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Leis Esquematizadas - Lei Complementar 840-2011 - Diogo Surdi - 08062018 - CLDF

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LEIS ESQUEMATIZADAS
LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011
http://www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011 ESQUEMATIZADA ...............................5
1. Das Disposições Preliminares ...........................................................5
2. Dos Cargos Públicos e das Funções de Confiança ................................6
2.1. Provimento ................................................................................6
2.2. Do Concurso Público ..................................................................10
2.3. Da Nomeação ...........................................................................13
2.4. Da Posse e do Exercício .............................................................16
2.5. Do Estágio Probatório ................................................................22
2.6. Da Estabilidade .........................................................................28
2.7. Da Reversão .............................................................................29
2.8. Da Reintegração .......................................................................31
2.9. Da Recondução .........................................................................33
2.10. Da Disponibilidade e do Aproveitamento .....................................34
2.11. Dos Remanejamentos ..............................................................35
3. Das Carreiras e do Regime e da Jornada de Trabalho ........................45
3.1. Das Disposições Gerais e da Promoção .........................................45
3.2. Do Regime e da Jornada de Trabalho ...........................................46
4. Dos Direitos ................................................................................51
4.1. Do Sistema Remuneratório, do Vencimento Básico e do Subsídio ..... 51
4.2. DAS VANTAGENS ......................................................................57
4.4. Das Vantagens Permanentes Relativas ao Cargo, das Vantagens 
Relativas às Peculiaridades de Trabalho, das Vantagens Periódicas, 
Pessoais e Eventuais ........................................................................58
4.5. Das Vantagens de Caráter Indenizatório .......................................70
4.6. Das Férias ................................................................................80
4.7. Das Licenças ............................................................................83
4.8. Dos Afastamentos .....................................................................92
4.9. Do Tempo de Serviço e do Tempo de Contribuição ....................... 103
4.10. Do Direito de Petição ............................................................. 109
5. Dos Deveres ............................................................................. 113
6. Do Regime Disciplinar ................................................................. 115
6.1. Das Responsabilidades ............................................................. 115
6.2. Das Infrações Disciplinares ....................................................... 119
6.3. Das Sanções Disciplinares ........................................................ 123
7. Dos Processos de Apuração de Infração Disciplinar ......................... 133
7.1. Das Disposições Gerais ............................................................ 133
7.2. Da Sindicância e da Sindicância Patrimonial ................................ 136
7.3. Do Processo Disciplinar, do Contraditório e da Ampla Defesa ......... 140
7.4. Do Afastamento Preventivo ...................................................... 145
7.5. Da Comissão Processante ......................................................... 146
8. Das Fases Processuais ................................................................ 149
8.1. Das Disposições Gerais ............................................................ 149
8.2. Da Instauração ....................................................................... 149
8.3. Da Instrução .......................................................................... 151
8.4. Da Defesa .............................................................................. 157
8.5. Do Relatório ........................................................................... 159
8.6. Do Julgamento ....................................................................... 160
8.7. Da Revisão Do Processo ........................................................... 165
8. Da Seguridade Social do Servidor ................................................ 170
8.1. Das Disposições Gerais e da Assistência à Saúde ......................... 170
8.2. Da Licença Médica e da Licença Odontológica .............................. 172
8.3. Da Readaptação ...................................................................... 174
9. Das Disposições Finais e Transitórias ............................................ 174
Prof. Diogo Surdi
Lei Complementar n. 840/2011
4
A Lei Complementar n. 840/2011 é a norma responsável por estabelecer 
o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Distrito Federal, das autar-
quias e das fundações públicas distritais.
Consequentemente, seu estudo é imprescindível para todos aqueles que 
almejam a aprovação em um cargo público regido pelas disposições da pre-
sente norma.
Nesse sentido, um dos concursos em que essa lei é exigida é a Câmara 
Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que teve o seu edital publicado recen-
temente e trata-se de uma das melhores oportunidades de 2018 no âmbito 
dos concursos públicos.
Sendo assim, como forma de facilitar a compreensão dos inúmeros artigos 
que, em conjunto, formam o regime funcional dos servidores distritais, todo 
o texto da lei foi comentado e detalhado.
O objetivo, com isso, é que você otimize a sua preparação para o concurso 
da CLDF.
Boa leitura a todos e ótimos estudos!!
Diogo
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5
LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011 ESQUEMATIZADA
1. Das Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos servi-
dores públicos civis da administração direta, autárquica e fundacio-
nal e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Federal.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor público é 
a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilida-
des previstas na estrutura organizacional e cometidas a um servi-
dor público.
Parágrafo único. Os cargos públicos são criados por lei, com denomi-
nação própria e subsídio ou vencimentos pagos pelos cofres públi-
cos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
A Lei Complementar n. 840/2011 é a norma que institui o regime jurí-
dico dos servidores públicos civis da administração direta, autárquica 
e fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Fe-
deral.
É por meio das disposições da mencionada lei, dessa forma, que os ser-
vidores distritais estatutários encontram todos os direitos e garantias a eles 
conferidos, bem como os requisitos para o seu exercício.
No entanto, as disposições da Lei Complementar n. 840/2011 não se 
aplicam a todos os agentes públicos, mas sim apenas aos servidores 
públicos civis distritais, o que implica em dizer que os empregados públicos, 
regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo de atuação do 
estatuto federal.
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Lei Complementar n. 840/2011
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Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públicos estatu-
tários dos demais entes federativos, tal como a União, os Estados e os Muni-
cípios. Ainda que esses servidores sejam regidos por um estatuto, caberá ao 
respectivo ente federativo, por meio de lei, a sua edição.
A Lei Complementar n. 840/2011 é 
aplicada
A Lei Complementar n. 840/2011 não é 
aplicada
aos servidores estatutários da administração 
diretadistrital
aos empregados públicos distritais, que são 
regidos pelas disposições da CLT
aos servidores das autarquias (inclusive as 
em regime especial) distritais
aos servidores públicos da União, dos 
Estados e dos Municípios
aos servidores das fundações públicas 
distritais
aos militares
Nesse sentido, merece destaque os conceitos de cargo e de servidor pú-
blico apresentados pela Lei Complementar.
Podemos definir, assim, servidor público como a pessoa anteriormente 
aprovada em concurso público, nomeada (ato de provimento) e que 
dentro do prazo legal (30 dias, como regra geral) tomou posse peran-
te a autoridade competente.
Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, 
que é o conjunto de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que 
o agora agente público terá na sua carreira profissional.
2. Dos Cargos Públicos e das Funções de Confiança
2.1. Provimento
Art. 4º A investidura em cargo de provimento efetivo depende de 
prévia aprovação em concurso público.
Art. 5º Os cargos em comissão, destinados exclusivamente às atri-
buições de direção, chefia e assessoramento, são de livre nomea-
ção e exoneração pela autoridade competente.
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§ 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se cargo em 
comissão:
I – de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da 
administração superior;
II – de chefia: aquele cujo desempenho envolva relação direta e 
imediata de subordinação;
III – de assessoramento: aquele cujas atribuições sejam para auxi-
liar:
a) os detentores de mandato eletivo;
b) os ocupantes de cargos vitalícios;
c) os ocupantes de cargos de direção ou de chefia.
§ 2º Pelo menos cinquenta por cento dos cargos em comissão devem 
ser providos por servidor público de carreira, nos casos e condições 
previstos em lei.
§ 3º É proibida a designação para função de confiança ou a nome-
ação para cargo em comissão, incluídos os de natureza especial, de 
pessoa que tenha praticado ato tipificado como causa de inelegibili-
dade prevista na legislação eleitoral, observado o mesmo prazo de 
incompatibilidade dessa legislação.
Art. 6º As funções de confiança, privativas de servidor efetivo, des-
tinam-se exclusivamente às atribuições de direção, chefia e asses-
soramento.
Art. 7º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o gozo dos direitos políticos;
III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V – a idade mínima de dezoito anos;
VI – a aptidão física e mental.
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§ 1º A lei pode estabelecer requisitos específicos para a investidura 
em cargos públicos.
§ 2º O provimento de cargo público por estrangeiro deve observar 
o disposto em Lei federal.
§ 3º Os requisitos para investidura em cargo público devem ser 
comprovados por ocasião da posse.
Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
I – nomeação;
II – reversão;
III – aproveitamento;
IV – reintegração;
V – recondução.
Art. 9º É vedado editar atos de nomeação, posse ou exercício com 
efeito retroativo.
Art. 10. O ato de provimento de cargo público compete ao:
I – Governador, no Poder Executivo;
II – Presidente da Câmara Legislativa;
III – Presidente do Tribunal de Contas.
Realizado o concurso, é o momento de a administração chamar os can-
didatos aprovados. Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de 
regras devem ser estabelecidas pela respectiva administração.
