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Lei Orgânica (Material completo para concurso PC-SP)

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LEI 
ORGÂNICA 
 
 
 
AULA 01 
 
 
 
 
 
 
 
Profs. Marcos Girão, Paulo Guimarães e Paulo Bilynskyj 
Lei orgânica 
AULA 01 
 
Página 1 de 48 
 
 
Sumário 
 
A Polícia Civil e a Constituição Federal de 1988 ....................................................................................................2 
 A Polícia do Estado de São Paulo.................................................................................................................................2 
 As Carreiras da Polícia Civil do Estado de São Paulo ..........................................................................................4 
 O Ingresso na Carreira ..................................................................................................................................................5 
 Requisitos Básicos e Concurso ................................................................................................................................................. 5 
 Posse ................................................................................................................................................................................................. 7 
 O Exercício ..................................................................................................................................................................................... 7 
 O Curso de Formação Técnico-Profissional ................................................................................................................... 8 
 O Estágio Probatório .................................................................................................................................................9 
 A Reversão Ex-Officio ............................................................................................................................................ 10 
 Remoção ................................................................................................................................................................... 10 
 Os Vencimentos as Vantagens Pecuniárias do Policial .......................................................................... 11 
 Vencimentos ........................................................................................................................................................................11 
 Vantagens Pecuniárias ....................................................................................................................................................11 
 As Concessões .................................................................................................................................................... 13 
 Transporte Especial .......................................................................................................................................................13 
 Honrarias e Prêmios .....................................................................................................................................................13 
 Promoção Pós-Morte ..................................................................................................................................................14 
 Auxílio-Funeral ...........................................................................................................................................................14 
 Assistência Jurídica .................................................................................................................................................14 
 O Direito de Petição .................................................................................................................................... 15 
 O Elogio ......................................................................................................................................................... 15 
 Os Deveres dos Policiais Civis ............................................................................................................. 16 
 Transgressões Disciplinares .............................................................................................................. 17 
 Das Responsabilidades ..................................................................................................................... 19 
 As Penas Disciplinares ....................................................................................................................... 20 
 Advertência ........................................................................................................................................................20 
 Repreensão .......................................................................................................................................................20 
 Suspensão ........................................................................................................................................................21 
 Demissão ...........................................................................................................................................................21 
 Demissão a Bem do Serviço Público ....................................................................................................21 
 Cassação de Aposentadoria ou Disponibilidade ..........................................................................21 
 A Remoção Compulsória ......................................................................................................................22 
 A Extinção da Punibilidade ...............................................................................................................22 
 Providências preliminares ao procedimento disciplinar ............................................ 23 
 O Procedimento Disciplinar .............................................................................................. 25 
 Disposições gerais ...............................................................................................................................25 
 Sindicância ...........................................................................................................................................25 
 PAD .........................................................................................................................................................26 
 Regras Acessórias à Sindicância e ao Processo ..................................................................29 
 Os Recursos .....................................................................................................................................30 
 A Revisão do Processo Administrativo ..............................................................................30 
 Regrinhas finais .................................................................................................................. 31 
 Promoçõesdos Policiais e a LCE nº 1.151/2011 .................................................... 32 
 Regras Gerais ...............................................................................................................................32 
 Promoção por Antiguidade ..................................................................................................34 
 Promoção por Merecimento ...............................................................................................34 
 Promoção “Especial”............................................................................................................34 
 Questões.......................................................................................................................... 35 
 Gabarito .......................................................................................................................................48 
Lei orgânica 
AULA 01 
 
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LEI ORGÂNICA DA PC/SP 
 
1. A Polícia Civil e a Constituição Federal de 
1988 
 
As Polícias Civis são instituições históricas, tipicamente brasileiras, que exercem funções de polícia 
judiciária, nas unidades federativas do Brasil, cuja função é, de acordo com o artigo 144 da Constituição 
Federal de 1988, o exercício da segurança pública. 
Ainda de acordo com o artigo 144, § 4º, da Constituição Federal: 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
(...) 
IV - polícias civis; 
(...) 
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da 
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 
 
E é exatamente aí que entra o papel da Lei Complementar Estadual nº 207/1979 (a chamaremos de LCE 
nº 207/79), mais conhecida como a Lei Orgânica da Policia Civil do Estado de São Paulo. 
 
2. A Polícia do Estado de São Paulo 
 
Em seu art. 1º, a Lei Complementar nº 207/79 estabelece que a Secretaria de Estado dos Negócios da 
Segurança Pública, a responsável pela manutenção, em todo o Estado, da ordem e da segurança pública 
internas, executará o serviço policial por intermédio dos órgãos policiais que a integram. 
 
Antes de saber que órgãos policiais são esses, vamos ao conceito de serviço policial: 
✓a prevenção e investigação criminais; 
✓o policiamento ostensivo; 
✓o trânsito; e 
✓a proteção em casos de calamidade pública, incêndio e salvamento. 
 
E quem então executa tais serviços? De acordo com o art. 2º da LCE SP nº 207/79: 
São órgãos policiais, subordinados hierárquica, administrativa e funcionalmente ao Secretário da 
Segurança Pública: 
 
 
 
 
 
 
 
Lei orgânica 
AULA 01 
 
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Integrarão também a Secretaria da Segurança Pública os órgãos de assessoramento do Secretário da 
Segurança, que constituem a administração superior da Pasta. 
A LCE SP nº 207/79 determina que a organização, estrutura, atribuições e competência pormenorizada 
dos órgãos acima citados sejam estabelecidos por decreto, nos termos desta lei e da legislação federal 
pertinente.Ou seja, a norma em estudo não trata de trazer a estrutura organizacional dos órgãos policiais. 
No entanto, em seu art. 3º, deixa bem claro as atribuições básicas das duas polícias, assim estabelecendo: 
 
A função de polícia judiciária é aquela que se destina 
precipuamente a reprimir as infrações penais e a apresentar 
os infratores ao Poder Judiciário para a necessária punição. 
A polícia administrativa é a que se destina a assegurar o 
bem estar geral, impedindo, por meio de ordens, proibições e 
apreensões, o exercício antissocial dos direitos individuais, o 
uso abusivo da propriedade e a prática de atividades 
prejudiciais à coletividade. 
 
A polícia preventiva especializada é a que exerce suas funções por meio de planejamento, de técnicas 
de operações, compilação de dados e processamento das informações criminais, objetivando a prevenção 
de ilícitos penais. 
 
Quanto às guardas municipais, guardas noturnas e os serviços de segurança e vigilância, 
autorizados por lei, a LCE nº 207/79 determina que estes ficam sujeitos à orientação, condução e 
fiscalização da Secretaria da Segurança Pública, na forma de regulamentada específica. 
Para efeito de entrosamento dos órgãos policiais contará a administração superior com mecanismos de 
planejamento, coordenação e controle, pelos quais se assegurem, tanto a eficiência, quanto a 
complementaridade das ações, quando necessárias à consecução dos objetivos policiais. 
E quanto a quem trabalha nesses órgãos, o art. 5º da LCE nº207/79 estabelece que os direitos, deveres, 
vantagens e regime de trabalho dos policiais civis e militares, bem como as condições de ingresso as 
classes, séries de classes, carreiras ou quadros são estabelecidos em estatutos. 
Os estatutos, caro aluno, são a forma como normalmente são conhecidas as leis que tratam das relações 
do servidor público com a Administração. Os militares sempre contam com estatutos próprios, e os 
policiais civis em alguns lugares também têm seus próprios estatutos, sendo o estatuto geral dos 
servidores civis aplicável de forma subsidiária. 
E o papel de estatuto dos policiais civis do Estado de São Paulo também é cumprido pela Lei 
Complementar no 207/1979! 
 
➢ É vedada, salvo com autorização expressa do Governador em cada caso, a utilização de integrantes dos 
órgãos policiais em funções estranhas ao serviço policial, sob pena de responsabilidade da autoridade que 
o permitir. 
 
É considerado serviço policial, para todos os efeitos inclusive arregimentação, o exercido em cargo, ou 
funções de natureza policial, inclusive os de ensino a esta legados. 
As funções administrativas e outras de natureza não policial serão exercidas por funcionário ou por 
servidor, admitido nos termos da legislação vigente não pertencente às classes, séries de classes, 
carreiras e quadros policiais. 
Bom, mas como dissemos, a LCE SP nº 207/1979 é essencialmente um Estatuto e um Estatuto que trata 
das carreiras dos integrantes de uma das forças policiais citadas: a Polícia Civil do Estado de São Paulo, a 
PC/SP!Pois bem, a partir de agora, conheceremos então quem são esses integrantes, como ingressam na 
PC/SP, seus direitos, deveres e as consequências para quem transgrides deveres e obrigações. 
 
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3. As Carreiras da Polícia Civil de São Paulo 
 
O art. 9º da LCE SP nº 207/79 ratifica o que já dissemos: que ela tem a finalidade de estabelecer as 
normas, os direitos, os deveres e as vantagens dos titulares de cargos policiais civis do Estado. 
Antes de conhecermos tudo isso, precisamos ver conceitos importantes que a lei nos traz para o melhor 
entendimento de certos termos que ela utiliza em seu texto. São eles: 
 CARREIRA POLICIAL: Conjunto de cargos de natureza policial civil, de provimento efetivo. 
 CLASSE: conjunto de cargos públicos de natureza policial da mesma denominação e amplitude de 
vencimentos. 
 SÉRIE DE CLASSES: conjunto de classes da mesma natureza de trabalho policial, hierarquicamente 
escalonadas de acordo com o grau de complexidade das atribuições e nível de responsabilidade. 
 
