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ENTEROPARASITOSES 1

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ENTEROPARASITOSES
· Giardíase 
A Giardia intestinalis é um protozoário flagelado, em forma de pera. Possui ciclo biológico monoxênico (apenas um hospedeiro definitivo, que é o ser humano). 
Em países em desenvolvimento, a giardíase é uma das causas mais comuns de diarreia entre crianças, que em consequência da infecção, muitas vezes, apresentam problemas de má nutrição e retardo no desenvolvimento. 
O gênero Giardia apresenta duas formas evolutivas: o trofozoíto e o cisto. 
· Transmissão 
A transmissão acontece por contato oral-fecal, por ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos. Também pode ser transmitido por acentos de banheiro. 
A via normal de infecção do homem é a ingestão de cistos maduros, que podem ser 
transmitidos por um dos seguintes mecanismos: 
· Ingestão de águas superficiais sem tratamento ou deficientemente tratadas (apenas cloro); 
· Alimentos contaminados (verduras cruas e frutas mal lavadas); 
· Esses alimentos também podem ser contaminados por cistos veiculados por moscas e baratas; 
· De pessoa a pessoa, por meio das mãos contaminadas, em locais de aglomeração humana (creches, orfanatos etc.); 
· Ciclo Biológico 
O cisto é a forma infectante do parasita. Enquanto que o trofozoito é a forma ativa. O humano se infecta através de cisto e a doença vai ser ativada através do trofozoíto. Para isso, há um ciclo, que acontece da seguinte maneira: -Após a ingestão do cisto, esse cisto possui uma barreira protetora que vai protegê-lo da ação do suco gástrico do estomago e é por isso que se houver uma ingestão de trofozoíto, o humano não é “contaminado” porque o trofozoito não aguenta essa ação ácida do estomago e das enzimas como a amilase que está na saliva, como ocorre na ingestão do cisto. Com a ingestão do cisto, quando vai passando do estomago para o intestino, começa o processo de desencistamento por conta do meio ácido. Um cisto dar origem a 2 trofozoítos que começam com o processo de divisão binaria se multiplicando cada vez mais. 
A quantidade de t rofozoito que vai está colonizando o intestino delgado, vai interferir bastante na patogenicidade q ue esse parasita trás para o ser humano. (se o intestino tiver totalmente colonizado com os trofozoitos que é a forma ativa da doença, pode trazer quadros mais graves).
· Fisiopatologia 
O trofozoíto possui um disco succionador e com isso, ele consegue grudar na parede do intestino. O intestino delgado é rico em microvilosidades, responsáveis pela absorção, sejam eles de nutrientes, de gordura, medicação... é o principal órgão de absorção. Essas microvilosidades vão acabar sendo comprometidas pela ação do trofozoíto, esse trofozoita se fixa a essas microvilosidades, fazendo um tapetamento em cima das microvilosidades e comprometendo a absorção das mesmas. Com isso, não vai ser absorvido os nutrientes, gorduras, nada, pois essa espécie de tapetamento não vai deixar que ocorra a absorção de nutrientes como gorduras, proteínas, eletrólitos... Gerando a síndrome da má absorção, o que pode gerar no paciente uma diarreia com esteatorreia, que é a presença excessiva de ordura nas fezes. Esse parasita entra como cisto, se transforma em trofozoito no intestino e lá na região do ceco, quando está quase sendo liberado já, ele volta a ser cisto. (2 trofozoitos vão se compactar, dando origem a um cisto). Isso acontece, porque se ele é liberado como trofozoito, qualquer ação do meio ambiente o destruiria e o cisto tem uma capa protetora. Além disso, observa-se também alterações na morfologia desse trato. Há evidências sugerindo que o parasita produz, e possivelmente libera substâncias citopáticas na luz intestinal, desencadeando processos inflamatórios no epitélio intestinal, devido a ação do sistema imune do hospedeiro. A resposta imune local e a degranulação de mastócitos gera uma reação anafilática local (reação de hipersensibilidade), que provoca edema da mucosa e contração de seus músculos lisos, levando a um aumento da motilidade do intestino, o que poderia explicar o aumento da renovação dos enterócitos.
