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Fichamento Rattis (Teoria da Constituição eo Direito Constitucional) (1)

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UFBA
Docente: Carlos Eduardo Rattis
Discente: Patrícia Lima dos Santos
Disciplina: Teoria da Constituição e Organização do Estado
Fichamento:
Teoria da Constituição e o Direito Constitucional
Justificativa para uma Teoria da Constituição (pág. 57)
Qual o sentido dedicarem-se capítulos especifico sobre Teoria da Constituição¿
No campo as ciência Jurídica, de igual modo, reveste-se de importância singular o estudo da teoria direito penal) e também a geral, tanto que se cogita da presença de uma teoria geral do direito, do processo, do delito (no direito penal) e também de uma teoria da constituição.
Se a constituição é inegavelmente, o estatuto fundador da sociedade política, e evidencia-se a necessidade de uma teoria que se propunha - em momento anterior ao estudo do sistema constitucional em particular – a examinar o fenômeno do constitucionalismo e todos os desdobramentos que cercam a analise dessa realidade.
A teoria da Constituição, ou teoria Constitucional, desempenha o insubstituível papel de oferecer os conceitos básicos sobre a constituição, o que servira de auxilio para o exame das normas constitucionais concretas.
Gomes Canotilho explicita que “a Teoria da Constituição não se limitar a uma tarefa de ‘ investigação’ ou ‘descoberta’ dos problemas político constitucionais, nenhuma função de elemento ‘concretizador’ das normas da lei fundamental. [...] a teoria da constituição servira também para ‘racionalizar’ e ‘controlar’ a pré-compreensão constitucional [...]. A necessidade de fundamentação da pré- compreensão obriga a uma teoria material da constituição”.
1.2 Conteúdos da Teoria da Constituição (pág. 58)
Para bem entender a constituição positiva é necessário reconhecer no poder constituinte a sinergia capaz de criar e dar forma a um Estado, porquanto é a constituição o texto regulador da sociedade política.
[...] Adverte-se, apenas, que não será investigado um dado sistema constitucional, mas sim a constituição genericamente considerada, trazendo, para tanto, a contribuição dos teóricos, especialmente Ferdinand Lassalle, Carl Schmitt e Hans Kelsen. (pág. 58)
Outrossim, o fato de as normas constitucionais serem as primeiras em um sistema positivo, ( pois antes delas só havia o direito natural) termina por provocar uma abissal dessemelhança no seu processo de interpretação. 
José Gomes Canotilho expõe que a constituição é o estatuto jurídico do fenômeno político, do que necessariamente se extrai a ilação segundo a qual não é apenas texto com feição jurígena, mas, de modo semelhante, vinculado a fatores políticos, sociais, culturais e econômicos.
1.3 Problemas da Teoria da Constituição (pág. 59)
O primeiro problema a ser investigando é que não há, hoje, uma situação clássica em sede de Teoria da Constituição, consoante no informa Canotilho, compreendendo por “[...] situação clássica aquela em que se verifica um acordo duradouro em termos de categorias teóricas, aparelhos conceituais e métodos de conhecimento.
A teoria da constituição deve ser entendida como uma teoria emergente do processo histórico em que nos encontramos em que prevalece a incorporação de novas ordens normativa inseridas em comunidades políticas com maior amplitude (Comunidade Europeia, por exemplo) e a submissão do fato econômico à globalização.
Os problemas de reflexividade, por sua vez, dizem respeito a impossibilidade de o Estado e sistema constitucional gerarem um quadro de resposta que atenda adequadamente ao conjunto cada vez mais complexa e crescente de exigências sociais. (pág.60)
1.4 O Direito Constitucional (pág.60)
Conceito. O direito constitucional se propõe a investigar o fenômeno da constituição.
[...] domínio da ciência do direito que se ocupa do estado das normas fundamentais organizatórias do Estado.
Surgimento. A criação do direito constitucional remota aos primórdios da Assembléia Constituinte francesa, de 1791, quando, naquela oportunidade, houve determinação a fim de que as universidades daquele país incluíssem a disciplina nos respectivos componentes curriculares.
