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PARASITOSES

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Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 1
 
OBJETIVOS: 
1. Aspectos epidemiológicos da parasitose (fatores ambientais e socioeconômicos). 
As parasitoses intestinais humanas são conhecidas como uma das maiores endemias, principalmente devido à sua 
alta prevalência e distribuição geográfica 
As parasitoses são a doença mais comum do mundo, atingindo cerca de 25% da população mundial (1 em cada 4 
pessoas!). As doenças parasitárias constituem uma das principais causas de morte mundial e abrangem cerca de dois a 
três milhões de óbitos por ano. As parasitoses intestinais constituem um grave problema de saúde pública, especialmente 
nos países em desenvolvimento. 
No Brasil, apresentam-se bastante disseminadas e com alta prevalência, decorrente das más condições de 
vida. Essas doenças muitas vezes cursam de forma silenciosa, o que pode dificultar seu diagnóstico, tratamento 
adequado e profilaxia. No entanto, sintomas como diarreia, desnutrição, anorexia, fraqueza e dor abdominal são algumas 
das consequências dessas doenças. 
As parasitoses intestinais são muito frequentes na infância. A ocorrência de parasitasses intestinais na idade 
infantil, principalmente na idade escolar, consiste em um fator agravante da subnutrição, podendo levar à morbidade 
nutricional, geralmente acompanhada da diarreia crônica e desnutrição, comprometendo, como consequência, o 
desenvolvimento físico e intelectual, particularmente das faixas etárias mais jovens da população. 
A ocorrência de parasitasses no Brasil demonstrou em um estudo que 55,3% de crianças estavam parasitadas, 
sendo que 51% destas como poliparasitismo. Esses estudos de prevalência sano necessários não só para se mensurar o 
problema das altas taxas de morbidade associadas a essas parasitasses, bem como para gerar dados para o 
planejamento de acoes governamentais. 
 
Fatores favoráveis para a disseminação das parasitasses 
A proliferação e disseminação dessas parasitasses estão associados a fatores sociais, econômicos, ambientais e 
culturais que proporcionam condições favoráveis à disseminação. Os indivíduos afetados são, em maioria, os residentes 
em áreas que ainda carecem de infraestrutura, sendo expostos constantemente às formas infectantes, seja através 
de alimentos contaminados, contato direto com o solo, capacidade de evolução das larvas e ovos de helmintos, e de cistos 
de protozoários, higiene pessoal e coletiva. 
➡ instalações sanitárias inadequadas; 
➡ poluição fecal da água e de alimentos consumidos; 
➡ fatores socioculturais; 
➡ Fatores culturais (índia - rio gandhi) 
➡ contato com animais; 
➡ ausência de saneamento básico; 
➡ idade do hospedeiro; 
➡ tipo de parasito infectante 
Parasitoses
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 2
Principais parasitas intestinais 
➡ Amebíase (conhecida como ameba) 
➡ Ascaridíase (conhecida por lombriga) 
➡ Ancilostomíase (conhecida por amarelão) 
➡ Teníase (conhecida como tênia) 
http://www.rbac.org.br/artigos/parasitoses-intestinais-prevalencia-e-aspectos-epidemiologicos-em-moradores-de-rua/ 
https://www.sbmfc.org.br/parasitoses-intestinais/ 
https://ccddf.com.br/principais-parasitas-intestinais/\ 
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4763.pdf 
https://www.scielo.br/j/rpp/a/3KC98Fgr6WvZDnNQZrxwN5w/?lang=pt 
2. Diferencie endo e ectoparasita. 
Parasitas 
Parasitas são definidos como organismos que vivem na superfície ou no interior de outros organismos vivos 
(hospedeiros), de quem obtêm alguma vantagem. Essa associação é muito benéfica para o parasita, mas é prejudicial ao 
hospedeiro. A relação entre esses orgasmos é a principal causa de várias doenças em muitos hospedeiros. Ter os 
parasitas nos hospedeiros não é algo favorável, já que os parasitas às vezes são capazes de matar o hospedeiro. 
Os parasitas bem-sucedidos não prejudicam ou causam menor dano aos hospedeiros, pois é essa a política da qual 
os dois podem sobreviver por um longo período de tempo. O parasita é comumente conhecido como: 
➡ Endoparasitas; 
➡ Ectoparasitas. 
Ectoparasita 
Parasito que vive na superfície externa de seu hospedeiro. O ectoparasita também pode ser conhecido como 
parasita externo. O principal objetivo dos ectoparasitas é sugar o sangue dos seres vivos ou se alimentar de tecidos 
vivos. Os principais exemplos dos ectoparasitas humanos são o piolho, a pulga, os carrapatos e o ácaro da coceira. 
Endoparasita 
Parasito que vive no interior do corpo de seu hospedeiro. O Endoparasita também pode ser conhecido como 
parasita interno. Os endoparasitas podem se dividir em: 
➡ Intracelulares; 
➡ Extracelulares dentro de seus hospedeiros. 
O termo PARASITAS INTRACELULARES (vive dentro da célula do hospedeiro) descreve os hábitos de vida desses 
tipos de parasitas porque eles vivem dentro dos corpos celulares. EXEMPLO: parasita da malária - vivem nos glóbulos 
vermelhos humanos. 
Por outro lado, os PARASITAS EXTRACELULARES (vivem nos tecidos do corpo de seus hospedeiros). EXEMPLO: 
Schistosoma - que vive no plasma sanguíneo. 
http://www.rbac.org.br/artigos/parasitoses-intestinais-prevalencia-e-aspectos-epidemiologicos-em-moradores-de-rua/
https://www.sbmfc.org.br/parasitoses-intestinais/
https://ccddf.com.br/principais-parasitas-intestinais/%5C
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4763.pdf
https://www.scielo.br/j/rpp/a/3KC98Fgr6WvZDnNQZrxwN5w/?lang=pt
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 3
Principais diferenças 
O estilo de vida dos ectoparasitas depende verdadeiramente da superfície corporal dos hospedeiros. Por outro 
lado, os endoparasitas precisam viver dentro ou dentro do corpo dos hospedeiros para sua existência contínua. 
Os ectoparasitas causam menos danos a seus hospedeiros quando comparados aos endoparasitas. 
Hospedeiro 
➡ HOSPEDEIRO DEFINITIVO – que é o que apresenta o parasita em sua fase de maturidade ou na sua forma sexuada. 
➡ HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO – é o que apresenta o parasita e sua fase larvária ou assexuada. 
https://pt.fondoperlaterra.org/endoparasites-vs-ectoparasites-305 
3. Entender e diferenciar parasitose e verminose (são sinônimos?). 
Parasitoses 
São infecções causadas por parasitas durante a relação do parasitismo, podendo abranger males causados desde 
vírus até aqueles provocados por vermes. Sendo assim, são elas: bacterioses, protozooses, viroses e verminoses. 
Verminoses 
VERMES: animais invertebrados rastejantes ou escavadores com corpos moles, cilíndricos e alongados, sem 
membros e sem olhos. 
As verminoses acontecem quando vermes parasitas se instalam no organismo humano, conhecido como 
hospedeiro. Essas verminoses podem resultar em diversas doenças. Normalmente, esses vermes se instalam nos 
intestinos, mas podem se instalar em outros órgãos, como o cérebro, os pulmões e o fígado. 
Verminose/ Parasitose intestinal 
Verminose ou parasitose intestinal é a condição na qual um parasito invade o sistema gastrointestinal e fica 
aderido à parede dos intestinos, passando a viver, se alimentar e se reproduzir. 
EXEMPLOS DE PARASITOSES: 
AMEBÍASE (ameba): A ameba é um parasita do intestino grosso, onde ela se aloja causando diarreia. Ela pode 
invadir a parede do intestino e causar diarreia com sangue, o que já é um caso grave. Também pode ir até o fígado, 
pulmão ou cérebro, causando doença nesses locais. 
https://pt.fondoperlaterra.org/endoparasites-vs-ectoparasites-305
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 4
GIARDÍASE (giárdia): A giárdia fica no intestino delgado do homem, onde podem se juntar e cobrir toda a parede 
do intestino, impedindo a absorção dos alimentos e causando diarreia, chegando até a dar perda de peso e anemia - 
PROTOZOÁRIO. 
