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RESUMO -MARCHA HUMANA

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@ellen.a.silve 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 
......................................................................................................... 
2 CICLO DA MARCHA 
............................................................................................ 
3 DISPÊNDIO ENERGETICO 
............................................................................... 
4 MODELOS EXPLICATIVOS DA MARCHA 
............................................................. 
4.1 Teoria do Pêndulo Invertido 
............................................................................... 
4.2 Teoria dos seis determinantes da marcha 
............................................................ 
4.2.1 Rotação Pélvica 
................................................................................................. 
4.2.2 Inclinação da pélvis 
............................................................................................ 
4.2.3 Flexão do joelho na fase de apoio unipodálico 
............................................... 
4.2.4 Pé e joelho 
......................................................................................................... 
4.2.5 Deslocamento lateral da pélvica 
................................................................... 
5. TEORIA DA MARCHA DINÂMICA 
............................................................ 
6. CONCLUSÃO 
....................................................................................................... 
7 REFERÊNCIAS 
..................................................................................................... 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
A marcha é uma atividade complexa que envolve o sistema 
nervoso central e periférico, e todo o sistema musculoesquelético, ou 
seja, é uma tarefa funcional que exige interações complexas e 
coordenação entre muitas das principais articulações do corpo, 
especialmente da extremidade inferior do corpo humano. A análise 
clinica da marcha permite a medição e avaliação da biomecânica da 
marcha o que facilita a identificação de características anormais e a 
recomendação de alternativas de tratamento. Os métodos para a análise 
incluem a colocação de marcadores externos cobre o paciente e o seu 
registro vídeo, a monitorização da interação paciente/solo (tem em conta 
as forças de relação do solo) e o registro de sinais eletromiográficos 
(EMG), isto tudo durante o ciclo de marcha. Obtêm-se os parâmetros 
gerais da marcha e faz-se a análise cinemática que é feita por câmaras de 
imagem que estão ligadas a um computador e que definem os 
movimentos das articulações nos membros inferiores podemos calcular 
os movimentos. 
Os critérios utilizados para fazer uma análise qualitativa da 
marcha envolvem: a integridade musculoesquelética, ou seja, a 
integridade dos ossos, das articulações e dos músculos; o controle 
neurológico, que passa pela recepção e integração de mensagens, tais 
como, localização do corpo no espaço, saber e manter ortostatismo; 
locomoção, que é a capacidade de iniciar e manter a marcha rítmica. 
Há uma seqüência de acontecimentos no corpo humano que 
resulta na marcha, primeiro há registro e ação do andar através do 
comando a partir do sistema nervoso central e depois a sua transmissão 
para o sistema nervoso periférico. De seguida há contração dos músculos 
que desenvolvem tensão e geração de momentos e força sobre as 
articulações sinoviais. Há a regulação das forças e movimentos nas 
articulações pelos segmentos esqueléticos. Por fim os segmentos 
deslocam-se, procurando um andar funcional e geram-se as forças de 
reação no solo. 
2. CICLO DE MARCHA 
O ciclo de marcha é o período desde o contato de um pé no solo 
até ao contato seguinte desse mesmo pé e é dividido em duas fases, a fase 
de apoio, em que o pé está em contato com o solo, e a fase de balanço ou 
oscilante em que o pé não está em contato com o solo. A fase de apoio 
 
 
 @ellen.a.silve 
corresponde a cerca de 60% do ciclo enquanto que a 
de balanço representa os restantes 40%. 
A fase de apoio subdivide-se em: contato inicial (duplo-apoio 
inicial), onde o pé posterior toca o chão. Geralmente o calcanhar é a 
primeira parte que toca; a resposta de carga tem inicio quando todo o pé 
está no chão e corresponde aos curtos períodos onde ambos os membros 
tocam o chão. Termina quando o pé oposto se eleva, passando o peso 
para a perna anterior do corpo (suporte simples); apoio médio 
corresponde à primeira metade do suporte simples com a elevação do pé 
posterior e termina quando o peso do corpo está alinhado com a parte 
anterior do pé; apoio terminal inicia-se quando o calcanhar do pé (agora 
trocando para a posição posterior) se eleva e continua até o calcanhar do 
pé anterior tocar no chão e depois o pé posterior se levantar do chão (pré-
balanço). Começa depois a fase de balanço: balanço inicial tem inicio 
quando o pé posterior sai do chão para avançar e terminar quando o outro 
pé se encontra no fim da fase de apoio médio; balanço médio, período 
em que o pé que está em balanço avança até à perna correspondente estar 
anterior ao corpo, ou seja à frente do corpo, e a tíbia estiver na vertical; 
balanço terminal, a perna anterior continua a mover-se em frente até tocar 
o chão e aí começa um novo ciclo. O movimento foi descrito segundo 
um plano sagital (eixo ântero-posterior). 
Além do ciclo de marcha, existem outras medidas lineares como 
a cadência, número de passos num determinado intervalo de tempo, o 
comprimento do passo, que é a distância entre o mesmo ponto em cada 
pé durante um ciclo de marcha e a velocidade de marcha, que é o número 
de metros que se percorre num intervalo de tempo. 
 
