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TIREOIDOPATIAS NEOPLÁSICAS 19/10/2020 A grande maioria das neoplasias vem das células foliculares. A maior parte dos exames é feita pela Usg. Tumores benignos geralmente tem uma cápsula Células foliculares produzem T3 e T4 Quando o corpo precisa elas produzem Parafolicular auxiliam na produção dos hormônios Características de uma neoplasia: nódulos únicos em mulheres jovens Adenoma- crescimento em desordem Lesão unilateral Proliferação clonar Em cápsula e bem delimitada Mas pode causar efeito de massa comprimindo órgãos adjacentes · Características Gerais: -Mais frequentes em mulheres (4:1); -Aumento da incidência com a idade -Apresentam-se como nódulos sólidos, únicos -Relação benigno x maligno de 10:1 · Aspectos clínicos relevantes que sugerem neoplasia: -Nódulos únicos -Mulheres jovens -Homens -Histórico de radioterapia de cabeça e pescoço OBS: nódulos únicos -> pensar em neoplasia. · Adenomas Foliculares: -Neoplasias benignas de células foliculares (numerosas variantes histológicas). -Massas solitárias e sólidas -Raramente são lesões precursoras do carcinoma -Maioria não funcionante; Poucos casos: manifestam-se como nódulos hiperfuncionantes; OBS: Não ser funcionante: não é produtora de hormônio, principalmente T3 e T4. Quando aparece, já é uma condição benigna. · Patogênese: Mutações de genes envolvidos com a síntese de fatores de sinalização hormonal tireoideana: -Receptor de TSH - subunidade alfa da proteína G transmembrana -(GNAS) -> secreção de hormônios tireoidianos independente de FSH OBS: GNAS: transdução de sinal tireoidiano, havendo um intenso estimulo de crescimento. -Intenso estímulo transcricional para fatores de crescimento: proliferação clonal –formação do adenoma · Morfologia: -Lesão nodular solitária; -Bem delimitada, encapsulada completa e íntegra 3cm a 10 cm +- -Cor branco acinzentado a vermelho -Ocasionalmente: focos hemorrágicos (processo inflamatório) e de calcificação. OBS: efeito de massa = compressão de estruturas nas adjacentes. Microscopia: -Arranjos celulares foliculares, com colóide central, macro e micro folículos -Acentuada proliferação de células, formando blocos sólidos · Clinica/ diagnostico: -Se grande -dificuldade de engolir -Biópsia -Não apresenta recorrência após remoção cirúrgica -Prognóstico excelente · Carcinomas de Tireoide: 1.Papilífero (75-85%) 2.Folicular (10-20%) 3.Anaplásico (<5%) 4.Medular (5%) · Carcinoma de Tireoide -Neoplasias malignas do parênquima tireoidiano (maioria do epitélio folicular) -Geralmente são neoplasias bem diferenciadas (90 a 95%) comportamento pouco agressivo -Patogênese relacionada a exposição a radiação ionizante e defeitos genéticos. OBS: bem diferenciada elas são bem PARECIDAS. Papilífero (Papilar) Folicular Anaplásico OBS: compartilham da mesma via. -Alteração na via de sinalização do receptor do fator de crescimento. -Qualquer mutação nesta via, gera uma ativação permanente. -Consequência: Proliferação excessiva e aumento da sobrevida da célula OBS: qualquer alteração nessa via, terá como resultado a proliferação excessiva e aumento da sobrevida da célula. Qualquer delas tem um compartilhamento dessas mutações. · Carcinoma Papilífero de Tireoide: -Forma mais comum de câncer tireoidiano – células foliculares, -20 a 50 anos -Incidência aumentada se relacionada a exposição prévia a radiação e a tireoidite de Hashimoto, -Piora de prognóstico em indivíduos mais velhos, metástases a distância e extensão extra-tireoideana -Bom prognóstico: > 95% sobrevida em 10 anos; · Patogênese: -Ganho de função genes reguladores da síntese de receptores da tirosina quinase (RET e NTRK1) –estímulo da proliferação -Mutação ativadora do oncogene BRAF OBS: via alterada tem estimulo de proliferação. · Morfologia: -Glândula com volume preservado -Nódulos solitários ou multifocais, esbranquiçados, bem delimitados -Fibrose, calcificações e cistos Variantes histológicas: -Clássico: formação das papilas. -Encapsulado; -Folicular: presença de vários folículos, capsula malformadas e coloides. -Células altas: acumulo de mitocôndria, com característica de