· Diagnostico 
Para se chegar ao diagnóstico, não se deve avaliar somente a clínica desse paciente. Porém a clinica dele pode favorecer a busca para chegar ao diagnostico correto. Identificação de cistos ou trofozoítos, no exame direto de fezes, pelo método de Faust (que é uma técnica de centrifugo flutuação em solução de sulfato de zinco); ou identificação de trofozoítos no fluido duodenal, obtido atr avés de aspiração. São necessárias, pelo menos, três amostras de fezes para obter uma boa sensibilidade. A detecção de antígenos pode ser realizada pelo Elisa, com confirmação diagnóstica. Em raras ocasiões, poderá ser realizada biopsia duodenal, com identificação de trofozoítos. 
· Tratamento 
A medicação que se utiliza muito nesse caso é o metronidazol, secnidazol e tinidazol, são medicações baratas e de f ácil acesso e se caso uma pessoa tiver com giardíase em casa, é importante que t odas as outras que m oram ali, faça o tratamento também. Secnidazol e tinidazol são t omados em dose única após uma refeição, enquanto que metronidazol é dividida em 2 a 3 vezes, por 5 a 7 dias. O metronidazol tem mais efeitos colaterais do q ue o tinidazol que é tomado em dose única, podendo causar enjoo, vomito, rubor e dores de cabeça. Além de ter os cuidados profiláticos para evitar uma reinfecção. 
· Ancilostomose 
A ancilostomose, também chamada de ancilostomíase, necatoríase, amarelão ou doença do Jeca Tatu, é uma parasitose intestinal muito comum, provocada pelos nematódeos da família Ancylostomidae: Ancylostoma duodenale ou Necator americanus. Esses vermes são monoxenicos, eles não precisam de um hospedeiro intermediário para fecharem o seu ciclo de vida. Eles comp letam todo o seu ciclo dentro do ser humano. 
· Ciclo biológico 
Indivíduos com ancilostomíase eliminam diariamente milhares de ovos do parasito em suas fezes. Em locais com saneamento básico precário, essas fezes acabam contaminando o solo. Se os ovos do ancilostomídeo forem depositando em um local úmido, quente e sem exposição direta à luz solar, eles conseguem dar origem a larvas que, após cerca de 7 dias no ambiente, amadurecem e tornam-se capazes de infectar o ser humano. As larvas dos ancilostomídeos conseguem sobreviver no meio ambiente, à espera de um hospedeiro, por até 6 semanas, caso encontrem condições adequadas de umidade e temperatura. 
· Principais sintomas
O sintoma inicial da ancilostomose é a presença de uma pequena lesão vermelha e que coça no local de entrada do parasita. À medida que o parasita ganha a corrente sanguínea e se espalha para outros órgãos, surgem outros sinais e sintomas, sendo os principais:
· Tosse;
· Respiração com ruído;
· Dor de barriga;
· Diarreia;
· Perda de apetite e perda de peso;
· Fraqueza;
· Cansaço excessivo;
· Fezes escuras e com mal cheiro;
· Febre;
· Anemia e palidez.
É importante que o médico seja consultado assim que forem verificados sinais e sintomas de ancilostomíase, pois assim é possível fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, evitando a progressão da doença e o surgimento de complicações.
· Como é feito o tratamento
O tratamento para a ancilostomíase tem como objetivo promover a eliminação do parasita, aliviar os sintomas e tratar a anemia.
Normalmente, o médico inicia o tratamento com suplementos de ferro, com o objetivo de tratar a anemia, e, a partir do momento de os níveis de hemácias e hemoglobina estão mais normalizados, é iniciado o tratamento com antiparasitários, como Albendazol e Mebendazol, que devem ser utilizados de acordo com a orientação médica.