Em seu Anexo, a norma em estudo nos traz o rol de classes policiais civis da PC/SP, e, em seu art. 12, cita 
todas as classes e as séries de classes policiais civis integram o Quadro da Secretaria da Segurança 
Pública. 
No entanto, a LCE nº 1.151/2011 atualizou esse quadro, renomeando algumas classes e retirando outras. 
Os cargos efetivos queexistem na atualidade são regidos por essa nova norma, ok? 
Ainda assim, alguns dos cargos que a LCE nº 207/1979 elenca em seu art. 12 ainda existem e, por isso, 
podem ser cobrados em sua prova. O que fizemos então? 
 
Resolvemos aqui ser mais objetivos e citar aqueles cargos que realmente interessa para quem fins de 
prova da PC/SP. Pra começar, temos no gráfico a seguir os três cargos policiais civis clássicos, cujas 
nomenclaturas continuaram mantidas, mesmo com o advento da LCE nº 1.151/2011. São eles: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há ainda outros cargos igualmente importantes citados na LCE nº 1.151/2011 (a mais atual), mas para 
fins de nosso estudo, escolhemos concentrar nossa energia nos acima citados e nos seguintes (esses 
presentes na LCE nº 207/1979), que chamaremos aqui de os “top de linha”, ou seja, a turma que está no 
topo da PC/SP: os cargos de direção, supervisão, coordenação. São eles: 
 
▪ Delegado Geral de Polícia 
▪ Diretor Geral de Polícia (Departamento Policial) 
▪ Assistente Técnico de Polícia 
▪ Delegado Regional de Polícia 
▪ Diretor de Divisão Policial 
▪ Assistente de Planejamento e Controle Policial 
 
▪ Escrivão de Polícia Chefe II 
▪ Escrivão de Polícia Chefe I 
 
▪ Investigador de Polícia Chefe II 
▪ Investigador de Polícia Chefe I 
 
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4. O Ingresso na Carreira 
Sobre o ingresso na carreira, a primeira coisa que precisamos saber é quais são as exigências para o 
provimentos dos cargos da PC/SP. E que requisitos são esses? 
4.1. REQUISITOS BÁSICOS E CONCURSO 
O provimento mediante nomeação para cargos policiais civis, de caráter efetivo, será precedido de 
concurso público. Para se inscrever nos concursos públicos da PC/SP, é preciso preencher alguns 
requisitos básicos. De acordo com o art. 18 da LCE SP nº 207/1979: 
✓Ser brasileiro; 
✓Ter no mínimo 18 anos, e no máximo 45 anos** incompletos, à data do encerramento das inscrições; 
** O requisito de idade máxima de 45 anos previsto no inciso II não foi recepcionado pela Constituição 
Federal de 1988. A CF impede a discriminação por motivo de idade a qualquer trabalhador. 
✓Não registrar antecedentes criminais; 
✓Estar quite com o serviço militar. 
Os art. 16 da LCE SP nº 207/79 prevê que o concurso público da PC/SP será realizado em 3 fases 
eliminatórias e sucessivas. Mas atenção: essa regra não vale mais!! 
Por que, professor? Porque a LCE nº 1.151/2011 também a modificou! 
De acordo com o art. 5º dessa norma mais recente, o concurso da PC/SP será realizado em 05 fases: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A aplicação de fases acima poderá ser descentralizada para os núcleos de ensino da Academia de Polícia, 
exceto à prova oral! O edital de concurso estabelecerá o momento em que o candidato deverá realizar 
exame de caráter psicotécnico. 
Além dos requisitos acima, o art. 4º da LCE nº 1.151/2011 estabelece que constituem exigências prévias 
para inscrição no concurso público de ingresso nas carreiras policiais civis ser portador de nível de 
escolaridade estabelecido para cada carreira no artigo 5º da Lei Complementar nº 494, de 24 de 
dezembro de 1986, e no artigo 1º da Lei Complementar nº 1.067, de 1º de dezembro de 2008. 
Resumindo: para os cargos de Investigador e de Escrivão exige-se graduação em qualquer nível superior. 
Para o cargo de Delegado, o diploma de Bacharel em Direito. 
Os concursos serão regidos por instruções especiais que estabelecerão, em função da natureza do 
cargo: 
▪ Tipo e conteúdo das provas e as categorias dos títulos; 
▪ A forma de julgamento das provas e dos títulos; 
▪ Cursos de formação a que ficam sujeitos os candidatos classificados; 
▪ Os critérios de habilitação e classificação final para fins de nomeação; 
▪ As condições para provimento do cargo, referentes a: 
✓capacidade, física e mental; 
✓conduta na vida pública e privada e a forma de sua apuração; 
✓diplomas e certificados. 
 
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Os concursos públicos terão validade máxima de 02 anos. 
Homologado o concurso pelo Secretário da Segurança Pública, serão nomeados os candidatos aprovados, 
expedindo-se lhes certificados dos quais constará a média final. 
A nomeação obedecerá a ordem de classificação no concurso. 
Uma vez aprovado, é hora de tomar posse, não é mesmo? Você já sabe que, caso aprovado no concurso, 
seguirá para o curso de formação como servidor policial, não é? 
Pois é, mas para isso acontecer terá que tomar posse e entrar em exercício no cargo. Antes de 
conhecermos as regras sobre a posse, o exercício, curso de formação e o estágio probatório, preciso ainda 
mostrar os requisitos de provimentos de alguns cargos citados lá no comecinho da aula. 
 
De acordo com o art. 15 da LCE SP nº 207/79, no provimento dos seguintes cargos policiais civis, serão 
exigidos os seguintes requisitos: 
 
Delegado Geral de Polícia 
Diretor Geral de Polícia 
Assistente Técnico de Polícia 
Delegado Regional de Polícia 
Ser ocupante do cargo de Delegado de Polícia de Classe 
Especial; 
Diretor de Divisão Policial 
Ser ocupante, no mínimo, do cargo de Delegado de Polícia de 1.ª 
Classe; 
Assistente de Planejamento e 
Controle Policial 
Ser ocupante, no mínimo, de cargo de Delegado de Polícia de 2.ª 
Classe; 
Delegado de Polícia de 5.ª Classe* Ser portador de Diploma de Bacharel em Direito; 
Delegado de Polícia de Classe 
Especial e de 2.ª Classe 
Ser portador de certificado de curso específico ministrado pela 
Academia de Polícia de São Paulo; 
Escrivão de Polícia Chefe I Ser ocupante do cargo de Escrivão de Polícia III;** 
Investigador de Polícia Chefe II Ser ocupante do cargo de Investigador de Polícia III;** 
Investigador de Polícia Chefe II Ser ocupante do cargo de Investigador de Polícia III;** 
Escrivão de Polícia Chefe I Ser ocupante do cargo de Investigador de Polícia III ou II* 
Superintendente da Polícia Técnico-
Científica (de provimento em 
comissão) 
Alternadamente, por integrante das carreiras de Médico Legista 
e Perito Criminal.*** 
* Com o advento da LCE nº 1.151/2011, o cargo de Delegado de Polícia de 5ª Classe, cargo inicial da carreira,e foi 
substituído por Delegado de Polícia de 3ª Classe; 
** Coloquei na tabela acima apenas por encargo de consciência, pois não existem mais esses essas referências II e II 
nos cargos de Investigador e Escrivão de Polícia. A LCE nº 1.151/2011 alterou essas nomenclaturas e as correlações 
também mudaram. Por esse motivo, considero difícil serem cobradas em sua prova! 
*** Regra do art. 6º da LCE nº 1.151/2011. 
 
Para os cargos de Escrivão de Polícia e Investigador de Polícia a exigência não é mais a de ser portador de 
certificado de conclusão de curso de segundo grau (como consta na LCE nº 207/1979), e sim de curso de 
graduação de nível superior ou habilitação legal correspondente (LCE nº 1.067/2008). 
 
Cabe ressaltar ainda que não existe mais o cargo de Delegado Substituto, ok? 
 
O Poder Executivo, mediante decreto, poderá estabelecer, como condição de avaliação de mérito, na 
promoção aos cargos de Delegado de Polícia de Classe Especial e de 2.ª Classe à frequência e aprovação 
em curso ministrado pela Academia de Polícia de São Paulo. 
 