invasão (metástase). -Esclerosante difuso: mais incomum – associados a pacientes mais jovens. Ninhos de células neoplásicas com infiltrado linfocitário presente. Extensa fibrosa. -Trabecular: forma grupos aglomerados como trabéculas, com tecidos conjuntivos. Encontrar essas condições para fechar o diagnostico do papilifero: -Arquitetura papilifera -Componente folicular -Núcleos claros/ em vidro fosco -Fendas nucleares -Pseudoinclusoes nucleares -Corpos psamomatosos = representam a calcificação · Clinico/ diagnostico: -Assintomático -Nódulo único -se movem livremente na deglutição -Forma avançada -rouquidão, disfagia, tosse, dispneia -Metástase - pulmão -Geralmente -bom prognóstico · Carcinoma Folicular de Tireóide: -Representam 10 a 20% dos carcinomas – células foliculares -Predomínio do sexo feminino (3:1) -Idade avançada 40 e 60 anos -Prevalência: áreas de bócio (fator de risco) · Patogênese: -Mutações ativadoras de oncogenes da família Ras -Translocações cromossômicas que promovem ativações de receptores nucleares envolvidos com a diferenciação celular · Morfologia: -Lesão folicular com invasão capsular ou vascular -Glândula aumentada sem formação papilífera -Nódulos únicos, bem circunscritos ou amplamente invasivo -Focos de calcificação -Tons de cinza, pardo ou rosado Microscopia: -Arranjo microfolicular -Invasão da cápsula -Infiltração vascular (mais chance de metástase) -Glândula com colóide · Clínica/Diagnóstico: -Nódulo indolor -Aumenta lentamente -Podem ser hiperfuncionantes -Metástase por vaso sanguíneos - pulmão, ossos, fígado e cérebro (69%) -Prognóstico 90% -10 anos · Carcinoma Anaplásico (indiferenciado) tireoide: -Variante agressiva - células foliculares indiferenciadas -Incidência: ≥ 65 anos mulheres /homens 2:1 -Associado ao câncer de tireoide prévio ou concomitante -2 a 5% dos tumores tireoidianos e 40% das mortes por câncer de tireoide · Etiologia: -Desdiferenciação de um carcinoma papilífero ou folicular bem diferenciado -Mutações: RAS e PIK3 -Inativação de P53 -Ativação: β-catenina – induz divisão celular que é uma proteína executora de transcrição de sinalização da via Wnt codificada pelo gene CTNNB1 – faz parte da subunidade de caderinas. · Morfologia: -Cor branca -Necrose -Invasão vascular com obliteração do lúmen Microscopia: -Altamente anaplásicos -Pleomorfismo OBS: não vê a arquitetura, não vê folículos. Núcleo grande. Bem mais agressivo, volumoso. · Clinico/ diagnostico: -Massas volumosas no pescoço que cresce rapidamente -Efeito de massa -disfagia, rouquidão, tosse -Metástase pulmonares, ossos e cérebro -Não há terapias efetivas -Prognóstico 1 ano (muito ruim) · Carcinoma Medular de Tireóide: 1 a 5% -Células Parafoliculares C -70% dos casos esporádicos -Adultos pico 40 a 50 anos -esporádicos -30% familiar -Associado com síndromes MEN-2 -Pacientes jovens (1-3ªdécada) -Secretam calcitonina -Podem secretar ACTH e peptídeo vasoativo intestinal (VIP) -Mutações ativadoras no proto-oncongenese RET OBS: calcitonina – diminui o cálcio circulante do sangue e vai para os ossos. Aumento de calcitonina tem um desequilíbrio hormonal. VIP: faz vasodilatação, relaxamento dos esfíncteres do m. liso, aumenta a lubrificação vaginal. Se tem alteração desse hormônio tem alteração no trato gastrointestinal, tendo diarreia, náusea, pois mexe com a absorção de agua. Aumento de ACTH: síndrome de cushing – face em lua cheia, braços finos. · Morfologia: Esporádico: único, acinzentado, circunscrita e não encapsulada Familiar: -Múltiplos ou maiores que esporádico -Bilateralidade -Necrose -Hemorragia -Firme -Pálido -Acinzentado e pálido -Infiltrativo Microscopia: -deposição de amiloide, visível aqui como material extracelular homogêneo, derivado de moléculas de calcitonina secretadas pelas células neoplásicas / Hiperplasia da células C. · Clinica/ diagnostico: -Massa no pescoço -Disfagia, rouquidão -Síndrome Cushing-secreção ACTH -Diarreia decorrente do hormônio peptídico -Hipocalcemia não é proeminente -Calcitonina –biomarcador -Familiares MEN -são mais agressivos metastatizam mais -Sobrevida 5 anos 65-90%
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