Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ansiolíticos e hipnóticos Ansiedade • A ansiedade é o grande sintoma de características psicológicas que mostra a intersecção entre o físico e psíquico, uma vez que tem claros sintomas físicos como taquicardia, sudorese, tremores, tensão muscular aumento das secreções (urinárias e fecais) aumento da motilidade intestinal, cefaléia. Quando recorrente e intensa também é chamada de Síndrome do Pânico (Crise ansiosa aguda) • Bastante presente na nossa sociedade, sendo um sintoma com características psicológicas e somáticas. • Ansiedade é um estado de preocupação extrema em determinadas situações desenvolvendo pensamentos obsessivos, criando uma potencialização do problema, e isso leva a manifestação de sintomas psíquicos (dificuldade de concentração, distúrbios do sono → excesso de atividade glutamatérgica) • Pensamentos obsessivos relacionados a um problema específico → podendo ser visto no encefaloeletrograma • Sintomas físicos → aumento de descargas centrais levam a alterações no sistema simpático levando a tremores, sudorese, taquicardia → acaba por levar a uma crise de ansiedade (bruxismo) • Existem vários tipos de ansiedade, existem vários transtornos. • Transtorno de ansiedade generalizada → estado de constante ansiedade, sem razão clara para o mesmo • O transtorno do pânico também está associado a ansiedade • Transtorno do estresse pós-traumático → devido a uma lembrança estressante do passado, sendo que a pessoa não superou o trauma, gerando ansiedade no paciente • Transtorno de ansiedade social, compulsivo • Muitas maneiras de ansiedades, mais rápidas → benzodiazepínicos (o paciente melhora na crise grave) → são fármacos depressores • A longo prazo precisamos de um tratamento combinado, associado com os ansiolíticos e tratamento com o psiquiatra ou psicólogo (psicoterapia) Benzodiazepínicos • Modulam a atividade do GABA, mudam alostericamento o canal do GABAa. • O mecanismo dos benzodiazepínicos tem ação muito óbvia, melhorando a ação do GABA, levando a relaxamento, porém tem mais sedação, relaxamento muscular. Não tem como antigir somente uma via, reduzindo de forma geral a atividade cerebral → pode deixar o paciente menos responsivo a ambientes externos → fica mais sonolento... • Diferente dos ansiolíticos que não são depressores, eles modulam o sistema serotornigético, modulando o pensamento, atingindo especificamente essa área • GABA = AGAB • Em estados de ansiedade temos o aumento dos neurotransmissores excitatórios, quando se tem a potencialização do uso do GABA temos uma dificuldade de disparo dos neurônios no SNC. Dependendo da dose e do horário o paciente fica num estado de tranquilidade, podendo levar ao sono (hipnótico) o Quanto mais aumentamos a dose mais potencializamos a ação do GABA, passando por estágios mais profundos de depressão o Aumentando as doses o paciente vai entrando cada vez mais no sono, podendo levar a depressão do SNC sendo que a pessoa nem mais acorda com estímulo, podendo até mesmo deprimir o bulbo e matar o paciente (barbitúricos mais comuns, menos nos benzodiazepínicos) • Os tranquilizantes são fármacos indutores do sono → hipnóticos o A dose que vai determinar se você vai dormir ou ficar mais calmo, dependendo também da situação em que o paciente está (perto do sono ou em situação de estresse) o Normalmente tem tempo de meia vida menor → só dormir no tempo desejado, sem repercutir no outro dia do paciente → midazolam (induzir o sono), clonazepam (meia vida, além de induzir mantém o sono) o Quando queremos tratar a ansiedade, você quer tratar por períodos mais longos, logo queremos tempo de meia vida maior → Diazepam o Dormir é muito necessário, estando relacionado a produção de metabólitos diversos, fixação de memória, aspectos contra o envelhecimento e a medida que vivemos situações estressantes é natural dormir menos o Quando temos diagnóstico de insônia devido ao estresse é bastante indicado o uso desses medicamentos, porém o diagnóstico