 
 
3. DISPÊNDIO ENERGÉTICO 
A marcha só é obtida se houver deslocamento angulares de vários 
segmentos do corpo em torno de eixos próximos das articulações. Perry, 
2005, obteve os deslocamentos angulares normais do quadril, do joelho 
e do tornozelo, no plano sagital durante o ciclo de marcha. 
A locomoção humana envolve o deslocamento do corpo no 
espaço com o mínimo de dispêndio energético, mecânico e fisiológico. 
Embora o objetivo da marcha seja a progressão na direção anterior, o 
movimento de membros é baseado na necessidade de manter um 
deslocamento do centro de massa da cabeça, tronco e membros 
superiores de baixa amplitude e simétrico nas direções vertical e lateral. 
Esse aspecto permite a conservação de energia sintética e potencial sendo 
o principio biológico de conservação de energia (Inman, 1981; Saunders, 
1953). Por outro lado, o design dos membros inferiores e o uso eficiente 
de músculos biarticulares permite aos músculos contraírem com 
alteração mínima do seu comprimento, aproximado-se da eficiência de 
contrações isométricas (Elftman,1966). Deste modo, a velocidade de 
encurtamento do músculo durante a contração e a necessidade de 
atividade concêntrica ineficiente é minimizada. A energia elástica dos 
músculos estirados também contribui para um aumento de economia, 
especialmente durante marcha rápida e corrida. 
A interrupção do ciclo de marcha normal e as características de 
conservação do movimento de tronco e membros resultam num aumento 
do dispêndio energético. No entanto, em resposta a alterações da marcha, 
o indivíduo irá adaptar-se, efetuando substituições compensatórias para 
minimizar o aumento energético adicional. 
Apesar da sua forte optimização, a necessidade energética 
durante a fase de duplo apoio para redirecionar a velocidade do centro de 
massa, a necessidade de suporte de peso corporal, o movimento de 
membros ou o controle de estabilidade constituem fatores responsáveis 
pelo dispêndio energético ocorrido durante a marcha. Este parece estar 
intimamente associado à sua velocidade, dado que a sua variação está 
associada a uma alteração do comprimento do passo, da duração do ciclo 
e fase de apoio. A maior parte dos indivíduos normais caminhamna sua 
velocidade normal entre 1 a 1,7 m/s. Neste intervalo, as curvas de 
dispêndio energético são relativamente achatados , indicando a existência 
de uma eficiência uniforme na marcha em velocidade auto-selecionada. 
Existem estudos que demonstram que existe uma velocidade óptima, 
quando a variabilidade do comprimento do passo é mínima, na qual o 
dispêndio energético durante a marcha é mínimo. As forças de reação do 
solo variam de forma inequívoca de acordo com a velocidade, indicando 
que o sistema neuromuscular é mais estável a velocidades auto-
selecionadas. Esta optimização do sistema neuromuscular só é observada 
no caso do mecanismo de propulsão, enquanto a instabilidade do 
mecanismo de controle de equilíbrio aumenta com a velocidade. A 
estabilização do equilíbrio lateral na marcha humana requer um 
 
 
 @ellen.a.silve 
dispêndio energético significativo , dado que o 
movimento ativo dos membros para ajustar a 
colocação médio-lateral do pé no solo requer custo metabólico. 
 
4. MODELOS EXPLICATIVOS DA MARCHA 
A marcha humana resulta de uma complexa interação de formas 
musculares, movimentos articulares e comandos motores neurais. Muitas 
das variáveis internas contribuintes da marcha têm sido identificadas e 
quantificadas durante o ultimo século, entre elas a atividade 
eletromiográfica, o binário muscular, as forças de reação do solo (FRS), 
o movimento dos membros e o custo energético-metabólico. Este 
conjunto de dados requer uma interpretação e organização dos princípios 
fundamentais que elucidam sobre os mecanismos da marcha. Durante 
várias décadas duas teorias dominaram o estudo da marcha: a analogia a 
um pêndulo invertido e os seis determinantes da marcha. 
 
