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JASMINY MOREIRA | TURMA 5 MECANISMO DE AGRESSAO E DEFESA | 2021.1 1 Bactérias do sistema tegumentar FATOR DE VIRULENCIA ↳ Qualquer produto/estrutura/estratégia que permite a bactéria em ter mais habilidade em causar a doença CATALASE ↳ Enzima que catalisa peróxido de hidrogênio em água e oxigênio ↳ essa catalase converte em água e em gás oxigênio ↳ se a bactéria tem, ela neutraliza os ERO’S produzidos pelos neutrófilos se mantendo viva e proliferando causando a doença Considero um fator de virulência (as bactérias que possuem a catalase) ↳ O patógeno que tem catalase tem mais vantagens, pois a catalase ajuda a neutralizar substâncias tóxicas ↳ positiva: possui enzimas – presença de bolhas ↳ negativa: não possui enzimas – ausência de bolhas HEMÓLISE ↳ Pode ser causada por citoxina (em staphylococcus) ou estreptolisina (tipo de hemolisina) em Streptococcus ↳ prova da hemólise: presença ou não de substâncias que lisa hemácias ↳ Streptococcus e staphylococcus crescem em ágar enriquecimento com sangue COAGULASE ↳ Enzima que coagula a fibrina no sangue ↳ prova da coagulase: presença ou não de enzima coagulase ↳ positiva: possui a enzima – presença de coágulo ↳ negativa: não possui a enzima – ausência de coágulo BETA HEMOLÍTICA ↳ Existem bactérias que lisam hemácias (pouco ou muito) e de acordo com o grau ↳ A beta lisa por completo GÊNERO ↳ Chama-se grupo A ou pyogenes ↳ Piogênica: local e disseminada ↳ Toxigênica ↳ Imunomediada (pós-estreptocócica, não supurativa) CARACTERISTICAS GERAIS ↳ Estreptococo ou diplococo (cocos em cadeia ou pares) ↳ Gram negativo ↳ Encontrado na microbiota normal humana (orofaringe etc) ↳ Encontrado no meio ambiente ↳ fatores de crescimento: mesófilos e anaeróbios facultativo ↳ características bioquímicas: objetiva identificar o patógeno ↳ Coagulase negativa ↳ Catalase negativa ↳ Hemólise beta-hemolítico FATORES DE VIRULÊNCIA ↳ Nem todos os sorotipos/cepas de s. pyogeneses possuem todos os fatores de virulência descritos ↳ é preciso ter o gene que codifique o fator de virulência ↳ A bactéria pode ter esse gene ou ‘’ganhar’’ de outra bactéria ↳ através dos processos de recombinação genética: transformação, conjugação e transdução Importante saber se o fator de virulência é classificado como: ↳ Adesina (adesão tecidual) ↳ Invasina (invasão tecidual) ↳ Evasina (escape do sistema imune) ↳ Toxinas (lesão tecidual) FATORES DE VIRULENCIA Proteína M ↳ Streptococcus pyogenes ↳ Função: impede a ação do anticorpo ↳ Adere à matriz extracelular (epitélio e endotélio) ↳ Ela acopla na porção constante do anticorpo ↳ se a proteína m gruda onde o anticorpo iria acoplar com a célula de defesa, eu anulo a função do anticorpo (bloqueio a ação de fagócitos e do sistema complemento) Estreptoquinase ↳ Geralmente os coágulos seguram as bactérias (não permitindo a locomoção) ↳ A estreptoquinase dissolve esse coágulo permitindo as bactérias de circular Hialuronidase ↳ Lembra do ácido hialurônico ↳ Degrada o ácido hialurônico e permite a bactéria se mover através do interstício com maior facilidade, ajudando em sua invasão Superantígeno exotoxina pirogênica (SPE) ↳ Exotoxinas que atuam como esse superantígeno (SPE) ↳ A APC via MHC II apresenta o antígeno para célula T via TCR ↳ O superantígeno acopla em moléculas do TCR e em moléculas do MHC II. Isso proporciona uma ativação exagerada do linfócito T ↳ O linfócito T produz citocinas e agora será maior que o normal com a acoplação desse superantígeno ↳ Se eu tenho muita citocina tenho vários processos inflamatórios, falência de múltiplos órgãos STREPTOCOCCUS PYOGENES CONCEITOS JASMINY MOREIRA | TURMA 5 MECANISMO DE AGRESSAO E DEFESA | 2021.1 2 DOENÇAS FASCEÍTE NECROSANTE (COMEDORA DE CARNE) ↳ Infecção da camada subcutânea e fáscia muscular ↳ Infecção profunda