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4.2. POSSE 
Caro aluno, regra geral a posse é a investidura no cargo público mediante a aceitação expressa das 
atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público, formalizada com a assinatura do 
termo pela autoridade competente e pelo empossado. Em seu art. 24, a LCE nº 207/1979 conceitua a 
posse como o ato que investe o cidadão em cargo público polícia civil. 
A posse se verificará mediante assinatura de termo em livro próprio, assinado pelo empossado e pela 
autoridade competente, após o policial civil prestar solenemente o respectivo compromisso, cujo teor 
será definido pelo Secretário da Segurança Pública. 
E sobre a posse, duas regrinhas muito, mas muito boas de prova: 
➢A posse deverá verificar-se no prazo de 15 dias, contados da publicaçãodo ato de provimento, no órgão 
oficial, podendo o prazo ser prorrogado por mais 15 dias, a requerimento do interessado. 
➢Se a posse não se der dentro do prazo será tornado sem efeito o ato de provimento. 
A contagem do prazo para a posse poderá ser suspensa até o máximo de 120 dias, a critério do órgão 
médico encarregado da inspeção respectiva, sempre que este estabelecer exigência para a expedição de 
certificado de sanidade. Esse prazo recomeçará a fluir sempre que o candidato, sem motivo justificado, 
deixar de cumprir as exigências do órgão médico. 
A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as 
condições estabelecidas em lei ou regulamento para a investidura no cargo policial civil. 
E quem é essa autoridade? 
Depende! Segundo o art. 25 da norma em estudo, são competentes para dar a posse: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3. O EXERCÍCIO 
Caro aluno, uma vez nomeado para cargo policial efetivo, por aprovação em concurso público ou para 
cargo em comissão, e tomada posse no cargo, é hora agora de efetivamente por a mão na massa, ou seja, 
de trabalhar! Para isso, é necessário que outro ato administrativo seja realizado: o ato que oficializa o 
exercício do cargo! O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo ou função. 
Embora o agente público se torne servidor público com a posse, somente com o exercício são constituídas 
as relações jurídicas entre ele e a administração que tenha por base o tempo efetivo de desempenho das 
atribuições do cargo. É a partir da data em que o servidor entra em exercício é que começam a contar os 
prazos para todos os seus direitos relacionados ao tempo de serviço, a exemplo do direito de férias, da 
percepção de remuneração, da aquisição da estabilidade, dentre outros. 
Professor, beleza, mas em quanto tempo terei que entrar em exercício depois de ter tomado posse no 
cargo policial em que for nomeado?! 
A resposta para a sua pergunta consta no art. 30 da LCE nº 207/1979, segundo a qual o exercício terá 
início dentro de: 
 
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E se bateu uma dúvida, é isso que você leu mesmo! Aqueles servidores que retornam ao serviço público 
por meio da remoção (já já a estudaremos) também têm o prazo de 15 dias, contado da publicação desse 
ato, para entrar em exercício! 
Mas atenção: Quando a remoção não importar mudança de município, deverá o policial civil 
entrar em exercício no prazo de 05 dias. 
Agora, saiba que no interesse do serviço policial o Delegado Geral de Polícia poderá determinar que os 
policiais civis assumam imediatamente o exercício do cargo. 
➢ Nenhum policial civil poderá ter exercício em serviço ou unidade diversa daquela para o qual foi 
designado, salvo autorização do Delegado Geral de Polícia. 
 
O Delegado de Polícia só poderá chefiar unidade ou serviço de categoria correspondente à sua classe, ou, 
em caso excepcional, à classe imediatamente superior. Quando em exercício em unidade ou serviço de 
categoria superior, terá o Delegado de Polícia direito à percepção da diferença entre os vencimentos do 
seu cargo e os do cargo de classe imediatamente superior. 
 
4.4. O CURSO DE FORMAÇÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL 
Observada a ordem de classificação nas fases do concuhrsos, os candidatos, em número equivalente ao de 
cargos vagos, serão matriculados no curso de formação técnico-profissional específico. 
Esses candidatos serão admitidos, pelo Secretário da Segurança Pública, em caráter experimental e 
transitório para a formação técnico- profissional. 
E sabe de uma notícia boa? A admissão no curso de formação se dará com retribuição equivalente a do 
vencimento e demais vantagens do cargo vago a que se candidatar o concursando! 
Sim, é isso mesmo que você leu! No curso de formação você já será servidor público policial civil e 
receberá os valores de como no cargo já estivesse! 
Sendo o candidato matriculado no curso já funcionário ou servidor público de outro cargo, deverá ficar 
afastado do seu cargo ou função/atividade, até o término do concurso junto à Academia de Polícia de São 
Paulo, sem prejuízo do vencimento ou salário e demais vantagens, contando- se-lhe o tempo de serviço 
para todos os efeitos legais. 
Agora, se esse candidato quiser receber o valor já do cargo policial civil durante o curso, não tem 
problema, pois a lei faculta a ele optar por essa retribuição! 
➢Continuando, de acordo com o que versam os §§2º e 3º do art. 5º da LCE nº 1.151/2011: 
O curso de formação técnico-profissional, fase inicial do estágio probatório, terá a duração mínima de 03 
meses. 
 
➢O policial civil será considerado aprovado no curso de formação técnico-profissional desde que 
obtenha nota mínima correspondente a 50% da pontuação máxima, em cada disciplina. 
Já o art. 21, agora da LCE SP nº 207/1979, versa que o candidato terá sua matricula cancelada e será 
dispensado do curso de formação, nas hipóteses em que: 
✓ não atinja o mínimo de frequência estabelecida para o curso; 
✓não revele aproveitamento no curso; 
✓não tenha conduta irrepreensível na vida pública ou privada. 
 
O não aproveitamento na Academia da Polícia Civil, tanto em frequência quanto em nota, durante o curso 
de formação técnico-profissional, não corresponde a fase de aprovação no concurso público, mas é caso 
de exoneração do policial civil em estágio probatório, desde que lhe seja assegurada a ampla defesa e o 
contraditório em procedimento regular. O STF inclusive já confirmou esse entendimento. 
 
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5. O Estágio Probatório 
Caro aluno, a partir da LCE nº 1.151/2011, as carreiras policiais civis da PC/SP foram mais uma vez 
reestruturadas e os cargos passaram a ser distribuídos hierarquicamente em ordem crescente na 
seguinte conformidade (art. 3º): 3ª Classe -> 2ª Classe -> 1ª Classe -> Classe Especial 
Porque de acordo com o art. 7º da LCE SP nº 1.151/2011, os primeiros 03 anos de efetivo exercício nos 
cargos das carreiras policiais civis de 3ª Classe (classe inicial dessas carreiras), caracteriza-se como 
estágio probatório. 
Durante esse período, os integrantes das carreiras policiais civis serão observados e avaliados, 
semestralmente, no mínimo, quanto aos seguintes requisitos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A bem da verdade, o estágio probatório visa a avaliar a aptidão do servidor para o exercício de um 
determinado cargo. Sempre que o servidor tomar posse e entrar em exercício em um novo cargo efetivo, 
será submetido a estágio probatório, não importa quantos anos de exercício o servidor tenha prestado em 
outros cargos do mesmo ou de outro ente da Federação. É, portanto, possível (e nada raro) que um 
servidor estável seja submetido a estágio probatório, quando toma posse e entra em exercício em outro 
cargo, ok? 
E lembre-se que na PC/SP: O curso de formação técnico-profissional é a fase inicial do estágio probatório. 
Durante o período de estágio probatório, será exonerado, mediante procedimento administrativo, a 
qualquer tempo, o policial civil que não atender aos requisitos acima estabelecidos, assegurados, 
obviamente, o contraditório e a ampla defesa. 
Entenda que a reprovação em estágio probatório não acarreta penalidade para o servidor, mas 
principalmente sua exoneração. Vale dizer, considerar o servidor inabilitado no estágio probatório 
significa tão somente afirmar que ele NÃO possui aptidão para o exercício daquele cargo. 
➢Agora, se tudo correr na normalidade e o policial finalizar bem seu estágio probatório, advinha o que 
acontece? 
Cumpridos os requisitos para fins de estágio probatório, o policial civil obterá estabilidade, mantido o 
nível de ingresso na respectiva carreira. 
Beleza? Sigamos agora com duas formas de movimentação do servidor policial civil regulamentadas pela 
LCE SP nº 207/79: a reversão ex-officio, e a remoção! 
 
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6. A Reversão Ex-Officio 
 
A reversão é forma de provimento derivado queconsiste no retorno à ativa do servidor aposentado. 
É o caso da pessoa que foi aposentada por motivo de alguma doença, por exemplo, e que depois se 
descobriu que tal doença não necessariamente levaria a pessoa à invalidez total para o trabalho. 
É forma de provimento derivado não prevista na Constituição Federal! 
Está disciplinada essencialmente no art. 34 da LCE nº 207/1979, que conceitua a reversão “ex officio” 
como o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço policial quando insubsistentes as razões que 
determinaram a aposentadoria por invalidez. 
➢ A reversão só poderá se efetivar quando, em inspeção médica, ficar comprovada à capacidade para o 
exercício do cargo. 
➢ Será tornada sem efeito a reversão "ex offício" e cassada a aposentadoria do policial civil que: 
✓reverter e não tomar posse; ou 
✓não entrar em exercício injustificadamente, dentro do prazo legal. 
➢A reversão se fará no mesmo cargo. 
 
7. Remoção 
A remoção é uma movimentação horizontal, que ocorre quando o servidor é tirado de um lugar para 
outro. As hipóteses de remoção dependem do cargo ocupado, ou seja, aos Delegados de Polícia aplicam-se 
as regras do art. 36, e aos demais cargos as regras do art. 37. 
 