 
4.1 TEORIA DO PÊNDULO INVERTIDO 
Segundo o modelo de pendulo invertido, a marcha humana pode 
ser comparada a um mecanismo semelhante a um pendulo, sendo a 
energia cinética convertida em energia potencial gravítica e vice-versa, 
com conservação de mais de 60 a 70% da energia mecânica necessária 
(paradigma do pêndulo invertido). A força mais determinante no pêndulo 
invertido é a gravidade (F=mg, onde m constitui a massa envolvida e g a 
constante gravitacional), a qual tem de ser pelo menos igual à força 
centrípeta (=mv²/L, onde L corresponde ao comprimento da perna e v à 
velocidade horizontal). A razão entre as duas forças corresponde ao 
numero Froude (=v²/Gl) (Komura,2005). 
Segundo o modelo do pêndulo invertido, a maior parte do 
trabalho realizado durante a marcha não está associado a trabalho 
muscular ativo, mas a um mecanismo passivo de troca de energia cinética 
e potencial, uma vez que o centro de massa, por analogia ao pêndulo 
invertido, oscila de acordo com o membro em fase de apoio, reduzindo o 
trabalho necessário para elevar e acelerar o centro de massa. De modo 
similar, o trabalho muscular necessário para oscilar o membro é reduzido, 
devido a um mecanismo semelhante a um pêndulo, onde ocorrem trocas 
entre energia cinética e potencial à medida que o membro se desloca no 
sentido anterior. 
 
4.2 TEORIA DOS SEIS DETERMINANTES DA MARCHA 
Segundo esta teoria, a marcha é caracterizada pela existência de 
um conjunto de mecanismo que são considerados determinantes no 
padrão de marcha, mecanismo esses que se passa a descrever: 
 
4.2.1 ROTAÇÃO PÉLVICA 
Num nível de marcha normal, a cintura pélvica roda 
alternadamente para a direita e para esquerda relativamente à linha de 
progressão. A magnitude desta rotação é de aproximadamente 8° (4° na 
fase de balanço e apoio). A rotação pélvica baixa o arco de passagem do 
centro de massa através da elevação das extremidades do arco, e como 
conseqüência os ângulos de inflexão na intersecção de arcos sucessivos 
são menos abruptos e o custo energético é menor. A perda de energia 
potencial é mais gradual e a força necessária para alterar a direção do 
centro de massa no próximo arco é menor. A rotação angular da anca, em 
flexão e extensão, é reduzida e a energia necessária para a oscilação 
interna do membro é conservada (Saunders, 1953). 
 
 
4.2.2 INCLINAÇÃO DA PÉLVIS 
Como já mencionado, o centro de massa desloca-se lateralmente 
sobre a extremidade em carga duas vezes durante um ciclo. O 
deslocamento é produzido pela inclinação lateral de pélvis do lado oposto 
ao membro em apoio. Para permitir a inclinação pélvica, o membro na 
fase aérea deve efetuar flexão do joelho. A inclinação pélvica do lado do 
membro em fase de balanço ocorre de forma abrupta no final da fase de 
duplo apoio. A trajetória do centro de massa é mais curta, a trajetória 
pélvica é suavizada e, através da flexão do joelho, a energia é conservada 
devido a um encurtamento efetivo do pêndulo (Medved, 2001). 
 
4.2.3 FLEXÃO DO JOELHO NA FASE DE APOIO 
UNIPODÁLICO 
A passagem do peso do corpo sobre a extremidade enquanto o 
joelho está em flexão constitui uma característica da marcha. O membro 
em carga inicial a fase de apoio unipodálico através do ataque ao solo 
com o joelho em extensão completa, de seguida o joelho começa a flectir 
e continua até o pé estar apoiado no solo. A media da flexão é de cerca 
de 15°. Imediatamente antes do período de carga completa médio do 
joelho , passa uma vez mais para extensão, o que é imediatamente 
seguido por flexão terminal do joelho. Este período de fase de apoio 
ocupa cerca de 40% do ciclo de marcha e é referido como período de 
 
 
 @ellen.a.silve 
duplo bloqueio do joelho em extensão, seguido em 
uma flexão final (Saunders,1953). 
Estes três determinantes, rotação e inclinação pélvica e flexão do 
joelho agem no sentido de baixar o arco de translação do centro de massa. 
A rotação pélvica eleva a extremidades do arco enquanto a inclinação 
pélvica e flexão do joelho deprimem o seu pico máximo (Norkin,1992; 
Sanunders,1953). 
 