do tecido conjuntivo subcutâneo, que se caracteriza por destruição dos tecidos muscular e gorduroso e se dissemina ao longo do plano fascial ↳ Rápida progressão de edema para bolhas e necrose ↳ Transmissão: ruptura da pele (corte, trauma, queimadura, cirurgia) ↳ Fator de virulência: exotoxina pirogênica (superantígeno) ↳ Falência múltiplas de órgão, alta taxa de mortalidade ↳ Pode ser causada por outras bactérias (menos comum) ↳ Tratamento: antibióticos, desbridamento, câmera hiperbárica e amputação ↳ Utilizado também para gangrena gasosa CELULITE ↳ Local de infecção: derme profunda e camada subcutânea (pode se estender por via linfática ou hematogênica) ↳ Superfície lisa e opaca. Nem sempre é clara ↳ A diferença entre o tecido infectado e não infectado ↳ Sintomas: febre, dor, calafrios, mal estar ↳ Fator de virulência: adesinas, invasinas, enzimas líticas ↳ Agentes etiológicos: s. pyogenes, s. aureus, haemophilus influenzae, crypotoccus neoformans (fungo) ERISIPELA ↳ Local de infecção: epiderme e derme superficial (envolve vasos linfáticos) ↳ Superficie com aspecto de casca de laranja e brilhante ↳ Evidência clara entre o tecido infectado e não infectado ↳ Sintomas: febre, dor, calafrios, mal estar ↳ Fator de virulência: adesinas, invasinas, enzimas líticas ↳ Agentes etiológicos: s. pyogenes, raramente em s. aureus GÊNERO Infecção superficial/local: ↳ Supurativa (pus) infecção no local de instalação da bactéria na pele, que é proveniente do meio externo Infecção profunda/disseminada ↳ Bacteremia ↳ Infecção no local distante do local de entrada da bactéria na pele ↳ Formação de abscesso Síndrome toxigênica ↳ Toxinas com ação local ou à distancia (sistêmica) CARACTERÍSTICAS GERAIS Morfologia ↳ Estafilococo (coco em arranjos irregulares como ‘’cachos de uva’’, aos pares, isoladas) ↳ Gram positivo Fatores de crescimento ↳ Mesófilos, anaeróbios facultativos Características bioquímicas ↳ Objetiva identificar o patógeno ↳ Catalase positiva ↳ Coagulase positiva ↳ Hemólise beta-hemolítico ↳ Principal bactéria de feridas cirúrgicas ↳ Bactéria mais frequente de bacteremia, podendo evoluir para sepse ↳ Cepas resistentes a antibióticos ↳ MRSA (s. aureus resistentes à meticilina) – comum em infecções hospitalares ↳ Encontrada na microbiota normal humana (mucosa nasal). Pode ser encontrado em pele, intestino, faringe, vagina etc ↳ Encontrada no meio ambiente (agua, poeira, alimentos) FATORES DE VIRULENCIA ↳ Cápsula: composição polissacarídica – adesão e evasão da fagocitose ↳ Proteína A: parede celular – se liga à fração constante (Fc) do IgG, impedindo que esses anticorpos interajam com os fagócitos ↳ Ácidos teicóicos: parede celular – adesão do patógeno às células epiteliais da mucosa nasal ↳ Coagulase: enzimas que converte fibrinogênio em fibrina, provocando a deposição de fibrina em torno do micro- organismo e dificultando a fagocitose ↳ essencial para a formação de abscesso ↳ Catalase: enzima que converte peróxido de hidrogênio (tóxico para a bactéria) em água e oxigênio, neutralizando essa substancia tóxica para a bactéria) ↳ Hialuronidase: enzima que destrói o ácido hialurônico do tecido conjuntivo e permite invasão bacteriana ↳ Toxina esfoliativa/esfoliatina: toxinas esfoliativas A e B. atua nos desmossomos, descamando a pele ↳ TSST-1: toxina da síndrome do choque tóxico 1 ↳ toxina que funciona como superantígeno DOENÇAS SUPERFICIAIS FOLICULITE ↳ Infecção piogenica no folículo piloso ↳ Hordéolo (infecção no cílio), conhecido como terçol ↳ Lesão: pústula/eritema ↳ Ocorrencia: espinha ou pelos encravados FURÚNCULO ↳ Evolução da foliculite ↳ Pode se desenvolver a partir de uma foliculite (folículo piloso inflamado) ↳ Lesão: nódulo grande, duro, elevado, eritematoso, dolorido e com pus ↳ Drenagem espontânea ou cirúrgica. ↳ Imporancia da drenagem de pus? Antibióticos