O Conselho da Polícia Civil, mencionado no art. 36, é presidido pelo Delegado Geral de Polícia, tendo 
como vice-presidente o Delegado Geral de Polícia Adjunto e como membros dos Diretores 
Departamentais e o Delegado de Polícia da Assistência Policial Civil do Gabinete do Secretário, totalizando 
25 membros. Para remoção no interesse do serviço policial são 
exigidos pelo menos 17 votos favoráveis dos membros do Conselho. 
Com a edição da Lei nº 12.830/2013, a remoção de Delegado de 
Polícia somente poderá ocorrer por ato fundamentado da autoridade 
competente. De certa forma, podemos dizer que a nova lei 
corroborou o que já previa a Lei Orgânica da Polícia Civil de São 
Paulo, impedindo que delegados sejam removidos de suas unidades 
apenas por ato arbitrário de seus superiores hierárquicos. 
 
Já o art. 37 estabelece que a remoção dos integrantes das demais séries de classe e cargos policiais civis, 
de uma para outra unidade policial, será processada: 
➢ O policial civil não poderá, ser removido no interesse serviço, para município diverso do de sua sede 
de exercício, no período de 06 meses antes e até 03 meses após a data das eleições. 
➢ Esta proibição vigorará no caso de eleições federal estaduais ou municipais, isolada ou 
simultaneamente realizadas. 
 
A remoção só poderá ser feita, respeitada a lotação cada unidade policial. E seja qual for o cargo, saiba o 
seguinte: Perceba que a regra é apenas para a remoção no interesse do serviço! Não há qualquer 
impedimento, porém, à remoção a pedido, por permuta ou com o consentimento do policial, após 
consulta, durante o período eleitoral. 
E para finalizarmos essa primeira aula, a regra do art. 40 da LCE nº 207/1979 que estabelece ser 
preferencial, na união de cônjuges, a sede de exercício do policial civil, quando este for cabeça do casal. 
Destaco, porém, que no caso de casamento entre servidores públicos, hoje não se admite mais que o 
homem seja considerado o cabeça da família, e por isso o tema deve ser analisado sob o prisma do 
princípio da igualdade consagrado na Constituição Federal de 1988, levando em consideração também as 
regras de remoção trazidas pelo art. 130 da Constituição do Estado de São Paulo e as dos arts. 234 a 237 
do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo. 
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8. Os Vencimentos as Vantagens Pecuniárias 
do Policial 
8.1. VENCIMENTOS 
O vencimento é a retribuição do policial civil pelo efetivo exercício do cargo, correspondendo ao padrão 
fixado por lei. O vencimento dos policiais civis do Estado de São Paulo é composto pelo vencimento base e 
outras vantagens (verbas) pecuniárias previstas tanto na LCE nº 207/1979 como em outros normativos 
estaduais (Constituição, Estatuto dos Funcionários Públicos, leis estaduais esparsas). 
Como o nosso foco é o estudo da Lei Orgânica da PC/SP, a LCE nº207/1979, nos ateremos apenas ao que 
regula essa norma. Caso o edital do seu concurso menciona outros normativos estaduais, 
acrescentaremos aulas extras com a análise deles, ok? 
Pois bem, em seu art. 41, a LCE nº 207/1979 estabelece que os cargos policiais civis aplicam-se os valores 
do grau das referências numéricas fixados em tabela presente em um de seus anexos. No art. 42, que o 
enquadramento das classes na escala de vencimentos bem como a amplitude de vencimentos, e a 
velocidade evolutiva correspondente a cada classe policial, são estabelecidos também nesses na 
conformidade desse anexo. 
Como tais valores e referências já forma bastante modificados ao longo desses anos todos por outras leis 
estaduais, nem adianta você se preocupar com o conteúdo desse anexo. Está totalmente desatualizado e, 
por isso, a banca não cobrará nada a respeito dele. 
 
8.2. VANTAGENS PECUNIÁRIAS 
Caro aluno, regra geral as vantagens são qualquer valor recebido pelo servidor que não se enquadre na 
definição de "vencimento". As denominadas vantagens podem ou não integrar a remuneração do 
servidor. 
A Lei Orgânica da PC/SP, a nossa estimada LCE nº207/1979, estabelece em seu art. 43 que, além do valor 
do padrão do cargo e sem prejuízo das vantagens previstas no Estatuto dos Funcionários Públicos do 
Estado de São Paulo (Lei n.º 10.261/1978) e demais legislação pertinente, o policial civil fará jus as 
seguintes vantagens pecuniárias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.2.1. Gratificação pelo Regime Especial de Trabalho Policial 
O exercício dos cargos policiais civis dar-se-á, necessariamente, em Regime Especial de Trabalho Policial - 
RETP, o qual é caracterizado: 
 Pela prestação de serviços em condições precárias de segurança, cumprimento de horário irregular, 
sujeito a plantões noturnos e a chamadas a qualquer hora; 
 
 Pela proibição do exercício de atividade remunerada, exceto aquelas: 
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✓ relativas ao ensino e à difusão cultural; 
✓ decorrentes de convênio firmado entre estado e municípios ou com associações e entidades privadas 
para gestão associada de serviços públicos, cuja execução possa ser atribuída à polícia civil; 
 
 Pelo risco de o policial tornar-se vítima de crime no exercício ou em razão de suas atribuições. 
 
O exercício, pelo policial civil, de atividades decorrentes do convênio citado no quadro acima 
dependerá: 
 De inscrição voluntária do interessado, revestindo-se de obrigatoriedade depois de publicadas as 
respectivas escalas; 
 De estrita observância, nas escalas, do direito ao descanso mínimo previsto na legislação em vigor. 
 
À sujeição ao regime especial de trabalho policial corresponde gratificação que se incorpora aos 
vencimento para todos os efeitos legais. 
 
Ok, professor, entendi, mas qual é mesmo o valor dessa 
gratificação? Como é calculada?! 
Quem nos responde é o art. 53 da LCE nº 207/1979! De 
acordo com esse dispositivo, pela sujeição ao regime 
especial de trabalho policial, os titulares de cargos policiais 
civis fazem jus à gratificação calculada sobre o respectivo 
padrão de vencimento, na seguinte conformidade: 
 
 
 
 
8.2.2. Ajuda de Custo em Caso de Remoção 
 
Ao policial civil removido no interesse do serviço policial de um para outro município, será concedida 
ajuda de custo correspondente a 01 mês de vencimento. 
A ajuda de custo será paga à vista da publicação do ato de remoção no Diário Oficial. 
E atenção: A ajuda de custo não será devida, quando a remoção se processar a pedido ou por permuta. 
 
Bom, sobre os vencimentos e as vantagens pecuniárias de direito do policial civil estadual, o que vimos 
até aqui é o que regula a LCE nº 207/1979. Se outra norma não for cobrada no seu concurso regulando 
outros aspectos do tema, as informações aqui são suficientes. Caso o edital mencione outros normativos, 
como eu disse, estes serão estudados em aulas separadas.Lei orgânica 
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9. As Concessões 
As concessões aos policiais civis regulamentadas pela Leo Orgânica da PC/SP são as seguintes: 
 
9.1. TRANSPORTE ESPECIAL 
 
Trataremos nesse tópico de várias formas de transporte que resolvi chamar de “transporte especial”, 
elencadas nos arts. 47, 48 e 52 da Lei Orgânica da PC/SP. 
 
Ao policial civil licenciado para tratamento de saúde, em razão de moléstia profissional ou lesão recebida 
em serviço, será concedido transporte por conta do Estado para instituição onde deva ser atendido. 
O policial civil que sofrer lesões no exercício de suas funções deverá ser encaminhado a qualquer hospital, 
público ou particular às expensas do Estado. 
 
Há também o direito ao transporte para o policial que venha a falecer fora de sua sede de exercício! 
De acordo com o art. 48 da LCE nº 207/1979: 
 
À família do policial civil que falecer fora da sede de exercício e dentro do território nacional no 
desempenho de serviço, será concedido transporte para, no máximo, 03 pessoas do local de domicílio ao 
do óbito (ida e volta). 
 
Perceba bem as condições colocadas para o exercício do direito ao transporte citado no quadro acima: 
1- Apenas para falecimento de policial civil fora da sede de exercício e dentro do território nacional; 
2- O falecimento tem que ter ocorrido no desempenho do serviço; 
3- O transporte é para apenas 03 pessoas e para trechos ida e volta. 
 
9.2. HONRARIAS E PRÊMIOS 
 
O Secretário da Segurança Pública, por proposta do Delegado Geral de Polícia, ouvido o Conselho da 
Polícia Civil, poderá conceder honrarias ou prêmios aos policiais autores de trabalhos de relevante 
interesse policial ou por atos de bravura, na forma em que for regulamentado. 
 
 
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9.3. PROMOÇÃO PÓS-MORTE 
Em seu art. 51, a LCE nº 207/1979 estabelece que o policial civil que ficar inválido ou que vier a falecer 
em consequência de lesões recebidas ou de doenças contraídas em razão do serviço será promovido à 
classe imediatamente superior. 
 
Se o policial civil estiver enquadrado na última classe da carreira, ser- lhe-á atribuída a diferença entre o 
valor do padrão de vencimento do seu cargo e o da classe imediatamente inferior. 
A concessão do benefício será precedida da competente apuração, retroagindo seus efeitos à data da 
invalidez ou da morte. 
 