Dessa forma, o provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da 
autoridade competente de cada Poder, que deverá observar, conforme as re-
gras estabelecidas no edital, um limite mínimo de provimentos para as pes-
soas portadoras de deficiência.
Tal limite, atualmente, é de até 20% das vagas oferecidas no con-
curso.
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A Lei Complementar n. 840/2011 estabelece diversas formas de provi-
mento de cargo público, sendo elas a nomeação, a reversão, o aproveita-
mento, a reintegração e a recondução.
Destas, apenas a nomeação é considerada forma originária de pro-
vimento, sendo que todas as demais são classificadas como formas de pro-
vimento derivadas.
Ressalta-se que o ato de provimento de cargo público, no âmbito do Dis-
trito Federal, compete às seguintes autoridades:
a) Governador, no Poder Executivo;
b) Presidente da Câmara Legislativa;
c) Presidente do Tribunal de Contas.
Os cargos públicos, ainda que sejam, em sua maioria, providos para efe-
tivo exercício, podem também ser utilizados para provimento em comissão.
O provimento em comissão é utilizado pela Administração Pública para as 
funções de direção, chefia e assessoramento, oportunidades em que as 
pessoas designadas poderão ou não já ser integrantes do serviço público.
Observe que três são as diferentes funções que dão ensejo ao provimento 
dos cargos em comissão, sendo elas a direção, a chefia e o assessora-
mento.
Nesse sentido, a norma se preocupou em definir cada um destes concei-
tos, da seguinte forma:
a) cargo em comissão de direção: aquele cujo desempenho envolva 
atribuições da administração superior;
b) cargo em comissão de chefia: aquele cujo desempenho envolva re-
lação direta e imediata de subordinação;
c) cargo em comissão de assessoramento: aquele cujas atribuições 
sejam para auxiliar os detentores de mandato eletivo, os ocupantes de cargos 
vitalícios ou os ocupantes de cargos de direção ou de chefia.
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Lei Complementar n. 840/2011
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�ATENÇÃO!
Pelo menos 50% dos cargos em comissão devem ser providos por servidor 
público de carreira, nos casos e condições previstos em lei.
Não poderá ser nomeado para cargo em comissão aquele que tenha praticado 
ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral, 
observado o mesmo prazo de incompatibilidade dessa legislação.
2.2. Do Concurso Público
Art. 11. As normas gerais sobre concurso público são as fixadas em 
lei específica.
§ 2º O concurso público é de provas ou de provas e títulos, confor-
me dispuser a lei do respectivo plano de carreira.
Art. 12. O edital de concurso público tem de reservar vinte por 
cento das vagas para serem preenchidas por pessoa com deficiên-
cia, desprezada a parte decimal.
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§ 1º A vaga não preenchida na forma do caput reverte-se para pro-
vimento dos demais candidatos.
§ 2º A deficiência e a compatibilidade para as atribuições do cargo 
são verificadas antes da posse, garantido recurso em caso de deci-
são denegatória, com suspensão da contagem do prazo para a 
posse.
§ 3º Não estão abrangidas pelos benefícios deste artigo a pessoa 
com deficiência apta para trabalhar normalmente e a inapta para 
qualquer trabalho.
Art. 13. O concurso público tem validade de até dois anos, a qual 
pode ser prorrogada uma única vez, por igual período, na forma do 
edital.
§ 1º No período de validade do concurso público, o candidato apro-
vado deve ser nomeado com prioridade sobre novos concursados 
para assumir cargo na carreira.
§ 2º O candidato aprovado em concurso público, no prazo de cinco 
dias contados da publicação do ato de nomeação, pode solicitar seu 
reposicionamento para o final da lista de classificação.
O concurso público é a forma objetiva de selecionar servidores, 
primando pelo princípio da impessoalidade e assegurando igualdade de con-
dições a todos os candidatos.
No entanto, não é de qualquer forma que tal processo pode ser realizado. 
Caso assim o fosse, seriamuito fácil para administradores mal-intencionados 
fraudar as regras previstas e conceder certos favorecimentos para determina-
dos candidatos, desrespeitando gravemente a impessoalidade, princípio basi-
lar de toda a atividade administrativa.
Por isso mesmo é que a Lei Complementar n. 840/2011 se preocupou em 
estabelecer diversas regras a serem observadas pela Administração Pública 
quando da realização de concurso público.
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Tais regras, salienta-se, devem observar as disposições constitucio-
nais sobre a forma de realização dos concursos públicos, disposições 
estas de observância obrigatória para toda a Administração Pública.
Perceba que o concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, 
mas nunca, para os servidores regidos pela Lei Complementar n. 840/2011, 
poderá ser exclusivamente de títulos.
Da mesma forma, o concurso terá validade de até dois anos, e a sua 
prorrogação, que poderá ocorrer uma única vez, deverá ser pelo mesmo pra-
zo inicialmente previsto para a validade do certame.
�APRENDENDO NA PRÁTICA
Poderá a Administração, por exemplo, realizar concurso com prazo de valida-
de de 1 ano, estabelecendo no edital que o prazo ali estabelecido poderá ser 
prorrogado uma única vez, por igual período.
Assim, vencido o prazo do concurso, pode a Administração (trata-se de uma 
faculdade) prorrogar a validade do mesmo por mais 1 ano ou realizar um 
novo concurso.
E poderá a Administração publicar edital de concurso com o prazo de 
validade de 2 anos, improrrogáveis?
Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas foi 
que a Administração, discricionariamente, optou por não estabelecer a possi-
bilidade de prorrogação.
E se fosse publicado um edital com prazo de 1 ano, estabelecendo a 
possibilidade de prorrogação por 3 vezes e estando, por isso mesmo, 
com prazo total inferior a 4 anos, seria válido?
Ainda que o prazo total de 4 anos não tenha sido superado (2 + 2), foi desres-
peitada a regra de uma única prorrogação, devendo o edital ser considerado 
nulo nesse aspecto.
E se tivemos um edital regulamentando um concurso e estabelecendo 
como prazo de validade 2 anos, com a possibilidade de prorrogação 
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por 1 ano. Estaria a Administração, nessa situação, respeitando a Lei 
Complementar n. 840/2011?
Aqui, temos uma situação interessante: uma única prorrogação e o prazo 
total respeitado. No entanto, além dessas regras, não podemos nos esque-
cer de que a prorrogação, em todos os casos, deve ser pelo mesmo período 
inicialmente previsto no edital: 1 ano + 1 ano, 2 anos + 2 anos, 6 meses + 
6 meses.
Importante regra da lei complementar refere-se à possibilidade de o can-
didato aprovado em concurso público solicitar seu reposicionamento para o 
final da lista de classificação.
Para que essa medida seja possível, a solicitação deve ser feita, impreteri-
velmente, no prazo de 5 dias contados da publicação do ato de nome-
ação.
2.3. Da Nomeação
Art. 14. A nomeação faz-se em cargo:
I – de provimento efetivo;
II – em comissão.
§ 1º A nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de clas-
sificação e o prazo de validade do concurso público.
§ 2º O candidato aprovado no número de vagas previstas no edital 
do concurso tem direito à nomeação no cargo para o qual concor-
reu.
Art. 15. O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nome-
ado para ter exercício, interinamente, em outro cargo em comissão, 
hipótese em que deve:
I – acumular as atribuições de ambos os cargos;
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II – optar pela remuneração de um deles durante o período da inte-
rinidade.
Art. 16. É vedada a nomeação, para cargo em comissão ou a desig-
nação para função de confiança, do cônjuge, de companheiro ou de 
parente, por consanguinidade até o terceiro grau ou por afinidade:
I – do Governador e do Vice-Governador, na administração pública 
direta, autárquica ou fundacional do Poder Executivo;
II – de Deputado Distrital, na Câmara Legislativa;
III – de Conselheiro, Auditor ou Procurador do Ministério Público, no 
Tribunal de Contas;
§ 1º As vedações deste artigo aplicam-se:
I – aos casos de reciprocidade de nomeação ou designação;
II – às relações homoafetivas.
§ 2º Não se inclui nas vedações deste artigo a nomeação ou a 
designação:
I – de servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, incluídos 
os aposentados, desde que seja observada:
a) a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo efetivo com 
o cargo em comissão ou a função de confiança;
b) a compatibilidade e a complexidade das atribuições do cargo efe-
tivo com o cargo em comissão ou a função de confiança;
II – realizada antes do início do vínculo familiar entre o agente 
público e o nomeado ou designado;
III – de pessoa já em exercício no mesmo órgão, autarquia ou fun-
dação antes do início do vínculo familiar com o agente público, para 
cargo, função ou emprego de nível hierárquico igual ou mais baixo 
que o anteriormente ocupado.
§ 3º Em qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupan-
te de cargo em comissão ou função de confiança sob subordinação 
hierárquica mediata ou imediata.
