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LEIS ESQUEMATIZADAS LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011 http://www.grancursosonline.com.br SUMÁRIO LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011 ESQUEMATIZADA ...............................5 1. Das Disposições Preliminares ...........................................................5 2. Dos Cargos Públicos e das Funções de Confiança ................................6 2.1. Provimento ................................................................................6 2.2. Do Concurso Público ..................................................................10 2.3. Da Nomeação ...........................................................................13 2.4. Da Posse e do Exercício .............................................................16 2.5. Do Estágio Probatório ................................................................22 2.6. Da Estabilidade .........................................................................28 2.7. Da Reversão .............................................................................29 2.8. Da Reintegração .......................................................................31 2.9. Da Recondução .........................................................................33 2.10. Da Disponibilidade e do Aproveitamento .....................................34 2.11. Dos Remanejamentos ..............................................................35 3. Das Carreiras e do Regime e da Jornada de Trabalho ........................45 3.1. Das Disposições Gerais e da Promoção .........................................45 3.2. Do Regime e da Jornada de Trabalho ...........................................46 4. Dos Direitos ................................................................................51 4.1. Do Sistema Remuneratório, do Vencimento Básico e do Subsídio ..... 51 4.2. DAS VANTAGENS ......................................................................57 4.4. Das Vantagens Permanentes Relativas ao Cargo, das Vantagens Relativas às Peculiaridades de Trabalho, das Vantagens Periódicas, Pessoais e Eventuais ........................................................................58 4.5. Das Vantagens de Caráter Indenizatório .......................................70 4.6. Das Férias ................................................................................80 4.7. Das Licenças ............................................................................83 4.8. Dos Afastamentos .....................................................................92 4.9. Do Tempo de Serviço e do Tempo de Contribuição ....................... 103 4.10. Do Direito de Petição ............................................................. 109 5. Dos Deveres ............................................................................. 113 6. Do Regime Disciplinar ................................................................. 115 6.1. Das Responsabilidades ............................................................. 115 6.2. Das Infrações Disciplinares ....................................................... 119 6.3. Das Sanções Disciplinares ........................................................ 123 7. Dos Processos de Apuração de Infração Disciplinar ......................... 133 7.1. Das Disposições Gerais ............................................................ 133 7.2. Da Sindicância e da Sindicância Patrimonial ................................ 136 7.3. Do Processo Disciplinar, do Contraditório e da Ampla Defesa ......... 140 7.4. Do Afastamento Preventivo ...................................................... 145 7.5. Da Comissão Processante ......................................................... 146 8. Das Fases Processuais ................................................................ 149 8.1. Das Disposições Gerais ............................................................ 149 8.2. Da Instauração ....................................................................... 149 8.3. Da Instrução .......................................................................... 151 8.4. Da Defesa .............................................................................. 157 8.5. Do Relatório ........................................................................... 159 8.6. Do Julgamento ....................................................................... 160 8.7. Da Revisão Do Processo ........................................................... 165 8. Da Seguridade Social do Servidor ................................................ 170 8.1. Das Disposições Gerais e da Assistência à Saúde ......................... 170 8.2. Da Licença Médica e da Licença Odontológica .............................. 172 8.3. Da Readaptação ...................................................................... 174 9. Das Disposições Finais e Transitórias ............................................ 174 Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 4 A Lei Complementar n. 840/2011 é a norma responsável por estabelecer o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Distrito Federal, das autar- quias e das fundações públicas distritais. Consequentemente, seu estudo é imprescindível para todos aqueles que almejam a aprovação em um cargo público regido pelas disposições da pre- sente norma. Nesse sentido, um dos concursos em que essa lei é exigida é a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que teve o seu edital publicado recen- temente e trata-se de uma das melhores oportunidades de 2018 no âmbito dos concursos públicos. Sendo assim, como forma de facilitar a compreensão dos inúmeros artigos que, em conjunto, formam o regime funcional dos servidores distritais, todo o texto da lei foi comentado e detalhado. O objetivo, com isso, é que você otimize a sua preparação para o concurso da CLDF. Boa leitura a todos e ótimos estudos!! Diogo http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 5 LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011 ESQUEMATIZADA 1. Das Disposições Preliminares Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos servi- dores públicos civis da administração direta, autárquica e fundacio- nal e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Federal. Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público. Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilida- des previstas na estrutura organizacional e cometidas a um servi- dor público. Parágrafo único. Os cargos públicos são criados por lei, com denomi- nação própria e subsídio ou vencimentos pagos pelos cofres públi- cos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. A Lei Complementar n. 840/2011 é a norma que institui o regime jurí- dico dos servidores públicos civis da administração direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Fe- deral. É por meio das disposições da mencionada lei, dessa forma, que os ser- vidores distritais estatutários encontram todos os direitos e garantias a eles conferidos, bem como os requisitos para o seu exercício. No entanto, as disposições da Lei Complementar n. 840/2011 não se aplicam a todos os agentes públicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis distritais, o que implica em dizer que os empregados públicos, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo de atuação do estatuto federal. http://www.grancursosonline.com.br igor.coser Highlight igor.coser Highlight Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 6 Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públicos estatu- tários dos demais entes federativos, tal como a União, os Estados e os Muni- cípios. Ainda que esses servidores sejam regidos por um estatuto, caberá ao respectivo ente federativo, por meio de lei, a sua edição. A Lei Complementar n. 840/2011 é aplicada A Lei Complementar n. 840/2011 não é aplicada aos servidores estatutários da administração diretadistrital aos empregados públicos distritais, que são regidos pelas disposições da CLT aos servidores das autarquias (inclusive as em regime especial) distritais aos servidores públicos da União, dos Estados e dos Municípios aos servidores das fundações públicas distritais aos militares Nesse sentido, merece destaque os conceitos de cargo e de servidor pú- blico apresentados pela Lei Complementar. Podemos definir, assim, servidor público como a pessoa anteriormente aprovada em concurso público, nomeada (ato de provimento) e que dentro do prazo legal (30 dias, como regra geral) tomou posse peran- te a autoridade competente. Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, que é o conjunto de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que o agora agente público terá na sua carreira profissional. 