ao aborto ou a prostituição. Violência patrimonial: conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos, instrumentos de trabalho, documentos, pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos da mulher. A violência contra a mulher é um problema de saúde pública, pode acarretar consequências médicas, psicológicas e sociais, as vítimas podem sofrer transtornos de estresse pós-traumático, depressão, ansiedade, transtornos alimentares, redução de qualidade de vida, perda da autoestima entre outros problemas. Lei Maria da Penha Contexto Histórico A luta contra a violência doméstica teve início na década de 1970 quando o movimento feminista se manifestou a respeito do assunto. Antes disso as ações de violência contra a mulher não tinham relação com a comunidade ou com a política. (Fernanda. B. Vasconcellos, 2013). Nos últimos quarenta anos, de acordo com Aguiar JM (2020), importantes mudanças marcaram o cenário nacional acerca da assistência às mulheres vítimas de violência. Essas mudanças têm como motivador o movimento feminista que levou ao debate sobre os direitos humanos, o direito da mulher e de viver uma vida sem violência. Na década de 80 a luta contra a violência doméstica ganhou espaço no âmbito político, conquistando a criação do primeiro programa de atendimento às mulheres vítimas de violência e a criação da primeira delegacia de defesa da mulher. Vários países vêm adotando medidas e leis especiais para combater a violência doméstica contra a mulher. Na década de 1990 duas importantes convenções foram registradas no processo de mudanças legislativas: A conferência para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminações contra as Mulheres (1979) e a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (1994). Ocorreram também entre 1993 e 1995 conferências internacionais de Direitos Humanos a fim de evidenciar os direitos das mulheres como direitos humanos e buscar maneiras de reconhecer e promover tais direitos. (Paula Dias; Fábio Robert, 2016). Em 1988 a constituição reconheceu formalmente vários dos direitos das mulheres. Aguiar JM. (2020). Em 2001 um acontecimento fez com que o Estado repensasse a forma com que lidava com violência doméstica no país: o caso Maria da Penha Maia Fernandes, no qual a referida foi vítima de várias ações de violência, física e psicológica incluindo tentativas de assassinato em 1983, e desde essa época o agressor não havia respondido por seus atos. Em 1998 a vítima levou o caso a Comissão Interamericana de Direitos Humanos fazendo com que ganhasse grande visibilidade (Carone, Renata Rodrigues, 2018). Em 2003 foi constituída a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Em 2006, foi sancionada a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha. A lei Maria da Penha é reconhecida como um marco para o processo histórico de reconhecimento do direito das mulheres, isso nos mostra o quão recentemente e lentamente às mulheres vêm conquistando seus direitos, visto que a Lei foi homologada em 2006. (Aguiar JM, 2020). O que diz a Lei Maria da Penha? A lei n° 11.340 de 17 de agosto de 2006, mais conhecida como a Lei Maria da Penha, inspirada na convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, concluída em Belém do Pará, em 09 de junho de 1994, tem como função conter e prevenir a violência doméstica contra as mulheres, além disso, estabelece medidas protetivas e assistência às mulheres em situação de violência (Brasil, 2006). Segundo a lei, a violência é caracterizada por qualquer ação que lhe cause danos físicos, morais, sexuais, psicológicos e patrimoniais. A lei ainda afirma que toda mulher, independentemente de sua raça, classe social, etnia, orientação sexual entre outros fatores, pode desfrutar dos direitos fundamentais garantidos a todos os seres humanos, assegurando-lhes a oportunidade de viver sem violência e ainda preservar a sua saúde física e mental. (Brasil, 2006) A lei Maria da Penha assegura o desenvolvimento de políticas que garantem os direitos humanos das mulheres no âmbito de suas relações pessoais, ou seja, a violência contra a mulher caracteriza uma violação aos direitos humanos. Segundo a referida lei, as políticas públicas que visam prevenir a violência contra a mulher é responsabilidade da União, Estados e Municípios, estes poderão criar e promover projetos que visam proteger e acolher mulheres em situação de violência, tais como centros de atendimento integral, delegacias, abrigos, entre outros. (Brasil, 2006) A partir da denúncia da vítima a autoridade policial, de acordo com a Lei supracitada, tem que adotar procedimentos legais, tais como garantir que a mulher agredida não tenha contato com o agressor e pessoas próximas a ele; proteger a integridade