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RESUMO - Marcha Humana

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A marcha é uma habilidade fundamental para a espécie 
humana e envolve uma série de interações entre os 
segmentos corporais. – Perry, 2005. 
Integração dinâmica entre os mecanismos centrais e 
periféricos. – Ijspeert, 2008. 
Atuação de múltiplos sistemas de maneira congruente 
e sofisticada. – Guccione. 
Alinhamento entre corpo e pé de suporte durante apoio 
e avanço do membro. – Perry, 2005. 
A deambulação segura exige: 
• A capacidade de acelerar e desacelerar 
rapidamente; 
• Utilizar mecanismos de controle proativos e 
reativos do equilíbrio; 
• Avaliar as inúmeras demandas das tarefas em 
ambientes diferentes. 
O fisioterapeuta deve: 
• Ter conhecimento da marcha humana; 
• Compreender as necessidades do uso de 
dispositivos auxiliares; 
• Ter um repertório de testes para avaliação da 
marcha; 
• Saber qual o nível de deambulação desejável e 
possível; 
• Identificar as potenciais limitações; 
• Desenvolver um plano terapêutico adequado e 
personalizado com o objetivo de otimizar o 
padrão da marcha daquele indivíduo. 
Conceitos: 
1. Ciclo de marcha/passada – Intervalo entre dois 
contatos iniciais do mesmo pé; 
2. Passo – Dois contatos iniciais de pés opostos 
Período: apoio e balanço 
Tarefas: aceitação de peso, apoio simples e 
avanço do membro 
Fases: contato inicial, resposta à carga, apoio 
médio e apoio final, pré-balanço, balanço 
inicial, balanço médio e balanço terminal. 
 
A marcha de ninguém vai ser igual, mesmo existindo 
algo considerado “padrão”. Temos influências do local 
que vivemos, da forma que fomos criados. 
• Padrão básico; 
• Padrão individual; 
• Pré-requisitos: Centro de gravidade dentro da 
base de suporte, controle de cabeça e tronco 
(extensão pp), dissociação de cinturas, 
controle pélvico (extensão de quadril), 
deslocamento anterior do corpo, transferência 
de peso lateral e controle proprioceptivo. 
 
 
Tudo o que está de vermelho na figura é fase de apoio. 
Notamos os dois duplos apoios, no contato inicial e 
antes do período de balanço. 
Divisões do ciclo 
 
 
O contato inicial é o início e o balanço final é o final. 
Aceitação de peso 
Contato inicial: 
• Momento em que o pé acaba de tocar o solo; 
• O membro é posicionado para iniciar o apoio 
com o rolamento do calcanhar – toco o pé no 
solo e ele vai se posicionar para então fazer o 
rolamento. 
Resposta a carga: 
• Período de duplo apoio inicial; 
• Contato inicial em um pé e elevação do pé 
oposto; 
• Rolamento do calcanhar; 
• Ação dos músculos pré-tibiais para restringir a 
queda do pé; 
• Semiflexão discreta do joelho (controlada pelo 
quadríceps). 
Apoio Simples 
Começa quando o outro pé é elevado para iniciar o 
balanço. Essa fase continua até que o pé oposto toque 
novamente o solo. 
Quando começamos a andar, após um período, 
ativamos um gerador de padrão central. É uma forma 
de controle em que “não notamos mais que estamos 
andando”, como se fosse uma programação. 
O avanço do corpo sobre o pé de apoio leva a uma 
extensão no quadril e joelho. Os flexores plantares 
restringem a queda do corpo para frente (excêntrico). 
A progressão sobre o pé de apoio é assistida pelas 
ações dos três rolamentos funcionais: calcanhar, 
tornozelo e ante-pé. 
 
Os rolamentos do calcanhar são a base da marcha. 
Apoio médio: 
• Pé oposto ao apoio é elevado e continua até 
que o peso do corpo seja alinhado sobre o 
ante-pé; 
• Deslocamento do peso corporal para o lado do 
apoio e maior atividade dos abdutores do 
quadril para sustentar a pelve instável; 
• Rolamento do tornozelo (dorsiflexão passiva)/ 
Ação dos flexores plantares permitindo o 
controle seletivo (tíbia estável). 
Apoio final: 
• Começa com a elevação do calcanhar (pé de 
apoio) e acaba até o outro pé tocar o solo. → O 
calcanhar começa a levantar quando o 
membro oposto vai realizando a transição do 
balanço médio para o final. 
• Manutenção da dorsiflexão do tornozelo. 
• O membro avança sobre o rolamento do ante-
pé (o contorno arredondado dos metatarsos 
possibilita esse rolamento); 
• Ação dos flexores plantares; 
• O rolamento do ante-pé serve como base para 
o avanço acelerado do membro no pré-
balanço. 
Avanço do membro 
Pré-balanço: 
• Começa com o contato inicial do outro pé e 
termina quando o pé desprende do solo; 
• Marca a transição entre os períodos de apoio e 
balanço; 
• Liberação e transferência de peso; 
• Rolamento do ante-pé; 
• Flexão plantar e flexão do joelho simultâneas; 
Balanço inicial: 
• Começa com a elevação do pé do solo e 
termina quando o pé de balanço está oposto 
ao pé de apoio; 
• O membro avança pela flexão do quadril e 
aumento da flexão do joelho; 
• O tornozelo está parcialmente dorsifletido; 
• O objetivo é a liberação do pé da superfície. 
 