1.4.1 Espécies
Manuel Garcia-Pelayo divide o direito constitucional em três espécies: a) o direito constitucional especial, positivo ou particular; b) o direito constitucional comparado; c) o direito constitucional geral.
1.4.1.1 Direito constitucional, especial, positivo ou particular (págs 60-61)
Por direito constitucional especial, positivo ou particular deve-se entender disciplina da ciência do direito cujo objetivo é a interpretação, sistematização e critica de normas jurídico-constitucionais vigentes em determinado Estado.
1.4.1.2 Direito constitucional comparada (pág. 61)
[...] tem como objetivo o estudo das normas jurídico-constitucionais de vários Estados, com a preocupação de assinalar os traços distintivos semelhantes existentes entre eles; tem por objetivo não só uma constituição, mas uma pluralidade de constituição.
1.4.1.3 Direito constitucional geral
O direto constitucional geral pode ser considerado como teoria do direito constitucional geral que tem por base o direto comparado, por meio do qual apresenta uma serie de princípios, conceitos, instituições que podem ser encontrados nos vários sistemas do direito positivo para fim de classificá-los e sistematizá-los numa visão unitária.
[...] o que diferencia o direito constitucional (pág. 61)
Geral do direto constitucional comparado é que, enquanto este se interessa por grupos jurídico-constitucionais em sua singularidade e contraste frente a outros grupos, o primeiro se preocupa somente das notas gerais e comuns [...].
2.1 Poder Constituinte (pág. 62)
[...] Aqui, nos domínios do que se convenciona denominar Teoria da Constituição, resplandece a importância do estudo da força que é capaz de construir uma nova sociedade política estatal: o poder constituinte.
2.2 Legitimidades do Poder Constituinte (pág 62)
Para manter-se de pé, o moderno edifício jurídico busca suporte no pilar da hierarquia das normas, porque, para viabilizar a harmonia do sistema normativo submetem-se os preceitos ordenadores existentes a um escalonamento que, em síntese, tem por objetivo a própria sobrevivência do sistema.
O decisionismo político de Carl Schmitt conduz a idéia de que “poder constituinte é a vontade política cuja força ou autoridade é capaz de adotar a concreta decisão de conjunto [...]
2.3 A formulação Teórica de Sieyès (págs 65 a 67)
De acordo com a formulação de Sieyes, o Terceiro Estado era representado pela nação ou pelo povo, [...] 
Percebe-se a tentativa de Sieyes de buscar, fora do sistema positivo, um direito público subjetivo inalienável do povo de autoconstituição, e não por outro motivo é que se afirma ser jusnaturalista a sua posição.
Porém, a natureza jurídica do poder constituinte foi duramente contestada no século XIX pelo positivismo jurídico, ao entender tal corrente que, sendo anterior o poder constituinte ao direito posto, não haveria como considera sua juridicidade.
2.4.2 Poder constituinte: poder de fato ou de direito¿ (pág.67)
A conclusão necessária depende de o cientista do direito haver abraçado a filosofia positivista ou jusnaturalista.
No primeiro caso, se o pensamento positivista não reconhece a existência de qualquer direito antes ou fora do Estado, a conclusão será a respeito da natureza fática do poder constituinte.
2.5.2 Poder constituinte material e formal (pág.73)
O autor inicia este com ponto com a pergunta, se as normas constitucionais são retro eficazes, com isso, poderiam elas retroagir para alcançar relações jurídicas consolidadas sob a vigência de constituição anterior? 
É admitido o poder de controversa de todas essas questões e a explicação se dá dizendo que “os diversos sistemas jurídicos, ao se depararem com o problema da retro eficácia do enunciado normativo, adotam, em síntese, três posições distintas: 
a) Admitem a retroatividade absoluta da lei nova para atingir inclusive, situações já consolidadas 
b) Proíbem qualquer retroação da lei nova 
c) Admitem, ressalvadas determinadas hipóteses, a retroatividadeda lei mais recente. 