 
 
4.2.4 PÉ E JOELHO 
Existe uma estreita relação entre deslocamento angulares do pé 
e do joelho, podendo mesmo ser estabelecidos dois arcos que se 
intersectam durante a fase de apoio unipodálico. O primeiro ocorre no 
contato do calcâneo e é descrito pelo raio formado pelo calcâneo. Já o 
segundo arco é formado pela rotação do pé sobre o centro estabelecido 
no antepé em associação com a propulsão. No contato do calcâneo, o pé 
está em dorsiflexão e o joelho em extensão completa, de modo que a 
extremidade está no comprimento Maximo e o centro de massa encontra 
no seu ponto mais baixo de deslocação ascendente. A flexão plantar 
rápida, associada ao inicio da flexão do joelho, mantém o centro de massa 
na sua progressão ao mesmo nível durante algum tempo, baixando e 
revertendo suavemente a curvatura no inicio do seu arco de translação. O 
termino deste arco é igualmente achatado e suavemente invertido pela 
flexão do segundo joelho associado à propulsão. A diminuição das 
inflexões abruptas nos pontos de intercepção dos arcos do centro de 
massa reduz o custo energético (Norkin, 1992; Saunders, 1953). 
 
4.2.5 DESLOCAMENTO LATERAL DA PÉLVICA 
O ultimo determinante está relacionado com o deslocamento 
lateral da pélvis ou a adução relativa da mesma. Se as extremidades 
fossem paralelas, a quantidade de deslocamento seria igual a metade do 
intervalo do eixo que passa pelas articulações coxofemoral, que é 
aproximadamente igual a 3cm. O deslocamento lateral excessivo é 
corrigido pela existência do ângulo tibiofemural (ângulo Q), o que, 
juntamente com a adução relativa da anca, reduz o deslocamento para 
1,75cm, de maneira a aproximar o deslocamento vertical. Os fatores que 
permitem o armazenamento de energia e a sua recuperação envolvem o 
tempo necessário para a contração muscular no deslocamento dos 
seguimentos móveis. À medida do centro de massa se desloca ao longo 
da sua trajetória sinusoidal de baixa amplitude, a energia é despendida 
durante a elevação, e apenas uma parte da porção desta energia é 
recuperada na sua descida. O resultadoé o dispêndio energético continuo 
(Norkin, 1992; Saunders, 1953; Waters, 1999). 
 
5. TEORIA DA MARCHA DINÂMICA 
Uma explicação para o dispêndio energético na marcha é o 
trabalho mecânico realizado pelos músculos, existindo uma relação 
próxima entre o trabalho e custo metabólico durante a marcha em declive. 
A eficiência da marcha em declive positivo e negativo, definido como o 
trabalho realizado contra gravidade dividido pelo custo metabólico, 
aproxima-se de 25% e -120%, respectivamente, sendo estes valores 
semelhantes aos que se verificaram na realização de trabalho positivo e 
negativo em músculos isolados. Para a marcha em nível do solo, no 
entanto, não é claro como se processa a exigência de trabalho mecânico, 
uma vez que não existem forças dissipativas externas ao sujeito, nem o 
trabalho é realizado de forma contraria à força de gravidade, como em 
casos de declive, o trabalho negativo não é realizado pelo ambiente 
externo, mas sim pelo próprio corpo. A marcha é assim vista como auto-
resistida, com a realização de trabalho positivo para compensar o 
trabalho negativo. Existe uma variedade de métodos para qualificar o 
trabalho mecânico realizado no corpo e membros, no entanto, nenhum 
desses métodos prediz nem explica onde e porquê a energia é dissipada. 
Assim, apesar da existência de estudos que procuraram explicar os 
fenômenos de dissipação de energia ocorridos, existem ainda muitas 
interrogações acerca do modo como se estabelece a relação entre a não-
conservação de energia mecânica e as variáveis cinéticas do padrão de 
marcha. 
Os princípios da marcha dinâmica foram inicialmente 
desenvolvidos para a construção de marcha em robots, não tendo em 
consideração músculos, movimento nas articulações ou mesmo o 
comportamento humano empírico. A marcha dinâmica é uma extensão 
da teoria do pendulo invertido. Assim sendo, tal como no modelo do 
pendulo, o membro em apoio pode oscilar como um pêndulo invertido, 
com o movimento da pélvis descrevendo um arco. Foi verificado que ao 
 
