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PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO 9 ANO SOBRE O CONTEÚDO DO VÍDEO CLIPE CANÇÃO INFANTIL UMA RODA DE CONVERSA

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Universidade Estadual do Ceará -­‐ UECE 
Av. Dr. Silas Munguba, 1700 – Campus Itaperi --‐ CEP 60.714--‐903 --‐ Fortaleza--‐Ceará 
site: http://www.uece.br; e--‐mail: semana.universitaria@uece.br 
 
 
Percepção dos alunos do 9 ano sobre o conteúdo do vídeo clipe Canção 
Infantil: uma roda de conversa 
 
Victor Manoel Lima de Oliveira
1
, Mikael da Costa Silva
2
, 
Luanny Pinheiro do Nascimento3, Pedro Victor Rodrigues Leite4 
Luiz Yedo Ribeiro5, Paula Matias Soares6 
 
1
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saude, e-mail: 
victor.manoel@aluno.uece.br 
2
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saude, e-mail: 
mikael.costa@aluno.uece.br 
3
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saude, e-mail: 
luannypinheiron@hotmail.com 
4
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saude, e-mail: 
pedro.rodrigues@aluno.uece.br 
5
Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, e-mail: 
luizyedo@hotmail.com 
6
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saude, e-mail: 
paula.soares@uece.br 
 
RESUMO. A desigualdade social é um problema que ainda afeta muitas pessoas no 
Brasil, e o vídeo clipe Canção Infantil (de Cesar Mc) mostra essa realidade. Assim 
esse trabalho buscou identificar a percepção dos alunos do 9 ano da escola 
municipal Projeto Nascente, atividade proposta pelo PIBID-UECE Educação Física, 
sobre a temática abordada nesse vídeo. Para isso foi utilizado um momento de aula 
para passar o vídeo para os alunos. Esse momento foi dividido em duas partes: 
apresentação do vídeo clipe e em seguida foi feita uma roda de conversa. Pôde-se 
perceber que os alunos conseguiram identificar pontos de preconceito na letra, 
mencionando que inclusive passaram por situações parecidas. Conclui-se que jovens 
já possuem entendimento sobre a temática, possuindo um posicionamento contrário 
a essas desigualdades. 
Palavras-chave: Desigualdade social. Preconceito. Temas transversais. 
 
1. INTRODUÇÃO 
“A desigualdade social e a pobreza são problemas sociais que afetam a maioria dos 
países na atualidade. A pobreza existe em todos os países, pobres ou ricos, mas a 
desigualdade social é um fenômeno que ocorre principalmente em países não desenvolvidos” 
(CAMARGO, 2019). Seguindo essa linha de conhecimento sobre a desigualdade social 
trazemos nesse trabalho a realidade de muitos brasileiros que ainda sofrem com esse tipo 
situação. 
O vídeo clipe Canção Infantil, uma composição do Cantor Cesar Mc e realizado pela 
Pineapple Storm Records, foi lançado na plataforma de vídeos Youtube no dia 27 de junho de 
2019 e alcançou mais de 11 milhões de visualizações, provavelmente por sua temática que 
traz criticas a alguns temas, sendo eles a desigualdade social, o preconceito e, principalmente, 
o racismo, expondo alguns fatos que ocorreram no país que trouxeram a tona esses temas que 
foram foco das perguntas feitas para os alunos. 
mailto:semana.universitaria@uece.br
mailto:victor.manoel@aluno.uece.br
mailto:mikael.costa@aluno.uece.br
mailto:luannypinheiron@hotmail.com
mailto:pedro.rodrigues@aluno.uece.br
mailto:luizyedo@hotmail.com
mailto:paula.soares@uece.br
 
 
 
 
 
 
Universidade Estadual do Ceará -­‐ UECE 
Av. Dr. Silas Munguba, 1700 – Campus Itaperi --‐ CEP 60.714--‐903 --‐ Fortaleza--‐Ceará 
site: http://www.uece.br; e--‐mail: semana.universitaria@uece.br 
 
 
A desigualdade social, um dos principais temas abordados no vídeo que acaba 
relacionando todos os outros, é algo que acontece a muito tempo e algo que pode ser 
revertido. Suas várias formas (de classe, racial, sexo etc.) “são diferenças hierárquicas 
evitáveis e moralmente injustificada. A desigualdade é uma violação aos direitos humanos” 
(THERBORN, 2010, p.2). As relações sociais, em tal contexto, são permeadas por relações de 
dominação de classes sociais (LOPES et al., 2008). 
Assim, esse trabalho tem como objetivo identificar a percepção dos alunos do 9 ano 
da escola municipal Projeto Nascente, atividade proposta pelo núcleo do Programa 
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), Subprojeto Educação Física da 
Universidade Estadual do Ceará (UECE), sobre o tema abordado no vídeo supramencionado. 
 