ASCARIDÍASE (lombriga): O áscaris é também conhecido como lombriga e também fica no intestino do homem, 
mas também passa pelo pulmão. Por isso, em casos mais graves, ocorre a saída de vermes pela boca ou pelo nariz das 
pessoas, além de obstrução do intestino, tendo às vezes até que operar o intestino para retirar osvermes. 
ANCILOSTOMÍASE (amarelão): O ancilóstomo ou também amarelão entra pela pele das pessoas, podendo causar 
irritação, até chegar no intestino, passando também pelo pulmão. Ele suga o sangue pela parede do intestino, podendo 
causar diarreia pela inflamação e também anemia importante. 
ENTEROBÍASE ou OXIURÍASE (coceira anal): O oxiúros fica na parte final do intestino, e é conhecido por causar 
coceira na região do ânus, principalmente à noite. Nas meninas também pode causar corrimento vaginal. 
TENÍASE (tênia): A tênia é o maior parasita do homem, podendo ocupar todo o intestino do homem, ou seja, 
chegar a medir até 12 metros! A principal complicação da teníase é a neurocisticercose, que é quando os cistos da tênia 
vão até o cérebro das pessoas, podendo causar epilepsia em pessoas que nunca tiveram antes Esse quadro também é 
conhecido pela sua transmissão pela carne do porco, quando mal passada - HELMINTO. 
Outros exemplos de parasitasses 
Como já vimos as parasitasses podem ser causadas por HELMINTOS (os helmintos são classificados em dois 
grandes grupos, denominados filos: Nemathelminthes- corpo cilíndrico. E Platyhelminthes - corpo achatado dorso-
ventralmente) e PROTOZOÁRIOS (organismos unicelulares, eucarióticos e que apresentam nutrição heterotrófica) 
Helmintos 
DEVIDO A NEMATELMINTOS - CLASSE NEMATODA: 
➡ Ascaridíase: Ascaris lumbricoides - lombriga; 
➡ Enterobíase: Enterobius vermiculares - oxiúro; 
➡ Estrongiloidíase: Strongilóides vermiculares - habita o intestino delgado; 
➡ Ancilostomíase: Ancylostoma duodenale e Necator americanus - amarelão; 
➡ Tricuríase: Trichuris trichiura - habita o intestino. 
DEVIDO A CESTÓDES - CLASSE CESTODA: 
➡ Teníase: Taenia solium, Taenia saginata; 
➡ Himenolepíase: Hymenolepsis nana, Hymenolepsis diminuta - vermes conhecidos como "tênias anãs”. 
DEVIDO A TREMATÓIDES - CLASSE TREMATODA: 
➡ Esquistossomose: Schistosoma mansoni. 
Protozoários 
➡ Giardíase: Giardia lamblia; 
➡ Amebíase: Entamoeba histolytica; 
➡ Balantidíase: Balantidium coli - parasita geralmente habita o intestino de porcos, mas que por meio do 
consumo de água ou alimentos contaminados pela fezes dos porcos, o homem pode ser infectado; 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 5
➡ Criptosporidíase: Cryptosporidium - infecção intestinal. 
https://books.scielo.org/id/nv4nc/pdf/amarante-9788568334423-02.pdf 
http://production.latec.ufms.br/new_pmm/u3a6.html 
4. Explique sobre a fisiopatologia das principais verminoses. 
As principais verminoses são Ancilostomose (amarelão), Ascaridíase (lombriga), Esquistossomose (barriga d’água), 
Filariose, Giardíase, Oxiuríase, Teníase e cisticercose. 
Ancilostomose - amarelão 
➡ DOENÇA CAUSADA POR: helmintos - nematelminto (verme cilíndrico) 
➡ ESPÉCIES: Ancylostoma duodenale e Necator americanus 
➡ HÁBITAT - NO SER HUMANO: o instestino delgado. 
➡ TAMBÉM CONHECIDA POR: “amarelão”, “opilação”, “uncinaríase”, “cloroso”, “mal dos mineiros”, “mal dos 
agricultores”, “doença de Perroncito”, “caquexia africana”, “clorose do Egito”, “anemia tropical” e “mal do 
coração e do estômago da África” 
➡ EPIDEMIOLOGIA: 
‣ segunda helmintíase mais comum no mundo; 
‣ mais prevalente em áreas tropicais e subtropicais, bem como em regiões rurais e em populações 
menos abastadas; 
‣ cerca de um quarto da população mundial está atualmente sob o risco de infecção por esses agentes 
etiológicos, os quais são transmitidos através do solo. 
‣ embora ocorra de maneira potencialmente mais grave em crianças e adolescentes, a faixa etária de 
maior prevalência para a moléstia concentra-se entre 30 e 44 anos de idade, ou acima de 50 anos. 
➡ OBSERVAÇÃO: Espécies como Ancylostoma braziliense e Ancylostoma caninum são parasitos de caninos e 
felinos e, quando infectam hospedeiros humanos, causam quadros de larva migrans cutânea (bicho geográfico). 
Ciclo biológico 
Os ovos presentes nas fezes contaminadas e sob condições favoráveis (umidade, calor, sombra) eclodem um a 
dois dias após serem lançados no ambiente. As larvas rabditoides crescem nas fezes e/ou no solo e, depois de cinco a 
dez dias, tornam-se larvas filarioides, que são infectantes, as quais podem sobreviver de três semanas a seis meses em 
condições ambientais corretas. 
Ao entrar em contato com o hospedeiro humano, seja pela cútis ou por ingestão, as larvas penetram e são 
transportadas através dos vasos linfáticos, ganhando a corrente sanguínea, chegando ao coração e depois aos pulmões, 
onde alcançam os alvéolos pulmonares, ascendem pelos brônquios para a faringe e são engolidas. As larvas, então, 
alcançam o intestino delgado, onde habitam e amadurecem, tornando-se vermes adultos, os quais vivem no lúmen do 
intestino delgado (comumente no duodeno, mas podem fixar-se no jejuno e, mais raramente, no íleo), aderidos à parede 
do órgão. 
https://books.scielo.org/id/nv4nc/pdf/amarante-9788568334423-02.pdf
http://production.latec.ufms.br/new_pmm/u3a6.html
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 6
Embora haja o estágio pulmonar no ciclo, a espécie Ancylostoma duodenale é capaz de se desenvolver no intestino 
sem que ocorra a migração, ao contrário da espécie Necator americanus, que requer uma fase de migração 
transpulmonar. 
Imunologia e patologia 
Devido ao ciclo biológico do metazoário, que conta com diversas fases de desenvolvimento e interação com o 
hospedeiro, a resposta imunológica varia de localizada a sistêmica, dependendo da evolução da condição mórbida. 
PENETRAÇÃO NA PELE: primeiramente, o parasito utiliza suas bainhas cuticulares externas para penetrar a pele 
dose humano, secretando enzimas que facilitam sua migração para os tecidos, o que causa um PRURIDO LOCAL 
característico da ancilostomíase. 
AO ENTRAR NA CORRENTE SANGUÍNEA: Após ganhar a corrente sanguínea, a resposta aos antígenos é aumentada; 
entretanto, o parasito permanece por pouco tempo nesse local, migrando para os pulmões e causando alterações 
clínicas advindas da INFLAMAÇÃO DO TECIDO e de MICROTRAUMAS. 
INTESTINO: no intestino é o local em que a RESPOSTA EOSINOFÍLICA é mais prevalente. ALTERAÇÕES INTESTINAIS 
são produtos da inflamação causada pela fixação do parasito na mucosa entérica por meio de seus dentes e pela 
secreção de enzimas anticoagulantes. Isso explica a perda de sangue e a hipoproteinemia, a qual contribui para que o 
hospedeiro torne-se mais suscetível a infecções. De fato, o processo infeccioso está associado à grande quantidade de 
perda sanguínea pelo intestino. 