· Ascaridíase
A ascaridíase é uma infecção causada pelo parasita Ascaris lumbricoides, popularmente conhecido como lombriga, que pode provocar desconforto abdominal, dificuldade para defecar ou diarreia e vômitos.
Apesar de ser encontrado com mais frequência no intestino, o Ascaris lumbricoides também pode se desenvolver em outros locais do corpo, como coração, pulmão, vesícula biliar e fígado, principalmente se não houver diagnóstico ouse o tratamento não for feito corretamente.
A transmissão da ascaridíase acontece por meio da ingestão de ovos contendo a forma infectante do parasita em água e alimentos contaminados. A ascaridíase tem cura e seu tratamento é feito facilmente com o uso de remédios antiparasitários receitados por um clínico geral, sendo, por isso, recomendado consultar o médico caso surjam sintomas que possam indicar uma infecção pelo parasita.
· Principais sintomas
Os sintomas de ascaridíase estão relacionados com a quantidade de parasitas no organismo e há principalmente sintomas intestinais, sendo os principais:
· Dor ou desconforto abdominal;
· Náuseas e vômitos;
· Diarreia ou presença de sangue nas fezes;
· Cansaço excessivo;
· Presença de vermes nas fezes.
Além disso, como o parasita pode se espalhar para outros locais do corpo, também podem surgir outros sintomas específicos de cada local afetado, como tosse e sensação de falta de ar, quando se desenvolve nos pulmões, ou vômitos com vermes, quando surge no fígado ou na vesícula, por exemplo. Saiba reconhece r os sintomas de ascaridíase. Em alguns casos, o parasita pode estar presente mesmo que não existam sintomas, pois é necessário que se desenvolvam e estejam presentes em grande número para que comecem os primeiros sinais. Por essa razão, muitos médicos recomendam tomar um antiparasitário uma vez por ano, para eliminar possíveis parasitas que possam estar crescendo, mesmo que não existam sintomas.
· Diagnóstico
Na maioria dos casos, a ascaridíase pode ser diagnosticada apenas por meio da avaliação dos sintomas pelo clínico geral ou infectologista, no entanto é importante que seja realizado um exame de fezes para que seja confirmado o diagnóstico e se possa iniciar o tratamento. Através do exame de fezes é possível identificar a presença de ovos de Ascaris lumbricoides e, em alguns casos, a quantidade. Além disso, é realizado exame macroscópico nas fezes, podendo ser observados vermes adultos em caso de infecção. Entenda como é feito o exame de fezes.
Quando há outros sintomas além dos intestinais, o médico pode solicitar a realização de um raio-X para que seja verificado se o parasita está se desenvolvendo em outros locais do corpo, além de saber a gravidade da infecção.
· Ciclo de vida do Ascaris lumbricoides
O ciclo do Ascaris lumbricoides tem início quando as fêmeas adultas presentes no intestino colocam seus ovos, que são eliminados para o ambiente juntamente com as fezes. Esses ovos passam por um processo de maturação no solo para que se torne infectante. Devido à permanência no solo, os ovos podem ficar grudados em alimentos ou serem transportados pela água, podendo haver contaminação das pessoas.
Após serem ingeridos, a larva infectante presente no interior do ovo é liberada no intestino, o perfura e se desloca para os pulmões, onde sofre processo de maturação. Após desenvolvimento nos pulmões, as larvas sobrem para a traqueia e podem ser eliminadas ou deglutidas. Quando são deglutidas, sofrem processo de diferenciação em macho e fêmea, reproduzem-se e ocorre novamente a liberação de ovos pela fêmea do Ascaris lumbricoides.