 
 @ellen.a.silve 
projetar os pés anteriormente relativamente à perna, o 
momento extensor do joelho pode ser desencadeado 
inteiramente pela dinâmica pendular. As proporções relativas da coxa a 
perna fazem com que o movimento natural proporcione facilmente flexão 
do joelho suficiente para mover o pé para apoiar no solo na fase de apoio. 
O movimento combinado dos membros em apoio e fase área não requer 
trabalho activo nem mesmo produção de força activa. De acordo com 
McGeer, 1990ª, 1990b, o paradoxo do pêndulo invertido não é resolvido 
pela fase de apoio unipodálico. 
Varios modelos de marcha baseados num pêndulo invertido 
prevêem que o trabalho não é solicitado dentro de cada passo, mas sim 
entre passas. A marcha dinâmica difere do modelo do pêndulo invertido 
na finalização de cada ciclo de marcha-fase de duplo apoio. Sendo que a 
conservação de energia da fase de apoio unipodálico é interrompida pela 
colisão do membro oscilante com o solo. A colisão está associada a 
libertação de energia de forma inalástica no local de impacto, ao longo 
do membro e mesmo de outras partes corporais. Para alem da perda 
energética, o maior efeito da colisão é a alteração da velocidade dos 
membros e do centro de massa. A alteração de velocidade é necessária 
devido à troca dos membros em apoio, onde o arco pendular descrito por 
um membro em apoio dever ser seguido por outro arco realizado pelo 
outro membro. Na maior parte dos exemplos da marcha dinâmica os 
modelos de colisão são inelásticos, como dissipação de energia através 
de trabalho negativo realizado pelo corpo. 
De acordo com Donelan, 2002, o trabalho realizado na transição 
passo-a-passo pode explicar 60-70% do dispêndio energético da marcha. 
Os membros mais anteriores e posteriores devem realizar trabalhos 
negativo e positivo, respectivamente, no centro de mossa, no sentido de 
redirecionar a velocidade entre os passos. Esta é uma forma de co-
contracção entre os membros, que deve ser idealmente mantida curta em 
duração e distância e deve ser de igual magnitude. O trabalho realizado 
na transição entre os passos é menor do que aquele realizado para baixar 
o centro de massa e prediz um maior componente do custo metabólico da 
marcha. Tal como a analogia a um pêndulo invertido explica como o 
apoio unipodálico pode ser realizado com pouco trabalho mecânico, uma 
nova analogia ajuda a explicar como o centro de massa requer redireção 
e como o trabalho deve ser realizado. O custo de redireção pode ser 
reduzido aumentando activamente à velocidade dos membros 
relativamente ao corpo. 
Os custos de transição associados ao comprimento do passo 
compreendem uma fracção maior do custo metabólico da marcha normal. 
Os modelos consideram dois componentes importantes para o custo da 
marcha: o custo associado ao comprimento do passo e o custo associado 
ao aumento da freqüência do passo devido ao movimento dos membros 
relativamente ao corpo. 
A marcha dinâmica ajuda a solucionar o conflito entre as duas 
teorias mais defendidas. A trajetória do centro de massa referida pela 
teoria dos seis determinantes da marcha requer trabalho positivo e 
negativo substancial realizado pelos dois membros no centro de massa e 
uma larga magnitude de binário do joelho para suportar o peso corporal. 
A vantagem da marcha como um pêndulo invertido é que o centro de 
gravidade pode ser transportado durante o passo com baixo trabalho ou 
binário. Contudo, a seqüência deste tipo de marcha é a necessidade de 
fazer a transição entre passos. A marcha dinâmica inclui transição passo-
a-passo num ciclo de marcha periódico e completo, cujo movimento é 
gerado predominantemente por dinâmica passiva dos membros. 
 
6. CONCLUSÃO 
O presente trabalho possibilitou uma analise de como o 
dispêndio energético está associado ao deslocamento do centro de massa, 
e que o mecanismo da marcha não só carece de evidencias cientificas 
como não explicam todos os fenômenos decorrentes no ciclo da marcha, 
tornando-se contraditórios. 
Segundo estudos referenciada, em termos de biomecânica 
existem fatores responsáveis pelo deslocamento e aceleração do centro 
de massa. Conseqüentemente pelo dispêndio energético, durante a 
marcha, o mesmo é influenciado pela velocidade, fazendo com que haja 
uma necessidade de realização de mais estudos. 
 
7. REFERÊNCIAS 
 Andreia S. P. de Souza, 2008 – Portugal (Universidade do Porto 
– FEUP) 
file:///C:/Users/SEVEM/Downloads/TrabalhosPraticos_AS.pdf 
 A Souza e João Manuel R. S. Tavares, 2010 – Portugal (SciELO) 
file:///C:/Users/SEVEM/Downloads/biomecanica.pdf 
 Nuno Rocha Mafra, 2012 – Portugal (Universidade do Porto – 
FEUP) 
file:///C:/Users/SEVEM/Downloads/Marcha.pdf 
 
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