Aspectos clínicos 
➡ Doença aguda 
Ao penetrar a pele do hospedeiro, o parasito causa prurido local, eritema e rash papuloso, sintomas conhecidos 
como “coceira do solo” (ground itch). A larva migra pelos tecidos durante seu desenvolvimento – conforme 
anteriormente descrito no ciclo biológico –causando, em algumas oportunidades, náuseas, vômitos, irritação da faringe, 
tosse, dispneia e rouquidão. A continuidade e a gravidade dos sinais e sintomas estão relacionadas à intensidade da 
infecção, abrangendo de alterações sistêmicas imperceptíveis a manifestações graves, o que torna as possibilidades de 
diagnóstico diferencial bastante amplas. 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 7
A passagem pulmonar do helminto – migração das larvas pela árvore respiratória – pode se apresentar, 
clinicamente, com quadro de síndrome de Löeffler, caracterizada por tosse não produtiva, febre baixa, dor torácica 
discreta, dispneia leve, astenia e, em alguns casos, náuseas e vômitos. Nessas situações costumam ser observadas 
hipereosinofilia e alterações na telerradiografia de tórax (infiltrado pulmonar fugaz e transitório). Caso a intensidade da 
infecção seja significativa, poderão sobrevir manifestações compatíveis com pneumonia, com febre elevada, astenia, 
cefaleia, mal-estar geral, dor torácica e tosse produtiva com escarro amarelo-esverdeado. 
➡ Doença crônica 
A perda paulatina de sangue, em decorrência das necessidades de consumo do helminto, é uma das principais 
características dadoença crônica. Ela ocorre tanto por lesões traumáticas (fixação na mucosa intestinal por meio de 
dentes ou lâminas cortantes) quanto por respostas imunológicas à produção de substâncias imunomoduladoras e enzimas 
anticoagulantes. Em decorrência da perda sanguínea, é possível observar anemia acompanhada da deficiência de ferro e 
hipoalbuminemia como manifestações clínicas de maior importância. 
Podem ocorrer, também, edema da face e dos membros inferiores e ascite (eventualmente, anasarca), 
associados à hipoproteinemia). Além disso, a pele adquire textura cérea e coloração amarelada, e pode sobrevir 
hipotermia. 
Em pacientes cuja carga parasitária é baixa, normalmente os sinais e sintomas não aparecem; todavia, quando a 
quantidade de helmintos é elevada, pode haver obstrução no lúmen intestinal, e sintomas como dor epigástrica, náuseas, 
dispneia de esforço, dor nas extremidades inferiores, palpitações, dor torácica, cefaleia, fadiga e impotência podem 
ocorrer. O desejo de comer terra e giz (“pica”) se deve à deficiência de ferro e cálcio no organismo, respectivamente, 
elementos que se encontram em quantidades muito abaixo do normal nos pacientes acometidos pela parasitose. 
Ascaridíase - lombriga 
➡ DOENÇA CAUSADA POR: helmintos - nematelminto (verme cilíndrico) 
➡ ESPÉCIES: Ascaris lumbricoides 
➡ HÁBITAT - NO SER HUMANO: o instestino delgado. 
➡ TAMBÉM CONHECIDA POR: ascaridiose, ascaríase ou ascariose. 
➡ EPIDEMIOLOGIA: 
‣ De acordo com a (OMS), estima-se que mais de um bilhão de pessoas estejam infectadas; 
‣ Considerada um grande problema de saúde pública; 
‣ No Brasil, essa parasitose está presente em todas as regiões e é frequente em crianças, 
especialmente naquelas de idade escolar, sejam elas de origem urbana ou rural. 
➡ CURSO CLÍNICO: Em geral, a ascaridíase é assintomática ou oligossintomática, com evolução benigna. Porém, 
pode evoluir para casos mais graves e com complicações, como naquelas situações nas quais ocorre 
obstrução intestinal ou biliar. 
Ciclo biológico 
O ciclo evolutivo do A. lumbricoides é MONOXÊNICO, isto é, envolve apenas um hospedeiro. 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 8
➡ A fecundação dos milhares de óvulos produzidos diariamente pela fêmea ocorre por meio da cópula com o verme 
masculino. 
➡ Os ovos, ainda não embrionados, são liberados através das fezes para o ambiente, onde se tornam embrionados caso 
este ofereça condições favoráveis, como: temperaturas em torno de 27°C, com variações de aproximadamente 3°C 
para cima ou para baixo; umidade e presença de oxigênio. 
➡ Os ovos embrionados dão origem ao primeiro estágio larval (L1) em cerca de 15 dias; 
➡ Após mais 7 dias, acontece a evolução para o segundo estágio larval (L2). Nessas duas primeiras etapas, as larvas 
são rabditoides e ainda não são infectantes. 
➡ Somente após a evolução para o terceiro estágio (L3), que é filarioide, as estruturas larvares tornam-se infectantes, 
podendo permanecer no solo por até sete anos. 
➡ Após a ingestão, os ovos atravessam o tubo gastrintestinal, para eclodir ao chegarem no intestino delgado. O 
rompimento do ovo ocorre devido às condições ambientais encontradas no local. Sobre isso, pode-se citar o papel das 
substâncias contidas na bile, da temperatura, do pH e, principalmente, da concentração de dióxido de carbono. 
➡ As larvas L3, após saírem do ovo, migram para o intestino grosso e alcançam as correntes linfática e sanguínea após 
atravessarem a parede intestinal na altura do ceco. 
➡ Em seguida, migram na direção dos pulmões, ao passarem, sequencialmente, pela circulação porta, pelo fígado, pela 
veia cava inferior, pelo coração e pela artéria pulmonar. 
➡ Nos pulmões, essas larvas sofrem nova mudança e evoluem para L4, estágio que é alcançado em média cerca de 8 
dias após a ingestão dos ovos. As larvas L4 então rompem os capilares pulmonares, ganhando acesso aos alvéolos, 
local onde elas amadurecem de L4 para L5. 
➡ Dos alvéolos, as larvas L5 migram, sequencialmente, em direção à faringe, passando pela árvore brônquica, traqueia 
e laringe. Nesse ponto, elas são envolvidas pelo muco ali existente, o que lhes confere resistência ao ambiente ácido 
do estômago. 
➡ Podem, então, ser expelidas do hospedeiro, a partir do reflexo da tosse, ou deglutidas. Nesse caso, quando chegam 
ao intestino delgado, se fixam e amadurecem dando lugar às formas adultas, concluindo seu ciclo biológico. 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 9
Período de Incubação 
O período de incubação dos ovos férteis até o desenvolvimento da larva infectante (L3), no meio exterior e em 
condições favoráveis, é de aproximadamente 20 dias. O período pré-patente da infecção (desde a infecção com ovos 
embrionados até a presença de ovos nas fezes do hospedeiro) é de 60 a 75 dias. 
 
Período de Transmissibilidade 
Durante todo o período em que o indivíduo portar o parasita e estiver eliminando ovos pelas fezes. Portanto, 
longo, quando não se institui o tratamento adequado. As fêmeas fecundadas no aparelho digestivo podem produzir cerca 
de 200.000 ovos por dia. A duração média de vida dos parasitas adultos é de 12 meses. 
Aspectos clínicos 
Em geral, a ascaridíase é assintomática ou oligossintomática, com evolução benigna. Porém, pode evoluir para 
casos mais graves e com complicações. 
A ascaridíase é frequentemente assintomática, no entanto, o verme adulto, que reside no intestino delgado 
(mais frequentemente no jejuno e íleo médio), tem uma tendência natural para explorar os orifícios do corpo e entrar no 
sistema hepatobiliar ou do pâncreas, podendo causar colelitíase, colecistite aguda, coledocolitíase, pancreatite aguda ou 
colangite ascendente. Nos casos de icterícia em crianças, a hipótese de obstrução biliar causada por áscaris não pode 
ser ignorada. 
Quando há grande número de parasitas, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal. 
Em virtude do ciclo pulmonar da larva, alguns pacientes apresentam manifestações pulmonares, com 
broncoespasmo, hemoptise e pneumonite, caracterizando a síndrome de Löefler, que cursa com eosinofilia importante. 
Esquistossomose - barriga d’água 
➡ DOENÇA CAUSADA POR: helmintos - platelminto (verme achatado) 
➡ ESPÉCIES: Schistosoma mansoni 
➡ HÁBITAT - NO SER HUMANO: vivem nos vasos do sistema porta hepático do hospedeiro 
➡ TAMBÉM CONHECIDA POR: barriga d’água. 
➡ EPIDEMIOLOGIA: 
‣ Afetam, aproximadamente, 200 milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo nos países 
endêmicos, localizados na África, no Sudeste Asiático e na América Latina. 
‣ No Brasil, existem cerca de seis milhões de portadores desta helmintíase. 
Ciclo biológico 
O ciclo biológico do S. mansoni é complexo, sendo composto por duas fases parasitárias: 
➡ uma no hospedeiro definitivo (humano) - fase sexuada 
➡ outra no intermediário (caramujo) - fase assexuada. 