· Tratamento
Quando o parasita encontra-se apenas no intestino, o tratamento pode ser feito facilmente com o uso de remédios antiparasitários por 1 a 3 dias, ou de acordo com a orientação do médico. Normalmente é recomendado o uso de Albendazol em dose única ou Mebendazol 2 vezes por dia durante 3 dias.
No entanto, quando há grande quantidade de lombrigas a ponto de haver obstrução intestinal ou quando o parasita está presente em outros locais do corpo, pode ser necessário realizar cirurgia para remoção do parasita e correção das lesões que possam ter causado.
· Amebíase
A amebíase, também conhecida como colite amebiana ou amebíase intestinal, é uma infecção causada pelo parasita Entamoeba histolytica, uma "ameba" que pode ser encontrada na água e em alimentos contaminados por fezes.Este tipo de infecção geralmente não causa sintomas, mas quando o sistema imunológico se encontra mais debilitado ou quando há grande quantidade de parasitas, pode provocar sintomas gastrointestinais como diarreia, dor abdominal e mal estar geral. Apesar de ser uma infecção facilmente tratada, a amebíase deve ser identificada e tratada assim que surgem os primeiros sintomas, pois só assim é possível prevenir a evolução da doença, em que pode haver o comprometimento do fígado ou do pulmão, por exemplo.
· Principais sintomas
A maioria dos casos de amebíase são assintomáticos, especialmente porque na maior parte dos casos existe pouca quantidade de parasitas e o sistema imunológico consegue combatê-los.
Porém, quando a carga parasitária é mais elevada ou quando a imunidade está mais comprometida, podem surgir sintomas como:
· Diarreia;
· Presença de sangue ou muco nas fezes;
· Dor abdominal;
· Cólicas;
· Perda de peso sem causa aparente;
· Cansaço excessivo;
· Mal estar geral;
· Aumento da produção de gases.
Os sintomas costumam aparecer entre 2 e 5 semanas após o consumo de alimentos ou água contaminados pela ameba e é importante que a doença seja identificada e tratada assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas da infecção, isso porque a doença pode progredir e levar ao estágio mais grave da amebíase, que é caracterizada com complicações extraintestinais, recebendo o nome de amebíase extraintestinal sintomática.
Nesse caso, o parasita consegue atravessar a parede intestinal e chegar ao fígado, levando à formação de abscessos, e também ao diafragma, podendo resultar em amebíase pleuropulmonar. Na amebíase extraintestinal sintomática, além dos sintomas comuns da amebíase, pode haver também febre, calafrios, suor excessivo, náusea, vômitos e períodos alternados de diarreia e prisão de ventre.
· Tratamento
O tratamento para amebíase é determinado pelo médico de acordo com o tipo de infecção que a pessoa apresenta, podendo ser recomendado o uso de Paromomicina, Iodoquinol ou Metronidazol de acordo com a indicação médica. No caso da amebíase extraintestinal, o médico pode recomendar o uso combinado de Metronidazol e Tinidazol.
Além disso, durante o tratamento é importante manter a hidratação, uma vez que é comum haver grande perda de líquidos devido à diarreia e aos vômitos que acontecem na amebíase.
· Oxiuríase
A oxiuríase, também conhecida por oxiurose e enterobiose, é uma verminose causada pelo parasita Enterobius vermicularis, popularmente conhecido como oxiúrus, que pode ser transmitido por meio do contato com superfícies contaminadas, ingestão de alimentos contaminados com ovos ou inalação dos ovos dispersos no ar, já que são bastante leves.
Os ovos no organismo eclodem no intestino, sofrem processo de diferenciação, maturação e reprodução. As fêmeas durante à noite se deslocam até a região perianal, onde colocam seus ovos. Esse deslocamento da fêmea é que leva ao aparecimento do sintoma característico da oxiuríase, que é a coceira intensa no ânus.