2. Dos Cargos Públicos e das Funções de Confiança 2.1. Provimento Art. 4º A investidura em cargo de provimento efetivo depende de prévia aprovação em concurso público. Art. 5º Os cargos em comissão, destinados exclusivamente às atri- buições de direção, chefia e assessoramento, são de livre nomea- ção e exoneração pela autoridade competente. http://www.grancursosonline.com.br igor.coser Highlight igor.coser Highlight Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 7 § 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se cargo em comissão: I – de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da administração superior; II – de chefia: aquele cujo desempenho envolva relação direta e imediata de subordinação; III – de assessoramento: aquele cujas atribuições sejam para auxi- liar: a) os detentores de mandato eletivo; b) os ocupantes de cargos vitalícios; c) os ocupantes de cargos de direção ou de chefia. § 2º Pelo menos cinquenta por cento dos cargos em comissão devem ser providos por servidor público de carreira, nos casos e condições previstos em lei. § 3º É proibida a designação para função de confiança ou a nome- ação para cargo em comissão, incluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato tipificado como causa de inelegibili- dade prevista na legislação eleitoral, observado o mesmo prazo de incompatibilidade dessa legislação. Art. 6º As funções de confiança, privativas de servidor efetivo, des- tinam-se exclusivamente às atribuições de direção, chefia e asses- soramento. Art. 7º São requisitos básicos para investidura em cargo público: I – a nacionalidade brasileira; II – o gozo dos direitos políticos; III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V – a idade mínima de dezoito anos; VI – a aptidão física e mental. http://www.grancursosonline.com.br igor.coser Highlight igor.coser Highlight igor.coser Highlight Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 8 § 1º A lei pode estabelecer requisitos específicos para a investidura em cargos públicos. § 2º O provimento de cargo público por estrangeiro deve observar o disposto em Lei federal. § 3º Os requisitos para investidura em cargo público devem ser comprovados por ocasião da posse. Art. 8º São formas de provimento de cargo público: I – nomeação; II – reversão; III – aproveitamento; IV – reintegração; V – recondução. Art. 9º É vedado editar atos de nomeação, posse ou exercício com efeito retroativo. Art. 10. O ato de provimento de cargo público compete ao: I – Governador, no Poder Executivo; II – Presidente da Câmara Legislativa; III – Presidente do Tribunal de Contas. Realizado o concurso, é o momento de a administração chamar os can- didatos aprovados. Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de regras devem ser estabelecidas pela respectiva administração. Dessa forma, o provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder, que deverá observar, conforme as re- gras estabelecidas no edital, um limite mínimo de provimentos para as pes- soas portadoras de deficiência. Tal limite, atualmente, é de até 20% das vagas oferecidas no con- curso. http://www.grancursosonline.com.br igor.coser Highlight Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 9 A Lei Complementar n. 840/2011 estabelece diversas formas de provi- mento de cargo público, sendo elas a nomeação, a reversão, o aproveita- mento, a reintegração e a recondução. Destas, apenas a nomeação é considerada forma originária de pro- vimento, sendo que todas as demais são classificadas como formas de pro- vimento derivadas. Ressalta-se que o ato de provimento de cargo público, no âmbito do Dis- trito Federal, compete às seguintes autoridades: a) Governador, no Poder Executivo; b) Presidente da Câmara Legislativa; c) Presidente do Tribunal de Contas. Os cargos públicos, ainda que sejam, em sua maioria, providos para efe- tivo exercício, podem também ser utilizados para provimento em comissão. O provimento em comissão é utilizado pela Administração Pública para as funções de direção, chefia e assessoramento, oportunidades em que as pessoas designadas poderão ou não já ser integrantes do serviço público. Observe que três são as diferentes funções que dão ensejo ao provimento dos cargos em comissão, sendo elas a direção, a chefia e o assessora- mento. Nesse sentido, a norma se preocupou em definir cada um destes concei- tos, da seguinte forma: a) cargo em comissão de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da administração superior; b) cargo em comissão de chefia: aquele cujo desempenho envolva re- lação direta e imediata de subordinação; c) cargo em comissão de assessoramento: aquele cujas atribuições sejam para auxiliar os detentores de mandato eletivo, os ocupantes de cargos vitalícios ou os ocupantes de cargos de direção ou de chefia. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 10 �ATENÇÃO! Pelo menos 50% dos cargos em comissão devem ser providos por servidor público de carreira, nos casos e condições previstos em lei. Não poderá ser nomeado para cargo em comissão aquele que tenha praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral, observado o mesmo prazo de incompatibilidade dessa legislação. 2.2. Do Concurso Público Art. 11. As normas gerais sobre concurso público são as fixadas em lei específica. § 2º O concurso público é de provas ou de provas e títulos, confor- me dispuser a lei do respectivo plano de carreira. Art. 12. O edital de concurso público tem de reservar vinte por cento das vagas para serem preenchidas por pessoa com deficiên- cia, desprezada a parte decimal. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 11 § 1º A vaga não preenchida na forma do caput reverte-se para pro- vimento dos demais candidatos. § 2º A deficiência e a compatibilidade para as atribuições do cargo são verificadas antes da posse, garantido recurso em caso de deci- são denegatória, com suspensão da contagem do prazo para a posse. § 3º Não estão abrangidas pelos benefícios deste artigo a pessoa com deficiência apta para trabalhar normalmente e a inapta para qualquer trabalho. Art. 13. O concurso público tem validade de até dois anos, a qual pode ser prorrogada uma única vez, por igual período, na forma do edital. § 1º No período de validade do concurso público, o candidato apro- vado deve ser nomeado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo na carreira. § 2º O candidato aprovado em concurso público, no prazo de cinco dias contados da publicação do ato de nomeação, pode solicitar seu reposicionamento para o final da lista de classificação. O concurso público é a forma objetiva de selecionar servidores, primando pelo princípio da impessoalidade e assegurando igualdade de con- dições a todos os candidatos. No entanto, não é de qualquer forma que tal processo pode ser realizado. Caso assim o fosse, seriamuito fácil para administradores mal-intencionados fraudar as regras previstas e conceder certos favorecimentos para determina- dos candidatos, desrespeitando gravemente a impessoalidade, princípio basi- lar de toda a atividade administrativa. Por isso mesmo é que a Lei Complementar n. 840/2011 se preocupou em estabelecer diversas regras a serem observadas pela Administração Pública quando da realização de concurso público. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 12 Tais regras, salienta-se, devem observar as disposições constitucio- nais sobre a forma de realização dos concursos públicos, disposições estas de observância obrigatória para toda a Administração Pública. Perceba que o concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, mas nunca, para os servidores regidos pela Lei Complementar n. 840/2011, poderá ser exclusivamente de títulos. Da mesma forma, o concurso terá validade de até dois anos, e a sua prorrogação, que poderá ocorrer uma única vez, deverá ser pelo mesmo pra- zo inicialmente previsto para a validade do certame. �APRENDENDO NA PRÁTICA Poderá a Administração, por exemplo, realizar concurso com prazo de valida- de de 1 ano, estabelecendo no edital que o prazo ali estabelecido poderá ser prorrogado uma única vez, por igual período. Assim, vencido o prazo do concurso, pode a Administração (trata-se de uma faculdade) prorrogar a validade do mesmo por mais 1 ano ou realizar um novo concurso. E poderá a Administração publicar edital de concurso com o prazo de validade de 2 anos, improrrogáveis? Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas foi que a Administração, discricionariamente, optou por não estabelecer a possi- bilidade de prorrogação. E se fosse publicado um edital com prazo de 1 ano, estabelecendo a possibilidade de prorrogação por 3 vezes e estando, por isso mesmo, com prazo total inferior a 4 anos, seria válido? Ainda que o prazo total de 4 anos não tenha sido superado (2 + 2), foi desres- peitada a regra de uma única prorrogação, devendo o edital ser considerado nulo nesse aspecto. E se tivemos um edital regulamentando um concurso e estabelecendo como prazo de validade 2 anos, com a possibilidade de prorrogação http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 13 por 1 ano. Estaria a Administração, nessa situação, respeitando a Lei Complementar n. 840/2011? Aqui, temos uma situação interessante: uma única prorrogação e o prazo total respeitado. No entanto, além dessas regras, não podemos nos esque- cer de que a prorrogação, em todos os casos, deve ser pelo mesmo período inicialmente previsto no edital: 1 ano + 1 ano, 2 anos + 2 anos, 6 meses + 6 meses. Importante regra da lei complementar refere-se à possibilidade de o can- didato aprovado em concurso público solicitar seu reposicionamento para o final da lista de classificação. Para que essa medida seja possível, a solicitação deve ser feita, impreteri- velmente, no prazo de 5 dias contados da publicação do ato de nome- ação. 2.3. Da Nomeação Art. 14. A nomeação faz-se em cargo: I – de provimento efetivo; II – em comissão. § 1º A nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de clas- sificação e o prazo de validade do concurso público. § 2º O candidato aprovado no número de vagas previstas no edital do concurso tem direito à nomeação no cargo para o qual concor- reu. Art. 15. O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nome- ado para ter exercício, interinamente, em outro cargo em comissão, hipótese em que