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Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo 
público, podendo ocorrer tanto para os cargos efetivos quanto para os cargos 
em comissão.
No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de pro-
vimento efetivo ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, pre-
cisa de aprovação em concurso público anteriormente realizado.
Duas importantes regras devem ser observadas com relação aos nomea-
dos para cargos de provimento efetivo:
a) A nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de classificação 
e o prazo de validade do concurso público.
b) O candidato aprovado no número de vagas previstas no edital do con-
curso tem direito à nomeação no cargo para o qual concorreu.
Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de 
livre nomeação e exoneração, tal característica nem sempre está presente.
E isso ocorre porque os cargos em comissão são destinados às funções de 
direção, chefia e assessoramento, podendo, por isso mesmo, ser livremente 
escolhidos pela autoridade nomeante, que pode optar por provê-los com um 
servidor de carreira ou com uma pessoa até então estranha aos quadros fun-
cionais do serviço público.
O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado para ter 
exercício, interinamente, em outro cargo em comissão, hipótese em que deve:
a) acumular as atribuições de ambos os cargos;
b) optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.
�ATENÇÃO!
É vedada a nomeação, para cargo em comissão ou a designação para função 
de confiança, do cônjuge, de companheiro ou de parente, por consan-
guinidade até o terceiro grau ou por afinidade:
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a) do Governador e do Vice-Governador, na Administração Pública direta, 
autárquica ou fundacional do Poder Executivo;
b) de Deputado Distrital, na Câmara Legislativa;
c) de Conselheiro, Auditor ou Procurador do Ministério Público, no Tribunal de 
Contas;
As vedações elencadas se aplicam aos casos de reciprocidade de nomea-
ção ou designação ou, ainda, às relações homoafetivas.
Em sentido contrário, não estão incluídas nas vedações em questão a 
nomeação ou designação:
I – de servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, incluídos 
os aposentados, desde que seja observada:
a) a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo efetivo com 
o cargo em comissão ou a função de confiança;
b) a compatibilidade e a complexidade das atribuições do cargo efe-tivo com o cargo em comissão ou a função de confiança;
II – realizada antes do início do vínculo familiar entre o agente 
público e o nomeado ou designado;
III – de pessoa já em exercício no mesmo órgão, autarquia ou fun-
dação antes do início do vínculo familiar com o agente público, para 
cargo, função ou emprego de nível hierárquico igual ou mais baixo 
que o anteriormente ocupado.
Em qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupante de 
cargo em comissão ou função de confiança sob subordinação hierár-
quica mediata ou imediata.
2.4. Da Posse e do Exercício
Art. 17. A posse ocorre com a assinatura do respectivo termo, do 
qual devem constar as atribuições, os direitos e os deveres ineren-
tes ao cargo ocupado.
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§ 1º A posse deve ocorrer no prazo de trinta dias, contados da 
publicação do ato de nomeação.
§ 2º O prazo de que trata o § 1º pode ser prorrogado para ter início 
após o término das licenças ou dos afastamentos seguintes:
I – licença médica ou odontológica;
II – licença-maternidade;
III – licença-paternidade;
IV – licença para o serviço militar.
§ 3º A posse pode ocorrer mediante procuração com poderes espe-
cíficos.
§ 4º Só há posse nos casos de provimento por nomeação.
§ 5º Deve ser tornado sem efeito o ato de nomeação se a posse não 
ocorrer no prazo previsto neste artigo.
Art. 18. Por ocasião da posse, é exigido do nomeado apresentar:
I – os comprovantes de satisfação dos requisitos previstos no art. 
7º e nas normas específicas para a investidura no cargo;
II – declaração:
a) de bens e valores que constituem seu patrimônio;
b) sobre acumulação ou não de cargo ou emprego público, bem 
como de proventos da aposentadoria de regime próprio de previ-
dência social;
c) sobre a existência ou não de impedimento para o exercício de 
cargo público.
§ 1º É nulo o ato de posse realizado sem a apresentação dos docu-
mentos a que se refere este artigo.
§ 2º A aptidão física e mental é verificada em inspeção médica ofi-
cial.
§ 3º A declaração prevista no inciso II, a, deve ser feita em for-
mulário fornecido pelo setor de pessoal da repartição, e dele deve 
constar campo para informar bens, valores, dívidas e ônus reais 
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exigidos na declaração anual do imposto de renda da pessoa física, 
com as seguintes especificações:
I – a descrição do bem, com sua localização, especificações gerais, 
data e valor da aquisição, nome do vendedor e valor das benfeito-
rias, se houver;
II – as dívidas e o ônus real sobre os bens, com suas especificações 
gerais, valor e prazo para quitação, bem como o nome do credor;
III – a fonte de renda dos últimos doze meses, com a especificação 
do valor auferido no período.
Art. 19. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo 
público.
§ 1º O servidor não pode entrar em exercício:
I – se ocupar cargo inacumulável, sem comprovar a exoneração ou 
a vacância de que trata o art. 54;
II – se ocupar cargo acumulável, sem comprovar a compatibilidade 
de horários;
III – se receber proventos de aposentadoria inacumuláveis com a 
remuneração ou subsídio do cargo efetivo, sem comprovar a opção 
por uma das formas de pagamento.
§ 2º É de cinco dias úteis o prazo para o servidor entrar em exercí-
cio, contado da posse.
§ 3º Compete ao titular da unidade administrativa onde for lotado 
o servidor dar-lhe exercício.
§ 4º Com o exercício, inicia-se a contagem do tempo efetivo de ser-
viço.
§ 5º O servidor que não entrar em exercício no prazo do § 2º deve 
ser exonerado.
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor tem de apresentar ao 
órgão competente os documentos necessários aos assentamentos 
individuais.
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Parágrafo único. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do 
exercício são registrados nos assentamentos individuais do servi-
dor.
Art. 21. O exercício de função de confiança inicia-se com a publica-
ção do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licen-
ça ou afastado por qualquer motivo legal, hipótese em que o exer-
cício se inicia no primeiro dia útil após o término do impedimento, 
que não pode exceder a trinta dias da publicação.
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial, o no-
meado tem o prazo de 30 dias para tomar posse. Caso não tome posse 
no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, uma vez 
que o indivíduo nomeado ainda não é considerado servidor público, fato que 
apenas ocorre com a posse.
A norma elenca, no entanto, quatro diferentes licenças que podem dar 
ensejo ao diferimento do momento do início do prazo para que o particular 
tome posse.
Assim, caso o particular esteja licenciado com base nestas quatro licenças, 
o prazo de 30 dias para a posse apenas terá início após o término das 
respectivas licenças, sendo elas:
a) licença médica ou odontológica;
b) licença-maternidade;
c) licença-paternidade;
d) licença para o serviço militar.
Constitui a posse, dessa forma, o momento em que os candidatos aprova-
dos e anteriormente nomeados têm o primeiro contato com a Administração 
Pública, passando, a partir de então, a serem servidores públicos e estando 
legalmente investidos em cargo público.
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A lei complementar, em seu artigo 7º, relaciona os requisitos que devem 
obrigatoriamente ser exigidos para que possa ocorrer a investidura em cargo 
público.
Tais requisitos devem ser comprovados no momento da posse, 
sendo inconstitucional norma que estabeleça outro momento para a sua exi-
gência, tal como a inscrição ou a data da realização das provas.
Nos termos da lei, são os seguintes os requisitos exigidos na data da posse:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o gozo dos direitos políticos;
III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V – a idade mínima de dezoito anos;
VI – a aptidão física e mental.
Frisa-se que a lista apresentada não é exaustiva, podendo ser exigidos, 
em virtude das atribuições do cargo, outros requisitos estabelecidos em lei, 
tal como a comprovação de experiência mínima no ramo de atividade e a 
aprovação em curso de formação.
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os 
quadros funcionais da Administração Pública distrital.
E como forma de o servidor conhecer o local da repartição para onde foi 
nomeado e se organizar melhor com relação a mudanças, hospedagem e de-
mais procedimentos, a Lei Complementar faculta ao servidor o prazo de 
5 dias úteis, contados da posse, para a entrada em exercício.
Caso o servidor anteriormente empossado não entre em exercício no pra-
zo legal, teremos, ao contrário do que ocorre com a nomeação, a exoneração 
do servidor, uma vez que, conforme anteriormente mencionado, a posse é o 
momento em que o particular passa a constar nos assentamentos funcionais 
da Administração, sendo considerado, a partir de então, servidor público.
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Com a nomeação isso não ocorre, tratando-se esta, apenas, de uma forma 
de “chamar” o candidato nomeado. Por isso mesmo, caso o particular não 
atenda ao chamado público, o ato apenas será tornado sem efeito, acarre-
tando, como consequência, a nomeação do candidato classificado na posição 
subsequente.