física e emocional, levando em consideração a condição em que a vítima se encontra; garantir proteção policial se necessário; se for o caso encaminhar aos cuidados do Sistema Único de Saúde (SUS); além de ouvir a vítima e seu agressor; encaminhar a vítima para o exame de corpodelito, entre outros. (Brasil, 2006). Ao aferir a existência do risco à vida da mulher, o agressor deve ser afastado imediatamente do convívio da vítima e seus familiares (Brasil, 2006), sendo este proibido de entrar em contato com a vítima, aproximar-se dela e frequentar determinados locais. Se descumprido essas medidas protetivas, o agressor poderá cumprir de três meses a dois anos de reclusão. Se condenado, o agressor deverá cumprir pena de três meses a dois anos, sem direito a pena de cestas básicas ou pagamentos de multas, além de ter como obrigação ressarcir o Sistema Único de Saúde (SUS) os custos totais dos tratamentos prestados às vítimas. (Brasil, 2006). Implementação e desafios De acordo com Dias P., (2013 apud STF, 2012) até fevereiro de 2012 cabia à mulher, vítima de violência, a denúncia ou não do agressor, mas a partir dessa data o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou possível que o Ministério Público dê início à ação penal, diante dos crimes previstos na Lei Maria da Penha, sem a representatividade da vítima. A implementação da Lei Maria da Penha depende das políticas públicas de combate à violência. De acordo com Aguiar JM, 2020, o serviço especializado que teve maior demanda no Brasil foram os Centros de Referência à Mulher, tornando-se uma importante política pública no combate à violência doméstica. Segundo Aguiar JM, 2020, atualmente existe pelo menos uma delegacia da mulher em cada estado. Com a lei Maria da Penha os dispositivos jurídicos voltados para a defesa da mulher em situação de violência aumentaram consideravelmente. Mesmo com todos os avanços e assistências prestadas às vítimas, ainda é possível encontrar desafios na implementação da Lei, tais como a resistência dos profissionais assistenciais, policiais e jurídicos em ver a questão como uma perspectiva de gênero, para os casos de violência. Além da falta de conhecimento das normas, leis e protocolos, tanto das vítimas quanto dos profissionais que prestam assistência a elas. Existe também o fato de que os agressores na maioria das vezes não cumprem as medidas protetivas estabelecidas, fazendo com a Lei muitas das vezes perca sua credibilidade perante a sociedade (SN Meneghel et al. 2013). Esses obstáculos ainda são desafios para a efetiva implementação de política públicas humanizadas no acolhimento e cuidado às mulheres em situação de violência. (Aguiar JM, 2020). Homens são ensinados a se desculparem pelas suas fraquezas, e as mulheres, pela sua força. (LOIS WISE apud BARNETT, 2000). https://juntas.geledes.org.br/ate-que-morte-nos-separe/ Violência Doméstica na Pandemia. “A violência doméstica não diminuiu, ela está mais privada do que nunca. A mulher que vive com um agressor já vivia isolada, agora ela está praticamente em cárcere privado”, declara Conceição de Andrade, superintendente geral do Instituto Maria da Penha. Ilustração: Flávia P. Gurgel / Arte: Raphael Monteiro No Brasil durante a pandemia o número de feminicídio aumentou mais de 22% desde o início do isolamento social, mas também a agressão contra a mulher tem se tornado um ato universal. Esse fato tem agravado grandemente o que fez com que durante o isolamento social causado pela pandemia da Covid-19, as mulheres estão em confinamentos com seus agressores e acabam que ficam, mas expostas a violência. Dito pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), durante os dias 1º e 25 de março, o mês que é considerado da mulher, ocorreu um crescimento de 18% nos casos de denúncias registradas pelos serviços. Disque 100 e ligue 180. Esse isolamento forçado pelo avanço da pandemia da COVID-19 trouxe à memória de forma esclarecedora, alguns vestígios preocupantes em relação à violência familiar e doméstica que estão acontecendo contra as mulheres, diante disso nota-se que uma a cada três mulheres em idades reprodutivas sofreu ou sofrem algum tipo de violência sexual por um companheiro durante sua vida, e constam que quase um terço dos homicídios que acontecem com as mulheres é executado por seu parceiro. (CAMPBELL, 2020). Para Federici S. (2019), a violência doméstica não ocorre só de violência física, mas de qualquer tipo de conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher, exemplo, a violência psicológica e qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos e crenças. Mesmo que as evidências e os impactos do isolamento na violência doméstica sejam preambulares, na mídia e nas organizações