deve: I – acumular as atribuições de ambos os cargos; http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 14 II – optar pela remuneração de um deles durante o período da inte- rinidade. Art. 16. É vedada a nomeação, para cargo em comissão ou a desig- nação para função de confiança, do cônjuge, de companheiro ou de parente, por consanguinidade até o terceiro grau ou por afinidade: I – do Governador e do Vice-Governador, na administração pública direta, autárquica ou fundacional do Poder Executivo; II – de Deputado Distrital, na Câmara Legislativa; III – de Conselheiro, Auditor ou Procurador do Ministério Público, no Tribunal de Contas; § 1º As vedações deste artigo aplicam-se: I – aos casos de reciprocidade de nomeação ou designação; II – às relações homoafetivas. § 2º Não se inclui nas vedações deste artigo a nomeação ou a designação: I – de servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, incluídos os aposentados, desde que seja observada: a) a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo efetivo com o cargo em comissão ou a função de confiança; b) a compatibilidade e a complexidade das atribuições do cargo efe- tivo com o cargo em comissão ou a função de confiança; II – realizada antes do início do vínculo familiar entre o agente público e o nomeado ou designado; III – de pessoa já em exercício no mesmo órgão, autarquia ou fun- dação antes do início do vínculo familiar com o agente público, para cargo, função ou emprego de nível hierárquico igual ou mais baixo que o anteriormente ocupado. § 3º Em qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupan- te de cargo em comissão ou função de confiança sob subordinação hierárquica mediata ou imediata. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 15 Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, podendo ocorrer tanto para os cargos efetivos quanto para os cargos em comissão. No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de pro- vimento efetivo ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, pre- cisa de aprovação em concurso público anteriormente realizado. Duas importantes regras devem ser observadas com relação aos nomea- dos para cargos de provimento efetivo: a) A nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de classificação e o prazo de validade do concurso público. b) O candidato aprovado no número de vagas previstas no edital do con- curso tem direito à nomeação no cargo para o qual concorreu. Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de livre nomeação e exoneração, tal característica nem sempre está presente. E isso ocorre porque os cargos em comissão são destinados às funções de direção, chefia e assessoramento, podendo, por isso mesmo, ser livremente escolhidos pela autoridade nomeante, que pode optar por provê-los com um servidor de carreira ou com uma pessoa até então estranha aos quadros fun- cionais do serviço público. O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo em comissão, hipótese em que deve: a) acumular as atribuições de ambos os cargos; b) optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. �ATENÇÃO! É vedada a nomeação, para cargo em comissão ou a designação para função de confiança, do cônjuge, de companheiro ou de parente, por consan- guinidade até o terceiro grau ou por afinidade: http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 16 a) do Governador e do Vice-Governador, na Administração Pública direta, autárquica ou fundacional do Poder Executivo; b) de Deputado Distrital, na Câmara Legislativa; c) de Conselheiro, Auditor ou Procurador do Ministério Público, no Tribunal de Contas; As vedações elencadas se aplicam aos casos de reciprocidade de nomea- ção ou designação ou, ainda, às relações homoafetivas. Em sentido contrário, não estão incluídas nas vedações em questão a nomeação ou designação: I – de servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, incluídos os aposentados, desde que seja observada: a) a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo efetivo com o cargo em comissão ou a função de confiança; b) a compatibilidade e a complexidade das atribuições do cargo efe-tivo com o cargo em comissão ou a função de confiança; II – realizada antes do início do vínculo familiar entre o agente público e o nomeado ou designado; III – de pessoa já em exercício no mesmo órgão, autarquia ou fun- dação antes do início do vínculo familiar com o agente público, para cargo, função ou emprego de nível hierárquico igual ou mais baixo que o anteriormente ocupado. Em qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupante de cargo em comissão ou função de confiança sob subordinação hierár- quica mediata ou imediata. 2.4. Da Posse e do Exercício Art. 17. A posse ocorre com a assinatura do respectivo termo, do qual devem constar as atribuições, os direitos e os deveres ineren- tes ao cargo ocupado. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 17 § 1º A posse deve ocorrer no prazo de trinta dias, contados da publicação do ato de nomeação. § 2º O prazo de que trata o § 1º pode ser prorrogado para ter início após o término das licenças ou dos afastamentos seguintes: I – licença médica ou odontológica; II – licença-maternidade; III – licença-paternidade; IV – licença para o serviço militar. § 3º A posse pode ocorrer mediante procuração com poderes espe- cíficos. § 4º Só há posse nos casos de provimento por nomeação. § 5º Deve ser tornado sem efeito o ato de nomeação se a posse não ocorrer no prazo previsto neste artigo. Art. 18. Por ocasião da posse, é exigido do nomeado apresentar: I – os comprovantes de satisfação dos requisitos previstos no art. 7º e nas normas específicas para a investidura no cargo; II – declaração: a) de bens e valores que constituem seu patrimônio; b) sobre acumulação ou não de cargo ou emprego público, bem como de proventos da aposentadoria de regime próprio de previ- dência social; c) sobre a existência ou não de impedimento para o exercício de cargo público. § 1º É nulo o ato de posse realizado sem a apresentação dos docu- mentos a que se refere este artigo. § 2º A aptidão física e mental é verificada em inspeção médica ofi- cial. § 3º A declaração prevista no inciso II, a, deve ser feita em for- mulário fornecido pelo setor de pessoal da repartição, e dele deve constar campo para informar bens, valores, dívidas e ônus reais http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 18 exigidos na declaração anual do imposto de renda da pessoa física, com as seguintes especificações: I – a descrição do bem, com sua localização, especificações gerais, data e valor da aquisição, nome do vendedor e valor das benfeito- rias, se houver; II – as dívidas e o ônus real sobre os bens, com suas especificações gerais, valor e prazo para quitação, bem como o nome do credor; III – a fonte de renda dos últimos doze meses, com a especificação do valor auferido no período. Art. 19. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público. § 1º O servidor não pode entrar em exercício: I – se ocupar cargo inacumulável, sem comprovar a exoneração ou a vacância de que trata o art. 54; II – se ocupar cargo acumulável, sem comprovar a compatibilidade de horários; III – se receber proventos de aposentadoria inacumuláveis com a remuneração ou subsídio do cargo efetivo, sem comprovar a opção por uma das formas de pagamento. § 2º É de cinco dias úteis o prazo para o servidor entrar em exercí- cio, contado da posse. § 3º Compete ao titular da unidade administrativa onde for lotado o servidor dar-lhe exercício. § 4º Com o exercício, inicia-se a contagem do tempo efetivo de ser- viço. § 5º O servidor que não entrar em exercício no prazo do § 2º deve ser exonerado. Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor tem de apresentar ao órgão competente os documentos necessários aos assentamentos individuais. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 19 Parágrafo único. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício são registrados nos assentamentos individuais do servi- dor. Art. 21. O exercício de função de confiança inicia-se com a publica- ção do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licen- ça ou afastado por qualquer motivo legal, hipótese em que o exer- cício se inicia no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não pode exceder a trinta dias da publicação. Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial, o no- meado tem o prazo de 30 dias para tomar posse. Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, uma vez que o indivíduo nomeado ainda não é considerado servidor público, fato que apenas ocorre com a posse. A norma elenca, no entanto, quatro diferentes licenças que podem dar ensejo ao diferimento do momento do início do prazo para que o particular tome posse. Assim, caso o particular esteja licenciado com base nestas quatro licenças, o prazo de 30 dias para a posse apenas terá início após o término das respectivas licenças, sendo elas: a) licença médica ou odontológica; b) licença-maternidade; c) licença-paternidade; d) licença para o serviço militar. Constitui a posse, dessa forma, o momento em que os candidatos aprova- dos e anteriormente nomeados têm o primeiro contato com a Administração Pública, passando, a partir de então, a serem servidores públicos e estando legalmente investidos em cargo público. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 20 A lei complementar, em seu artigo 7º, relaciona os requisitos que devem obrigatoriamente ser exigidos para que possa ocorrer a investidura em cargo público. Tais requisitos devem ser comprovados no momento da posse, sendo inconstitucional norma que estabeleça outro momento para a sua exi- gência, tal como a inscrição ou a data da realização das provas. Nos termos da lei, são os seguintes os requisitos exigidos na data da posse: I – a nacionalidade brasileira; II – o gozo dos direitos políticos; III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V – a idade mínima de dezoito anos; VI – a aptidão física e mental. Frisa-se que a lista apresentada não é exaustiva, podendo ser exigidos, em virtude das atribuições do cargo, outros requisitos estabelecidos em lei, tal como a comprovação de experiência mínima no ramo de atividade e a aprovação em curso de formação. Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais da Administração Pública distrital. E como forma de o servidor conhecer o local da repartição para onde foi nomeado e se organizar melhor com relação a mudanças, hospedagem e de- mais procedimentos, a Lei Complementar faculta ao servidor o prazo de 5 dias úteis, contados da posse, para a entrada em exercício. Caso o servidor anteriormente empossado não entre em exercício no pra- zo legal, teremos, ao contrário do que ocorre com a nomeação, a exoneração do servidor, uma vez que, conforme anteriormente mencionado, a posse é o momento em que o particular passa a constar nos assentamentos funcionais da Administração, sendo considerado, a partir de então, servidor público. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 21 Com a nomeação isso não ocorre, tratando-se esta, apenas, de uma forma de “chamar” o candidato nomeado. Por isso mesmo, caso o particular não atenda ao chamado público, o ato apenas será tornado sem efeito, acarre- tando, como consequência, a nomeação do candidato classificado na posição subsequente. Tais institutos podem ser mais bem visualizados, com os seus respectivos efeitos, por meio do gráfico a seguir: Constitui o exercício o efetivo desempenho do cargo público ou da função de confiança. Nos termos da lei, compete à autoridade para onde foi nomeado o servidor todas as instruções e orientações necessárias para que o servidor prestesuas atividades adequadamente. É durante o exercício do servidor que todas os demais institutos se fazem presentes, de forma que passa ele a contar com uma série de direitos e de obrigações, submetendo-se a um período de estágio probatório e adquirindo, caso cumpra os requisitos previstos em lei, a estabilidade. No entanto, o servidor não poderá entrar em exercício nas seguintes situ- ações: a) se ocupar cargo inacumulável, sem comprovar a respectiva exone- ração ou a vacância; http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 22 b) se ocupar cargo acumulável, sem comprovar a compatibilidade de horários; c) se receber proventos de aposentadoria inacumuláveis com a re- muneração ou subsídio do cargo efetivo, sem comprovar a opção por uma das formas de pagamento. 2.5. Do Estágio Probatório Art. 22. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo fica sujeito ao estágio probatório pelo prazo de três anos. Art. 23. Na hipótese de acumulação lícita de cargos, o estágio pro- batório é cumprido em relação a cada cargo em cujo exercício esteja o servidor, vedado o aproveitamento de prazo ou pontuação. Art. 24. O servidor pode desistir do estágio probatório e ser recon- duzido ao cargo de provimento efetivo anteriormente ocupado no qual já possuía estabilidade, observado o disposto no art. 37. Parágrafo único. Não pode desistir do estágio probatório o servidor que responde a processo disciplinar. Art. 25. É vedado à administração pública conceder licença não remunerada ou autorizar afastamento sem remuneração ao servi- dor em estágio probatório. § 1º Excetua-se do disposto neste artigo o afastamento para o ser- viço militar ou para o exercício de mandato eletivo. § 2º A vedação de que trata este artigo aplica-se ao gozo de licen- ça-prêmio por assiduidade. Art. 26. O servidor em estágio probatório pode: I – exercer qualquer cargo em comissão ou função de confiança no órgão, autarquia ou fundação de lotação; http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 23 II – ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargo de natureza especial ou de equivalente nível hierárquico. Art. 27. Fica suspensa a contagem do tempo de estágio probatório quando ocorrer: I – o afastamento de que tratam os arts. 26, II, e 162; II – licença remunerada por motivo de doença em pessoa da família do servidor. Art. 28. Durante o estágio probatório, são avaliadas a aptidão, a capacidade e a eficiência do servidor para o desempenho do cargo, com a observância dos fatores: I – assiduidade; II – pontualidade; III – disciplina; IV – capacidade de iniciativa; V – produtividade; VI – responsabilidade. § 1º O Poder Executivo e os órgãos do Poder Legislativo devem regulamentar, em seus respectivos âmbitos de atuação, os procedi- mentos de avaliação do estágio probatório, observado, no mínimo, o seguinte: I – até o trigésimo mês do estágio probatório, a avaliação é feita semestralmente, com pontuação por notas numéricas de zero a dez; II – as avaliações de que trata o inciso I são feitas pela chefia ime- diata do servidor, em ficha previamente preparada e da qual conste, pelo menos, o seguinte: a) as principais atribuições, tarefas e rotinas a serem desempenha- das pelo servidor, no semestre de avaliação; b) os elementos e os fatores previstos neste artigo; c) o ciente do servidor avaliado. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 24 § 2º Em todas as avaliações, é assegurado ao avaliado: I – o amplo acesso aos critérios de avaliação; II – o conhecimento dos motivos das notas que lhe foram atribuí- das; III – o contraditório e a ampla defesa, nos termos desta Lei Com- plementar. § 3º As avaliações devem ser monitoradas pela comissão de que trata o art. 29. Art. 29. A avaliação especial, prevista na Constituição Federal como condição para aquisição da estabilidade, deve ser feita por comis- são, quatro meses antes de terminar o estágio probatório. § 1º A comissão de que trata este artigo é composta por três servi- dores estáveis do mesmo cargo ou de cargo de escolaridade supe- rior da mesma carreira do avaliado. § 2º Não sendo possível a aplicação do disposto no § 1º, a compo- sição da comissão deve ser definida, conforme o caso: I – pelo Presidente da Câmara Legislativa; II – pelo Presidente do Tribunal de Contas; III – pelo Secretário de Estado a que o avaliado esteja subordina- do, incluídos os servidores de autarquia, fundação e demais órgãos vinculados. § 3º Para proceder à avaliação especial, a comissão deve observar os seguintes procedimentos: I – adotar, como subsídios para sua decisão, as avaliações feitas na forma do art. 28, incluídos eventuais pedidos de reconsideração, recursos e decisões sobre eles proferidas; II – ouvir, separadamente, o avaliador e, em seguida, o avaliado; III – realizar, a pedido ou de ofício, as diligências que eventualmen- te emergirem das oitivas de que trata o inciso II; http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 25 IV – aprovar ou reprovar o servidor no estágio probatório, por deci- são fundamentada. § 4º Contra a reprovação no estágio probatório cabe pedido de reconsideração ou recurso, a serem processados na forma desta Lei Complementar. Art. 30. As autoridades de que trata o art. 29, § 2º, são competen- tes para: I – julgar, em única e última instância, qualquer recurso interposto na forma do art. 29; II – homologar o resultado da avaliação especial feita pela comissão e, como consequência, efetivar o servidor no cargo, quando ele for aprovado no estágio probatório. Art. 31. O servidor reprovado no estágio probatório deve ser, con- forme o caso, exonerado ou reconduzido ao cargo de origem. A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de cargo efetivo, o estágio probatório, período de avaliação em que diversos fatores são levados em conta para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público. O instituto do estágio probatório está intimamente ligado ao princípio da eficiência, sendo um dos momentos em que a administração pode verificar se o servidor atende às condições por ela exigidas. Tais condições, de acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, são as seguintes: a) assiduidade; b) pontualidade; c) disciplina; d) capacidade de iniciativa; e) produtividade; f) responsabilidade. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 26 Deve-se ressaltar que, com a entrada em vigor da Emenda Constitucional 19, ocorrida em 1998, o período para aquisição da estabilidade passou a ser de 3 anos. Assim, ainda que a Constituição Federal nada mencione acerca do período necessário para a aquisição de estabilidade, o entendimento esposado por toda a doutrina majoritária é de que o período de estágio probatório deve ser de 3 anos, sendo este o prazo utilizado, atualmente, no âmbito do serviço público. A avaliação do servidor que se encontra em estágio probatório deve ser periódica e de acordo com a periodicidade prevista em regulamento de cada órgão. Dessa forma, o Poder Executivo e os órgãos do Poder Legislativo devem regulamentar, em seus respectivos âmbitos de atuação, os procedimentos de avaliação do estágio probatório, observado, no mínimo, o seguinte: I – até o trigésimo mês do estágio probatório, a avaliação é feita se- mestralmente, com pontuação por notas numéricas de zero a dez; II – as avaliações de que trata o inciso I são feitas pela chefia imediata do servidor, em ficha previamente preparada e da qual conste, pelo menos, o seguinte: a) as principais atribuições, tarefas e rotinas a serem desempenhadas pelo servidor, no semestre de avaliação; b) os elementos e os fatores previstos neste artigo; c) o ciente do servidor avaliado. Em todas as avaliações,é assegurado ao avaliado: a) o amplo acesso aos critérios de avaliação; b) o conhecimento dos motivos das notas que lhe foram atribuídas; c) o contraditório e a ampla defesa, nos termos desta Lei Complementar. