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Patologia UCX

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4° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
Histopatologia UCX 
Carcinogênese 
 Uma célula normal pode sofrer uma alteração no 
seu DNA, se dividindo de maneira desordenada e dando 
origem ao tumor. 
 O CA ocorre quando essa célula defeituosa 
invade outros tecidos e órgãos. 
Célula normal → mutação induzida por carcinógeno → 
mutações condutoras → primeira célula canceroa → 
multiplicação descontrolada das células alteradas → 
acúmulo de células cancerosas → tumor 
 Tumor benigno – policlonal 
 Tumor maligno – monoclonal 
 Quando é in situ: tirou com margem = curou 
 Quando é invasivo: maior chance de formar 
metástases 
Câncer 
1. Mutações do DNA – por agentes mutagênicos ou 
envelhecimento 
2. Alterações epigenética são reversíveis – sem 
mutação. 
3. Hipometilação global do DNA e hipermetilação de 
promotores – alteram função e expressão de genes 
essenciais, pois regulam processos celulares 
fundamentais (crescimento, senescência e 
sobrevivência) 
4. Alterações genéticas passam para as células filhas – 
estão sujeitas a seleção Darwiniana – a que tiver 
mais vantagem na sobrevivência formará clones 
5. As mutações conferem história natural e resposta às 
terapias às células cancerosas 
6. Subclones vão dominar o local primário ou 
metástases – no diagnóstico, são heterogêneos (o 
que implica na agressividade e resposta ao 
tratamento). 
 
Epidemiologia 
 Fatores ambientais: obesidade, tabagismo, álcool, 
história reprodutiva, agentes infecciosos 
 Idade: acúmulo de mutações, baixa competência 
imune 
 Condições adquiridas: inflamações crônicas, 
imunodeficiências, lesões precursoras... 
 Lesões precursoras: metaplasia escamosa e displasia; 
hiperplasia e displasia endometrial; Leucoplasia de 
boca, vulva, pênis; adenoma viloso do cólon; alguns 
tumores benignos podem se transformar em 
malignos 
 Genética: pode ser hereditário 
 Citocromo P-450: transforma pró-carcinógenos em 
carcinógenos ativos; pode alterar o risco de câncer 
induzido pelo ambiente 
 Hábitos de vida 
 
Genes do câncer 
 São genes continuamente afetados por 
alterações genéticas, os quais contribuem para o 
comportamento maligno das células do CA. 
 As mutações causais devem ser repassadas para 
as células resultantes da divisão da célula mutada. São 4 
classes de genes: 
 Oncogenes: vão induzir a proliferação celular das 
neoplasias; são dominantes, podendo ser só um alelo 
alterado 
 Gene supressor tumoral: impedem o crescimento 
desordenado; reparo e vigilância de DNA; quando 
mutados/suprimidos, permitem que a célula prolifere 
o Governantes: freiam a proliferação celular 
o Guardiões: reconhecem os danos 
 Gene regulador de apoptose: aumenta a sobrevida 
celular; 
o Superexpresso: barram a apoptose 
o Subexpresso: promovem a apoptose 
 Gene que regula a interação entre células tumorais 
e hospedeiras: aumentam ou inibem o 
reconhecimento das células tumorais pelo sistema 
imune 
 Os proto-oncogenes podem ser transformados em 
oncogenes 
Na maioria dos casos, as mutações são adquiridas e 
presentes somente das células tumorais. Quando 
herdadas da linhagem primitiva, estão presentes em 
todas as células do corpo (hereditário) 
Alterações genéticas 
 Mutações condutoras: alteram função, geralmente 
são adquiridas 
4° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 Mutações passageiras: adquiridas, fornecem 
vantagem seletiva em relação à terapia. Há ação dos 
carcinógenos diretamente no genoma (como o 
melanoma). Criam variantes que conferem 
resistência à terapia. 
 Mutações pontuais: ativar ou inativar produtos 
proteicos de genes afetados; convertem os proto-
oncogenes em oncogenes 
 Rearranjos genéticos: translocações ou inversões 
cromossômicas por superexpressão de proto-
oncogenes. Criam genes de fusão que codificam 
novas proteínas 
 Deleções: eliminações de regiões específicas de 
cromossomos, com perda de genes supressores de 
tumor 
 Amplificação de genes com superexpressão e 
hiperatividade transformam proto-oncogenes em 
oncogenes 
 Aneuploidia: número não múltiplo do haploide (23) 
 Micro-RNAs: RNA de cadeia simples, reguladores 
negativos de genes, inibem expressão gênica 
 Modificações epigenéticas: alterações reversíveis, 
hereditárias, sem mutação; Células de mesma 
origem com funções distintas 
 