2. METODOLOGIA 
A presente pesquisa é do tipo descritiva, transversal e qualitativa. A pesquisa foi 
realizada na escola municipal Projeto Nascente no dia 20 de agosto de 2019, onde o vídeo foi 
assistido por 30 alunos (a turma possui 37 alunos, mas 7 faltaram no dia). 
Antes da aula foi enviada para os alunos a letra da música para que os mesmos 
pudessem entender com clareza o que estava sendo dito no vídeo. 
No começo da aula foi dado uma breve explicação do que estava sendo proposto para 
eles, em seguida posto o vídeo, com uma duração de 07 minutos, durante a execução do vídeo 
todos se mantiveram atentos e logo em seguida foram feitos alguns questionamentos para 
início da roda de conversa, dentre eles: 
1. O que mais lhe chamou atenção no vídeo? 
2. Você acredita estar nesta situação ou já passou por algum momento que tivesse 
relação com a desigualdade social ou o preconceito? 
3. Você acha que existe alguma forma de mudar essa situação? 
Outras perguntas também surgiram durante o processo a partir das falas dos alunos. 
As respostas dos estudantes foram gravadas durante o momento da aula para posterior analise, 
utilizando-se para isso a análise de conteúdo de Bardin (2011). A análise de conteúdo consiste 
em três fases, a pré-análise que pode ser identificada como uma fase de organização, na fase 
de exploração do material é separada as falas dos participantes e analisadas para que possa ser 
identificada as falas que têm semelhanças para que possa ter um resultado mais direcionado 
para o tema do trabalho, e a terceira, a fase de tratamento de dos resultados – a inferência e 
interpretação onde o pesquisador procura tornar os resultados brutos significativos e válidos. 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A partir das perguntas feitas logo após o vídeo, pode-se observar que, dos 30 alunos 
que estavam em sala no dia em questão, apenas 5 deles realmente expuseram suas ideias, 
enquanto o restante apenas confirmava as respostas dos colegas ou mesmo ficava apenas 
observando. 
Respondendo a primeira pergunta, uma das alunas leu um trecho da música que faz 
parte de uma poesia criada pelo próprio cantor, onde ele fala que “a sociedade hoje em dia 
julga qualquer pessoa por sua cor ou por sua forma de se vestir”, como em um caso que 
ocorreu no dia 29 de agosto de 2014 onde: “dois jovens negros foram abordados de forma 
aparentemente abusiva e racista por dois policiais militares após saírem de uma loja de 
calçados onde estavam com o pai de um dos garotos comprando um tênis” 
(ADMINISTRADORES.COM, 2014) e isso se liga à algo que uma das alunas comentou ao 
responder a segunda pergunta: 
mailto:semana.universitaria@uece.br
 
 
 
 
 
 
Universidade Estadual do Ceará -­‐ UECE 
Av. Dr. Silas Munguba, 1700 – Campus Itaperi --‐ CEP 60.714--‐903 --‐ Fortaleza--‐Ceará 
site: http://www.uece.br; e--‐mail: semana.universitaria@uece.br 
 
 
Ela mesma mencionou que uma vez foi ao shopping com a irmã e o sobrinho para 
comprar algumas coisas e ao entrarem foram seguidas por um segurança, até o momento em 
que a irmã dela pediu que ela pegasse os produtos que iam comprar. Percebendo que elas 
estavam ali para comprar o segurança deixou de segui-las, mas a aluna ainda comentou que 
elas foram seguidas apenas por estarem “malvestidas”. 
Irene Conceição (2006) afirma que é importante se trabalhar na Educação Física temas 
que abordam a formação do preconceito, como este se estabelece, como é prejudicial à 
sociedade e como é camuflado no Brasil. Além disso, reconhecer os próprios preconceitos, no 
intuito de eliminá-los ou ao menos compreendê-los. 
Dando continuidade às perguntas, alguns alunos demonstraram que possuem uma 
opinião formada sobreo assunto, por exemplo, quando questionado: “O que vocês entendem 
em relação a frase dita na musica: a sociedade é doentia e julga a cor, a careta?”, uma aluna 
respondeu que a sociedade de hoje em dia acaba julgando as pessoas apenas por sua 
aparência, por ter uma cor diferente, ou se vestir com uma roupa mais surrada, por exemplo, e 
acabam sofrendo por conta desse pré-julgamento. E é perceptível que não se deve haver um 
julgamento por uma pessoa ser diferente quando observamos a seguinte fala “Os registros 
revelam que há uma percepção de que existe uma igualdade entre todos (na condição de seres 
humanos) mas também que há diferenças e estas não podem ser condição de desqualificação 
das pessoas’(JORGE, 2016) . 
Outra aluna comentou que muitas vezes as pessoas são tratadas de uma forma boa ou 
ruim apenas por sua diferença de raça, que alguns ganham mais na vida apenas por ser branca 
e outras ganham menos por serem negras, as pessoas as tratam de forma diferente e acabam 
discriminando essas pessoas menos favorecidas. Isso, infelizmente, é uma realidade ainda 
existente, como publicado pelo portal G1 (2018), com base em dados do IBGE, onde diz que: 
 
De acordo com dados do IBGE obtidos pelo G1, os trabalhadores negros 
ganham cerca de R$ 1,2 mil a menos que os brancos em média. Os dados são 
do 4º trimestre de 2017 e fazem parte da Pnad Trimestral, que disponibiliza 
informações desde 2012. Os números mostram que, entre 2012 e 2017, não 
houve nenhuma mudança substancial na diferença de rendimento entre 
negros e brancos. 
 