Em condições favoráveis se completa em torno de 80 dias. Há, ainda, duas passagens de larvas de vida livre no 
meio aquático, que se alternam com as fases parasitárias. No H. sapiens, o ciclo mostra-se sexuado, e o período 
decorrido entre a penetração das cercárias e o encontro de ovos nas fezes é de cerca de 40 dias. No molusco, o ciclo 
é assexuado e também dura, aproximadamente, 40 dias. 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 10
Os vermes adultos vivem nos vasos do sistema porta hepático do hospedeiro 
vertebrado. A cópula resulta da justaposição dos orifícios genitais masculino e 
feminino (fenda longitudinal, no macho, para albergar a fêmea e fecundá-la). 
Uma fêmea coloca cerca de 300 ovos por dia, que só amadurecem uma 
semana depois, quando conterão, em seu interior, o miracídio formado. Alguns ovos 
alcançam a corrente sanguínea, enquanto outros chegam ao lúmen intestinal 
através da submucosa. De fato, após a postura, cerca da metade destes ovos é 
eliminada pelas fezes, a partir de um processo de ulceração dos tecidos do 
hospedeiro definitivo, com vistas a alcançar o lúmen intestinal. A outra metade tem 
uma parte retidana parede do intestino e outra que retorna para a circulação 
sanguínea e aloja-se em diferentes tecidos, em especial no fígado. Tal processo 
pode gerar efeitos locais ou sistêmicos. Ao entrar em contato com a água, os ovos maduros “incham”, eclodem e liberam 
larvas ciliadas, denominadas miracídios. 
O miracídio de formato oval e revestido por numerosos 
cílios é o primeiro estágio de vida livre do Schistosoma. 
Eles ocorrem em locais onde não há rede de esgotos 
tratados e as fezes contaminadas são lançadas 
indevidamente em rios e lagos, tendo a chance de nadar 
ao encontro do hospedeiro intermediário, o caramujo 
(gênero Biomphalaria, no caso do S. mansoni). Assim, dá 
continuidade ao ciclo evolutivo do parasito. Ao penetrar 
nas partes moles do molusco, o miracídio perde parte de 
suas estruturas. As células remanescentes reorganizam-
se e, em 48 horas, transformam-se em um saco 
alongado repleto de células germinativas. Esse saco é o 
esporocisto. Os esporocistos primários geram os 
secundários ou esporocistos-filhos e as células 
germinativas, destes últimos, são transformadas em 
cercárias. 
A cercária, segunda fase de vida livre do helminto, 
atravessa a parede do esporocisto, migrando para as 
partes moles mais externas do caramujo. As cercárias 
são atraídas pelo calor do corpo e pelos lipídios da pele 
humana; a e penetram na pele do homem. Esse processo de penetração que pode durar até 15 minutos, a cercária 
perde sua cauda, e após atravessar a pele do hospedeiro se transforma em esquistossômulo. 
Ao penetrar a pele do homem pode gerar um prurido - por isso que as lagoas infestadas são conhecidas como 
LAGOAS DE COCEIRA. 
Os esquistossômulos passam pelo tecido subcutâneo. Ao entrarem em um vaso, grande parte deles é alcançada 
pelo sistema imunológico do hospedeiro. Aqueles que conseguem escapar são transportados de maneira passiva até o 
coração direito, os pulmões, as veias pulmonares, o coração esquerdo, o sistema porta e as veias mesentéricas, até 
chegarem às alças intestinais, principalmente do sigmoide e do reto. 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 11
Os esquistossômulos alcançam o sistema porta, seja por via sanguínea seja por meio transtissular (atravessando 
tecido). Uma vez aí alojados, são nutridos e desenvolvem-se, evoluindo para formas unissexuadas, machos e fêmeas, 28 
a 30 dias após a penetração. Em seguida, migram, acasalados, pelo sistema porta, até a área de abrangência da artéria 
mesentérica inferior, local onde farão a oviposição. Quarenta dias após a infecção do hospedeiro, em média, os ovos 
podem ser notados no material fecal. Assim, completa-se o ciclo evolutivo do helminto. 
Período de incubação 
O período de incubação, ou seja, tempo que os primeiros sintomas começam a aparecer a partir da infecção, é de 
duas a seis semanas. 
Quadro clínico 
A maioria dos portadores são assintomáticos. Na FASE AGUDA, as manifestações incluem uma dermatite 
cercariana no local da penetração do verme, que cursa com edema, eritema e prurido. Esta reação é secundária a uma 
reação de hipersensibilidade imediata mediada por IgE causada por exposições repetidas aos parasitas. Tipicamente, a 
dermatite ocorre em membros inferiores, mas na maioria dos casos estas manifestações não são percebidas ou 
relatadas pelos pacientes. O paciente infectado por esquistossomose pode apresentar diversos sintomas, como: febre; 
dor de cabeça; calafrios; suores; fraqueza; falta de apetite; dor muscular; tosse; diarreia. 
IMPORTANTE: Em alguns casos, o fígado e o baço podem inflamar e aumentar de tamanho. 
Na FORMA CRÔNICA da doença, a diarreia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode 
aparecer sangue nas fezes. Além disso, o paciente pode apresentar outros sinais, como: tonturas; palpitação; sensação 
plenitude gástrica; prurido (coceira) anal; impotência; emagrecimento; endurecimento e aumento do fígado. 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 12
Nos casos mais graves, o estado geral do paciente piora bastante, com emagrecimento, fraqueza acentuada e 
aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como barriga d’água. 
Filariose - elefantíase 
➡ DOENÇA CAUSADA POR: helmintos - nematelminto (verme cilíndrico) 
➡ ESPÉCIES: Wuchereria Bancrofti 
➡ HÁBITAT - NO SER HUMANO: ficam no sistema linfático do ser humano. 
➡ TAMBÉM CONHECIDA POR: elefantíase. 
➡ HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: mosquito Culex quinquefasciatus 
➡ HOSPEDEIRO DEFINITIVO: ser humano 
➡ PREVENÇÃO: uso de repelentes, inseticidas, mosquiteiros, janelas, portas teladas e evitar locais endêmicos. 
➡ EPIDEMIOLOGIA: 
‣ É uma doença parasitária crônica, considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidades 
permanentes ou de longo prazo. 
‣ Atualmente, a Filariose Linfática está em fase de eliminação no Brasil. A área endêmica está restrita a 
quatro municípios situados na Região Metropolitana do Recife/Pernambuco: Recife, Olinda, Jaboatão dos 
Guararapes e Paulista. 
Ciclo de vida da filariose 
Ao se alimentar do sangue da pessoa infectada, o vetor ingere microfilárias que, em poucas horas transformam-
se em uma larva denominada L1 (salsichoide) ou larva de primeiro estadio. De 6 a 10 dias origina-se a L2 ou larva de 
segundo estadio. De 10 a 15 dias depois, a larva transforma-se em infectante (L3) ou larva de terceiro estadio, medindo 
aproximadamente 1,5 mm a 2 mm. 
Quando o inseto vetor faz novo repasto sanguíneo (o mosquito pica a pessoa sadia), as larvas L3 penetram pela 
pele do hospedeiro e migram para os vasos linfáticos. Meses depois as larvas amadurecem e se transformam em 
vermes adultos com sexos distintos. As fêmeas grávidas após fecundadas produzem microfilárias que migram para o 
sangue do hospedeiro vertebrado. 
A ascite é um evento tardio nestes pacientes, pois o envolvimento é pré-sinusoidal, porém após sangramento 
por varizes os pacientes podem desenvolver quadro hepático isquêmico com aparecimento de ascite, que é de 
difícil controle.
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 13
Sintomas 
A manifestação clínica é considerada extensa, mas geralmente acomete os membros inferiores (devido ser o local 
que a gente tem maior drenagem linfática) e a região escrotal. Os sintomas mais comuns são: edema nos membros, seios 
e bolsa escrotal, aumento do testículo (hidrocele) e crescimento ou inchaço exagerado dos membros, seios e bolsa 
escrotal. O indivíduo também pode manifestar febre, dor de cabeça, calafrio e náusea. 
Devido a cronicidade da doença (não ter sido tratada adequadamente) os vermes adultos causam lesões nos vasos 
linfáticos, onde se desenvolvem, levando acúmulo do fluido linfático, que causa edema (inchaço), mais frequente em 
braços e pernas. 