E observadas tais regras, saiba que: 
- O policial inválido será aposentado com proventos decorrentes da promoção. 
- Aos beneficiários do policial civil falecido será deferida pensão mensal correspondente aos 
vencimentos integrais. 
 
9.4. AUXÍLIO-FUNERAL 
 
Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na falta destes, à pessoa que provar ter feito despesas em 
virtude do falecimento do policial civil, ativo ou inativo, será concedido auxílio-funeral, a título de 
benefício assistencial, de valor correspondente a 01 mês da respectiva remuneração. 
 
O pagamento será efetuado pelo órgão competente, mediante apresentação de atestado de óbito pelas 
pessoas acima citadas, ou procurador legalmente habilitado, feita a prova de identidade. 
Saiba ainda que o pagamento do auxílio-funeral, caso as despesas tenham sido custeadas por terceiros, 
em virtude da contratação de planos funerários, somente será efetivado mediante apresentação de alvará 
judicial. 
 
No caso de ficar comprovado, por meio de competente apuração que o óbito do policial civil decorreu de 
lesões recebidas no exercício de suas funções ou doenças delas decorrentes, o benefício será acrescido do 
valor correspondente a mais 01 mês da respectiva remuneração, cujo pagamento será efetivado mediante 
apresentação de alvará judicial. 
 
9.5. ASSISTÊNCIA JURÍDICA 
 
Essa espécie de concessão é bem simples, e a norma em estudo pouco fala sobre ela. 
De acordo com seu art. 53, ao policial civil processado por ato praticado no desempenho de função 
policial, será prestada assistência judiciária na forma que dispuser o regulamento. 
 
Bom, essas são as concessões reguladas pela LCE nº 207/1979. Uma delas, como vimos, é a promoção 
pós-morte. No entanto, saiba que essa não é a única forma de um policial civil estadual ser promovido. 
Há outras duas espécies de promoção, estas reguladas por outra norma, a nossa já conhecida LCE nº 
1.151/2011! As estudaremos em aula futura, ok? 
 
 
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10. O Direito de Petição 
 
É definido como o direito que pertence a uma pessoa de invocar a atenção dos poderes públicos sobre 
uma questão ou uma situação, seja para denunciar uma lesão concreta e pedir a reorientação da situação, 
seja para solicitar uma modificação do direito em vigor, no sentido mais favorável à liberdade. 
 
Ele está consignado no art. 5º, inciso XXXIV, da Constituição Federal de 1988, que assegura a todos o 
direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. 
 
Pois bem, a Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de São Paulo também regula o direito de petição para 
os policiais estaduais e, em seu art. 55, parafraseando a Constituição Federal, estabelece que é assegurado 
a qualquer pessoa, física ou jurídica, independentemente de pagamento, o direito de petição contra 
ilegalidade ou abuso de poder e para defesa de direitos. 
 
De acordo com o parágrafo único desse dispositivo: 
Ao policial civil é assegurado o direito de requerer ou representar, bem como, nos termos desta lei 
complementar, pedir reconsideração e recorrer de decisões. 
 
Em nenhuma hipótese, a Administração poderá recusar-se a protocolar, encaminhar ou apreciar a 
petição, sob pena de responsabilidade do agente. 
 
11. O Elogio 
 
1. De acordo com o art. 58 da LCE nº 207/1979, elogio é a menção nominal ou coletiva que deva constar 
dos assentamentos funcionais do policial civil por atos meritórios que haja praticado destina-se a 
ressaltar: morte, invalidez ou lesão corporal de natureza grave, no cumprimento do dever; 
 
2. Ato que traduza dedicação excepcional no cumprimento do dever, transcendendo ao que e 
normalmente exigível do policial civil por disposição legal ou regulamentar e que importe ou possa 
importar risco da própria segurança pessoal; 
 
3. Execução de serviços que, pela sua relevância e pelo que representam para a instituição ou para a 
coletividade, mereçam ser enaltecidos como reconhecimento pela atividade desempenhada. 
 
Saiba que os elogios nos casos 2 e 3 serão obrigatoriamente considerados para efeito de avaliação de 
desempenho. 
 
Agora atenção, muita atenção: Não constitui motivo para elogio o cumprimento dos deveres impostos 
ao policial civil. 
 
De acordo com o art. 61 da Lei Orgânica da PC/SP, são competentes para determinar a inscrição de 
elogios nos assentamentos do policial: 
 
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12. Os Deveres dos Policiais Civis 
 
Um dever é uma conduta que deve ser obrigatoriamente seguida por um servidor público. 
De acordo com o art. 62 da LCE nº 207/1979, são deveres do policial civil do Estado de São Paulo: 
 Ser assíduo e pontual; 
 Ser leal às instituições; 
 Cumprir as normas legais e regulamentares; 
 Zelar pela economia e conservação dos bens do estado, especialmente daqueles cuja guarda ou 
utilização lhe for confiada; 
 
 Desempenhar com zelo e presteza as missões que lhe forem contidas, usando moderadamente de força 
ou outro meio adequado de que dispõe, para esse fim; 
 
 Informar incontinente toda e qualquer alteração de endereço da residência e número de telefone, se 
houver; 
 
 Prestar informações corretas ou encaminhar o solicitante a quem possa prestá-las; 
 Comunicar o endereço onde possa ser encontrado, quando dos afastamentos regulamentares; 
 Proceder na vida pública e particular de modo a dignificar a função policial; 
 Residir na sede do município onde exerça o cargo ou função, ou onde autorizado; 
 Frequentar, com assiduidade, para fins de aperfeiçoamento e atualização de conhecimentos 
profissionais,cursos instituídos periodicamente pela academia de polícia; 
 
 Portar a carteira funcional; 
 Promover as comemorações do «dia da policia» a 21 de abril, ou delas participar, exaltando o vulto de 
Joaquim José Da Silva Xavier, O Tiradentes, patrono da polícia; 
 
 Ser leal para com os companheiros de trabalho e com eles cooperar e manter espírito de solidariedade; 
 Estar em dia com as normas de interesse policial; 
 Divulgar para conhecimento dos subordinados as normas referidas no tópico anterior; 
 Manter discrição sobre os assuntos da repartição e, especialmente, sobre despachos, decisões e 
providências. 
 
 
 
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13. Transgressões Disciplinares 
 
Uma transgressão é, em linhas gerais, qualquer conduta que desrespeite os preceitos da hierarquia e da 
disciplina de uma corporação policial. Também podemos conceituá-la como violações aos princípios da 
ética, dos deveres e das obrigações policiais civis, na sua manifestação elementar e simples, e qualquer 
omissão ou ação contrária aos preceitos estatuídos em leis, regulamentos, normas ou disposições. 
Uma vez cometida uma transgressão, o policial civil precisa por ela responder! 
 