Com relação a última pergunta, alguns alunos responderam que o respeito e a 
educação são os melhores caminhos a serem seguidos para conseguir alcançar o grande 
objetivo de tudo isso, que é o respeito com todas as pessoas, independentemente da cor ou 
condição social, e assim, futuramente, conseguir um mundo com oportunidades iguais, sem 
qualquer tipo de discriminação. Cordeiro (2012) afirma a necessidade do professor estar a 
frente deste assunto, “tendo em vista que as falas dos adolescentes denotam que os 
preconceitos se expressam de diferentes formas e nas mais variadas situações, inclusive 
dentro da sala de aula, revela-se o papel central do professor”. 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Temas assim ainda são difíceis de se abordar no ambiente escolar, mas continua se 
fazendo necessário falar sobre tal assunto, e para isso é necessário que tenhamos algum tipo 
de formação, ou que entremos em discussão sobre o mesmo. Após ter esse momento com os 
alunos pôde-se chegar a conclusão de que o tema abordado no clipe Canção Infantil, a 
desigualdade social, deve ser abordado nas escolas com certo cuidado, mas constantemente, 
 
mailto:semana.universitaria@uece.br
 
 
 
 
 
 
Universidade Estadual do Ceará -­‐ UECE 
Av. Dr. Silas Munguba, 1700 – Campus Itaperi --‐ CEP 60.714--‐903 --‐ Fortaleza--‐Ceará 
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pois é algo que faz parte do desenvolvimento social de uma pessoa, para que no futuro ela 
possa ser alguém que respeite os outros e a si mesmo. 
 
5. REFERÊNCIAS 
LOPES, R. E., Adorno, R. C. F., Malfitano, A. P. S., Takeiti, B. A., Silva, C. R., & Borba, P. 
L.O. (2008). Juventude pobre, violência e cidadania. Saúde e Cidadania, 17(3), 63-76. 
 
THERBORN, G. (2010). Os campos de extermínio da desigualdade. São Paulo: Novos 
estudos. 
 
CAMARGO, Orson. "Conceito de Desigualdade social"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/classes-sociais.htm. Acesso em: 02 de setembro de 
2019. 
 
POPULAÇÃO se revolta com abordagem de PMs a jovens negros, administradores.com, 
2014. Disponível em: https://administradores.com.br/noticias/populacao-se-revolta-com-
abordagem-de-policiais-a-jovens-negros. Acesso em: 03 de setembro de 2014. 
 
VELASCO, Clara. Negros ganham R$ 1,2 mil a menos que brancos em média no Brasil; 
trabalhadores relatam dificuldades e ‘racismo velado’. G1, 2018. Disponível em: 
https://g1.globo.com/economia/noticia/negros-ganham-r-12-mil-a-menos-que-brancos-em-
media-no-brasil-trabalhadores-relatam-dificuldades-e-racismo-velado.ghtml. Acesso em: 13 
de maio de 2018 
 
CONCEIÇÃO, Irene. (2006). Racismo, Preconceito e Exclusão: um olhar a partir da 
Educação Física escolar, v. 12, n.1 p. 73-76. 
 
CORDEIRO, Aliciene. 2012. Preconceitos na escola: sentidos e significados atribuídos pelos 
adolescentes no ensino médio, v. 16, n 1 p. 45-54. 
 
JORGE, Marcos. 2016. Ação pedagógica de prevenção ás práticas racistas na escola: a 
percepção sobre racismo entre estudantes do sexto ano do ensino fundamental, v. 12, n. 3 p. 
86-100. 
mailto:semana.universitaria@uece.br
https://administradores.com.br/noticias/populacao-se-revolta-com-abordagem-de-policiais-a-jovens-negros
https://administradores.com.br/noticias/populacao-se-revolta-com-abordagem-de-policiais-a-jovens-negros
https://g1.globo.com/economia/noticia/negros-ganham-r-12-mil-a-menos-que-brancos-em-media-no-brasil-trabalhadores-relatam-dificuldades-e-racismo-velado.ghtml
https://g1.globo.com/economia/noticia/negros-ganham-r-12-mil-a-menos-que-brancos-em-media-no-brasil-trabalhadores-relatam-dificuldades-e-racismo-velado.ghtml

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