 
Giardíase 
➡ DOENÇA CAUSADA POR: causada por um protozoário flagelado. 
➡ ESPÉCIES: Giardia lamblia. 
➡ HÁBITAT - NO SER HUMANO: intestino delgado. 
➡ CICLO BIOLÓGICO: ciclo monoxênico, ou seja, há apenas um hospedeiro definitivo. 
➡ EPIDEMIOLOGIA: 
‣ É uma das principais parasitoses encontradas em todos os países (subdesenvolvidos e desenvolvidos), 
principalmente naqueles de clima tropical e subtropical. 
‣ A doença é mais comum em crianças, principalmente aquelas de até 6 anos, o que aumenta a 
disseminação do parasito em locais propiciadores de aglomeração de pessoas, como instituições 
educacionais (creches). 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 14
Ciclo biológico 
O parasito G. intestinalis apresenta um ciclo monoxênico, ou seja, há apenas um hospedeiro definitivo. O ciclo inicia-
se, principalmente, pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados, e um número limitado de cistos (cerca de 10 a 
100) é suficiente para causar doença. 
O processo de desencistamento inicia-se no estômago, devido ao estímulo do baixo pH; no entanto, esse processo 
se completa no duodeno e no jejuno, os quais serão colonizados pelos trofozoítos, que estão em constante multiplicação 
(por divisão binária). 
Posteriormente, ocorre outro processo, o de encistamento,que pode ter início no baixo íleo, embora considere-se 
que o principal sítio seja o ceco. Pode ter como estímulos: o pH intestinal, a presença de sais biliares e o destacamento 
do trofozoíto da mucosa; este último ocorre, certamente, pela resposta imune local. Depois disso, os trofozoítos são 
recobertos por membrana resistente, que seria secretada pelo parasito e que tem quitina em sua composição. 
Os cistos são resistentes, o que faz com que possam sobreviver em ambientes hostis, como água fria e 
variações na temperatura. Além disso, são eliminados em grande quantidade pelas fezes, o que pode corroborar seu 
poder infectante. 
SINTOMAS 
Algumas pessoas infectadas não apresentem nenhum sintoma; porém, essas pessoas podem liberar cistos de 
Giardia nas fezes e, dessa forma, infectar outras. Os sintomas, quando ocorrem, surgem em cerca de uma a duas 
semanas após a infecção. 
Os sintomas de giardíase geralmente incluem cólicas abdominais, gases (flatulência), eructação e diarreia aquosa de 
odor fétido. O enjoo pode surgir e desaparecer. As pessoas podem se sentir cansadas e vagamente desconfortáveis, e 
perder o apetite. Se não receber tratamento, a diarreia pode persistir durante semanas. As pessoas com giardíase 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 15
frequentemente desenvolvem intolerância à lactose (incapacidade de digerir lactose, o açúcar do leite), o que pode 
resultar em diarreia, gases e distensão abdominal. 
Algumas pessoas com giardíase desenvolvem diarreia que persiste por mais tempo. Essas pessoas podem não 
absorver uma quantidade suficiente de nutrientes dos alimentos (chamado má absorção), resultando em perda de peso 
significativa. 
Às vezes, a giardíase crônica impede que crianças cresçam conforme se espera (um quadro clínico chamado 
deficiência do desenvolvimento). 
Oxiuríase 
➡ DOENÇA CAUSADA POR: causada por um helminto - nematelminto (verme cilíndrico). 
➡ ESPÉCIES: Enterobius vermicularis ou Oxiurus vermicularis 
➡ HÁBITAT - NO SER HUMANO: intestino dos humanos, mais especificamente na região do ceco (início do 
intestino grosso) e do apêndice. 
➡ TAMBÉM CONHECIDA POR: enterobíase, oxiuríase ou oxiurose 
➡ EPIDEMIOLOGIA: 
‣ É uma parasitose que acomete todas as idades, mas está mais presente na faixa etária entre as 
crianças em idade escolar de 5 a 10 anos, sendo relativamente rara em crianças com menos de 2 anos 
de idade. 
Ciclo de vida 
O Enterobius vermicularis tem um ciclo de vida relativamente simples, que inicia-se com a deposição de ovos pelas 
fêmeas grávidas na mucosa da região perianal. A partir deste momento, a infecção costuma seguir três caminhos: 
➡ Autoinfecção: A presença dos ovos provoca intensa coceira anal. Se o paciente coçar a região do 
ânus, ele pode contaminar suas mãos e unhas com os ovos do verme. Se a mão contaminada for levada à 
boca em algum momento, o paciente volta a se contaminar. Os ovos ingeridos eclodem no intestino delgado, 
dando origem a uma nova geração de Enterobius vermicularis. 
➡ Retroinfecção: Após 3 semanas, os ovos implantados na região perianal eclodem e dão origem a 
novos vermes. Estes vermes podem entrar pelo ânus e seguir em direção ao ceco, onde irão se acasalar 
novamente. 
➡ Heteroinfecção: A transmissão do oxiúrus para outras pessoas pode ocorrer através de mãos 
contaminadas com ovos. 
O paciente coça o ânus, contamina suas mãos e pode transmitir os ovos ao preparar alimentos, manipular objetos 
ou cumprimentar outros indivíduos. 
Pessoas que moram no mesmo ambiente de pacientes contaminados são as que têm mais riscos de serem 
contaminadas. Toalhas e roupas de cama estão frequentemente infectados com ovos de Enterobius vermicularis, o que 
facilita o contágio dos cônjuges. 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/intoler%C3%A2ncia-%C3%A0-lactose
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-de-natureza-variada-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as-pequenas/insucesso-de-desenvolvimento
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 16
Os ovos começam a perder a capacidade de infectar após 1 ou 2 dias sob condições quentes e secas, mas podem 
sobreviver por mais de duas semanas em ambientes frescos ou úmidos. 
Sintomas 
Principal sintoma é a uma coceira anal, geralmente intensa e com predomínio noturno, o que costuma atrapalhar o 
sono dos indivíduos acometidos. 
A maioria dos paciente infectados pelo oxiúrus não apresenta sintomas. Em geral, os sintomas surgem quando o 
paciente já se reinfectou sucessivamente, a ponto de ter uma grande quantidade de vermes no seu trato intestinal, o 
que pode ocorrer somente meses depois da contaminação inicial. 
Quando o verme provoca sintomas, o mais comum é a coceira anal. Em alguns casos, a coceira é intensa e deixa o 
paciente inquieto e com dificuldade de dormir. Os vermes adultos podem migrar para locais além do ânus, como a região 
vaginal. Nas mulheres pode haver vulvovaginite (inflamação da vulva e da vagina), coceira e corrimento vaginal. 
Teníase 
➡ DOENÇA CAUSADA POR: causada por um helminto - platelminto (verme achatado). 
➡ ESPÉCIES: T. solium, T. saginata e T. asiatica, sendo as duas primeiras bem mais comuns – de fato, não há 
relatos de casos da terceira espécie fora do continente asiático. 
➡ HÁBITAT - NO SER HUMANO: sistema digestório humano, principalmente no intestino delgado. 
➡ TAMBÉM CONHECIDA POR: solitária. 
➡ HOSPEDEIRO DEFINITIVO: homem. 
➡ HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: bovinos (forma saginata), o porco (da espécie solium). 
➡ CURIOSIDADE: apesar de incomuns, infecções concomitantes por espécies distintas do patógeno já foram 
descritas em seres humanos. 
Ciclo biológico 
Ovos e/ou proglotes grávidas são eliminados nas fezes dos pacientes afetados, contaminando o meio ambiente 
(solo, pastagens, água), onde os ovos conseguem sobreviver por dias a meses. O gado bovino e os porcos se tornam 
infectados por suas respectivas espécies de Taenia, ao ingerirem vegetação contaminada com ovos ou proglotes 
grávidas. 
No intestino de tais animais, após ação do suco gástrico e da bile sobre os ovos, as oncosferas eclodem e invadem 
a parede intestinal, ganhando acesso à circulação sanguínea, através da qual chegam à musculatura esquelética e 
cardíaca. Nessa região, a forma larvária tecidual, o cisticerco, segue o seu desenvolvimento, adquire o protoescólex e 
torna-se infectante para o ser humano cerca de 60 dias depois, quando alcança medidas de cerca de 5 × 10 mm. No 
organismo do hospedeiro intermediário, o cisticerco pode sobreviver por vários anos. 