não penetram bem no abscesso ↳ Comum em áreas de atrito↳ axilas, nádegas e virilha CARBÚNCULO ↳ Evolução do forúnculo / vários folículos pilosos STAPHYLOCOCCUS AUREUS JASMINY MOREIRA | TURMA 5 MECANISMO DE AGRESSAO E DEFESA | 2021.1 3 ↳ Furúnculos coalescem e se estendem ao tecido subcutâneo ↳ Quando o organismo falha em isolar o furúnculo, o tecido adjacente pode ser progressivamente invadido ↳ Lesão: inflamação endurecida, profunda e eritematosa ↳ Calafrio e febre – pode ocorrer bacteremia CELULITE ↳ Infecção na derme sem formação de pus IMPETIGO NÃO BOLHOSO ↳ Infecção na epiderme ↳ altamente contagiosa na epiderme mais superficial (face e membros) ↳ Pústula e posterior crosta ↳ Evolução da lesão: mácula, pústula sobre a base eritematosa/ rompimento da pústula/ formação de crosta de coloração castanha ↳ Impetigo não bolhoso é a forma mais comum da doença ↳ Também causada por Streptococcus pyogenes ↳ Comum em crianças (2-5 anos) e jovens (acumulo de pessoas/falta de higiene) DOENÇAS TOXIGÊNICAS IMPETIGO BOLHOSO ↳ Toxina de ação local ↳ Bolhas localizadas e superficiais na pele epiderme mais profunda (intraepidérmica), causada pela toxina esfoliativa produzida no local ↳ Forma localizada da síndrome da pele escaldada ↳ Eritema não se estende para o exterior da bolha ↳ Sinais de nikolsky negativo ↳ Comum em bebes e crianças ↳ Contagiosa SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ↳ Causada pela toxina de ação disseminada ↳ Bolhas disseminadas e posterior descamação da pele ↳ Toxina cliva a desmogleína-1 (proteína presente no desmossomo responsável pela adesão entre células epiteliais, ocorrendo a separação das camadas epiteliais epiderme-intradérmica) ↳ Sinais de nikolsky positivo ↳ leve pressão deslocada a pele ↳ Bolhas com ausência de bactéria e leucócitos ↳ Aparecimento abrupto de um eritema que espalha pelo corpo ↳ Epitélio intacto de 7-10 dias (anticorpos contra a toxina) ↳ Comum em crianças, neonatos e imunocomprometidos SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO ↳ Toxina de ação disseminada ↳ Lesão parecendo queimadura ↳ Ação sistêmica provocada por linhagens de s. aureus produtoras de toxinas TSST-1 liberadas na corrente sanguínea ↳ Caracterização da doença: febre, hipotensão, erupção cutânea (difusa, macular e similar a queimadura de sol, que evolui para descamação) e envolvimento de três ou mais dos seguintes órgãos: fígado, rim, trato grastrintestinal, sistema nervoso central, músculo ou sangue. ↳ Classificaão clínica epidemiológica: casos menstruais (menos comum) e não menstruais (ex: cirurgias nasais, com bandagens absorventes) BARREIRAS DA EPIDERME ↳ Pele íntegra (barreira física) ↳ Epitélio estratificado queratinizado ↳ Umidade limitada ↳ pH ácido (barreira química). ↳ ácidos graxos e ácido propionico produzidos por bactérias ↳ Lisozima ↳ Defensina ↳ peptídeo antimicrobiano secretado pelos queratinócitos ↳ Salinidade ↳ suor ↳ Microbiota residente (barreira biológica) (maioria gram+) ↳ antagonismo microbiano ↳ staphylococcus ↳ propinibacterium acnes ↳ acinetobacter ↳ malassezia furfur ↳ Excreções: sebo, ureia ↳ Células de langerhans epidérmicas (APC) ↳ LTCD8 ↳ Queratinócitos Sebo e suor podem ser nutritivos para muitos microrganismos IMUNIDADE REGIONAL DA PELE TECIDO LINFÓIDE ASSOCIADO À PELE (SALT) ↳ Área total da pele: 1,5 a 2m² - maior barreira física Epiderme ↳ Queratinócitos (secretam defensivas e citocinas inflamatórias) ↳ Células de langerhans epidérmica (APC/DC) ↳ LTCD8 Derme ↳ Mastócitos ↳ Macrófagos ↳ LTCD8 (efetivos e/ou memória) ↳ Célula dendrítica dérmica ↳ Plasmócitos Células de langerhans epidérmica capturam o antígeno e migram para a derme e posteriormente para linfonodos, através de vasos linfáticos, ativando a resposta imune adaptativa SISTEMA IMUNE
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