Segundo o art. 63 da LCE nº 207/1979, são transgressões disciplinares: 
 Manter relações de amizade ou exibir-se em público com pessoas de notórios e desabonadores 
antecedentes criminais, salvo por motivo de serviço; 
 Constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário, perante qualquer repartição pública, salvo 
quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau; 
 Descumprir ordem superior salvo quando manifestamente ilegal, representando neste caso;* 
 Não tomar as providências necessárias ou deixar de comunicar, imediatamente, à autoridade competente, 
faltas ou irregularidades de que tenha conhecimento; 
 Deixar de oficiar tempestivamente nos expedientes que lhe forem encaminhados; 
 Negligenciar na execução de ordem legítima; 
 Interceder maliciosamente em favor de parte; 
 Simular doença para esquivar-se ao cumprimento de obrigação; 
 Faltar, chegar atrasado ou abandonar escala de serviço ou plantões, ou deixar de comunicar, com 
antecedência, à autoridade a que estiver subordinado, a impossibilidade de comparecer à repartição, salvo 
por motivo justo; 
 Permutar horário de serviço ou execução de tarefa sem expressa permissão da autoridade competente; 
 Usar vestuário incompatível com o decoro da função; 
 Descurar de sua aparência física ou do asseio; 
 Apresentar-se ao trabalho alcoolizado ou sob efeito de substância que determine dependência física ou 
psíquica; 
 Lançar intencionalmente, em registros oficiais, papéis ou quaisquer expedientes, dados errôneos, 
incompletos ou que possam induzir a erro, bem como inserir neles anotações indevidas; 
 Faltar, salvo motivo relevante a ser comunicado por escrito no primeiro dia em que comparecer à sua 
sede de exercício, a ato processual, judiciário ou administrativo, do qual tenha sido previamente 
cientificado; 
 Utilizar, para fins particulares, qualquer que seja o pretexto, material pertencente ao estado; 
 Interferir indevidamente em assunto de natureza policial, que não seja de sua competência; 
 Fazer uso indevido de bens ou valores que lhe cheguem às mãos, em decorrência da função, ou não 
entregá-los, com a brevidade possível, a quem de direito; 
 Exibir, desnecessariamente, arma, distintivo ou algema; 
 Deixar de ostentar distintivo quando exigido para o serviço; 
 Deixar de identificar-se, quando solicitado ou quando as circunstâncias o exigirem; 
 Divulgar ou propiciar a divulgação, sem autorização da autoridade competente, através da imprensa 
escrita, falada ou televisada, de fato ocorrido na repartição. 
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 Promover manifestações contra atos da administração ou movimentos de apreço ou desapreço a 
qualquer autoridade; 
 Referir-se de modo depreciativo às autoridades e a atos da administração pública, qualquer que seja o 
meio empregado para esse fim; 
 Retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer objeto ou documentos da repartição; 
 Tecer comentários que possam gerar descrédito da instituição policial; 
 Valer-se do cargo com o fim, ostensivo ou velado, de obter proveito de qualquer natureza para si ou para 
terceiros; 
 Deixar de reassumir exercício sem motivo justo, ao final dos afastamentos regulares ou, ainda depois de 
saber que qualquer deste foi interrompido por ordem superior; 
 Atribuir-se qualidade funcional diversa do cargo ou função que exerce; 
 Fazer uso indevido de documento funcional, arma, algema ou bens da repartição ou cedê-los a terceiro; 
 Maltratar ou permitir maltrato físico ou moral a preso sob sua guarda; 
 Negligenciar na revista a preso; 
 Desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de decisão ou ordem judicial; 
 Tratar o superior hierárquico, subordinado ou colega sem o devido respeito ou deferência; 
 Faltar à verdade no exercício de suas funções; 
 Deixar de comunicar incontinente à autoridade competente informação que tiver sobre perturbação da 
ordem pública ou qualquer fato que exija intervenção policial; 
 Dificultar ou deixar de encaminhar expediente à autoridade competente, se não estiver na sua alçada 
resolvê-lo; 
 Concorrer para o não cumprimento ou retardamento de ordem de autoridade competente; 
 Deixar, sem justa causa, de submeter-se a inspeção médica determinada por lei ou pela autoridade 
competente; 
 Deixar de concluir nos prazos legais, sem motivo justo, procedimento de polícia judiciária, 
administrativos ou disciplinares; 
 Cobrar taxas ou emolumentos não previstos em lei; 
 Expedir identidade funcional ou qualquer tipo de credencial a quem não exerça cargo ou função policial 
civil; 
 Deixar de encaminhar ao órgão competente, para tratamento ou inspeção médica, subordinado que 
apresentar sintomas de intoxicação habitual por álcool, entorpecente ou outra substância que determine 
dependência física ou psíquica, ou de comunicar tal fato, se incompetente, à autoridade que o for; 
 Dirigir viatura policial com imprudência, imperícia, negligência ou sem habilitação; 
 Manter transação ou relacionamento indevido com preso, pessoa em custódia ou respectivos familiares; 
 Criar animosidade, velada ou ostensivamente, entre subalternos e superiores ou entre colegas, ou 
indispô-los de qualquer forma; 
 Atribuir ou permitir que se atribua a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o 
desempenho de encargos policiais; 
 Praticar a usura em qualquer de suas formas; 
 Praticar ato definido em lei como abuso de poder; 
 Aceitar representação de estado estrangeiro, sem autorização do presidente da república; 
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 Tratar de interesses particulares na repartição; 
 Exercer comércio entre colegas, promover ou subscrever listas de donativos dentro da repartição; 
 Exercer comércio ou participar de sociedade comercial salvo como acionista, cotista ou comanditário; 
 Exercer, mesmo nas horas de folga, qualquer outro emprego ou função, exceto atividade relativa ao 
ensino e à difusão cultural, quando compatível com a atividade policial; 
 Exercer pressão ou influir junto a subordinado para forçar determinada solução ou resultado. 
 
*Merece um destaque a transgressão relacionada ao dever de obediência. 
Como a administração pública é estruturada hierarquicamente, os policiais civis têm o dever de cumprir as 
ordens emanadas de seus superiores. Tal dever é decorrência natural do poder hierárquico. Entretanto, a 
Lei Orgânica da PC/SP estabelece uma importante ressalva: a hipótese de a ordem ser manifestamente 
ilegal. 
No caso de receber uma ordem manifestamente ilegal, ou seja, uma ordem cuja ilegalidade seja indiscutível, 
o policial tem que se abster de cumpri-la. Mas não é só isso! Ao mesmo tempo, surge para ele odever de 
representar contra o seu superior que emitiu a ordem manifestamente ilegal. 
Por outras palavras, não pode o policial simplesmente deixar de cumprir a ordem manifestamente ilegal e 
nada mais fazer; ao deixar de cumprir a ordem, ele tem, simultaneamente, o dever de representar contra 
quem a emitiu. 
Do mesmo modo que nos deveres, aqui você há de fazer também o exercício de memorizar ao máximo 
(senão todas) as transgressões acima citadas! Podem parecer muitas, mas com algumas leituras a mais, 
feitas com calma, observando-se principalmente as ressalvas (em vermelho) a algumas delas, você 
dificilmente errará questões a respeito! 
Sobre as transgressões, mais um destaque igualmente importante: 
É vedado ao policial civil trabalhar sob as ordens imediatas de parentes, até 2º grau, salvo quando se tratar 
de função de confiança e livre escolha, não podendo exceder de 02 o número de auxiliares nestas condições. 
 
 
14. Das Responsabilidades 
 
O tema “responsabilidades dos servidores” é muito lembrado em provas e é um daqueles tópicos cujas 
disposições você as deve memorizar ao máximo. 
Saiba, caro aluno, que de acordo com o art. 65 da LCE nº 207/1979, o policial responde civil (indenização 
por danos patrimoniais ou morais), penal (sanções penais) e administrativamente (penalidades 
disciplinares) pelo exercício irregular de suas atribuições, ficando sujeito, cumulativamente, às 
respectivas cominações. 
Ou seja: pode responder pelas três sanções até concomitantemente! 
 
A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe prejuízo à Fazenda 
Pública ou a terceiros. Nesse caso, a importância da indenização será descontada dos vencimentos e 
vantagens e o desconto não excederá à décima parte do valor destes. 
A responsabilidade administrativa é independente da civil e da criminal. 
 
O processo administrativo só poderá ser sobrestado para aguardar decisão judicial por despacho 
motivado da autoridade competente para aplicar a pena. Esclarecendo, o sobrestamento é um ato 
administrativo ou judicial que visa a interromper ou suspender dentro da mesma esfera a contagem do 
tempo para conclusão de um trabalho ou para ingresso de recurso. 
Por fim, uma informação importante: 
Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os direitos e vantagens devidas, o 
servidor absolvido pela Justiça, mediante simples comprovação do trânsito em julgado de decisão que 
negue a existência de sua autoria ou do fato que deu origem à sua demissão. 
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15. As Penas Disciplinares 
 
As penas disciplinares aplicáveis aos policiais civis do Estado de 
São Paulo são divididas entre penas principais e pena acessória e 
estão enumeradas no art. 65 da LCE nº 207/1979. De acordo com 
esse dispositivo, são penas disciplinares principais: 
 
➢ Na aplicação das penalidades serão consideradas: 
✓A natureza, a gravidade, os motivos determinantes e a 
repercussão da infração da infração cometida; 
✓Os danos causados; 
✓A personalidade e os antecedentes do agente; 
✓A intensidade do dolo ou o grau de culpa. 
 
Primeiro de tudo, para a aplicação de qualquer penalidade deve sempre, sem exceção alguma, ser 
assegurado ao servidor o direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa (CF, art. 5º, LV). 
 
Em segundo, a aplicação de sanções disciplinares é, tradicionalmente, apontada pela doutrina como 
hipótese de exercício do poder discricionário. Deve-se atentar que, embora exista alguma 
discricionariedade na graduação das sanções, a margem de liberdade da administração é bastante 
reduzida, especialmente no que concerne à aplicação da penalidade mais grave, a demissão. 
 
De qualquer forma, concedendo alguma possibilidade de valoração à autoridade competente para a 
aplicação da penalidade, o art. 68 da LCE nº 207/1979 estabelece que, na sua aplicação, devam ser 
consideradas a natureza, a gravidade, os motivos determinantes e a repercussão da infração da infração 
cometida, os danos causados, a personalidade e os antecedentes do agente, a intensidade do dolo ou o grau 
de culpa. 
 
Embora possa existir alguma discricionariedade na graduação de uma pena disciplinar, ou no 
enquadramento de determinada conduta como infração administrativa "A" ou a infração administrativa 
"B", certo é que nenhuma discricionariedade existe quanto ao dever de punir quem comprovadamente 
tenha praticado uma infração disciplinar. 
Em outras palavras, quando a administração constata que um servidor público, ou um particular que com 
ela possua vinculação jurídica específica, praticou infração administrativa, ela é obrigada a puni-lo; não há 
discricionariedade quanto a punir ou não alguém que comprovadamente tenha cometido uma infração 
disciplinar. 
 
O que pode existir é discricionariedade na graduação da pena disciplinar, ou mesmo no enquadramento da 
conduta como infração sujeita a uma ou outra penalidade dentre as previstas na lei, mas não há 
discricionariedade quanto ao dever de punir o infrator. 
Agora, atenção: As penas de advertência, repreensão, multa e suspensão, quando aplicadas aos 
integrantes da carreira de Delegado de Polícia, revestir-se-ão sempre de reserva. 
 
15.1. ADVERTÊNCIA 
A pena de advertência será aplicada verbalmente, no caso de falta de cumprimento dos deveres, ao infrator 
primário. A pena de advertência não acarreta perda de vencimentos ou de qualquer vantagem de ordem 
funcional, mas contará pontos negativos na avaliação de desempenho. 
 