As translocações cromossômicas e oncogenes 
associados ao Linfoma de Burkitt 
Propriedades do câncer 
 São 8 mudanças nas características 
fundamentais da fisiologia celular: 
 Autossuficiência nos sinais de crescimento 
o Fruto de mutações de ganho de função que 
convertem proto-oncogenes em oncogenes 
que produzem oncoproteínas que promovem 
o crescimento celular. 
o Fatores de crescimento: células tumorais ou por 
células estromais. Secretam os fatores de 
crescimento e possuem receptores para os 
mesmos (FDGF – gliobastomas) – circuitos 
autócrinos semelhantes. 
o Receptores de fatores de crescimento: muitos 
funcionam como oncoproteínas ou mostram 
superexpressão. 
o Proteínas Transdutoras de Sinal a Jusante 
(Downstream): autonomia de crescimento por 
mutações em genes que codificam 
componentes das vias de sinalização a jusante 
dos receptores: RAS e ABL 
o Fatores de Transcrição Nuclear: sequência final 
de sinalização de proteínas como RAS e ABL é 
estimulação inadequada e contínua de fatores 
de transcrição nucleares que impulsionam a 
expressão de genes que promovem o 
crescimento. Produtos de oncogenes MYC, 
MYB, JUN, FOS e REL, funcionam como fatores 
de transcrição que regulam a expressão de 
genes que promovem o crescimento, como as 
ciclinas. Gene MYC – ciclo celular aumentado e 
altera metabolismo. 
o Ciclinas e Cinases Dependentes de Ciclinas: G1-
S, G2-mitose 
 Insensibilidade à inibição de crescimento 
o Genes supressores "freiam" a proliferação 
celular. 
o A perda destes genes torna as células 
refratárias à inibição de crescimento e simula 
efeitos promotores de crescimento. 
o RB: regulador negativo-chave do ciclo celular 
o TP53: supressor de tumor codificador da 
proteína p53. Ativação da parada temporária do 
ciclo celular (denominada quiescência), indução 
da parada permanente do ciclo celular 
(denominada senescência). 
o Via fator de crescimento transformante-B: inibe 
proliferação 
o Inibição de Contato, NF2 e APC: NF2 =E-
caderina. APC=inibidor de tumor 
 Alteração do metabolismo celular 
o Metabolismo celular pela absorção de glicose e 
maior conversão de glicose em lactato - 
fermentação – EFEITO WARBURG - glicólise 
aeróbia. 
o "Fome por glicose" utilizada na tomografia por 
emissão de pósitrons (PET) - solução à base de 
18F-fluorodesoxiglicose, um derivado não 
metabolizável de glicose que é 
preferencialmente absorvido pelas células 
tumorais. 
4° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
o Autofagia: desreguladas. Vários genes que 
promovem a autofagia são supressores de 
tumores. 
o Oncometabolismo: mutações em enzimas que 
participam do ciclo de Krebs. As mutações na 
isocitrato desidrogenase (IDH). 
 Evasão da apoptose/morte celular 
o Mutações em genes que regulam a apoptose. 
o Via extrínseca, desencadeada pelos receptores 
de morte FAS e FAS-ligante; e a via intrínseca 
(também conhecida como via mitocondrial), 
iniciada por perturbações como perda de 
fatores de crescimento e danos ao DNA. 
o Principalmente por meio de mutações 
adquiridas e alterações na expressão gênica que 
desativam os principais componentes da via 
intrínseca ou que reajustaram o equilíbrio dos 
fatores reguladores, de modo a favorecer a 
sobrevivência celular em face aos estresses 
intrínsecos. 
o Perda da função de TP53. 
o Superexpressão de membros antiapoptóticos 
da família BCL2. 
 Potencial replicativo ilimitado/imortalidade 
o A perda de restrições de crescimento não é 
suficiente; tanto a senescência celular quanto a 
catástrofe mitótica também devem ser evitadas. 
o Reativar a telomerase + mutações = 
malignidade 
 Angiogênese sustentada 
o Neoplasiacresce 1 a 2 mm de diâmetro e 
precisa induzir angiogênese, precisa de O2, 
nutrientes 
o Fatores de crescimento semelhante à insulina 
(IGFs) e PDGF. 
o A angiogênese é controlada por um equilíbrio 
entre os promotores e os inibidores da 
angiogênese; nos tumores angiogênicos, este 
equilíbrio é desviado em favor dos promotores. 
 Capacidade de invasão e metástase 
o Principais causas de morbidade e mortalidade 
o Resultam de interações complexas envolvendo 
células cancerosas, células estromais e a matriz 
extracelular (MEC). 
 Evasão da vigilância imune 
o As células malignas expressam vários antígenos 
que estimulam o sistema imune do hospedeiro, 
o que parece um papel importante na 
prevenção do surgimento de cânceres. 
o Apesar disso a resposta imune é ineficiente, 
podendo até promover o crescimento do 
tumor, devido a alterações adquiridas. 
o Mecanismos de evasão imunológica e 
“imunomodulação” por células cancerosas levou 
a novas imunoterapias efetivas que funcionam 
reativando as respostas imunes latentes do 
hospedeiro. 
o PD-L1 (ligante de morte celular programada 1), 
que frequentemente é expressa na superfície 
das células tumorais. Quando PD-L1 se liga ao 
seu receptor, PD-1, nos CTLs, estes não 
respondem e perdem a capacidade de eliminar 
as células tumorais. CTLA4. 
o A descoberta de pontos de controle que 
desativam a imunidade antitumoral levou ao 
desenvolvimento de anticorpos que bloqueiam 
esses pontos de controle e liberam os “freios” 
na resposta imune. 
 