Tais institutos podem ser mais bem visualizados, com os seus respectivos 
efeitos, por meio do gráfico a seguir:
Constitui o exercício o efetivo desempenho do cargo público ou da 
função de confiança. Nos termos da lei, compete à autoridade para onde foi 
nomeado o servidor todas as instruções e orientações necessárias para que o 
servidor prestesuas atividades adequadamente.
É durante o exercício do servidor que todas os demais institutos se fazem 
presentes, de forma que passa ele a contar com uma série de direitos e de 
obrigações, submetendo-se a um período de estágio probatório e adquirindo, 
caso cumpra os requisitos previstos em lei, a estabilidade.
No entanto, o servidor não poderá entrar em exercício nas seguintes situ-
ações:
a) se ocupar cargo inacumulável, sem comprovar a respectiva exone-
ração ou a vacância;
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b) se ocupar cargo acumulável, sem comprovar a compatibilidade de 
horários;
c) se receber proventos de aposentadoria inacumuláveis com a re-
muneração ou subsídio do cargo efetivo, sem comprovar a opção por uma das 
formas de pagamento.
2.5. Do Estágio Probatório
Art. 22. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de 
provimento efetivo fica sujeito ao estágio probatório pelo prazo de 
três anos.
Art. 23. Na hipótese de acumulação lícita de cargos, o estágio pro-
batório é cumprido em relação a cada cargo em cujo exercício esteja 
o servidor, vedado o aproveitamento de prazo ou pontuação.
Art. 24. O servidor pode desistir do estágio probatório e ser recon-
duzido ao cargo de provimento efetivo anteriormente ocupado no 
qual já possuía estabilidade, observado o disposto no art. 37.
Parágrafo único. Não pode desistir do estágio probatório o servidor 
que responde a processo disciplinar.
Art. 25. É vedado à administração pública conceder licença não 
remunerada ou autorizar afastamento sem remuneração ao servi-
dor em estágio probatório.
§ 1º Excetua-se do disposto neste artigo o afastamento para o ser-
viço militar ou para o exercício de mandato eletivo.
§ 2º A vedação de que trata este artigo aplica-se ao gozo de licen-
ça-prêmio por assiduidade.
Art. 26. O servidor em estágio probatório pode:
I – exercer qualquer cargo em comissão ou função de confiança no 
órgão, autarquia ou fundação de lotação;
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II – ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargo de 
natureza especial ou de equivalente nível hierárquico.
Art. 27. Fica suspensa a contagem do tempo de estágio probatório 
quando ocorrer:
I – o afastamento de que tratam os arts. 26, II, e 162;
II – licença remunerada por motivo de doença em pessoa da família 
do servidor.
Art. 28. Durante o estágio probatório, são avaliadas a aptidão, a 
capacidade e a eficiência do servidor para o desempenho do cargo, 
com a observância dos fatores:
I – assiduidade;
II – pontualidade;
III – disciplina;
IV – capacidade de iniciativa;
V – produtividade;
VI – responsabilidade.
§ 1º O Poder Executivo e os órgãos do Poder Legislativo devem 
regulamentar, em seus respectivos âmbitos de atuação, os procedi-
mentos de avaliação do estágio probatório, observado, no mínimo, 
o seguinte:
I – até o trigésimo mês do estágio probatório, a avaliação é feita 
semestralmente, com pontuação por notas numéricas de zero a 
dez;
II – as avaliações de que trata o inciso I são feitas pela chefia ime-
diata do servidor, em ficha previamente preparada e da qual conste, 
pelo menos, o seguinte:
a) as principais atribuições, tarefas e rotinas a serem desempenha-
das pelo servidor, no semestre de avaliação;
b) os elementos e os fatores previstos neste artigo;
c) o ciente do servidor avaliado.
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§ 2º Em todas as avaliações, é assegurado ao avaliado:
I – o amplo acesso aos critérios de avaliação;
II – o conhecimento dos motivos das notas que lhe foram atribuí-
das;
III – o contraditório e a ampla defesa, nos termos desta Lei Com-
plementar.
§ 3º As avaliações devem ser monitoradas pela comissão de que 
trata o art. 29.
Art. 29. A avaliação especial, prevista na Constituição Federal como 
condição para aquisição da estabilidade, deve ser feita por comis-
são, quatro meses antes de terminar o estágio probatório.
§ 1º A comissão de que trata este artigo é composta por três servi-
dores estáveis do mesmo cargo ou de cargo de escolaridade supe-
rior da mesma carreira do avaliado.
§ 2º Não sendo possível a aplicação do disposto no § 1º, a compo-
sição da comissão deve ser definida, conforme o caso:
I – pelo Presidente da Câmara Legislativa;
II – pelo Presidente do Tribunal de Contas;
III – pelo Secretário de Estado a que o avaliado esteja subordina-
do, incluídos os servidores de autarquia, fundação e demais órgãos 
vinculados.
§ 3º Para proceder à avaliação especial, a comissão deve observar 
os seguintes procedimentos:
I – adotar, como subsídios para sua decisão, as avaliações feitas na 
forma do art. 28, incluídos eventuais pedidos de reconsideração, 
recursos e decisões sobre eles proferidas;
II – ouvir, separadamente, o avaliador e, em seguida, o avaliado;
III – realizar, a pedido ou de ofício, as diligências que eventualmen-
te emergirem das oitivas de que trata o inciso II;
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IV – aprovar ou reprovar o servidor no estágio probatório, por deci-
são fundamentada.
§ 4º Contra a reprovação no estágio probatório cabe pedido de 
reconsideração ou recurso, a serem processados na forma desta Lei 
Complementar.
Art. 30. As autoridades de que trata o art. 29, § 2º, são competen-
tes para:
I – julgar, em única e última instância, qualquer recurso interposto 
na forma do art. 29;
II – homologar o resultado da avaliação especial feita pela comissão 
e, como consequência, efetivar o servidor no cargo, quando ele for 
aprovado no estágio probatório.
Art. 31. O servidor reprovado no estágio probatório deve ser, con-
forme o caso, exonerado ou reconduzido ao cargo de origem.
A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor 
ocupante de cargo efetivo, o estágio probatório, período de avaliação em 
que diversos fatores são levados em conta para a verificação da aptidão e da 
capacidade do agente público.
O instituto do estágio probatório está intimamente ligado ao princípio da 
eficiência, sendo um dos momentos em que a administração pode verificar se 
o servidor atende às condições por ela exigidas.
Tais condições, de acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, são as 
seguintes:
a) assiduidade;
b) pontualidade;
c) disciplina;
d) capacidade de iniciativa;
e) produtividade;
f) responsabilidade.
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Deve-se ressaltar que, com a entrada em vigor da Emenda Constitucional 
19, ocorrida em 1998, o período para aquisição da estabilidade passou 
a ser de 3 anos.
Assim, ainda que a Constituição Federal nada mencione acerca do período 
necessário para a aquisição de estabilidade, o entendimento esposado por 
toda a doutrina majoritária é de que o período de estágio probatório deve ser 
de 3 anos, sendo este o prazo utilizado, atualmente, no âmbito do serviço 
público.
A avaliação do servidor que se encontra em estágio probatório deve ser 
periódica e de acordo com a periodicidade prevista em regulamento de cada 
órgão.
Dessa forma, o Poder Executivo e os órgãos do Poder Legislativo devem 
regulamentar, em seus respectivos âmbitos de atuação, os procedimentos de 
avaliação do estágio probatório, observado, no mínimo, o seguinte:
I – até o trigésimo mês do estágio probatório, a avaliação é feita se-
mestralmente, com pontuação por notas numéricas de zero a dez;
II – as avaliações de que trata o inciso I são feitas pela chefia imediata 
do servidor, em ficha previamente preparada e da qual conste, pelo menos, 
o seguinte:
a) as principais atribuições, tarefas e rotinas a serem desempenhadas 
pelo servidor, no semestre de avaliação;
b) os elementos e os fatores previstos neste artigo;
c) o ciente do servidor avaliado.
Em todas as avaliações,é assegurado ao avaliado:
a) o amplo acesso aos critérios de avaliação;
b) o conhecimento dos motivos das notas que lhe foram atribuídas;
c) o contraditório e a ampla defesa, nos termos desta Lei Complementar.
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Quatro meses antes de findo o período do estágio, a avaliação de de-
sempenho do servidor, que será realizada por comissão constituída para esta 
finalidade, será submetida à homologação da autoridade competente.
E o que acontece quando o servidor exerce cargos públicos que 
possam ser acumulados?
Na hipótese de acumulação lícita de cargos, o estágio probatório é cum-
prido em relação a cada cargo em cujo exercício esteja o servidor, vedado o 
aproveitamento de prazo ou pontuação.