15.2. REPREENSÃO 
A pena de repreensão será aplicada por escrito, no caso de: 
 Transgressão disciplinar, sendo o infrator primário; e 
 Na reincidência na falta de cumprimento dos deveres 
A pena de repreensão poderá ser transformada em advertência, aplicada por escrito e sem publicidade. 
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15.3. SUSPENSÃO 
A pena de suspensão, que não excederá a 90 dias, será aplicada nos casos de: 
 Descumprimento dos deveres e transgressão disciplinar, ocorrendo dolo ou má fé; 
 Reincidência em falta já punida com repreensão. 
 
Existe a possibilidade - e aqui se trata de decisão francamente discricionária - de a administração converter 
a penalidade de suspensão em multa, pois, segundo o art. 73, §2º, a autoridade que aplicar a pena de 
suspensão poderá convertê-la em multa, na base de 50%, por dia, do vencimento e demais vantagens, 
sendo o policial, neste caso, obrigado a permanecer em serviço. 
O policial suspenso perderá, durante o período da suspensão, todos os direitos e vantagens decorrentes do 
exercício do cargo. 
 
15.4. DEMISSÃO 
De acordo com o art. 74 da Lei Orgânica da PC/SP, a demissão será aplicada seguintes casos: 
 Abandono de cargo; 
 Procedimento irregular, de natureza grave; 
 Ineficiência intencional e reiterada no serviço; 
 Aplicação indevida de dinheiros públicos; 
 Insubordinação grave; 
 Ausência ao serviço, sem causa justificável, por mais de 45 dias, interpoladamente, durante um ano. 
 
15.5 DEMISSÃO A BEM DO SERVIÇO PÚBLICO 
A demissão a bem do serviço público normalmente é mais drástica, revestida de mais irreversibilidade que 
a demissão comum. Você perceberá que as condutas que podem ensejar essa espécie de demissão também 
são mais gravosas. 
Pois bem, de acordo com o art. 75 da LCE nº 207/1979, será aplicada a pena, nos casos de: 
 Conduzir-se com incontinência pública e escandalosa e praticar jogos proibidos; 
 Praticar ato definido como crime contra a administração pública, a fé pública e a fazenda pública ou 
previsto na lei de segurança nacional; 
 Revelar dolosamente segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função, com prejuízo 
para o estado ou particulares; 
 Praticar ofensas físicas contra funcionários, servidores ou particulares, salvo em legitima defesa; 
 Causar lesão dolosa ao patrimônio ou aos cofres públicos; 
 Exigir, receber ou solicitar vantagem indevida, diretamente ou por intermédio de outrem, ainda que fora 
de suas funções, mas em razãodestas; 
 Provocar movimento de paralisação total ou parcial do serviço policial ou outro qualquer serviço, ou 
dele participar; 
 Pedir ou aceitar empréstimo de dinheiro ou valor de pessoas que tratem de interesses ou os tenham na 
repartição, ou estejam sujeitos à sua fiscalização; 
 Exercer advocacia administrativa; 
 Praticar ato definido como crime hediondo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e 
terrorismo; 
 Praticar ato definido como crime contra o sistema financeiro, ou de lavagem ou ocultação de bens, 
direitos ou valores; 
 Praticar ato definido em lei como de improbidade. 
 
15.6 CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE 
Aqui é o caso do policial civil que praticou alguma falta disciplinar muito grave enquanto estava na ativa e 
só depois de aposentado que o problema foi descoberto e/ou que processo foi encerrado. A depender da 
falta, essa é a penalidade cabível! 
Segundo o que dispõe o art. 77 da LCE nº 207/1979, será aplicada a pena, se ficar provado que o inativo: 
 Praticou, quando em atividade, falta para a qual é cominada nesta lei a pena de demissão ou de 
demissão a bem do serviço público; 
 Aceitou ilegalmente cargo ou função pública; 
 Aceitou representação de estado estrangeiro sem previa autorização do presidente da república. 
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15.7 A REMOÇÃO COMPULSÓRIA 
A Lei Orgânica também considera pena disciplinar a remoção compulsória, que poderá ser aplicada 
cumulativamente com as penas de repreensão, multa e suspensão quando em razão da falta cometida 
houver conveniência nesse afastamento para o serviço policial. No entanto, quando se tratar de Delegado 
de Polícia, para a aplicação da pena prevista neste artigo deverá ser observado o disposto no artigo 36. 
O ato que cominar pena ao policial civil mencionará, sempre, a disposição legal em que se fundamenta. 
Desse ato será dado conhecimento ao órgão do pessoal, para registro e publicidade, no prazo de 08 dias, 
desde que não se tenha revestido de reserva. 
De acordo com esse dispositivo, são competentes para a aplicação das penas: 
Governador 
Todas e exclusivamente as de demissão, 
demissão a bem do serviço público e cassação 
de aposentadoria ou disponibilidade a 
Delegado de Polícia; 
Para o exercício dessas 
competências será ouvido 
o órgão de consultoria 
Secretário da Segurança 
jurídica 
 
Secretário da Segurança 
Pública 
Todas, inclusive a Delegados de Polícia, exceto 
as que são exclusivas do Governador; 
Delegado Geral de Polícia 
Advertência, repreensão, multa e suspensão, inclusive a Delegados de 
Polícia; Remoção compulsória 
Delegado de Polícia Diretor 
da Corregedoria 
Advertência, repreensão, multa e suspensão limitada a 60 dias (exceto a 
Delegados de Polícia) 
Delegados de Polícia 
Corregedores Auxiliares 
Advertência e repreensão (exceto a Delegados de Polícia). 
 
15.8 A EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
Segundo o art. 80 da LCE nº 207/1979, extingue-se a punibilidade pela prescrição: 
 
Com a extinção da punibilidade por prescrição, a administração não mais 
poderá aplicar ao servidor a correspondente penalidade. 
➢ A prescrição começa a correr do dia: 
▪ em que a falta for cometida; 
▪ em que tenha cessado a continuação ou a permanência, nas faltas 
continuadas ou permanentes. 
 
Cabe ressaltar ainda que a interrompe a prescrição a portaria que instaura 
sindicância e a que instaura processo administrativo. 
Com a interrupção do prazo prescricional, se desconsiderará todo o período já transcorrido até a data da 
interrupção, quando cessar a causa de interrupção - se isso acontecer -, a contagem recomeçará do zero. 
 
➢ A prescrição não corre: 
✓ Enquanto sobrestado o processo adm para aguardar decisão judicial, na forma do § 3º do art 65; 
✓ Enquanto insubsistente o vínculo funcional que venha a ser restabelecido. 
 
Há outras circunstâncias, elas estão elencadas no art. 81 da Lei Orgânica, que assim dispõe: 
➢ Extingue-se, ainda, a punibilidade: 
✓ pela morte do agente; 
✓ pela anistia administrativa; 
✓ pela retroatividade da lei que não considere o fato como falta. 
 
O policial civil que, sem justa causa, deixar de atender a qualquer exigência para cujo cumprimento seja 
marcado prazo certo, terá suspenso o pagamento de seu vencimento ou remuneração até que satisfaça essa 
exigência. A mesma regra se aplica aos aposentados ou em disponibilidade. 
Deverão constar do assentamento individual do policial civil as penas que lhe forem impostas. 
Constitui motivo de exclusão de falta disciplinar a não exigibilidade de outra conduta do policial civil. 
Independe do resultado de eventual ação penal a aplicação das penas disciplinares previstas neste 
Estatuto. 
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16. Providências preliminares ao 
procedimento disciplinar 
Em geral, no âmbito da Administração Pública, os instrumentos de apuração da responsabilidade dos 
servidores públicos por infrações praticadas no exercício de suas atribuições, ou que tenham relação com 
as atribuições do seu cargo, são a sindicância e o processo administrativo disciplinar (ou procedimento 
disciplinar). 
 
No entanto, no âmbito da Polícia Civil de São Paulo, há um momento anterior à sindicância e ao 
procedimento disciplinar, onde se fazem apurações preliminares. Esse momento vem regrado nos arts. 84 
a 86 da LCE nº 207/1979. 
Em seu art. 84, a Lei Orgânica da PC/SP estabelece que a autoridade policial que, por qualquer meio, tiver 
conhecimento de irregularidade praticada por policial civil, deverá comunicar imediatamente o fato ao 
órgão corregedor, sem prejuízo das medidas urgentes que o caso exigir. 
Ao instaurar procedimento administrativo ou de polícia judiciária contra policial civil, a autoridade que o 
presidir comunicará o fato ao Delegado de Polícia Diretor da Corregedoria. 
A autoridade corregedora realizará apuração preliminar, de natureza simplesmente investigativa, quando 
a infração não estiver suficientemente caracterizada ou definida autoria. 
O início da apuração preliminar será comunicado ao Delegado de Polícia Diretor da Corregedoria, 
devendo ser concluída e a este encaminhada no prazo de 30 
dias. 
Caso não conclua a apuração dentro do prazo acima, a 
autoridade deverá imediatamente encaminhar ao Delegado de 
Polícia Diretor da Corregedoria relatório das diligências 
realizadas e definir o tempo necessário para o término dos 
trabalhos. 
Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade deverá opinar 
fundamentadamente pelo arquivamento ou pela instauração de 
sindicância ou processo administrativo. 
 