Após o acasalamento, o macho morre e é eliminado pelas fezes. As fêmeas grávidas permanecem no 
ceco e, à noite, se movem através do intestino em direção ao ânus, local onde costumam implantar seus ovos. 
Cada fêmea pode colocar até 10.000 ovos. 
Após a deposição dos ovos, a fêmea tenta retornar para dentro do ânus, algumas conseguem, outras 
não, sendo eliminadas nas fezes.
https://www.mdsaude.com/ginecologia/infeccao-ginecologica/corrimento-vaginal/
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 17
Caso um ser humano venha a ingerir cisticercos, o ciclo de vida da teníase pode completar-se. Nesse contexto, 
após a sua ingestão, o cisticerco se fixa à mucosa intestinal pelos ganchos e ventosas do protoescólex (liberado do cisto), 
permanecendo no local até se desenvolver (cerca de 3 meses). Cada protoescólex pode se tornar a cabeça de um 
cestoide adulto, que vai se desenvolvendo ao longo de cerca de 2 meses, pela formação de proglotes a partir da parte 
caudal do escólex. 
Os seres humanos se tornam infectados por meio da ingestão de carne crua ou malcozida com cisticercos. Na 
maioria das vezes, a teníase é composta por apenas um ou poucos vermes adultos, que podem sobreviver por anos no 
intestino delgado do hospedeiro. 
Casoo homem se infecte ingerindo água ou alimento contendo ovos da tênia, ele pode comportar-se como 
hospedeiro intermediário. Nesse cenário, o ciclo acaba por se desenrolar conforme a descrição pertinente à infecção 
dos animais envolvidos. A oncosfera eclodida dará origem a cisticercos nos tecidos com maiores concentrações de 
oxigênio, como sistema nervoso central, olhos e musculatura esquelética. 
 
Sintomas 
Muitos pacientes são assintomáticos. Quando presentes, os principais sintomas são: náuseas, vômitos, anorexia, 
diarreia, epigastralgia, cólicas abdominais, perda de peso, insônia e manifestações cutâneas de hipersensibilidade (prurido 
e urticária). 
Pode haver ainda constipação intestinal, irritabilidade, cefaleia e vertigens, além da possível oclusão de orifícios e 
ductos naturais do sistema digestório, ocasionando apendicite aguda, colangite ou pancreatite aguda. 
Por vezes, os pacientes (mesmo assintomáticos) relatam a eliminação intermitente de proglotes nas fezes ou, no 
caso da T. saginata, espontaneamente através do ânus, o que se constitui em pista diagnóstica importante. Raramente 
pode ocorrer regurgitação das proglotes ou sua aspiração para as vias respiratórias. 
Apesar de não ser foco deste capítulo, é relevante sinalizar que a forma larvar da T. 
asiatica tem tropismo pelo fígado do porco, sendo seu consumo o veículo mais infectante para os 
seres humanos.
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Cisticercose 
➡ DOENÇA CAUSADA POR: causada por um helminto - platelminto (verme achatado). 
➡ ESPÉCIES: Cysticercus cellulosae 
➡ HÁBITAT - NO SER HUMANO: tecidos de órgãos como olhos, coração, cérebro e pulmões. 
➡ TAMBÉM CONHECIDA POR: solitária. 
➡ HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: homem faz o papel de hospedeiro intermediário. 
➡ EPIDEMIOLOGIA: A cada ano, cerca de 50.000 pessoas morrem devido à neurocisticercose. 
Ciclo de vida 
A cisticercose humana inicia-se quando o indivíduo contaminado libera os ovos de Taenia solium nas fezes e, ele 
mesmo ou outros seres humanos, os ingerem acidentalmente, como nos casos de águas contaminadas ou manuseio de 
alimentos com a mãos não devidamente higienizadas após uma evacuação. Pessoas que moram na mesma casa de uma 
pessoa contaminada com Taenia solium são as que têm o maior risco de desenvolverem cisticercose. 
Quando um indivíduo ingere acidentalmente os ovos da T. solium, o processo se dá de forma semelhante ao que 
ocorre nos porcos. Os ovos liberam o embrião do parasito dentro dos intestinos, o mesmo cai na corrente sanguínea e 
espalha-se pelo corpo do paciente. Se o ovo conseguir alcançar o cérebro, um cisticerco irá se desenvolver neste órgão, 
levando à neurocisticercose, a forma mais grave da doença. 
A cisticercose só ocorre com a ingestão de ovos da Taenia solium. Os ovos da Taenia saginata não conseguem se 
transformar em cisticerco nos humanos, apenas nos bovinos. Isso acontece porque os ovos da Taenia saginata não 
conseguem se transformar em cisticerco nos humanos, apenas nos bovinos. 
Sintomas 
Pode ser assintomática ou apresentar sintomas como cefaléia, convulsões, hipertensão craniana, entre outros. As 
manifestações clínicas da Cisticercose dependem da localização, do tipo morfológico, do número de larvas que infectaram 
o indivíduo, da fase de desenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro. Podendo apresentar 
complicações como deficiência visual, loucura, epilepsia, entre outras. 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 19
https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/verminoses 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1724/ascaridiase.htm 
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/02/879928/aspectos-clinicos-e-radiologicos-da-ascaridiase-no-trato-biliar.pdf 
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/esquistossomose 
https://ibapcursos.com.br/filariose-elefantiase-ciclo-sintomas-tratamento-e-prevencao/ 
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/filariose-linfatica 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infecções/infecções-parasitárias-protozoários-intestinais-e-
microspor%C3%ADdios/giard%C3%ADase 
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/oxiurus-enterobius-vermicularis/ 
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/teniase-cisticercose/ 
https://www.dive.sc.gov.br/conteudos/zoonoses/publicacoes/Teniase_X_Cisticercose.pdf 
5. Platelmitos, nematelmintos e protozoários: diferenciar diagnóstico e tratamento 
(foque nos intestinais). 
Platelmintos 
Platelmintos são conhecidos como vermes de corpo achatado, devido a sua estrutura corporal ser achatada 
dorsoventralmente. EXEMPLO: tênias, Schistosoma. 
Nematelmintos 
Os nematodas, também conhecidos por nematódeos são vermes de corpo alongado, cilíndrico e fino, com 
extremidades afiladas. EXEMPLO: Ancilóstomos, lombrigas, oxiúros e filárias. 
Protozoários 
Os protozoários são organismos unicelulares, eucarióticos e que apresentam nutrição heterotrófica. EXEMPLOS: 
Amebíase, Giardíase, Malária, Doença de Chagas. 
https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/verminoses
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1724/ascaridiase.htm
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/02/879928/aspectos-clinicos-e-radiologicos-da-ascaridiase-no-trato-biliar.pdf
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/esquistossomose
https://ibapcursos.com.br/filariose-elefantiase-ciclo-sintomas-tratamento-e-prevencao/
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/filariose-linfatica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-protozo%C3%A1rios-intestinais-e-microspor%C3%ADdios/giard%C3%ADase
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-protozo%C3%A1rios-intestinais-e-microspor%C3%ADdios/giard%C3%ADase
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/oxiurus-enterobius-vermicularis/
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/teniase-cisticercose/
https://www.dive.sc.gov.br/conteudos/zoonoses/publicacoes/Teniase_X_Cisticercose.pdf
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Diagnóstico das parasitasses ocasionadas por helmintos 
As helmintíases são diagnosticadas pelo exame de amostras fecais ou outras amostras com a presença de ovos, 
larvas ou vermes adultos. A princípio, o exame macroscópico revela sua cor, consistência, visualização da presença do 
verme e seus segmentos, sangue ou muco, o qual pode dar uma pista sobre o agente etiológico. 
Na microscopia direta, observamos ovos e larvas dos helmintos pelo esfregaço da amostra de fezes. 
Métodos de concentração fecal: caracterizado pelo método de Hoffman, Pons e Janer de sedimentação 
espontânea; método de Blagg, de sedimentação por centrifugação; método de Willis, baseado na flutuação espontânea, 
indicado para ovos leves; e método de Faust, que combina a centrifugação e flutuação. 
Método de contagem de ovos (Kato-Katz): se baseia na concentração dos ovos de helmintos pela filtração 
em uma malha que retem os detritos maiores, permitindo a passagem apenas dos detritos menores e ovos. 