 Essas são as teorias da retroatividade absoluta da irretroatividade absoluta e da retroatividade relativa. 
O autor diz então que o sistema brasileiro adotou o sistema da retroatividade relativa da lei, admitindo a sua retro eficácia para abranger situações normas por lei anterior, exceto se resultar em ofensa ao direito adquirido, a ato jurídico perfeito ou coisa julgada. 
2.4.1 Conceito de poder constituinte é o destinado à criação do Estado, dotando-o de estrutura peculiar por meio de uma constituição, e o de alteração das normas constitucionais da sociedade.
 
4.5 Conceito e classificação dos Direitos Sociais (pág.101)
Neste ponto o autor traz u m panorama sobre os direitos sociais sendo ela clausula pétrea. Neste caso “não há para o constituinte de segundo grau, no que toca a tais matéria, possibilidade de emissão de juízo político acerca da conveniência o u não de estadia d e tais dispositivos em se de constitucional e a proibição ditada não versa apenas sobre vedar-se a aprovação de medida ofensiva aos preceitos intangíveis”.
Classificação. De acordo com a constituição de 1988, os direitos sociais positivados são os seguintes:
a) Do trabalhador;
b) Da seguridade;
c) Da educação;
d) Da família, criança, adolescente, jovem e idoso;
e) Do meio ambiente.
Direitos sociais do homem trabalhador. Os direitos sociais referentes ao homem trabalhador se desdobram, ainda, em:
A) Direitos sociais trabalhistas individuais-inserido no âmbito da relação individual de trabalho;
B) Direitos sociais trabalhista coletivo-produto da autonomia privada negocial coletiva e do poder normativo de competência da justiça do Trabalho.
4.6 Fundamentos da Constituição Social
Podemos sintetizar, portanto, dizendo que o constitucionalismo social tem fundamentos da natureza sociológica, politica e jurídica.
A) Fundamentos sociológicos. Funda-se nos movimentos sociais contestadores da estrutura vigente, cujo exemplo mais marcante é a Revolução Socialista Soviética.
B) Fundamento Politico. É o resultado da decisão adotada pelas forças predominantes à época da manifestação constituinte.
C) Fundamentos Jurídicos. Radica-se na necessidade de introduzir na constituição os elementos sociais, como forma de expressar mais marcantemente o compromisso do Estado com a questão social, bem assim para impedir, inviabilizar ou dificultar a sua retirada por conveniência do legislador ordinário.
Fundamento jurídico e seus escopos (imediato e mediato). O principal da proibição do retrocesso social.
Histórico das Constituições Brasileira:
5.2 A constituição Imperial de 1824
A vida da família Real portuguesa para o Brasil. Um acontecimento da mais alta importância para historia brasileira.
Dia do Fico. Em 1820, com a revolução do Porto, exigiram os nobres portugueses o retorno de Dom Joao VI, que permanecera no Brasil. Ao sair do País, deixou em seu lugar, como príncipe regente, D. Pedro I, que em 9 de janeiro de 1822, desobedecendo idêntica ordem promanada da Corte, atendendo ao baixo assinado da população do Rio de Janeiro, respondeu:
“Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto; diga ao povo que fico”. O dia do Fico- designação histórica da data.
Convocação e dissolução da Assembleia Constituinte de 1823. Declarada independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, tratava-se, naquele momento, de se iniciar o processo da consolidação da soberania brasileira, [...]
5.3 A constituição Republicana de 1891
O Decreto nº 1/1889 e a instalação da Republica no Brasil. [...]é necessário esclarecer que não foi a constituição de 24 de fevereiro de 1891 que inaugurou a forma de governo republicano no Brasil, mas, com efeito, Decreto n.1 de 15 de novembro de 1889, cujos artigos 1º e 2º não apenas consagraram a Republica, mas também a forma de Estado Federal.
5.4 A constituição de 1934
5.5 A constituição de 1937
5.6 A constituição de 1946
5.7 A constituição de 1937
5.8 A constituição de 1969
5.9 Constitucionalismo Social do Brasil
DE 11 PÁGINAS

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