Durante o estágio, é vedado à Administração Pública conceder licença não 
remunerada ou autorizar o afastamento sem remuneração do servidor. Em 
caráter de exceção, há a possibilidade de afastamento do servidor em estágio 
para o serviço militar ou para o exercício de mandato eletivo.
Poderá o servidor, ainda que em estágio, exercer qualquer cargo em 
comissão ou função de confiança no órgão, autarquia ou fundação de 
lotação.
Além disso, poderá ele ser cedido a outro órgão ou entidade para ocu-
par cargo de natureza especial ou de equivalente nível hierárquico.
Em três diferentes situações, o período de estágio probatório ficará sus-
penso, sendo que a contagem de tempo apenas continuará após o tér-
mino da ocorrência. De acordo com a norma, são as seguintes as situações 
que dão ensejo à suspensão do estágio probatório:
a) Quando o servidor for cedido a outro órgão ou entidade para ocupar 
cargo de natureza especial ou de equivalente nível hierárquico.
b) Quando o agente se afastar do cargo ocupado para participar de curso 
de formação previsto como etapa de concurso público.
c) Quando o servidor estiver em licença remunerada por motivo de doença 
em pessoa da família do servidor.
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Caso não seja aprovado no estágio probatório, os efeitos, para o servidor, 
poderão ser dois:
a) Caso o servidor já seja estável, terá ele direito de ser reconduzido 
ao cargo anteriormente ocupado. Nessa hipótese, caso o cargo anterior-
mente ocupado já esteja preenchido por outra pessoa, o servidor inabilitado 
será aproveitado em outro, a critério da Administração.
b) Caso o servidor não seja estável, a inabilitação no estágio probatório 
acarreta a exoneração do cargo público, oportunidade em que o vínculo 
com o Poder Público é rompido.
2.6. Da Estabilidade
Art. 32. O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo regu-
larmente aprovado no estágio probatório adquire estabilidade no 
serviço público ao completar três anos de efetivo exercício.
Art. 33. O servidor estável só perde o cargo nas hipóteses previs-
tas na Constituição Federal.
A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores pú-
blicos estatutários. Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor 
desempenhe suas atribuições sem a coação das autoridades superiores, que, 
não fosse a estabilidade, poderiam condicionar determinados comportamen-
tos dos servidores à exoneração do cargo público.
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Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez 
que não existem direitos e garantias com essa qualidade.
Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério risco de engessamento 
do serviço público, com a possibilidade surreal de termos servidores pratican-
do faltas graves contra a Administração sem a possibilidade de demissão.
Para que isso não ocorra, a Lei Complementar estabelece que o servidor 
estável só perde o cargo nas hipóteses previstas na Constituição Fe-
deral.
De acordo com a Constituição, são as seguintes as situações que po-
dem resultar na perda do cargo por parte do servidor público estável:
2.7. Da Reversão
Art. 34. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:
I – por invalidez, quando, por junta médica oficial, ficar comprovada 
a sua reabilitação;
II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insub-
sistência dos fundamentos de concessão da aposentadoria;
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III – voluntariamente, desde que, cumulativamente:
a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital 
que fixe os critérios de reversão voluntária aos interessados que 
estejam em igual situação;
b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria;
c) haja cargo vago.
§ 1º É de quinze dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exer-
cício do cargo, contados da data em que tomou ciência da reversão.
§ 2º Não pode reverter o aposentado que tenha completado setenta 
anos.
Art. 35. A reversão deve ser feita no mesmo cargo ou no cargo 
resultante de sua transformação.
Parágrafo único. Nas hipóteses do art. 34, I e II, encontrando-se 
provido o cargo, o servidor deve exercer suas atribuições como 
excedente, até a ocorrência de vaga.
Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por três diferen-
tes motivos:
I – por invalidez, quando, por junta médica oficial, ficar comprovada a 
sua reabilitação;
II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insubsistên-
cia dos fundamentos de concessão da aposentadoria;
III – voluntariamente, desde que, cumulativamente:
a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital que fixe os 
critérios de reversão voluntária aos interessados que estejam em igual situação;
b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria;
c) haja cargo vago.
Como não poderia deixar de ser, a reversão será feita para o mesmo car-
go anteriormente ocupado pelo servidor, ou então para o cargo resultante de 
uma possível transformação.
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Com a reversão, o servidor volta a receber a remuneração que anterior-
mente recebia, com todas as vantagens de caráter pessoal eventualmente 
existentes.
Importante salientar que não poderá reverter o aposentado que te-
nha completado 70 anos.
Deferida a reversão, será de 15 dias úteis o prazo para o servidor retornar 
ao exercício do cargo, contados da data em que tomou ciência da reversão.
Quando a reversão for decorrente de reabilitação declarada por junta mé-
dica ou da insubsistência dos fundamentos de concessão da aposentadoria, 
deverá o servidor, caso o cargo anteriormente ocupado já esteja provido, 
exercer as suas atribuições como excedente até a ocorrência de vaga.
2.8. Da Reintegração
Art. 36. A reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo ante-
riormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, 
quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou 
judicial, com o restabelecimento dos direitos que deixou de auferir 
no período em que esteve demitido.
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor fica em dis-
ponibilidade, observado o disposto nos arts. 38, 39 e 40.
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante deve 
ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, ou 
aproveitado em outro cargo ou, ainda, posto em disponibilidade.
§ 3º É de cinco dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exer-
cício do cargo, contados da data em que tomou ciência do ato de 
reintegração.
A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demi-
tido ao cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua 
transformação, com ressarcimento de todas as vantagens.
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Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão administra-
tiva ou judicial.
Grande controvérsia reside nos efeitosda reintegração para o servidor 
eventualmente ocupante da vaga decorrente de demissão.
Isso porque a Lei Complementar n. 840/2011 determina que “encontran-
do-se provido o cargo, o seu eventual ocupante deve ser reconduzido ao 
cargo de origem, sem direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo 
ou, ainda, posto em disponibilidade”.
Vejamos: um servidor X é demitido e entra com uma ação judicial de reinte-
gração. A Administração Pública nomeia o servidor Y para o cargo vago, que 
passa a exercer normalmente suas atribuições.
Posteriormente, o servidor X ganha na justiça o direito de ser reintegrado 
com todas as vantagens.
E o que acontece com o servidor Y, caso este ainda não seja estável 
e, por isso mesmo, não puder ser reconduzido ou posto em disponi-
bilidade?
Durante muito tempo, a doutrina chegou a afirmar que caberia a cada ente 
federativo disciplinar os efeitos desta situação, sendo que diversas Constituições 
Estaduais e Leis Orgânicas afirmavam que o servidor deveria ser exonerado.
Nos dias atuais, percebe-se que a possibilidade de exoneração não é viável, 
haja vista que o novo servidor é um terceiro de boa-fé que não pode ser pre-
judicado por atos anteriores da administração.
Dessa forma, em caso de reintegração, o eventual servidor não estável deverá 
ser mantido como excedente. Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o ser-
vidor fica em disponibilidade.
Importante informação refere-se ao prazo para que o servidor reintegrado 
retorne ao exercício. Nesse sentido, a norma afirma que “É de cinco dias 
úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do cargo, contados da 
data em que tomou ciência do ato de reintegração”.
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2.9. Da Recondução
Art. 37. A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo 
anteriormente ocupado, observado o disposto no art. 202, § 3º, e 
decorre de:
I – reprovação em estágio probatório;
II – desistência de estágio probatório;
III – reintegração do anterior ocupante.
§ 1º Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor tem de 
ser aproveitado em outro cargo, observado o disposto no art. 39.
§ 2º O servidor tem de retornar ao exercício do cargo até o dia 
seguinte ao da ciência do ato de recondução.
Recondução é a forma de provimento em que ocorre o retorno do servidor 
estável ao cargo anteriormente ocupado.
Três são as situações, de acordo com a norma em estudo, que ensejam a 
recondução do servidor, sendo que elas decorrem da estabilidade por ele 
alcançada no serviço público.
a) reprovação em estágio probatório;
b) desistência de estágio probatório;
c) reintegração do anterior ocupante.
Nessas situações, o servidor público já é estável no serviço público, 
de forma que uma possível desistência ou inabilitação em estágio probatório 
relativo a outro concurso por ele prestado não possui o efeito, por si só, de 
acarretar o rompimento do vínculo com a Administração Pública.
Da mesma forma, caso ele passe a exercer as atribuições de um cargo 
até então ocupado por um servidor demitido, e este, posteriormente, consiga 
anular a sua demissão na justiça, sendo reintegrado ao cargo que ocupava, 
não poderá o servidor estável ser exonerado, devendo ser reconduzido ao 
cargo em que adquiriu a estabilidade.
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Independentemente da situação que deu ensejo à recondução, o servidor 
tem de retornar ao exercício do cargo até o dia seguinte ao da ciência 
do ato de recondução.
Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor deverá ser apro-
veitado em outro cargo.
2.10. Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Art. 38. O servidor só pode ser posto em disponibilidade nos casos 
previstos na Constituição Federal.
Parágrafo único. A remuneração do servidor posto em disponibili-
dade, proporcional ao tempo de serviço, não pode ser inferior a um 
terço do que percebia no mês anterior ao da disponibilidade.
Art. 39. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade é feito 
mediante aproveitamento:
I – no mesmo cargo;
II – em cargo resultante da transformação do cargo anteriormente 
ocupado;
III – em outro cargo, observada a compatibilidade de atribuições e 
vencimentos ou subsídio do cargo anteriormente ocupado.
Art. 40. É obrigatório o imediato aproveitamento de servidor em 
disponibilidade, assim que houver vaga em órgão, autarquia ou 
fundação.
§ 1º É de trinta dias o prazo para o servidor retornar ao exercício, 
contados da data em que tomou ciência do aproveitamento.
§ 2º Deve ser tornado sem efeito o aproveitamento e ser cassada 
a disponibilidade, se o servidor não retornar ao exercício no prazo 
do § 1º, salvo se por doença comprovada por junta médica oficial.
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O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela Admi-
nistração Pública, para que o servidor público em disponibilidade volte 
a exercer suas atividades.
Nesse sentido, a norma determina que é de 30 dias o prazo para o ser-
vidor retornar ao exercício, contados da data em que tomou ciência do apro-
veitamento.
2.11. Dos Remanejamentos
2.11.1. Da Remoção
Art. 41. Remoção é o deslocamento da lotação do servidor, no 
mesmo órgão, autarquia ou fundação e na mesma carreira, de uma 
localidade para outra.
§ 1º A remoção é feita a pedido de servidor que preencha as condi-
ções fixadas no edital do concurso aberto para essa finalidade.
§ 2º O sindicato respectivo tem de ser ouvido em todas as etapas 
do concurso de remoção.
§ 3º A remoção de ofício destina-se exclusivamente a atender a 
necessidade de serviços que não comporte o concurso de remoção.
Art. 42. É lícita a permuta entre servidores do mesmo cargo, 
mediante autorização prévia das respectivas chefias.
A remoção pode ser entendida como o “deslocamento da lotação do 
servidor, no mesmo órgão, autarquia ou fundação e na mesma carrei-
ra, de uma localidade para outra”, conforme determina o artigo 41 da Lei 
Complementar n. 840/2011.
A remoção poderá ocorrer tanto por iniciativa do servidor quanto de 
ofício, no interesse do Poder Público.
A remoção a pedido é feita por servidor que preencha as condições fi-
xadas no edital do concurso aberto para essa finalidade. Nessa situação, o 
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sindicato respectivo deve, obrigatoriamente, ser ouvido em todas as etapas 
do concurso de remoção.
A remoção de ofício destina-se exclusivamente a atender a necessidade 
de serviços que não comporte o concurso de remoção.
Poderemos ter, ainda, a permuta entre servidores do mesmo cargo, me-
diante autorização prévia das respectivas chefias. Com a permuta, é 
como se os servidores “trocassem” de lotação, de forma que o servidor A 
passa a ter exercício na lotação de B e o servidor B passa a exercer suas atri-
buições na lotação anterior de A.
2.11.2. Da Redistribuição
Art. 43. Redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou 
vago, para outro órgão, autarquia ou fundação do mesmo Poder.
§ 1º A redistribuição dá-se:
I – para cargo de uma mesma carreira, no caso de reorganização 
ou ajustamento de quadro de pessoal às necessidades do serviço;
II – no caso de extinção ou criação de órgão, autarquia ou fundação.
§ 2º Nas hipóteses do § 1º, II, devem ser observados o interesse da 
administração pública, a vinculação entre os graus de complexidade 
e responsabilidade do cargo, a correlação das atribuições, a equi-
valência entre os vencimentos ou subsídio e a prévia apreciação do 
órgão central de pessoal.
A redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou vago, para ou-
tro órgão, autarquia ou fundação do mesmo Poder.
A redistribuição poderá ocorrer em duas diferentes situações:
a) para cargo de uma mesma carreira, no caso de reorganização ou 
ajustamento de quadrode pessoal às necessidades do serviço;
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b) no caso de extinção ou criação de órgão, autarquia ou fundação. 
Nessa situação, devem ser observados o interesse da administração pública, 
a vinculação entre os graus de complexidade e responsabilidade do cargo, a 
correlação das atribuições, a equivalência entre os vencimentos ou subsídio e 
a prévia apreciação do órgão central de pessoal.
2.11.3. Da Substituição
Art. 44. O ocupante de cargo ou função de direção ou chefia tem 
substituto indicado no regimento interno ou, no caso de omissão, 
previamente designado pela autoridade competente.
§ 1º O substituto deve assumir automaticamente o exercício do 
cargo ou função de direção ou chefia:
I – em licenças, afastamentos, férias e demais ausências ou impe-
dimentos legais ou regulamentares do titular;
II – em caso de vacância do cargo.
§ 2º O substituto faz jus aos vencimentos ou subsídio pelo exercí-
cio do cargo de direção ou chefia, pagos na proporção dos dias de 
efetiva substituição.
Art. 45. O disposto no art. 44 aplica-se aos titulares de unidades 
administrativas organizadas em nível de assessoria.
A substituição trata-se de instituto decorrente do princípio da conti-
nuidade dos serviços públicos. Com ela, objetiva-se que o serviço não 
seja interrompido em razão da ausência do titular da função. Caso assim não 
fosse, a coletividade usuária do serviço prestado é que seria prejudicada pela 
sua interrupção.
Todos os órgãos ou entidades possuem cargos de chefia e funções de di-
reção, sendo que os servidores que ocupam tais funções, além de receber um 
adicional pelo exercício desempenhado, exercem atividades que exigem um 
maior nível de responsabilidade.
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Assim, quando os titulares desses cargos se ausentam (como, por exem-
plo, nas férias, licenças ou afastamentos), o substituto, que deve ser ante-
riormente designado, assume cumulativamente, ou seja, sem prejuízo do 
cargo que ocupa, o exercício temporário das atribuições do titular.
Como contrapartida, recebe um adicional durante o período em que durar 
a substituição.
2.11.4. Da Acumulação
Art. 46. É proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, 
exceto, quando houver compatibilidade de horários, para:
I – dois cargos de professor;
II – um cargo de professor com outro técnico ou científico;
III – dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, 
com profissões regulamentadas.
§ 1º Presume-se como cargo de natureza técnica ou científica, para 
os fins do inciso II, qualquer cargo público para o qual se exija 
educação superior ou educação profissional, ministrada na forma e 
nas condições previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional.
§ 2º A proibição de acumular estende-se:
I – a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empre-
sas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e 
sociedades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público;
II – aos proventos de aposentadoria pagos por regime próprio de 
previdência social do Distrito Federal, da União, de Estado ou Muni-
cípio, ressalvados os proventos decorrentes de cargo acumulável na 
forma deste artigo.
§ 3º O servidor que acumular licitamente cargo público fica obriga-
do a comprovar anualmente a compatibilidade de horários.
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Art. 47. Ressalvados os casos de interinidade e substituição, o ser-
vidor não pode:
I – exercer mais de um cargo em comissão ou função de confiança;
II – acumular cargo em comissão com função de confiança.
Art. 48. Verificada, a qualquer tempo, a acumulação ilegal de 
cargos, empregos, funções públicas ou proventos de aposentado-
ria, o servidor deve ser notificado para apresentar opção no prazo 
improrrogável de dez dias, contados da data da ciência da notifica-
ção.
§ 1º Em decorrência da opção, o servidor deve ser exonerado do 
cargo, emprego ou função por que não mais tenha interesse.
§ 2º Com a opção pela renúncia aos proventos de aposentadoria, o 
seu pagamento cessa imediatamente.
§ 3º Se o servidor não fizer a opção no prazo deste artigo, o setor 
de pessoal da repartição deve solicitar à autoridade competente a 
instauração de processo disciplinar para apuração e regularização 
imediata.
§ 4º Instaurado o processo disciplinar, se o servidor, até o último 
dia de prazo para defesa escrita, fizer a opção de que trata este 
artigo, o processo deve ser arquivado, sem julgamento do mérito.
§ 5º O disposto no § 4º não se aplica se houver declaração falsa 
feita pelo servidor sobre acumulação de cargos.
§ 6º Caracterizada no processo disciplinar a acumulação ilegal, a 
administração pública deve observar o seguinte:
I – reconhecida a boa-fé, exonerar o servidor do cargo vinculado ao 
órgão, autarquia ou fundação onde o processo foi instaurado;
II – provada a má-fé, aplicar a sanção de demissão, destituição 
ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos 
cargos ou empregos em regime de acumulação ilegal, hipótese em 
que os órgãos ou entidades de vinculação devem ser comunicados.