Técnicas FLOTAC: são métodos de contagem de ovos fecais pela flutuação da amostra em uma centrifuga, 
seguida pelo corte da suspensão flutuante e quantificação dos ovos. 
O MÉTODO DE GRAHAM (fita adesiva) também é utilizado para pesquisa de ovos de Taenia sp. e Enterobius 
vermicularis, caracterizado por prurido anal. Essa técnica baseia-se na coleta dos ovos que ficam na região anal, perianal 
e perineal por uma fita adesiva. 
Outros testes para pesquisa de helmintos incluem: 
➡ Testes sorológicos: detecção de antígenos e ensaios de detecção de anticorpos, como o ELISA. 
➡ Testes de biologia molecular: inclui o PCR. 
➡ Hemograma: tem como marcador de parasitose a eosinofilia (>6%), a hemoglobina < 5g/dL e a baixa 
concentração de ferritina. 
➡ Escarro: em casos de ascaridíase, podem ser encontradas larvas no escarro ou em lavagens gástricas. 
DEVEM SER COLETADAS PELO MENOS TRÊS AMOSTRAS EM UM PERÍODO DE 10 DIAS 
Parasitoses- Camila Joinhas Queremos Página 21
Tratamento das helmintíases 
As drogas anti-helmínticas podem ser classificadas em: 
LIGANTES DE BETA-TUBULINA: inclui o mebendazol e albendazol, que se ligam seletivamente à beta-tubulina nos 
nematoides e inibem a formação de microtúbulos, causando uma ruptura no citoesqueleto e inanição do verme. 
Agentes espásticos paralisantes: inclui o palmoato de pirantel e levamisol, que são agonistas dos receptores 
nicotínicos de acetilcolina. 
Agentes indutores de paralisia flácida: inclui a piperazina, que inibe reversivelmente a transmissão 
neuromuscular no verme, sendo um agonista de GABA. 
Nitazoxanida: indicado para Enterobius vermicularis, Ascaris lumbricoides, Strongyloides stercolaris, 
Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Trichuris trichiura, Taenia sp e Hymenolepis nana. 
 
 
 
Intestinal 
IVERMECTINA - DOSE ÚNICA 
1 COMPRIMIDO DE IVERMECTINA 
TEM 6MG. 
PRINCIPAL complicação DA 
IVERMECTINA É insuficiência 
HEPÁTICA
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 22
 Diagnóstico de infecções por protozoários 
Tratamento de parasitasses ocasionadas por protozoários 
 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 23
Tratamento não farmacológico 
O tratamento não farmacológico é fundamental e inclui a orientação sobre hábitos de vida e condições de moradia. 
Devem ser tomadas medidas educativas tanto para a profilaxia em regiões endêmicas, quanto nos casos confirmados de 
parasitose. Portanto, é preciso aconselhar o paciente sobre os itens da tabela. 
6. Identifique as principais parasitoses do ciclo de Loss e da síndrome de Loeffler. 
Ciclo de Loss e Síndrome de Loeffler 
O CICLO DE PULMONAR ou CICLO DE LOSS acontece em alguns parasitas que têm em seu ciclo de vida a 
necessidade de maturação das larvas no pulmão. Tais agentes incluem: Necator americanus, Ancylostoma duodenale, 
Strongyloides stercoralis e Ascaris lumbricoides. Uma regra mnemônica é a sigla “NASA”, com as iniciais de cada um. 
Durante o ciclo de Loss, o paciente pode apresentar tosse seca, febre e perda de peso, o que define a 
SÍNDROME DE LOEFFLER. Além disso, em alguns casos também ocorrem: broncoespasmo, hemoptise, lesões hepáticas 
com hiperglobulinemia, elevação das transaminases, sinais de pneumonite e eosinofilia aos exames de lavado 
broncoalveolar ou biópsia transbrônquica. Por isso, um diagnóstico diferencial é a pneumonite eosinofílica. 
Quando o raio x ou a tomografia são realizados, a imagem é de infiltrado intersticial, muito comum também em 
pneumonias de apresentação atípica ou em pneumonias virais. A diferença com relação a uma pneumonia atípica é que 
os infiltrados tendem a ser migratórios e múltiplos, enquanto na bacteriana atípica seria único (na maioria das vezes) e 
fixo. 
Um padrão de tosse característico são os acessos de tosse (expelindo o patógeno), que ocorre no momento em 
que o parasita ascende à árvore brônquica para ser deglutido e ter acesso ao trato gastrointestinal. Esporadicamente, 
em casos de elevado número de parasitas, pode haver sufocamento e até óbito, como nos casos de bolo de áscaris em 
crianças. 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 24
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/ascaris-lumbricoides-ascaridiase/52790 
TOUR INFECTOLOGIA VOLUME 3 - EXTENSIVO 2018.pdf 
https://medpri.me/upload/texto/texto-aula-375.html
7. Profilaxia das verminoses/parasitoses. 
O tratamento das populações afetadas reduz bastante o índice de infecções numa comunidade: 
➡ Cuidados de higiene pessoal e doméstica; 
➡ Evitar contato íntimo das crianças com o solo ou água contaminada; 
➡ Ferver ou filtrar a água usada na alimentação; 
➡ Nao andar descalço; 
➡ Lavar bem os alimentos antes de consumidos; 
➡ Tomar cuidado com a procedência da carne e cozinhada adequadamente; 
➡ Não nadar em locais que já apresentam casos de parasitasses. 
Do ponto de vista da comunidade a prevenção se faz através de: 
➡ Educação para a saúde; 
➡ Proibição do uso de fezes humanas para adubo; 
➡ Saneamento básico a toda população; 
➡ Condições de moradia compatíveis com uma vida saudável. 
https://www.abcdasaude.com.br/infectologia/verminoses/ 
8. Identifique os principais exames parasitológicos (foco nos parasitas intestinais). 
O exame parasitológico de fezes (EPF) é um dos mais utilizados no diagnóstico de parasitasses. 
Uma grande questão do EPF é o seu método empregado. Um método pode ser excelente para a pesquisa de um 
tipo de parasita e ao mesmo tempo, muito ruim para outro tipo. Isso porque uns métodos procuram por larvas, enquanto 
outros, por cistos e ovos. Uma dica ideal na prática clínica é associar pelo menos três técnicas. Na indisponibilidade de 
mais de um método, recomenda-se geralmente o de Hoffman-Pons-Janer. 
Os principais e mais conhecidos métodos utilizados estão na tabela: 
Depois dos ovos infectantes serem engolidos, as larvas eclodem, invadem a mucosa intestinal, então 
ganham a circulação sanguínea e chegam ao pulmões (ciclo de Loss). As larvas amadurecem mais nos 
pulmões (10 a 14 dias), penetram as paredes alveolares, sobem na árvore brônquica vão para a garganta, 
e são engolidos.
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/ascaris-lumbricoides-ascaridiase/52790
https://www.abcdasaude.com.br/infectologia/verminoses/
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 25
Porcentagem de positividade do EPF de acordo com a técnica empregada (aplicadas em cem portadores de cada 
uma das parasitoses*): 
Outros dados laboratoriais também são úteis no diagnóstico. No hemograma, pode-se notar anemia microcítica e 
hipocrômica em decorrência de espoliação de ferro por hemorragias, o que é comum em infecções por ancilóstomo e 
tricocéfalos. A eosinofilia é frequente em esquistossomose aguda, estrongiloidíase, ancilostomíase e ascaridíase. 
Além disso, podem-se pesquisar antígenos nas fezes e fazer testes sorológicos, que infelizmente esbarram na 
disponibilidade e custos. A biópsia retal é empregada na pesquisa de S. mansoni e exames de imagem, como endoscopia 
digestiva alta e colonoscopia podem evidenciar a presença de vermes, tanto por visão direta, quanto por achados de 
biópsia. 
Parasitológico 
O exame parasitológico de fezes é utilizado para a detecção de parasitos intestinais através de suas formas 
eliminadas nas fezes. Com isso, microscopicamente, podemos visualizar ovos e larvas de helmintos, cistos, trofozoítos ou 
oocistos dos protozoários. 