Determinada a instauração de sindicância ou processo administrativo, ou no seu curso, havendo 
conveniência para a instrução ou para o serviço policial, poderá o Delegado Geral de Polícia, por 
despacho fundamentado, ordenar as seguintes providências: 
 Afastamento preventivo do policial civil, quando o recomendar a moralidade administrativa ou a 
repercussão do fato, sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 dias, prorrogáveis uma única vez 
por igual período; 
 Designação do policial acusado para o exercício de atividades exclusivamente burocráticas até decisão 
final do procedimento; 
 Recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e algemas; 
 Proibição do porte de armas; 
 Comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser estabelecida, para tomar ciência dos atos do 
procedimento. 
 
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O Delegado de Polícia Diretor da Corregedoria, ou qualquer autoridade que determinar a instauração ou 
presidir sindicância ou processo administrativo, poderá representar ao Delegado Geral de Polícia para 
propor a aplicação das medidas previstas neste artigo, bem como sua cessação ou alteração. 
O Delegado Geral de Polícia poderá, a qualquer momento, por despacho fundamentado, fazer cessar ou 
alterar as medidas acima previstas. 
Sobre o tal afastamento preventivo, algumas considerações a se fazer. 
A faculdade de suspenderpreventiva e temporariamente o policial civil investigado é conferida à PC/SP, a 
fim de que se evite que o servidor interfira no andamento do processo, prejudicando esse andamento. 
Cabe destacar que não se trata de penalidade, e sim de medida de precaução (medida cautelar) da 
administração, para garantir a lisura do processo. O policial civil, nessa fase, ainda é apenas um acusado e, 
como tal, não pode estar sujeito ainda à penalidade. Se, após as investigações iniciais, verificar-se que o 
processo deve ser arquivado - não deve ser levado adiante -, o policial retornará às suas regulares funções 
como se nada tivesse ocorrido. 
E de acordo com o § 3º do art. 86: 
O período de afastamento preventivo computa- se como de efetivo exercício, não sendo descontado da pena de 
suspensão eventualmente aplicada. 
 
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17. O Procedimento Disciplinar 
 
17.1. DISPOSIÇÕES GERAIS 
O art. 87 da Lei Orgânica da PC/SP nos diz que a apuração das infrações será feita mediante sindicância ou 
processo administrativo, assegurados o contraditório e a ampla defesa. 
Será instaurada sindicância: quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar as penas de: 
o Advertência; 
o Repreensão; 
o Multa; e 
o Suspensão. 
 
Será obrigatório o processo administrativo: quando a falta disciplinar, possa determinar a pena de: 
o Demissão; 
o Demissão a bem do serviço público; 
o Cassação de aposentadoria ou disponibilidade. 
Sobre a instauração de processo administrativo, a norma em estudo traz especial preocupação com o 
abandono de cargo. E para esse caso, há dois momentos em que o processo sequer será instaurado. 
Se o servidor tiver pedido exoneração, não será instaurado processo para apurar abandono de cargo. 
Agora, se o processo chegar a ser instaurado exclusivamente para a apuração do abandono e o servidor não 
tiver ainda pedido a exoneração, este será extinto se o indiciado pedir exoneração até a data designada 
para o interrogatório, ou por ocasião deste. 
 
17.2. SINDICÂNCIA – A APURAÇÃO SUMÁRIA DE IRREGULARIDADE 
Em alguns casos, enquanto a sindicância tem caráter meramente investigativo (inquisitório), sem que 
exista acusação formal a um servidor, ou alguma imputação que possa ser contraditada, não cabe exigir 
contraditório e ampla defesa de procedimento. 
Diferentemente, sempre que a administração pretender aplicar ao servidor uma penalidade disciplinar 
com base apenas em procedimento de sindicância, deverá, obrigatoriamente, assegurar ao servidor o 
contraditório e a ampla defesa prévios, e passa a configurar um verdadeiro (embora simplificado, sumário) 
processo administrativo sancionatório, sujeito, portanto, à impreterível observância do contraditório e da 
ampla defesa. 
Cabe destacar, que a sindicância não é uma etapa do PAD, nem deve, necessariamente, procedê-lo, vale 
dizer, pode-se iniciar a apuração de determinada infração - qualquer uma - diretamente pela instauração 
de um PAD. Vale repetir, entretanto, que, se for aberta uma sindicância e os fatos nela apurados ensejarem 
aplicação das penas mais graves que a advertência, a repreensão, a multa e a suspensão, os autos da 
sindicância autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa de instrução. 
Nesses casos, embora não integre o PAD como uma etapa do respectivo procedimento, a sindicância 
previamente a ele realizada terá configurado uma medida preparatória (mas não necessária) à instauração 
do processo disciplinar. 
São competentes para determinar a instauração de sindicância as autoridades enumeradas no art. 70. 
Instaurada a sindicância, a autoridade que a presidir comunicará o fato à Corregedoria Geral da Polícia Civil 
e ao órgão setorial de pessoal. 
Aplicam-se à sindicância as regras previstas nesta lei para o processo administrativo, com as seguintes 
modificações: 
 A autoridade sindicante e cada acusado poderão arrolar até 03 testemunhas; 
 A sindicância deverá estar concluída no prazo de 60 dias; 
 Com o relatório, a sindicância será enviada à autoridade competente para a 
decisão. 
Saiba ainda que o Delegado Geral de Polícia poderá, quando entender 
conveniente, solicitar manifestação do Conselho da Polícia Civil, antes de opinar 
ou proferir decisão em sindicância. 
 
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17.3. O PAD PROPRIAMENTE DITO 
O processo disciplinar é o instrumento destinado à apuração da responsabilidade de servidor público por 
determinadas infrações praticadas no exercício de suas atribuições ou com estas relacionadas. As infrações 
que ensejam o PAD já foram por nós estudadas, lembra? 
Pois bem, logo de início precisamos saber quem tem competência para instaurar o PAD e a regra é 
exatamente igual à de instauração da sindicância. De acordo com o art. 94 da nossa LCE nº 207/1979, são 
também competentes para determinar a instauração de processo administrativo também as autoridades 
enumeradas no art. 70. 
Uma vez instaurado o processo, é preciso que alguém o dirija, o presida. 
De acordo com o art. 95, o processo administrativo será presidido por Delegado de Polícia, que designará 
como secretário um Escrivão de Polícia. No entanto, nem todo Delegado ou Escrivão poderá exercer as 
funções acima citadas. 
 Não poderá ser encarregado da apuração, nem atuar como secretário, as pessoas que têm as seguintes 
relações com o denunciante ou com o acusado: 
 Amigo íntimo ou inimigo; 
 Parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 3º grau inclusive; 
 Cônjuge, companheiro ou qualquer integrante do núcleo familiar; 
 Subordinado do acusado. 
A autoridade ou o funcionário designado deverão comunicar, desde logo, à 
autoridade competente, o impedimento que houver. Havendo imputação contra 
Delegado de Polícia, a autoridade que presidir a apuração será de classe igual ou 
superior à do acusado. 
Pois bem, resolvida essa partem, podemos inferir didaticamente da norma em 
estudo que o processo administrativo disciplinar tem as seguintes fases: 
 
17.3.1. A Instauração do Processo 
O processo administrativo deverá ser instaurado por portaria, no prazo improrrogável de 08 dias do 
recebimento da determinação, e concluído no de 90 dias da citação do acusado. 
Da portaria deverá constar: 
 O nome e a identificação do acusado; 
 A infração que lhe é atribuída, com descrição sucinta dos fatos; e 
 Indicação das normas infringidas. 
 
Vencido o prazo, caso não concluído o processo, a autoridade deverá imediatamente encaminhar ao 
Delegado de Polícia Diretor da Corregedoria relatório indicando as providências faltantes e o tempo 
necessário para término dos trabalhos. 
Caso o processo não esteja concluído no prazo de 180 dias, o Delegado de Polícia Diretor da Corregedoria 
deverá justificar o fato circunstanciadamente ao Delegado Geral de Polícia e ao Secretário da Segurança 
Pública. Instaurado o PAD, é hora de proceder com a segunda fase: a que pode ser chamada de inquérito 
administrativo. 
 
17.3.2. O Inquérito Administrativo 
O inquérito administrativo será contraditório, assegurado ao acusado a ampla defesa, com a utilização dos 
meios e recursos admitidos em direito. 
17.3.2.1. A Instrução 
Autuada a portaria e demais peças preexistentes, designará o presidente dia e hora para audiência de 
interrogatório, determinando a citação do acusado e a notificação do denunciante, se houver. 
O mandado de citação deverá conter: 
- Cópia da portaria; 
- Data, hora e local do interrogatório, que poderá ser acompanhado pelo advogado do acusado; 
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- Data, hora e local da oitiva do denunciante, se houver, que deverá ser acompanhada pelo advogado do 
acusado; 
- Esclarecimento de que o acusado será defendido por advogado dativo, caso não constitua advogado 
próprio; 
- Informação de que o acusado poderá arrolar testemunhas e requerer provas, no prazo de 03 dias após a 
data designada para seu interrogatório; 
- Advertência de que o processo

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