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 27 Quatro meses antes de findo o período do estágio, a avaliação de de- sempenho do servidor, que será realizada por comissão constituída para esta finalidade, será submetida à homologação da autoridade competente. E o que acontece quando o servidor exerce cargos públicos que possam ser acumulados? Na hipótese de acumulação lícita de cargos, o estágio probatório é cum- prido em relação a cada cargo em cujo exercício esteja o servidor, vedado o aproveitamento de prazo ou pontuação. Durante o estágio, é vedado à Administração Pública conceder licença não remunerada ou autorizar o afastamento sem remuneração do servidor. Em caráter de exceção, há a possibilidade de afastamento do servidor em estágio para o serviço militar ou para o exercício de mandato eletivo. Poderá o servidor, ainda que em estágio, exercer qualquer cargo em comissão ou função de confiança no órgão, autarquia ou fundação de lotação. Além disso, poderá ele ser cedido a outro órgão ou entidade para ocu- par cargo de natureza especial ou de equivalente nível hierárquico. Em três diferentes situações, o período de estágio probatório ficará sus- penso, sendo que a contagem de tempo apenas continuará após o tér- mino da ocorrência. De acordo com a norma, são as seguintes as situações que dão ensejo à suspensão do estágio probatório: a) Quando o servidor for cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargo de natureza especial ou de equivalente nível hierárquico. b) Quando o agente se afastar do cargo ocupado para participar de curso de formação previsto como etapa de concurso público. c) Quando o servidor estiver em licença remunerada por motivo de doença em pessoa da família do servidor. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 28 Caso não seja aprovado no estágio probatório, os efeitos, para o servidor, poderão ser dois: a) Caso o servidor já seja estável, terá ele direito de ser reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. Nessa hipótese, caso o cargo anterior- mente ocupado já esteja preenchido por outra pessoa, o servidor inabilitado será aproveitado em outro, a critério da Administração. b) Caso o servidor não seja estável, a inabilitação no estágio probatório acarreta a exoneração do cargo público, oportunidade em que o vínculo com o Poder Público é rompido. 2.6. Da Estabilidade Art. 32. O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo regu- larmente aprovado no estágio probatório adquire estabilidade no serviço público ao completar três anos de efetivo exercício. Art. 33. O servidor estável só perde o cargo nas hipóteses previs- tas na Constituição Federal. A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores pú- blicos estatutários. Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor desempenhe suas atribuições sem a coação das autoridades superiores, que, não fosse a estabilidade, poderiam condicionar determinados comportamen- tos dos servidores à exoneração do cargo público. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 29 Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez que não existem direitos e garantias com essa qualidade. Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério risco de engessamento do serviço público, com a possibilidade surreal de termos servidores pratican- do faltas graves contra a Administração sem a possibilidade de demissão. Para que isso não ocorra, a Lei Complementar estabelece que o servidor estável só perde o cargo nas hipóteses previstas na Constituição Fe- deral. De acordo com a Constituição, são as seguintes as situações que po- dem resultar na perda do cargo por parte do servidor público estável: 2.7. Da Reversão Art. 34. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: I – por invalidez, quando, por junta médica oficial, ficar comprovada a sua reabilitação; II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insub- sistência dos fundamentos de concessão da aposentadoria; http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 30 III – voluntariamente, desde que, cumulativamente: a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital que fixe os critérios de reversão voluntária aos interessados que estejam em igual situação; b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria; c) haja cargo vago. § 1º É de quinze dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exer- cício do cargo, contados da data em que tomou ciência da reversão. § 2º Não pode reverter o aposentado que tenha completado setenta anos. Art. 35. A reversão deve ser feita no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. Parágrafo único. Nas hipóteses do art. 34, I e II, encontrando-se provido o cargo, o servidor deve exercer suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por três diferen- tes motivos: I – por invalidez, quando, por junta médica oficial, ficar comprovada a sua reabilitação; II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insubsistên- cia dos fundamentos de concessão da aposentadoria; III – voluntariamente, desde que, cumulativamente: a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital que fixe os critérios de reversão voluntária aos interessados que estejam em igual situação; b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria; c) haja cargo vago. Como não poderia deixar de ser, a reversão será feita para o mesmo car- go anteriormente ocupado pelo servidor, ou então para o cargo resultante de uma possível transformação. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 31 Com a reversão, o servidor volta a receber a remuneração que anterior- mente recebia, com todas as vantagens de caráter pessoal eventualmente existentes. Importante salientar que não poderá reverter o aposentado que te- nha completado 70 anos. Deferida a reversão, será de 15 dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do cargo, contados da data em que tomou ciência da reversão. Quando a reversão for decorrente de reabilitação declarada por junta mé- dica ou da insubsistência dos fundamentos de concessão da aposentadoria, deverá o servidor, caso o cargo anteriormente ocupado já esteja provido, exercer as suas atribuições como excedente até a ocorrência de vaga. 2.8. Da Reintegração Art. 36. A reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo ante- riormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com o restabelecimento dos direitos que deixou de auferir no período em que esteve demitido. § 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor fica em dis- ponibilidade, observado o disposto nos arts. 38, 39 e 40. § 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante deve ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo ou, ainda, posto em disponibilidade. § 3º É de cinco dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exer- cício do cargo, contados da data em que tomou ciência do ato de reintegração. A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demi- tido ao cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de todas as vantagens. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 32 Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão administra- tiva ou judicial. Grande controvérsia reside nos efeitosda reintegração para o servidor eventualmente ocupante da vaga decorrente de demissão. Isso porque a Lei Complementar n. 840/2011 determina que “encontran- do-se provido o cargo, o seu eventual ocupante deve ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo ou, ainda, posto em disponibilidade”. Vejamos: um servidor X é demitido e entra com uma ação judicial de reinte- gração. A Administração Pública nomeia o servidor Y para o cargo vago, que passa a exercer normalmente suas atribuições. Posteriormente, o servidor X ganha na justiça o direito de ser reintegrado com todas as vantagens. E o que acontece com o servidor Y, caso este ainda não seja estável e, por isso mesmo, não puder ser reconduzido ou posto em disponi- bilidade? Durante muito tempo, a doutrina chegou a afirmar que caberia a cada ente federativo disciplinar os efeitos desta situação, sendo que diversas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas afirmavam que o servidor deveria ser exonerado. Nos dias atuais, percebe-se que a possibilidade de exoneração não é viável, haja vista que o novo servidor é um terceiro de boa-fé que não pode ser pre- judicado por atos anteriores da administração. Dessa forma, em caso de reintegração, o eventual servidor não estável deverá ser mantido como excedente. Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o ser- vidor fica em disponibilidade. Importante informação refere-se ao prazo para que o servidor reintegrado retorne ao exercício. Nesse sentido, a norma afirma que “É de cinco dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do cargo, contados da data em que tomou ciência do ato de reintegração”. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 33 2.9. Da Recondução Art. 37. A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no art. 202, § 3º, e decorre de: I – reprovação em estágio probatório; II – desistência de estágio probatório; III – reintegração do anterior ocupante. § 1º Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor tem de ser aproveitado em outro cargo, observado o disposto no art. 39. § 2º O servidor tem de retornar ao exercício do cargo até o dia seguinte ao da ciência do ato de recondução. Recondução é a forma de provimento em que ocorre o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado. Três são as situações, de acordo com a norma em estudo, que ensejam a recondução do servidor, sendo que elas decorrem da estabilidade por ele alcançada no serviço público. a) reprovação em estágio probatório; b) desistência de estágio probatório; c) reintegração do anterior ocupante. Nessas situações, o servidor público já é estável no serviço público, de forma que uma possível desistência ou inabilitação em estágio probatório relativo a outro concurso por ele prestado não possui o efeito, por si só, de acarretar o rompimento do vínculo com a Administração Pública. Da mesma forma, caso ele passe a exercer as atribuições de um cargo até então ocupado por um servidor demitido, e este, posteriormente, consiga anular a sua demissão na justiça, sendo reintegrado ao cargo que ocupava, não poderá o servidor estável ser exonerado, devendo ser reconduzido ao cargo em que adquiriu a estabilidade. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 34 Independentemente da situação que deu ensejo à recondução, o servidor tem de retornar ao exercício do cargo até o dia seguinte ao da ciência do ato de recondução. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor deverá ser apro- veitado em outro cargo. 2.10. Da Disponibilidade e do Aproveitamento Art. 38. O servidor só pode ser posto em disponibilidade nos casos previstos na Constituição Federal. Parágrafo único. A remuneração do servidor posto em disponibili- dade, proporcional ao tempo de serviço, não pode ser inferior a um terço do que percebia no mês anterior ao da disponibilidade. Art. 39. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade é feito mediante aproveitamento: I – no mesmo cargo; II – em cargo resultante da transformação do cargo anteriormente ocupado; III – em outro cargo, observada a compatibilidade de atribuições e vencimentos ou subsídio do cargo anteriormente ocupado. Art. 40. É obrigatório o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade, assim que houver vaga em órgão, autarquia ou fundação. § 1º É de trinta dias o prazo para o servidor retornar ao exercício, contados da data em que tomou ciência do aproveitamento. § 2º Deve ser tornado sem efeito o aproveitamento e ser cassada a disponibilidade, se o servidor não retornar ao exercício no prazo do § 1º, salvo se por doença comprovada por junta médica oficial. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 35 O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela Admi- nistração Pública, para que o servidor público em disponibilidade volte a exercer suas atividades. Nesse sentido, a norma determina que é de 30 dias o prazo para o ser- vidor retornar ao exercício, contados da data em que tomou ciência do apro- veitamento. 2.11. Dos Remanejamentos 2.11.1. Da Remoção Art. 41. Remoção é o deslocamento da lotação do servidor, no mesmo órgão, autarquia ou fundação e na mesma carreira, de uma localidade para outra. § 1º A remoção é feita a pedido de servidor que preencha as condi- ções fixadas no edital do concurso aberto para essa finalidade. § 2º O sindicato respectivo tem de ser ouvido em todas as etapas do concurso de remoção. § 3º A remoção de ofício destina-se exclusivamente a atender a necessidade de serviços que não comporte o concurso de remoção. Art. 42. É lícita a permuta entre servidores do mesmo cargo, mediante autorização prévia das respectivas chefias. A remoção pode ser entendida como o “deslocamento da lotação do servidor, no mesmo órgão, autarquia ou fundação e na mesma carrei- ra, de uma localidade para outra”, conforme determina o artigo 41 da Lei Complementar n. 840/2011. A remoção poderá ocorrer tanto por iniciativa do servidor quanto de ofício, no interesse do Poder Público. A remoção a pedido é feita por servidor que preencha as condições fi- xadas no edital do concurso aberto para essa finalidade. Nessa situação, o http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 36 sindicato respectivo deve, obrigatoriamente, ser ouvido em todas as etapas do concurso de remoção. A remoção de ofício destina-se exclusivamente a atender a necessidade de serviços que não comporte o concurso de remoção. Poderemos ter, ainda, a permuta entre servidores do mesmo cargo, me- diante autorização prévia das respectivas chefias. Com a permuta, é como se os servidores “trocassem” de lotação, de forma que o servidor A passa a ter exercício na lotação de B e o servidor B passa a exercer suas atri- buições na lotação anterior de A. 2.11.2. Da Redistribuição Art. 43. Redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou vago, para outro órgão, autarquia ou fundação do mesmo Poder. § 1º A redistribuição dá-se: I – para cargo de uma mesma carreira, no caso de reorganização ou ajustamento de quadro de pessoal às necessidades do serviço; II – no caso de extinção ou criação de órgão, autarquia ou fundação. § 2º Nas hipóteses do § 1º, II, devem ser observados o interesse da administração pública, a vinculação entre os graus de complexidade e responsabilidade do cargo, a correlação das atribuições, a equi- valência entre os vencimentos ou subsídio e a prévia apreciação do órgão central de pessoal. A redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou vago, para ou- tro órgão, autarquia ou fundação do mesmo Poder. A redistribuição poderá ocorrer em duas diferentes situações: a) para cargo de uma mesma carreira, no caso de reorganização ou ajustamento de quadrode pessoal às necessidades do serviço; http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 37 b) no caso de extinção ou criação de órgão, autarquia ou fundação. Nessa situação, devem ser observados o interesse da administração pública, a vinculação entre os graus de complexidade e responsabilidade do cargo, a correlação das atribuições, a equivalência entre os vencimentos ou subsídio e a prévia apreciação do órgão central de pessoal. 2.11.3. Da Substituição Art. 44. O ocupante de cargo ou função de direção ou chefia tem substituto indicado no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designado pela autoridade competente. § 1º O substituto deve assumir automaticamente o exercício do cargo ou função de direção ou chefia: I – em licenças, afastamentos, férias e demais ausências ou impe- dimentos legais ou regulamentares do titular; II – em caso de vacância do cargo. § 2º O substituto faz jus aos vencimentos ou subsídio pelo exercí- cio do cargo de direção ou chefia, pagos na proporção dos dias de efetiva substituição. Art. 45. O disposto no art. 44 aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nível de assessoria. A substituição trata-se de instituto decorrente do princípio da conti- nuidade dos serviços públicos. Com ela, objetiva-se que o serviço não seja interrompido em razão da ausência do titular da função. Caso assim não fosse, a coletividade usuária do serviço prestado é que seria prejudicada pela sua interrupção. Todos os órgãos ou entidades possuem cargos de chefia e funções de di- reção, sendo que os servidores que ocupam tais funções, além de receber um adicional pelo exercício desempenhado, exercem atividades que exigem um maior nível de responsabilidade. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 38 Assim, quando os titulares desses cargos se ausentam (como, por exem- plo, nas férias, licenças ou afastamentos), o substituto, que deve ser ante- riormente designado, assume cumulativamente, ou seja, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício temporário das atribuições do titular. Como contrapartida, recebe um adicional durante o período em que durar a substituição. 2.11.4. Da Acumulação Art. 46. É proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, para: I – dois cargos de professor; II – um cargo de professor com outro técnico ou científico; III – dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. § 1º Presume-se como cargo de natureza técnica ou científica, para os fins do inciso II, qualquer cargo público para o qual se exija educação superior ou educação profissional, ministrada na forma e nas condições previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. § 2º A proibição de acumular estende-se: I – a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empre- sas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público; II – aos proventos de aposentadoria pagos por regime próprio de previdência social do Distrito Federal, da União, de Estado ou Muni- cípio, ressalvados os proventos decorrentes de cargo acumulável na forma deste artigo. § 3º O servidor que acumular licitamente cargo público fica obriga- do a comprovar anualmente a compatibilidade de horários. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 39 Art. 47. Ressalvados os casos de interinidade e substituição, o ser- vidor não pode: I – exercer mais de um cargo em comissão ou função de confiança; II – acumular cargo em comissão com função de confiança. Art. 48. Verificada, a qualquer tempo, a acumulação ilegal de cargos, empregos, funções públicas ou proventos de aposentado- ria, o servidor deve ser notificado para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência da notifica- ção. § 1º Em decorrência da opção, o servidor deve ser exonerado do cargo, emprego ou função por que não mais tenha interesse. § 2º Com a opção pela renúncia aos proventos de aposentadoria, o seu pagamento cessa imediatamente. § 3º Se o servidor não fizer a opção no prazo deste artigo, o setor de pessoal da repartição deve solicitar à autoridade competente a instauração de processo disciplinar para apuração e regularização imediata. § 4º Instaurado o processo disciplinar, se o servidor, até o último dia de prazo para defesa escrita, fizer a opção de que trata este artigo, o processo deve ser arquivado, sem julgamento do mérito. § 5º O disposto no § 4º não se aplica se houver declaração falsa feita pelo servidor sobre acumulação de cargos. § 6º Caracterizada no processo disciplinar a acumulação ilegal, a administração pública deve observar o seguinte: I – reconhecida a boa-fé, exonerar o servidor do cargo vinculado ao órgão, autarquia ou fundação onde o processo foi instaurado; II – provada a má-fé, aplicar a sanção de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos ou empregos em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação devem ser comunicados. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 40 Art. 49. É vedada a participação de servidor, salvo na condição de Secretário de Estado, ainda que suplente, em mais de um conse- lho, comissão, comitê, órgão de deliberação coletiva ou assemelha- do, na administração direta, autárquica ou fundacional do Distrito Federal. § 1º É vedada a remuneração pela participação em mais de um conselho. § 2º É permitida, observado o disposto no § 1º, a participação remunerada de servidor em conselho de administração ou conselho fiscal de empresa pública ou sociedade de economia mista em que o Distrito Federal detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social. Nos termos da Constituição Federal de 1988, a regra é a vedação à acu- mulação remunerada de dois ou mais cargos públicos. E tal regra se aplica a todos os cargos, empregos e funções da Administração direta ou indireta de todos os entes federados. Assim, ainda que o texto da Lei Complementar n. 840/2011 seja direcio- nado apenas aos servidores públicos distritais, por força da norma constitu- cional, a vedação à acumulação é uma regra mais ampla e que não se restrin- ge ao ente federativo regulado pelo presente estatuto. Nesse sentido, estabelece a norma em estudo que a proibição de acumular estende-se: a) a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas pú- blicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades contro- ladas direta ou indiretamente pelo Poder Público; b) aos proventos de aposentadoria pagos por regime próprio de previdên- cia social do Distrito Federal, da União, de Estado ou Município, ressalvados os proventos decorrentes de cargo acumulável na forma deste artigo. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 41 As exceções, nas estritas hipóteses constitucionais, ficam condicionadas à compatibilidade de horário entre os dois cargos públicos ocupados, sendo elas: • dois cargos de professor; • um cargo de professor com outro, técnico ou científico; • dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com pro- fissões regulamentadas. Presume-se como cargo de natureza técnica ou científica qualquer cargo público para o qual se exija educação superior ou educação profissio- nal, ministrada na forma e nas condições previstas na Lei de Diretrizes e Ba- ses da Educação Nacional. Situação interessante ocorre com os ocupantes de cargos em comis- são. Tais servidores são pessoas que, muitas vezes, não integram o quadro funcional da entidade, sendo designados por indicação do titular da unidade para exercer as funções de direção,chefia ou assessoramento. Dessa forma, estabelece a norma que, ressalvados os casos de interini- dade e substituição, o servidor não pode: a) exercer mais de um cargo em comissão ou função de confiança; b) acumular cargo em comissão com função de confiança. Ainda com relação à acumulação de cargos públicos, a norma determina que é vedada a participação de servidor, salvo na condição de Secretário de Estado, ainda que suplente, em mais de um conselho, comissão, comitê, órgão de deliberação coletiva ou assemelhado, na Administração di- reta, autárquica ou fundacional do Distrito Federal. Diversamente, é permitida a participação remunerada de servidor em conselho de administração ou conselho fiscal de empresa pública ou sociedade de economia mista em que o Distrito Federal detenha, di- reta ou indiretamente, participação no capital social. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 42 �ATENÇÃO! É vedada a remuneração pela participação em mais de um conselho. 2.11.5. Da Vacância Art. 50. A vacância do cargo público decorre de: I – exoneração; II – demissão; III – destituição de cargo em comissão; IV – aposentadoria; V – falecimento; VI – perda do cargo, nos demais casos previstos na Constituição Federal. Art. 51. A exoneração de cargo de provimento efetivo dá-se a pedido do servidor ou de ofício. Parágrafo único. A exoneração de ofício dá-se, exclusivamente, quando o servidor: I – for reprovado no estágio probatório; II – tendo tomado posse, não entrar em exercício no prazo estabe- lecido. Art. 52. A exoneração de cargo em comissão dá-se: I – a critério da autoridade competente; II – a pedido do servidor. Art. 53. A servidora gestante que ocupe cargo em comissão sem vínculo com o serviço público não pode, sem justa causa, ser exo- nerada de ofício, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, salvo mediante indenização paga na forma do regu- lamento. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 43 Parágrafo único. Deve ser tornado sem efeito o ato de exoneração, quando constatado que a servidora estava gestante e não foi inde- nizada. Art. 54. Ao tomar posse em outro cargo inacumulável de qualquer órgão, autarquia ou fundação do Distrito Federal, o servidor estável pode pedir a vacância do cargo efetivo por ele ocupado, observan- do-se o seguinte: I – durante o prazo de que trata o art. 32, o servidor pode retornar ao cargo anteriormente ocupado, nos casos previstos no art. 37; II – o cargo para o qual se pediu vacância pode ser provido pela administração pública. As diversas hipóteses de vacância são situações em que o servidor pú- blico deixa o cargo público anteriormente ocupado. Tais situações podem ser de caráter definitivo, oportunidade em que o agente estatal rompe o seu vínculo com o Poder Público, ou então tratar-se de hipóteses em que ocorre a simples troca dos cargos ocupados pelo servidor. De acordo com a lei em estudo, são as seguintes as situações que dão ensejo à vacância do servidor distrital: I – exoneração; II – demissão; III – destituição de cargo em comissão; IV – aposentadoria; V – falecimento; VI – perda do cargo, nos demais casos previstos na Constituição Federal. A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, mas sim do rompimento do vínculo mantido entre o servidor e a Admi- nistração Pública. Tal forma de vacância pode ocorrer de maneira voluntária ou involuntária. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 44 É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor. Tratando- -se de exoneração de ofício, de iniciativa do Poder Público, estaremos diante da exoneração involuntária. De acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, apenas em duas situ- ações teremos a exoneração involuntária (de ofício) do servidor público ocupante de cargo efetivo: a) Quando o servidor for reprovado no estágio probatório; b) Quando o servidor, tendo tomado posse, não entrar em exercício no prazo estabelecido. Quando se tratar de cargo em comissão, tendo em vista que estes são de livre nomeação e exoneração e possuem a característica da transitoriedade, a exoneração poderá ocorrer, a qualquer tempo, a pedido do servidor (voluntá- ria) ou de ofício, no interesse da Administração (involuntária). Importante regra está relacionada com a impossibilidade de exoneração da servidora gestante, ainda que no desempenho de cargo em comissão e sem vínculo anterior prévio com o Poder Público. De acordo com as disposições legais, a servidora gestante, nessa situação, não poderá ser exonerada de ofício desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, salvo mediante indenização paga na forma do regulamento. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 45 3. Das Carreiras e do Regime e da Jornada de Trabalho 3.1. Das Disposições Gerais e da Promoção Art. 55. Os cargos de provimento efetivo são organizados em car- reira, criada por lei, que deve fixar: I – a denominação, o quantitativo e as atribuições dos cargos; II – os requisitos para investidura no cargo e desenvolvimento na carreira; III – a estrutura da carreira com a fixação dos vencimentos ou do subsídio; IV – os critérios de capacitação; V – o regime e a jornada de trabalho. Parágrafo único. As alterações de requisitos para provimento de cargo público de carreira aplicam-se, exclusivamente, àqueles ser- vidores cujo ingresso se der após elas terem sido publicadas. Art. 56. Salvo disposição legal em contrário, a promoção é a movi- mentação de servidor do último padrão de uma classe para o pri- meiro padrão da classe imediatamente superior. § 1º A promoção dá-se por merecimento ou por antiguidade, na forma do plano de carreira de cada categoria funcional. § 2º A promoção não interrompe o tempo de exercício no cargo. Ainda que a Lei Complementar n. 840/2011 não elenque a promoção como uma forma de provimento, é importante que tenhamos conhecimento das re- gras relacionadas com o mencionado instituto. Basicamente, a promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra classe no âmbito da mesma carreira, ocorrendo, com o provimento, a vacân- cia no cargo de classe mais baixa e o provimento no cargo de classe mais alta. Como resultado, tem-se que ocorre simultaneamente uma vacância e um provimento, não gerando saldo a ser reposto pela Administração. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 46 Vejamos o seguinte exemplo: no âmbito do Poder Judiciário, os cargos são estruturados em três classes, sendo elas denominadas de A, B e C. Cada uma dessas classes é subdividida em padrões, de forma que o servidor, ao entrar em exercício, ocupa a classe inicial A e o padrão inicial 1. Após o período de 1 ano de efeito exercício, o servidor passa para o padrão subsequente, permanecendo, contudo, na mesma classe. No nosso caso, o servidor passou de A1 para A2. Ao chegar ao último padrão da classe a que pertence, no entanto, temos a passagem de uma classe para outra da carreira, oportunidade em que ocorre a promoção. Com ela, o servidor, que até então ocupava a classe A, passa a ocupar a classe B. 3.2. Do Regime e da Jornada de Trabalho Art. 57. Salvo disposição legal em contrário, o servidor efetivo fica sujeito ao regime de trabalho de trinta horas semanais. § 1º No interesse da administração pública e mediante anuência do servidor, o regime de trabalho pode ser ampliado para quarenta horas semanais, observada a proporcionalidade salarial. § 2º É vedado aplicar ao regime de trabalho interpretação por ana- logia, extensão ou semelhança de atribuições. § 3º A jornada de trabalho em sistema de escala de revezamento deve ser definida em lei ou regulamento, observando o registro em folha de ponto do horário de entrada e de saída.Art. 58. O servidor ocupante de cargo em comissão ou no exercício de função de confiança tem regime de trabalho de quarenta horas semanais, com integral dedicação ao serviço. Art. 59. No serviço noturno, a hora é considerada como tendo cin- quenta e dois minutos e trinta segundos. Parágrafo único. Considera-se noturno o serviço prestado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 47 Art. 60. Para atender a situações excepcionais e temporárias do serviço, a jornada de trabalho pode ser ampliada, a título de serviço extraordinário, em até duas horas. Parágrafo único. Nos casos de risco de comprometimento da ordem e da saúde públicas, o Governador pode autorizar, excepcionalmen- te, a extrapolação dos limites previstos neste artigo, para os servi- dores que atuem diretamente nas áreas envolvidas. Art. 61. Pode ser concedido horário especial ao servidor: I – com deficiência ou com doença falciforme; II – que tenha cônjuge ou dependente com deficiência ou com doença falciforme; III – matriculado em curso da educação básica e da educação supe- rior, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da unidade administrativa, sem prejuízo do exercício do cargo; IV – na hipótese do art. 100, § 2º. § 1º Nas hipóteses dos incisos I e II, o horário especial consiste na redução de até 20% da jornada de trabalho e sua necessidade deve ser atestada por junta médica oficial. § 2º Nos casos dos incisos III e IV, é exigida do servidor a com- pensação de horário na unidade administrativa, de modo a cumprir integralmente o regime semanal de trabalho. § 3º O servidor estudante deve comprovar, mensalmente, a sua frequência escolar. Art. 62. Sem prejuízo da remuneração ou subsídio, o servidor pode ausentar-se do serviço, mediante comunicação prévia à chefia ime- diata: I – por um dia para: a) doar sangue; http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 48 b) realizar, uma vez por ano, exames médicos preventivos ou peri- ódicos voltados ao controle de câncer de próstata, de mama ou do colo de útero; II – por até dois dias, para se alistar como eleitor ou requerer trans- ferência do domicílio eleitoral; III – por oito dias consecutivos, incluído o dia da ocorrência, em razão de: a) casamento; b) falecimento do cônjuge, companheiro, parceiro homoafetivo, pai, mãe, padrasto, madrasta, filho, irmão, enteado ou menor sob guarda ou tutela. Art. 63. Em caso de falta ao serviço, atraso, ausência ou saída antecipada, desde que devidamente justificados, é facultado à chefia imediata, atendendo a requerimento do interessado, auto- rizar a compensação de horário a ser realizada até o final do mês subsequente ao da ocorrência. § 1º O atraso, a ausência justificada ou a saída antecipada são computados por minutos, a serem convertidos em hora, dentro de cada mês. § 2º Apurado o tempo na forma do § 1º, são desprezados os resí- duos inferiores a sessenta minutos. § 3º Toda compensação de horário deve ser registrada pela chefia imediata junto ao setor de pessoal da repartição. Art. 64. As faltas injustificadas ao serviço configuram: I – abandono do cargo, se ocorrerem por mais de trinta dias con- secutivos; II – inassiduidade habitual, se ocorrerem por mais de sessenta dias, interpoladamente, no período de doze meses. Art. 65. Salvo na hipótese de licença ou afastamento prevista no art. 17, § 2º, considera-se falta injustificada, especialmente, a que decorra de: http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 49 I – não retorno ao exercício, no prazo fixado nesta Lei Complementar, em caso de reversão, reintegração, recondução ou aproveitamento; II – não apresentação imediata para exercício no órgão, autarquia ou fundação, em caso de remoção ou redistribuição; III – interstício entre: a) o afastamento do órgão, autarquia ou fundação de origem e o exercício no órgão ou entidade para o qual o servidor foi cedido ou colocado à disposição; b) o término da cessão ou da disposição de que trata a alínea a e o reinício do exercício no órgão, autarquia ou fundação de origem. Além das vantagens devidas aos servidores distritais, a norma elenca uma série de concessões. Nessas situações, a regra é de que o servidor pode se ausentar do trabalho, por um número determinado de dias, sem que isso im- plique em prejuízo de sua remuneração. guarda ou tutela http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 50 Poderá ser concedido horário especial ao servidor nas seguintes situações: a) com deficiência ou com doença falciforme (A doença falciforme é caracterizada pela presença de hemoglobina alterada nos glóbulos verme- lhos); b) que tenha cônjuge ou dependente com deficiência ou com do- ença falciforme; Nestas duas situações, o horário especial consiste na redução de até 20% da jornada de trabalho, e sua necessidade deve ser atestada por junta médica oficial. c) matriculado em curso da educação básica e da educação supe- rior, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da unidade administrativa, sem prejuízo do exercício do cargo; d) no desempenho de encargo de curso ou concurso. Nessas situações, é exigida do servidor a compensação de horário na uni- dade administrativa, de modo a cumprir integralmente o regime semanal de trabalho. Em determinadas situações (falta ao serviço, atraso, ausência ou sa- ída antecipada), desde que devidamente justificadas, é facultado à chefia imediata, atendendo a requerimento do interessado, autorizar a compensação de horário a ser realizada até o final do mês subsequente ao da ocorrência. Importante salientar que o atraso, a ausência justificada ou a saída ante- cipada são computados por minutos, a serem convertidos em hora, dentro de cada mês. Uma vez tendo sido apurado o tempo, serão desprezados os resíduos in- feriores a 60 minutos. Já que mencionamos a possibilidade de compensação de horários, devemos saber, adicionalmente, qual a jornada de trabalho dos ser- vidores distritais, não é mesmo? De acordo com a norma, salvo disposição legal em contrário, o servidor efetivo fica sujeito ao regime de trabalho de 30 horas semanais. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 51 No interesse da Administração Pública e mediante anuência do servidor, o regime de trabalho pode ser ampliado para 40 horas semanais, observada a proporcionalidade salarial. O servidor ocupante de cargo em comissão ou no exercício de função de confiança tem regime de trabalho de 40 horas semanais, com integral dedi- cação ao serviço. Por fim, ressalta-se que as faltas injustificadas ao serviço configuram: a) abandono do cargo, se ocorrerem por mais de trinta dias consecuti- vos; b) inassiduidade habitual, se ocorrerem por mais de sessenta dias, in- terpoladamente, no período de doze meses. 4. Dos Direitos 4.1. Do Sistema Remuneratório, do Vencimento Bá- sico e do Subsídio Art. 66. A retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público é fixada em lei, sob a forma de subsídio ou remuneração mensal. § 1º O valor diário da remuneração ou subsídio obtém-se dividindo- -se o valor da retribuição pecuniária mensal por trinta. http://www.grancursosonline.com.br Prof. Diogo Surdi Lei Complementar n. 840/2011 52 § 2º O valor horário da remuneração ou subsídio obtém-se dividin- do-se a retribuição pecuniária mensal pelo quíntuplo da carga horá- ria semanal. § 3º Na retribuição pecuniária mensal de que tratam os §§ 1º e 2º, não se incluem: I – as vantagens de natureza periódica ou eventual, as de caráter indenizatório, o adicional noturno e o adicional por serviço extraor- dinário; II – os acréscimos de que trata o art. 67, I a VII. Art. 67. O subsídio é constituído de parcela
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