tem se aumentado muito o caso desse tipo de violência. Na China, por exemplo, os casos têm se triplicado no período da pandemia. Já na Itália, Espanha e França o aumento ocorreu após ser obrigatória a implantação do isolamento domiciliar. A partir do momento que é necessário o isolamento para que possamos enfrentar a pandemia nos revela uma realidade dura: apesar das mulheres brasileiras chefiarem quase 28,9 milhões de famílias, encontram-se inseguras mesmo dentro de suas próprias casas. Em 2019 no Brasil dos 3.739 homicídios ocorridos com mulheres, (35%) quase 1.314 foram feminicídio. Isso representa que, a cada sete horas uma mulher é morta simplesmente pelo fato de ser mulher. Observa-se também que 88% dos feminicídio que foram praticados, o autor tem um vínculo com a vítima sendo ex– companheiro ou companheiro. Com isso ao serem obrigadas a ficarem dentro do âmbito familiar elas acabam sendo mais expostas e correm mais perigos. Com o decorrer do isolamento as mulheres são privadas de conversas com amigos e familiares, sendo observada a todo o momento, o que faz com que aumente o motivo para que ocorra a manipulação e opressão psicológica. Com a presença do parceiro a todo o momento ele fica com o total controle também das finanças domésticas, mesmo sendo uma área dominada pela mulher, e ao se sentir ameaçado, desvalorizado ou menos homem, faz com que sua interpretação de achar que esta com o ego ferido, desencadei o gatilho para os comportamentos agressivos e assim coagindo a mulher cada vez mais. O fato de divisão desigual dos afazeres domésticos, sempre sobrecarregando as mulheres da casa, sendo a mãe que tem o dever de cuidar da casa, marido e filhos, como a opressão que muitas meninas já sofrem dentro de casa por seus pais, com isso já nota-se que o poder masculino é algo muito impactante dentro do ambiente familiar, onde muitos de uma maneira invisível deixam claro, a falta de cooperação nas tarefas de família simplesmente fazendo com que a mulher trabalhe cada vez mais de uma forma não remunerada, com isso as mulheres dentro de seus lares não tem folga, mesmo trabalhando fora, em Home Office (trabalha ofertado em tempos de pandemia), com mais gente em casa seus afazeres aumentam mais e mais. O estereótipo feminino tem uma construção que faz com que a mulher seja associada a intuições, sensibilidades, capacidades intuitivas, contestando suas questões políticas, universais, culturais e raciais. Dessa forma, elas são designadas a esmero em particular: a maternidade, o amor familiar, os cuidados domésticos, assim, o simples fato dessa subdivisão das responsabilidades justa impede esse senso comum. (REGER; STANLEY; JOINER, 2020). Deixa de lado sua rixa com o homem, nem se iguala a eles, nem se submeta. Nem se humilhe, nem se masculinize. Deixa a história se encarregar dessa querela Qual é o seu papel aqui e agora? Não está na hora de acordar e tomar o seu lugar? Desfaça-te da dor, dos temores, rancores e massacres. E seja sempree somente uma mulher (ENI CORRALEF DE ANDRADE apud PATTI, 2004). ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO TEMA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, COMO ESSE PROFISSIONAL ATUA E AUXILIA ESSAS VÍTIMAS? A IMPORTÂNCIA DA PROFISSÃO PARA ESSA PROBLEMÁTICA. De acordo com Madge Porto (2006), a Organização Pan-Americana de Saúde, desde 1991, reconhece a violência contra a mulher como causa de adoecimento das mulheres, sendo assim considerada uma questão de saúde pública. As mulheres em situação de violência procuram mais os serviços de saúde e geralmente são enviadas para tratamentos de saúde mental (o que é rejeitado na maioria das vezes pelas vítimas), diferentemente das situações de violência comum, urbana, no qual a vitima é atendida nas unidades de saúde e não são orientadas a procurar ajuda psicológica. Essa diferenciação nos atendimentos demonstra que os profissionais do sistema de saúde enfrentam dificuldades em lidar com as vítimas de violência doméstica. (Madge Porto, 2006 apud Schraiber e D’Oliveira, 1999). Para que o atendimento dado às mulheres seja efetivo, é necessário que os profissionais de saúde que trabalham na atenção à saúde mental tenham conhecimentos e se sintam capacitados para atender a essa demanda. Estudos demonstram, entretanto, que os profissionais de saúde não são devidamente preparados para lidar com a violência contra as mulheres (Schraiber & D’Oliveira, 1999; Nyame et al., 2013; Rose et al., 2011). Mary Jane Spink (2003) afirma que o campo da Psicologia da Saúde apresentou importantes contribuições para a área da saúde em geral. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) elaborou um documento de Referências Técnicas para a Prática de Psicólogas (os) em Programas de atenção à mulher em situação de Violência, gerado com base nos métodos do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas, conhecido como Crepop, ele tem o intuito de orientar, de forma consistente, a conduta dos psicólogos diante pacientes vítimas de violência. Segundo o documento elaborado pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia) (2013), os profissionais da área de psicologia devem enxergar a violência contra a mulher como uma violação de direitos humanos e como efeito dos conflitos de gênero estabelecido na sociedade. Ao se depararem com as situações de violência, os psicólogos devem considerar que não existe justificativa plausível para a violência. Deverão estes também adotar o trabalho em grupo, visto que ele promove a prática de diferentes saberes, práticas e políticas. Beatriz Boss ET.al 2020, a psicologia também contribui para a luta contra a violência à mulher através de pesquisas e trabalhos científicos, além das práticas profissionais e atendimentos às vítimas. Dessa forma a psicologia tem papel importante na promoção da saúde e na busca dos direitos das mulheres. O atendimento psicológico às vítimas faz com que elas vejam florescer novamente sua autoestima, interesses e vontade que ficaram invisíveis, devido muito tempo de convívio marcado pela violência. Com essa poderosa ferramenta é possível sair de um relacionamento abusivo, ter coragem novamente, esperança de ser livre e ter de volta a felicidade mesmo com tantas marcas profundas, e ainda ser um alguém que sonha. (HIRIGOYEN, 2006; SOARES, 2005). Tabela Denúncia: Ligue 180 No Brasil, ligue para a Central de Atendimento à Mulher: telefone 180. No exterior: Argentina, ligar para 08009995500 discar 1 e informar o número 61-3799.0180 Bélgica, ligar para 080010055 discar 1 e informar o número 61-3799.0180 Espanha, ligue para 900 990 055, discar opção 1 e, em seguida, informar (em Português) o número 61-3799.0180. EUA (São Francisco), ligar para 18007455521 discar 1 e informar o número 61-3799.0180 França, ligar para 0800990055 discar 1 e informar o número 61-3799.0180 Guiana Francesa, ligar para 0800990055 discar 1 e informar o número 61- 3799.0180 Holanda, ligar para 08000220655 discar 1 e informar o número 61-3799.0180 Inglaterra, ligar para 0800890055 discar 1 e informar o número 61-3799.0180 Itália, ligar para 800 172 211, discar 1 e, depois, informar (em Português) o número 61-3799.0180. Luxemburgo, ligar para 080020055 discar 1 e informar o número 61- 3799.0180 Noruega, ligar para 80019550 discar 1 e informar o número 61-3799.0180 Paraguai, ligar para 00855800 discar 1 e informar o número 61-3799.0180 Portugal, ligar para 800 800 550, discar 1 e informar o número 61-3799.0180. Suíça, ligar para 0800555251 discar 1 e informar o número 61-3799.0180 Uruguai, ligar para 000455 discar 1 e informar o número 61-3799.0180 Venezuela, ligar para 08001001550 discar 1 e informar o número 61- 3799.0180 Anexos taxa feminicídio na Pandemia https://ponte.org/mulheres-enfrentam-em-casa-a-violencia-domestica-e-a-pandemia-da-covid- 19/ https://ponte.org/mulheres-enfrentam-em-casa-a-violencia-domestica-e-a-pandemia-da-covid- 19/ Considerações Finais Conclui-se que a violência contra a mulher não é um assunto moderno, no entanto caracteriza-se como um dos assuntos mais problemáticos que estamos enfrentando nos últimos tempos, agravando ainda mais com o isolamento domiciliar causado pela pandemia da COVID-19. Essa questão é motivada culturalmente pelo patriarcado, e tem ocasionado historicamente danos irreparáveis as vítimas, como episódios de agressão, sejam elas patrimoniais, conjugais, físicas, psicológicas, entre outras. Infelizmente um assunto ainda silencioso e invisível para sociedade que fala sobre, mas o ignora quando este ocorre. Ainda é um tema muito complexo na contemporaneidade, fazendo com que as mulheres se sintam inibidas, sozinhas e desencorajadas a buscarem ajuda. Este fenômeno se apresenta de diversas maneiras e principalmente dentro dos próprios lares, além de constantes os casos de permanência das vítimas com seus agressores, devido à demasiadas questões. Ansiamos que os dados alcançados nessa pesquisa, garanta uma reflexão e desencadeie a curiosidade por esse trabalho, para que todos possam obter novas reflexões referentes a esta problemática obscura que acomete milhares de mulheres todos os dias. Referências Aguiar, Janaina Marques de, D’Oliveira, Ana Flávia Pires Lucas, & Schraiber, Lilia Blima. (2020). Mudanças históricas na rede intersetorial de serviços voltados à violência contra a mulher – São Paulo, Brasil. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 24, e190486. 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