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Art. 49. É vedada a participação de servidor, salvo na condição de 
Secretário de Estado, ainda que suplente, em mais de um conse-
lho, comissão, comitê, órgão de deliberação coletiva ou assemelha-
do, na administração direta, autárquica ou fundacional do Distrito 
Federal.
§ 1º É vedada a remuneração pela participação em mais de um 
conselho.
§ 2º É permitida, observado o disposto no § 1º, a participação 
remunerada de servidor em conselho de administração ou conselho 
fiscal de empresa pública ou sociedade de economia mista em que 
o Distrito Federal detenha, direta ou indiretamente, participação no 
capital social.
Nos termos da Constituição Federal de 1988, a regra é a vedação à acu-
mulação remunerada de dois ou mais cargos públicos. E tal regra se 
aplica a todos os cargos, empregos e funções da Administração direta 
ou indireta de todos os entes federados.
Assim, ainda que o texto da Lei Complementar n. 840/2011 seja direcio-
nado apenas aos servidores públicos distritais, por força da norma constitu-
cional, a vedação à acumulação é uma regra mais ampla e que não se restrin-
ge ao ente federativo regulado pelo presente estatuto.
Nesse sentido, estabelece a norma em estudo que a proibição de acumular 
estende-se:
a) a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas pú-
blicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades contro-
ladas direta ou indiretamente pelo Poder Público;
b) aos proventos de aposentadoria pagos por regime próprio de previdên-
cia social do Distrito Federal, da União, de Estado ou Município, ressalvados 
os proventos decorrentes de cargo acumulável na forma deste artigo.
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As exceções, nas estritas hipóteses constitucionais, ficam condicionadas 
à compatibilidade de horário entre os dois cargos públicos ocupados, 
sendo elas:
• dois cargos de professor;
• um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com pro-
fissões regulamentadas.
Presume-se como cargo de natureza técnica ou científica qualquer 
cargo público para o qual se exija educação superior ou educação profissio-
nal, ministrada na forma e nas condições previstas na Lei de Diretrizes e Ba-
ses da Educação Nacional.
Situação interessante ocorre com os ocupantes de cargos em comis-
são. Tais servidores são pessoas que, muitas vezes, não integram o quadro 
funcional da entidade, sendo designados por indicação do titular da unidade 
para exercer as funções de direção,chefia ou assessoramento.
Dessa forma, estabelece a norma que, ressalvados os casos de interini-
dade e substituição, o servidor não pode:
a) exercer mais de um cargo em comissão ou função de confiança;
b) acumular cargo em comissão com função de confiança.
Ainda com relação à acumulação de cargos públicos, a norma determina 
que é vedada a participação de servidor, salvo na condição de Secretário de 
Estado, ainda que suplente, em mais de um conselho, comissão, comitê, 
órgão de deliberação coletiva ou assemelhado, na Administração di-
reta, autárquica ou fundacional do Distrito Federal.
Diversamente, é permitida a participação remunerada de servidor em 
conselho de administração ou conselho fiscal de empresa pública ou 
sociedade de economia mista em que o Distrito Federal detenha, di-
reta ou indiretamente, participação no capital social.
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�ATENÇÃO!
É vedada a remuneração pela participação em mais de um conselho.
2.11.5. Da Vacância
Art. 50. A vacância do cargo público decorre de:
I – exoneração;
II – demissão;
III – destituição de cargo em comissão;
IV – aposentadoria;
V – falecimento;
VI – perda do cargo, nos demais casos previstos na Constituição 
Federal.
Art. 51. A exoneração de cargo de provimento efetivo dá-se a 
pedido do servidor ou de ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dá-se, exclusivamente, 
quando o servidor:
I – for reprovado no estágio probatório;
II – tendo tomado posse, não entrar em exercício no prazo estabe-
lecido.
Art. 52. A exoneração de cargo em comissão dá-se:
I – a critério da autoridade competente;
II – a pedido do servidor.
Art. 53. A servidora gestante que ocupe cargo em comissão sem 
vínculo com o serviço público não pode, sem justa causa, ser exo-
nerada de ofício, desde a confirmação da gravidez até cinco meses 
após o parto, salvo mediante indenização paga na forma do regu-
lamento.
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Parágrafo único. Deve ser tornado sem efeito o ato de exoneração, 
quando constatado que a servidora estava gestante e não foi inde-
nizada.
Art. 54. Ao tomar posse em outro cargo inacumulável de qualquer 
órgão, autarquia ou fundação do Distrito Federal, o servidor estável 
pode pedir a vacância do cargo efetivo por ele ocupado, observan-
do-se o seguinte:
I – durante o prazo de que trata o art. 32, o servidor pode retornar 
ao cargo anteriormente ocupado, nos casos previstos no art. 37;
II – o cargo para o qual se pediu vacância pode ser provido pela 
administração pública.
As diversas hipóteses de vacância são situações em que o servidor pú-
blico deixa o cargo público anteriormente ocupado.
Tais situações podem ser de caráter definitivo, oportunidade em que o 
agente estatal rompe o seu vínculo com o Poder Público, ou então tratar-se de 
hipóteses em que ocorre a simples troca dos cargos ocupados pelo servidor.
De acordo com a lei em estudo, são as seguintes as situações que dão 
ensejo à vacância do servidor distrital:
I – exoneração;
II – demissão;
III – destituição de cargo em comissão;
IV – aposentadoria;
V – falecimento;
VI – perda do cargo, nos demais casos previstos na Constituição 
Federal.
A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, 
mas sim do rompimento do vínculo mantido entre o servidor e a Admi-
nistração Pública. Tal forma de vacância pode ocorrer de maneira voluntária 
ou involuntária.
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É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor. Tratando-
-se de exoneração de ofício, de iniciativa do Poder Público, estaremos diante 
da exoneração involuntária.
De acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, apenas em duas situ-
ações teremos a exoneração involuntária (de ofício) do servidor público 
ocupante de cargo efetivo:
a) Quando o servidor for reprovado no estágio probatório;
b) Quando o servidor, tendo tomado posse, não entrar em exercício no 
prazo estabelecido.
Quando se tratar de cargo em comissão, tendo em vista que estes são de 
livre nomeação e exoneração e possuem a característica da transitoriedade, a 
exoneração poderá ocorrer, a qualquer tempo, a pedido do servidor (voluntá-
ria) ou de ofício, no interesse da Administração (involuntária).
Importante regra está relacionada com a impossibilidade de exoneração 
da servidora gestante, ainda que no desempenho de cargo em comissão e 
sem vínculo anterior prévio com o Poder Público.
De acordo com as disposições legais, a servidora gestante, nessa situação, 
não poderá ser exonerada de ofício desde a confirmação da gravidez 
até cinco meses após o parto, salvo mediante indenização paga na forma 
do regulamento.
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3. Das Carreiras e do Regime e da Jornada de Trabalho
3.1. Das Disposições Gerais e da Promoção
Art. 55. Os cargos de provimento efetivo são organizados em car-
reira, criada por lei, que deve fixar:
I – a denominação, o quantitativo e as atribuições dos cargos;
II – os requisitos para investidura no cargo e desenvolvimento na 
carreira;
III – a estrutura da carreira com a fixação dos vencimentos ou do 
subsídio;
IV – os critérios de capacitação;
V – o regime e a jornada de trabalho.
Parágrafo único. As alterações de requisitos para provimento de 
cargo público de carreira aplicam-se, exclusivamente, àqueles ser-
vidores cujo ingresso se der após elas terem sido publicadas.
Art. 56. Salvo disposição legal em contrário, a promoção é a movi-
mentação de servidor do último padrão de uma classe para o pri-
meiro padrão da classe imediatamente superior.
§ 1º A promoção dá-se por merecimento ou por antiguidade, na 
forma do plano de carreira de cada categoria funcional.
§ 2º A promoção não interrompe o tempo de exercício no cargo.
Ainda que a Lei Complementar n. 840/2011 não elenque a promoção como 
uma forma de provimento, é importante que tenhamos conhecimento das re-
gras relacionadas com o mencionado instituto.
Basicamente, a promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra 
classe no âmbito da mesma carreira, ocorrendo, com o provimento, a vacân-
cia no cargo de classe mais baixa e o provimento no cargo de classe mais alta.
Como resultado, tem-se que ocorre simultaneamente uma vacância e um 
provimento, não gerando saldo a ser reposto pela Administração.
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Vejamos o seguinte exemplo: no âmbito do Poder Judiciário, os cargos são 
estruturados em três classes, sendo elas denominadas de A, B e C. Cada uma 
dessas classes é subdividida em padrões, de forma que o servidor, ao entrar 
em exercício, ocupa a classe inicial A e o padrão inicial 1.