A imagem mostra o final do balanço inicial e o início do 
pré-balanço. 
Quando começa a sair e continua tocando o solo: Inicio 
do pré-balanço. Já quando se desprende do solo, mas 
não avança ainda: é o final do pré-balanço. 
Quando termina o pré-balanço, inicia o balanço inicial. 
O balanço inicial termina antes do pé em balanço 
passar o pé de apoio. 
Balanço médio: 
• Começa com o membro oposto ao membro de 
apoio e termina quando o membro do balanço 
está anterior e a tíbia vertical; 
• Atividade dos dorsiflexores (para liberar o pé do 
solo) e flexores do quadril (para manter o 
avanço). 
Balanço terminal (final): 
• Começa com a tíbia vertical e acaba quando o 
pé toca o solo; 
• Quadril fletido; 
• Joelho estendido (para completar o avanço); 
• Tornozelo neutro; 
• Atividade excêntrica dos isquiotibiais para 
diminuir a oscilação do membro. 
 
Análise da Marcha 
Visual (Subjetiva): observação e avaliação das fases da 
marcha e dos componentes musculares, articulares e 
proprioceptivos que podem estar alterando o padrão 
normal da marcha. 
Quantitativa (objetiva): através da cinemetria. 
Cinemetria 
Conjunto de métodos que busca medir parâmetros 
cinemáticos. Utiliza câmeras de vídeo e software que 
calcula as variáveis cinemáticas de interesse. 
O CvMob – software bidimensional de licença livre 
desenvolvido no instituto de física da Universidade 
Federal da Bahia que, através de técnicas de visão 
computacional, rastreia pontos reflexivos em vídeos e 
analisa bidimensionalmente a motricidade. 
http://cvmob.sourceforge.net, Peña et al., 2013 
A partir da filmagem de uma sequência de movimentos, 
é possível obter dados cinemáticos como trajetórias, 
movimento angular, velocidade e aceleração, 
permitindo a integração da análise visual á análise 
quantitativa para interpretação dos dados. 
Araújo et al., 2005 
Análise Quantitativa da Marcha 
Parâmetros cinemáticos: 
• Cinemática angular; 
• Cinemática temporal (cadência e velocidade); 
• Cinemática espacial (comprimento do passo e 
da passada). 
 
 
Deambulador comunitário: Que consegue andar pela 
rua; 
Deambulador domiciliar: Consegue andar apenas em 
casa. 
 
 
http://cvmob.sourceforge.net/
Parâmetros da marcha no idoso 
Parâmetros cinemáticos lineares (tempôro-espaciais): 
• Velocidade da marcha de 0,93m/s (M / 70-79 
anos) – Guccione; 
• 0,50m de comprimento da passada; 
• 109,26 passos/min. 
Mastandrea, 2008 
Muitos idosos adotam padrões de variabilidade. A 
variabilidade no padrão de marcha pode ser um ponto 
positivo. Pode ser uma maneira de obter estabilidade e 
reduzir quedas. 
Características da Marcha no Idoso 
Redução da velocidade: (preditivo de dependência 
funcional) 
Perda de força e consistência de movimentos → 
levando a uma menor impulsão de um passo para o 
outro. 
Objetivo da redução da velocidade: Garantir 
estabilidade e adaptação às mudanças 
neuromusculares e músculo-esqueléticas, e 
consequentemente diminuir os valores de força 
(necessidade de força que tende a ser menor). 
Mann, 2008 
• Redução da amplitude de extensão no quadril; 
• Alteração no alinhamento articular– interfere 
da força e flexibilidade; 
• Postura flexora do tronco; 
• Tempo de apoio e apoio duplo sustentado 
(objetivo: sentir-se mais seguro); 
• Impulsão reduzida. 
Aspectos que interferem na marcha e devem ser 
valorizados – Condição psicológica 
• Depressão 
• Medo / ansiedade da deambulação na 
comunidade 
o Pode estar relacionado ao déficit de 
equilíbrio e risco de queda; 
o Apresentação de comportamentos 
pouco adaptativos em ambiente 
ameaçador. 
Alívio do medo e construção da confiança é 
instrumento potencialmente poderoso. 
 
Exemplos de demandas ambientais comumente 
encontradas na comunidade 
• Inícios e paradas; 
• Aceleração e desaceleração; 
• Mudança de direção e giros; 
• Eliminar / evitar obstáculos; 
• Pegar / carregar / colocar no chão os objetos; 
• Empurrar e puxar portas; 
• Mudanças de terrenos; 
• Subir e descer alturas diferentes; 
• Realização simultânea de outras tarefas. 
CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade, 
Incapacidade e Saúde 
A Marcha no contexto da CIF é classificada como 
atividade e participação. 
Importante iniciar a avaliação a partir dos domínios da 
CIF (Fatores pessoais, atividade, participação, estrutura 
e função do corpo e fatores ambientais).

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