precisa ser muito preciso → precisam ser indicados para períodos curtos de tempo para não criar dependência, sendo que isso é muito fácil de ocorrer Fases do sono • Estágios REM e não REM • Os estágios mais profundos são de sono mais revigorante, aonde a atividade neuronal reduz, produz hormonios de ação central • Durante o REM temos sono, mais simples de despertar → representa 25% do nosso sono • No sono REM a gente acaba liberando neurotransmissores para modular a atividade de musculatura periférica, já que sem isso iriamos nos debater durante o sono, liberando glicina provocando relaxamento muscular. • No dia que tomamos sedativos temos uma alteração na proporção de sono REM e NREM → leva a uma grande revigoração, porém isso vai reduzindo ao longo das noites durante a primeira semana. Quando você para de ter o sedativo o seu sono piora de forma grande, demorando um grande tempo para se restabelecer. Como vemos nas imagens → vemos que temos a criação da dependência. Esses medicamentos devem ser usados só de forma esporádica o Isso ocorre provavelmente porque como temos uma grande modulação do GABA, o SNC acaba por reduzir a produção endógena do GABA, levando a maior ativação cerebral, podendo reduzir também os receptores GABA o Existem receptores GABAa extrasinápticos → alta distribuição • Os benzodiazepínicos por necessitarem do GABA eles são muito mais seguros, tendo menores chances de atingir o centro bulbar por exemplo. Com o aumento dos benzodiazepínicos temos uma redução da produção do GABA. • Os barbitúricos tem ação mais pronunciada no canal, podendo ter efeito agonista direto do canal, podendo levar a uma grande depressão do SNC, atingido regiões essenciais para a vida, como controle das vias sanguíneos e movimentos respiratórios. • No SNC a distribuição do GABAa é distinta dependendo do local, é natural que tenhamos mais GABAa no córtex do que em centros importantes como é o caso do bulbo → efeitos inicias são mais no córtex → se a concentração for muito grande você desliga o bulbo → induz o coma o Usamos isso para preservar o paciente, induzindo o coma medicamentoso → reduzir o consumo para preservar o SNC, prevenindo a morte do paciente o Em cirurgias isso também pode ser usado Outras modulações • Impedindo a recaptação do GABA → podemos inibir com a tiagabina → redução da recaptação → acúmulo do GABA → maior ativação dos canais. o Muito usada no tratamento de epilepsia • Impedir a degradação do gaba → impedir a gaba transaminase → o medicamento é a vigabatrina o É um antiepiléptico, podendo causar um grau de sedação o Bloqueia a enzima, diminui a degradação e potencializa a ação do gaba • Receptores GABAb → tem importância maior na medula → normalmente quando modulamos ela temos efeitos mais relaxantes musculares, tendo poucos efeitos no SNC Barbitúrico X benzodiazepínico • O pentobarbital já foi muito usado, porém é hoje é mais usado para veterinária • Todos os finais zolam ou lam são benzodiazepínicos • Todos os fármacos de ação central → causam cada vez graus mais altos de depressão, em doses menores é ansiolítico, depois sedação, depois facilitação do sono, depois indução ao sono. Dependendo do fármaco podemos chegar na narcose (o paciente não acorda mais com o estímulo, respirando com menor frequência) e paralisia (completa, o paciente não respira nem modula vasos o Os benzodiazepínicos não passam do estado de indução do sono, diferente dos barbitúricos o Se queremos efeitos mais pronunciados como anestesia ou coma induzido precisamos de barbitúricos Classificação dos fármacos BENZODIAZEPNÍCOS • Benzodiazepínicos: grupo mais importante, usado como ansiolítico e hipnótico • Existem pelo menos 20 tipos diferentes. São basicamente semelhantesem suas ações, embora possa haver certa seletividade de efeitos sedativos, ansiolíticos ou anticonvulsivantes → o que diferencia é a meia vida • As indicações são diferentes dependendo da meia vida, mais curtas para sedação curta ou indução do sono → o comportamento cinético pode