Após o período de 1 ano de efeito exercício, o servidor passa para o padrão 
subsequente, permanecendo, contudo, na mesma classe.
No nosso caso, o servidor passou de A1 para A2. Ao chegar ao último padrão 
da classe a que pertence, no entanto, temos a passagem de uma classe para 
outra da carreira, oportunidade em que ocorre a promoção.
Com ela, o servidor, que até então ocupava a classe A, passa a ocupar a 
classe B.
3.2. Do Regime e da Jornada de Trabalho
Art. 57. Salvo disposição legal em contrário, o servidor efetivo fica 
sujeito ao regime de trabalho de trinta horas semanais.
§ 1º No interesse da administração pública e mediante anuência 
do servidor, o regime de trabalho pode ser ampliado para quarenta 
horas semanais, observada a proporcionalidade salarial.
§ 2º É vedado aplicar ao regime de trabalho interpretação por ana-
logia, extensão ou semelhança de atribuições.
§ 3º A jornada de trabalho em sistema de escala de revezamento 
deve ser definida em lei ou regulamento, observando o registro em 
folha de ponto do horário de entrada e de saída.Art. 58. O servidor ocupante de cargo em comissão ou no exercício 
de função de confiança tem regime de trabalho de quarenta horas 
semanais, com integral dedicação ao serviço.
Art. 59. No serviço noturno, a hora é considerada como tendo cin-
quenta e dois minutos e trinta segundos.
Parágrafo único. Considera-se noturno o serviço prestado entre as 
vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte.
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Art. 60. Para atender a situações excepcionais e temporárias do 
serviço, a jornada de trabalho pode ser ampliada, a título de serviço 
extraordinário, em até duas horas.
Parágrafo único. Nos casos de risco de comprometimento da ordem 
e da saúde públicas, o Governador pode autorizar, excepcionalmen-
te, a extrapolação dos limites previstos neste artigo, para os servi-
dores que atuem diretamente nas áreas envolvidas.
Art. 61. Pode ser concedido horário especial ao servidor:
I – com deficiência ou com doença falciforme;
II – que tenha cônjuge ou dependente com deficiência ou com 
doença falciforme;
III – matriculado em curso da educação básica e da educação supe-
rior, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar 
e o da unidade administrativa, sem prejuízo do exercício do cargo;
IV – na hipótese do art. 100, § 2º.
§ 1º Nas hipóteses dos incisos I e II, o horário especial consiste na 
redução de até 20% da jornada de trabalho e sua necessidade deve 
ser atestada por junta médica oficial.
§ 2º Nos casos dos incisos III e IV, é exigida do servidor a com-
pensação de horário na unidade administrativa, de modo a cumprir 
integralmente o regime semanal de trabalho.
§ 3º O servidor estudante deve comprovar, mensalmente, a sua 
frequência escolar.
Art. 62. Sem prejuízo da remuneração ou subsídio, o servidor pode 
ausentar-se do serviço, mediante comunicação prévia à chefia ime-
diata:
I – por um dia para:
a) doar sangue;
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b) realizar, uma vez por ano, exames médicos preventivos ou peri-
ódicos voltados ao controle de câncer de próstata, de mama ou do 
colo de útero;
II – por até dois dias, para se alistar como eleitor ou requerer trans-
ferência do domicílio eleitoral;
III – por oito dias consecutivos, incluído o dia da ocorrência, em 
razão de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, parceiro homoafetivo, 
pai, mãe, padrasto, madrasta, filho, irmão, enteado ou menor sob 
guarda ou tutela.
Art. 63. Em caso de falta ao serviço, atraso, ausência ou saída 
antecipada, desde que devidamente justificados, é facultado à 
chefia imediata, atendendo a requerimento do interessado, auto-
rizar a compensação de horário a ser realizada até o final do mês 
subsequente ao da ocorrência.
§ 1º O atraso, a ausência justificada ou a saída antecipada são 
computados por minutos, a serem convertidos em hora, dentro de 
cada mês.
§ 2º Apurado o tempo na forma do § 1º, são desprezados os resí-
duos inferiores a sessenta minutos.
§ 3º Toda compensação de horário deve ser registrada pela chefia 
imediata junto ao setor de pessoal da repartição.
Art. 64. As faltas injustificadas ao serviço configuram:
I – abandono do cargo, se ocorrerem por mais de trinta dias con-
secutivos;
II – inassiduidade habitual, se ocorrerem por mais de sessenta 
dias, interpoladamente, no período de doze meses.
Art. 65. Salvo na hipótese de licença ou afastamento prevista no 
art. 17, § 2º, considera-se falta injustificada, especialmente, a que 
decorra de:
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I – não retorno ao exercício, no prazo fixado nesta Lei Complementar, 
em caso de reversão, reintegração, recondução ou aproveitamento;
II – não apresentação imediata para exercício no órgão, autarquia 
ou fundação, em caso de remoção ou redistribuição;
III – interstício entre:
a) o afastamento do órgão, autarquia ou fundação de origem e o 
exercício no órgão ou entidade para o qual o servidor foi cedido ou 
colocado à disposição;
b) o término da cessão ou da disposição de que trata a alínea a e 
o reinício do exercício no órgão, autarquia ou fundação de origem.
Além das vantagens devidas aos servidores distritais, a norma elenca uma 
série de concessões. Nessas situações, a regra é de que o servidor pode se 
ausentar do trabalho, por um número determinado de dias, sem que isso im-
plique em prejuízo de sua remuneração.
guarda ou tutela
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Poderá ser concedido horário especial ao servidor nas seguintes situações:
a) com deficiência ou com doença falciforme (A doença falciforme é 
caracterizada pela presença de hemoglobina alterada nos glóbulos verme-
lhos);
b) que tenha cônjuge ou dependente com deficiência ou com do-
ença falciforme;
Nestas duas situações, o horário especial consiste na redução de até 20% 
da jornada de trabalho, e sua necessidade deve ser atestada por junta médica 
oficial.
c) matriculado em curso da educação básica e da educação supe-
rior, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar 
e o da unidade administrativa, sem prejuízo do exercício do cargo;
d) no desempenho de encargo de curso ou concurso.
Nessas situações, é exigida do servidor a compensação de horário na uni-
dade administrativa, de modo a cumprir integralmente o regime semanal de 
trabalho.
Em determinadas situações (falta ao serviço, atraso, ausência ou sa-
ída antecipada), desde que devidamente justificadas, é facultado à chefia 
imediata, atendendo a requerimento do interessado, autorizar a compensação 
de horário a ser realizada até o final do mês subsequente ao da ocorrência.
Importante salientar que o atraso, a ausência justificada ou a saída ante-
cipada são computados por minutos, a serem convertidos em hora, dentro de 
cada mês.
Uma vez tendo sido apurado o tempo, serão desprezados os resíduos in-
feriores a 60 minutos.
Já que mencionamos a possibilidade de compensação de horários, 
devemos saber, adicionalmente, qual a jornada de trabalho dos ser-
vidores distritais, não é mesmo?
De acordo com a norma, salvo disposição legal em contrário, o servidor 
efetivo fica sujeito ao regime de trabalho de 30 horas semanais.
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No interesse da Administração Pública e mediante anuência do servidor, o 
regime de trabalho pode ser ampliado para 40 horas semanais, observada a 
proporcionalidade salarial.
O servidor ocupante de cargo em comissão ou no exercício de função de 
confiança tem regime de trabalho de 40 horas semanais, com integral dedi-
cação ao serviço.
Por fim, ressalta-se que as faltas injustificadas ao serviço configuram:
a) abandono do cargo, se ocorrerem por mais de trinta dias consecuti-
vos;
b) inassiduidade habitual, se ocorrerem por mais de sessenta dias, in-
terpoladamente, no período de doze meses.
4. Dos Direitos
4.1. Do Sistema Remuneratório, do Vencimento Bá-
sico e do Subsídio
Art. 66. A retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público é 
fixada em lei, sob a forma de subsídio ou remuneração mensal.
§ 1º O valor diário da remuneração ou subsídio obtém-se dividindo-
-se o valor da retribuição pecuniária mensal por trinta.
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§ 2º O valor horário da remuneração ou subsídio obtém-se dividin-
do-se a retribuição pecuniária mensal pelo quíntuplo da carga horá-
ria semanal.
§ 3º Na retribuição pecuniária mensal de que tratam os §§ 1º e 2º, 
não se incluem:
I – as vantagens de natureza periódica ou eventual, as de caráter 
indenizatório, o adicional noturno e o adicional por serviço extraor-
dinário;
II – os acréscimos de que trata o art. 67, I a VII.
Art. 67. O subsídio é constituído de parcela

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