Muitas vezes, as formas parasitárias eliminadas nas fezes são pequenas e, com isso, há a necessidade de 
recorrer a métodos de enriquecimento para sua concentração. Os principais métodos são: 
➡ Sedimentação espontânea: inclui o método de Hoffman, Pons e Janner, também conhecido como método 
de Lutz. Essa metodologia permite o encontro de ovos e larvas de helmintos e os cistos de protozoários. Consiste 
em uma técnica qualitativa de identificação dos mesmos pela sua deposição espontânea no fundo do líquido. 
➡ Sedimentação por centrifugação: envolve o método de Blagg, método de Ritchie e Coprotest. São 
utilizados para a pesquisa de ovos e larvas de helmintos, cistos e oocistos de protozoários. Assim, a amostra 
diluída é submetida a centrifugação, onde a pesquisa é feita com o material depositado no fundo da amostra. 
➡ Flutuação espontânea: é o método de Willis, indicado para a pesquisa de ovos leves, como os 
ancilostomídeos. Ao diluir a amostra, o sobrenadante flutua espontaneamente e, assim, são submetidos a 
visualização microscópica. 
➡ Centrifugo-flutuação: é conhecido como método de Faust, empregado para a pesquisa de cistos e 
oocistos de protozoários, permitindo o encontro de ovos leves. 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 26
➡ Método de Kato-Katz: esse método concentra os ovos de helmintos através da filtração em tela metálica 
ou de náilon, onde são retidos os detritos maiores e permite a passagem dos detritos menores e ovo, 
concentrando-os na amostra fecal. Sua visualização é facilitadapelo emprego de uma solução de verde malaquita. 
Passo a passo do parasitológico 
1. Com o auxílio do bastão de vidro, você pegará uma porção (cerca de 5g) da amostra de fezes, colocando-a no 
becker. 
2. Você colocará em seguida a água destilada (10ml) e homogeneizará a amostra, com movimentos circulares não 
muito rápidos. 
3. Utilizando a gaze dobrada, o coador e um novo becker, você filtrará a amostra, retendo as porções sólidas. 
4. Você colocará a amostra filtrada no tubo apropriado e colocará na centrífuga por 1 minuto em 2500 rpm. 
5. Após este tempo, você irá retirar o tubo da centrífuga, descartar o sobrenadante turvo, homogeneizar o 
sedimento e repetir o processo (água destilada + centrifugação 45 a 60 segundos a 650 g) até que o sobrenadante 
fique límpido. 
6. Quando límpido, você irá descartar o sobrenadante, homogeneizar o sedimento e adicionar a solução de sulfato 
de zinco (33%, densidade de 1,18 g/ml), colocando novamente o conjunto na centrífuga (45 a 60 segundos a 650 g). 
7. Passado o tempo, ao retirar da centrífuga você identificará 3 fases no tubo, uma película superficial, uma 
solução intermediária e um sedimento ao fundo. 
8. Com a alça de platina, você irá coletar apenas a película superficial, colocando-a na lâmina. 
9. Feito isto, você colocará uma gota de lugol e a lamínula por cima, para analisar na microscopia com objetivas de 
10x e/ou 40x. 
https://medpri.me/upload/texto/texto-aula-375.html 
9. Explicar anemia microcítica hipocrômica para pacientes com vermes/parasitas. 
As consequências mais comuns das enteroparasitoses envolvem a diarreia crônica, má absorção, ANEMIA 
FERROPRIVA, baixa capacidade de concentração e dificuldades no aprendizado. 
Os parasitas mais associados a anemia ferropriva são os ancilostomídeos (Ancylostoma duodenale e Necator 
americanus). O Ancylostoma duodenale sugam de 0,05mL a 0,3mL de sangue/dia, enquanto que o Necator americanus 
suga de 0,01mL a 0,04 sangue/dia. 
Os principais sinais e sintomas são: fadiga generalizada, anorexia (falta de apetite), palidez cutâneo-mucosa 
(principalmente ao nível das conjuntivas, nas gengivas), menor disposição para o trabalho, dificuldade de aprendizagem 
➡ O Trichuris trichiura pode danificar a mucosa intestinal, causando erosões e ulcerações múltiplas, o qual ingere cerca 
de 005mL de sangue/dia. 
➡ O Strongyloides stercoralis provoca pontos hemorrágico e ulcerações de vários tamanhos na submucosa do intestino 
devido a sua perfuração. 
➡ A Entamoeba histolytica, quando invasiva, pode causar perfuração do intestino e hemorragia. 
➡ O Ascaris lumbricoides e a Giardia lamblia se associam a anemia ao diminuir a absorção de ferro e vitaminas. 
https://medpri.me/upload/texto/texto-aula-375.html
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 27
nas crianças, apatia (crianças muito "paradas"), sendo que no quadro mais severo pode aparecer taquicardia, palpitações, 
tontura, dores nas pernas, desmaios, falta de ar, dores de cabeças, zumbidos e entre outros. 
Normalmente, os parasitos intestinais podem reduzir em até 20 o ferro ingerido na dieta, sendo que a causa 
imediata da anemia é a deficiência de ferro circulante. Para isso, são utilizadas a dosagem de ferritina, onde se evidencia 
sua diminuição e, consequentemente, a diminuição da concentração de hemoglobina. 
A anemia microcítica e hipocrômica é um tipo de anemia em que as hemácias circulantes estão diminuídas no seu 
tamanho normal (microcítica) e têm uma coloração mais clara devido à diminuição do ferro na molécula de hemo-globina 
(hipocrômica). Isso pode estar relacionado com a diminuição de ferro na dieta, má absorção de ferro do intestino, perda 
de sangue aguda e crônica, alta necessidade de ferro em determinadas situações, como gravidez ou recuperação de um 
grande trauma ou cirurgia. 
file:///C:/Users/bianc/Downloads/3533-Texto%20do%20artigo-9547-1-10- 20200507.pdf 
http://www.rbac.org.br/artigos/prevalencia-de-anemia-microcitica-hipocromica- em-pacientes-atendidos-no-posto-de-
saude-da-vila-mutirao-e-assistidos-pelo- laboratorio-da-puc-goias-no-periodo-de-agosto-outubro-de-2018/ 
10.Métodos de avaliação de gordura visceral (Minti). 
Obesidade 
A obesidade, caracterizada pelo índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m2, é considerada epidemia e um 
dos maiores problemas de saúde pública em diversos países. Atualmente no mundo é mais comum a presença de 
indivíduos adultos obesos do que em estado de desnutrição. 
A OBESIDADE CENTRAL, caracterizada pelo acúmulo de gordura na região do tronco e abdome possui como um de 
seus componentes a gordura abdominal visceral (GAV), cuja medida de sua espessura é de grande importância por ser 
importante indicador de risco cardiovascular consequente às alterações metabólicas decorrentes desse depósito 
gorduroso. 
Nas últimas décadas, técnicas sofisticadas para avaliação de gordura corporal evidenciaram que a GAV está mais 
relacionada com a morbidade, mortalidade e alterações metabólicas em obesos. 
Métodos de imagem 
Há muito se discute sobre a possibilidade de utilização de métodos de imagem que possam avaliar e quantificar a 
gordura visceral e, portanto, obter dados que colaborem com o diagnóstico e seguimento de pacientes com problemas 
metabólicos/dislipidêmicos. 
Os principais métodos utilizados hoje são a US e a Tomografia computadorizada, cada uma com suas 
particularidades e utilidades. 
A ULTRASSONOGRAFIA (US) possui a vantagem de ser método de baixo custo, mais simples, prático, seguro e livre 
de radiações, apesar de necessitar de equipamentos específicos e de observadores bem treinados. Apesar de inúmeros 
trabalhos realizados no mundo, sua validação para esse fim ainda levanta discussões e fomenta estudos de padronização. 
No entanto, sua utilização tem sido crescente. 
A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (CT) é o método padrão para a determinação da GAV, devido à sua 
capacidade de diferenciar a adiposidade subcutânea e visceral. Ela ainda possui a vantagem de não depender da 
Parasitoses - Camila Joinhas Queremos Página 28
habilidade do operador para identificar as estruturas durante o exame e não sofrer influência da pressão do transdutor 
sobre o abdome durante a obtenção das medidas. No entanto, a CT é método dispendioso, pouco disponível e submete os 
pacientes à radiação ionizante, o que limita a sua utilização. 
Shua - medicamento ecluzumabi - Alemanha 
Todo paciente que vi ser transplantado precisa tomar vermifugo - pois quando vc imunossuorime um paciente as 
larvas se desenvolvem muito rápido. 
Amebíase - causa colite

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