variar bastante entre os diferentes tipos de benzodiazepínicos, que clinicamente são mais importantes que o perfil de atividade. • Em geral os compostos de ação curta são usados como hipnóticos, quanto maior a meia vida maiores são as ações ansiolíticas (Diazepam....) • Midazolam → mais rápidos → procedimentos cirúrgicos de curta duração, sendo administrados em bolos ou infusão contínua (mais controle). Ele não mantém o sono, porém é um indutor do sono (bastante indicado para esses casos) o Quanto menor o tempo de meia vida menor a capacidade de conseguir provocar tolerância e dependência • Efeitos → ansiedade e agressão o Promover sedação e indução do sono o Redução do tônus muscular e da coordenação motora o Efeitos anticonvulsionantes (previr e cessar a crise) o Amnésia anterógrada → perder memórias de tempos específicos, durante o processo o paciente está normalmente acordado, porém parcialmente sedados, sendo que a maioria não recorda sobre o que ocorreu (somente do tempo que os benzodiazepínicos estão sobre seu efeito • Efeitos indesejáveis: o Confusão mental, amnésia, diminuição da coordenação motora (evitar dirigir) o Os benzodiazepínicos potencializam muito a ação de outras substâncias depressoras do SNC, particularmente o álcool. Não se trata apenas de um efeito aditivo. o Ocorre tolerância e dependência com os benzodiazepínicos. Pode haver uma alteração conformacional do receptor GABA (e não de enzimas) → síndrome de abstinência (bem comum) o O flumazenil é o antagonista do sítio benzodiazepínico do receptor GABA e reverte os efeitos causados pelos benzodiazepínicos → em pacientes com uso crônico de benzodiazepínicos leva a crise de abstinência BARBITÚRICOS • Barbitúricos: atualmente obsoletos como ansiolíticos e hipnóticos • Depressores poderosos e não seletivos, promovem sedação e podem evoluir para morte • Estreita janela terapêutica (as doses fatais e clínicas andam muito juntos) • Muitas interferências farmacocinéticas • Existe tolerância, além da tolerância farmacodinâmica → causam mais tolerância que os benzodiazepínicos • São praticamente contraindicadas, com excessão do fenobarbital que é usado para controle de epilepsia em pacientes resistentes a outros tratamentos • Podem reduzir os receptores AMPA • São fármacos que não são restritoras aos receptores GABAa, podendo atuar em outros receptores • É um fármaco bem lipossolúvel, a administração endovenosa sofre rápida distribuição, porém em alguns minutos o paciente já acorda → foi redistribuído → vai muito para o tecido adiposo → fixando nele e diminuindo a sua concentração plasmática → leva ao efeito de ressaca, o paciente recobra a consciência de forma rápida, porém devido ao tecido adiposo vai mantendo baixas concentrações plasmáticas por um longo período de tempo • Aumenta muito a atividade do Citocromo p450, aumentando a tolerância para o próprio medicamento, assim como para os benzodiazepínicos e álcool • O etomidato e o propofol não são barbitúricos, porém são parecidos. O propofol é usado com agente anestésico geral, produz uma rápida sedação, porém tem meia vida mais curta, tendo alta distribuição, recuperando rapidamente a consciência, porém esses fármacos podem produzir débito do tônus, débito cardíaco, só podendo ser administrado com anestesiologista na sala OUTROS AGENTES SEDATIVOS ZOLPIDEM • Completamente sintético, não é do grupo dos benzodiazepínicos (apresentam estrutura diferentes) , porém possui rápida ação e curto meio de vida, considerado um indutor do sono • Menor dependência (baixa meia vida) • Mais fácil de ser comprado, sendo prescrito de maneira bastante pronunciada • Ele é capaz de modificar efeitos comportamentais, tolerância, amnésia, dependência • Eles têm efeitos revertidos pelo flumazenil. DRAMIN • Antagonista de receptores histaminérgicos → dimenindrato • São usados como sedativo • A histamina é estimulante, dessa forma na sua falta temos um grau de hipnose • Propranolol: diminiu sintoma periféricos relacionados a ansiedade
Compartilhar