· Transmissão
A transmissão do oxiúrus acontece por meio da ingestão dos ovos desse parasita por meio de alimentos contaminados ou por colocar a mão suja na boca, sendo mais frequente disso acontecer em crianças entre 5 e 14 anos. Além disso é possível ser contaminado por meio da inalação dos ovos que podem ser encontrados dispersos no ar, já que são bastante leves, e contato com superfícies contaminadas, como roupas, cortinas, lençóis e tapetes.
É possível também que haja auto-infecção, sendo mais comum nos bebês que usam fralda. Isso porque caso o bebê esteja infectado, após fazer cocô, pode tocar na fralda suja e levar à mão na boca, ficando novamente infectado.
· Sintomas
O sintoma mais comum da enterobiose é a coceira no ânus, principalmente durante a noite, pois é o período em que o parasita se movimenta até o ânus. Além da coceira anal, que muitas vezes é intensa e atrapalha o sono, outros sintomas podem aparecer caso haja grande quantidade de parasitas, sendo os principais:
· Enjoo;
· Vômito;
· Dor na barriga;
· Cólica intestinal;
· Pode haver sangue nas fezes.
Para diagnosticar a presençado verme desta infecção, é necessário coletar material do ânus, pois o exame de fezes comum não é útil para detectar o verme. A coleta de material, geralmente, é feita com a colagem de fita celofane adesiva, método conhecido como fita gomada, que é solicitada pelo médico.
· Tratamento
O tratamento para enterobiose é orientado pelo médico, que prescreve medicamentos vermífugos como o Albendazol ou o Mebendazol, usados em dose única para eliminar os vermes e os ovos que infectam o organismo. Ainda é possível de passar uma pomada anti-helmíntica no ânus, como tiabendazol por 5 dias, o que ajuda a potencializar o efeito do remédio.
Outra opção é a Nitazoxanida, que atinge ainda outra grande quantidade de parasitas intestinais, e é usado por 3 dias. Seja qual for o medicamento utilizado, é recomendado que seja feito o exame novamente, para verificar se ainda há sinais de infecção e, em caso positivo, realizar novamente o tratamento.
· Teníase
A teníase é uma infecção causada pelo verme adulto de Taenia sp., popularmente conhecido como solitária, no intestino delgado, podendo dificultar a absorção dos nutrientes dos alimentos e provocar sintomas como enjoos, diarreia, perda de peso ou dor abdominal, por exemplo. Ela é transmitida pela ingestão de carne de boi ou de porco crua ou mal cozida que está contaminada com o parasita.
Embora a teníase seja a infecção mais frequente, estes parasitas também podem causar cisticercose, que diferem pela forma de contaminação:
· Teníase: é causada pelo consumo da larva da tênia presente nas carnes de boi ou porco, que cresce e vive no intestino delgado;
· Cisticercose: ocorre quando se ingere os ovos da tênia, que liberam suas larvas capazes de atravessar a parede do estômago e atingir a corrente sanguínea chegando a outros órgãos como músculos, coração e olhos, por exemplo.
Para evitar a teníase é importante evitar consumir carne de boi ou de porco cruas, lavar bem as mãos e os alimentos antes de prepará-los. Caso haja suspeita de teníase, é importante ir ao clínico geral para que sejam feito exames e possa ser iniciado o tratamento, que normalmente é feito com a Niclosamida ou o Praziquantel.
· Sintomas
A infecção inicial por Taenia sp. não leva ao aparecimento de sintomas, no entanto, à medida que o parasita se fixa à parede intestinal e se desenvolve, podem surgir sintomas como:
· Diarreia frequente ou prisão de ventre;
· Enjoo;
· Dor abdominal;
· Dor de cabeça;
· Falta ou aumento do apetite;
· Tontura;
· Fraqueza;
· Irritabilidade;
· Perda de peso;
· Cansaço e insônia.
Nas crianças, a teníase pode causar atraso no crescimento e no desenvolvimento, assim como dificuldade para ganhar peso. A presença da Taenia sp. na parede do intestino pode provocar hemorragia e levar a produção e liberação de pouco ou muito muco.
· Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da teníase é, muitas vezes, difícil já que a maioria das pessoas infectadas por Taenia sp. não apresentam sintomas, e quando aparecem, são semelhantes aos de outras doenças infecciosas gastrointestinais.
Para confirmar o diagnóstico, o médico normalmente avalia os sintomas apresentados e solicita a realização de exame de fezes para verificar a presença de ovos ou proglotes de Taenia sp., sendo possível confirmar o diagnóstico.
· Ciclo de vida da teníase
O ciclo de vida da teníase pode ser representado da seguinte forma:
Geralmente, a teníase é adquirida pelo consumo de carnes de porco ou de boi contaminadas com as larvas da tênia, que se alojam no intestino delgado e evoluem para a forma adulta. Após cerca de 3 meses, a tênia começa a liberar nas fezes os chamados proglotes, que são segmentos do seu corpo que contêm órgãos reprodutores e seus ovos.
Os ovos da tênia podem contaminar o solo, a água e alimentos, que podem ser responsáveis por contaminar outros animais ou outras pessoas, que podem adquirir a cisticercose. Entenda Geralmente, a teníase é adquirida pelo consumo de carnes de porco ou de boi contaminadas com as larvas da tênia, que se alojam no intestino delgado e evoluem para a forma adulta. Após cerca de 3 meses, a tênia começa a liberar nas fezes os chamados proglotes, que são segmentos do seu corpo que contêm órgãos reprodutores e seus ovos.
Os ovos da tênia podem contaminar o solo, a água e alimentos, que podem ser responsáveis por contaminar outros animais ou outras pessoas, que podem adquirir a cisticercose. como identificar a cisticercose?
Taenia solium e Taenia saginata
A Taenia solium e a Taenia saginata são os parasitas responsáveis pela teníase, apresentam cor branca, corpo achatado em forma de fita e podem ser diferenciados quanto ao seu hospedeiro e características do verme adulto.
A Taenia solium possui como hospedeiro os suínos e, por isso, a transmissão acontece quando é ingerida carne crua de porco infectado. O verme adulto da Taenia solium possui a cabeça com ventosas e rostro, que corresponde a uma estrutura formada por acúleos em formato de foice e que permitem adesão à parede intestinal. Além de causar a teníase, a Taenia solium também é responsável pela cisticercose.
A Taenia saginata possui como hospedeiro os bovinos e só está associada com a teníase. O verme adulto da Taenia saginata possui a cabeça desarmada e sem rostro, apenas com ventosas para fixação do parasita à mucosa do intestino. Além disso, as proglotes gravídicas da Taenia solium são maiores que a da Taenia saginata.
A diferenciação das espécies não consegue ser feita através da análise do ovo encontrado no exame de fezes. A diferenciação só é possível através da observação das proglotes ou por meio de exames moleculares ou imunológicos, como PCR e ELISA, por exemplo.
· Como é feito o tratamento
O tratamento para teníase geralmente é iniciado com o uso de remédios antiparasitários, administrados sob a forma de comprimidos, que podem ser feitos em casa, mas que devem ser prescritos por um clínico geral ou gastroenterologista.
Estes remédios podem ser tomados em dose única ou divididos em 3 dias, e normalmente incluem um dos seguintes:
Niclosamida;
Praziquantel;
Albendazol.
O tratamento com estes remédios elimina apenas a versão adulta da tênia que está no intestino através das fezes, não eliminando os seus ovos. Por esse motivo, a pessoa que está fazendo o tratamento pode continuar infectando outras pessoas até que todos os ovos sejam eliminados do intestino.
Assim, é aconselhado que durante o tratamento se mantenha os cuidados que evitam a transmissão da doença, como cozinhar bem os alimentos, evitar beber água não engarrafada e lavar bem as mãos depois de ir no banheiro, assim como antes de cozinhar.

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