 Instabilidade genômica como capacitadora de 
malignidade: defeitos nos genes envolvidos no reparo do 
DNA 
 Inflamação promotora tumoral como facilitadora 
de malignidade: invasão cria processo inflamatório crônico 
(em tumores avançados causa sintomas); células 
inflamatórias modificam o ambiente, podendo modificar 
as características do tumor; há interação entre células 
tumorais e células estromais 
 Fatores que promovem proliferação (como EGF) 
 Remoção de supressores de crescimento 
 Maior resistência a morte celular 
 Angiogênese: VEGF 
 Invasão e metástase: proteases pelos macrófagos 
 Evasão da destruição imune 
4° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 
Agentes carcinogênicos 
 Químicos: ação direta (não precisam de 
conversão metabólica) ou indireta (precisam de 
conversão) 
 RAS, TP53 
 Luz UV, tabagismo 
 Ésteres de forbol, hormônios, fenóis, fármacos 
 Radiação: quebras na dupla fita do DNA. O efeito 
oncogênico dos raios UV merece menção especial por 
ressaltar a importância do reparo do DNA na 
carcinogênese. Cânceres de pele (melanomas, 
carcinomas de células escamosas e carcinomas de células 
basais) 
 Viral e microbiana: 
 Vírus RNA Oncogênicos: HTLV-1 causa 
leucemia/linfoma de células T do adulto, uma 
neoplasia que é endêmica em certas partes do 
Japão e da Bacia do Caribe, América do Sul e África 
e encontrado esporadicamente em outras partes, 
incluindo os Estados Unidos. HTLV-1 apresenta 
tropismo por células T CD4 + - subgrupo de células 
T é o principal alvo da transformação neoplásica. 
 Vírus de DNA Oncogênicos: Epstein-Barr (EBV), 
herpesvirus do sarcoma de Kaposi (KSHV, também 
chamado herpesvirus humano 8 [HHV-8]), o 
poliomavírus chamado vírus das células de Merckel 
e o vírus da hepatite B(HBV). 
o HPV, 16 e 18, CA colo uterino, anogenital e 
orofaringe. E6, E7 - pró-oncogenes. Inativam 
RB e p53, ativam complexos de ciclina/CDK 
e combatem a senescência celular. Genes 
RAS. 
o Hepatite B, C, "H. pylori" 
Nomenclatura 
 Neoplasia: novo crescimento; tumor. Constituem-
se de parênquima (células neoplásicas) e estroma (não 
neoplásico, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, células 
inflamatórias) 
 Benignos: indolentes macro e micro; podem causar 
morbi mortalidade 
o Sufixo OMA após célula que origina 
o Adenoma: glândulas; Papilomas: papilas; 
Pólipo: exofítica (inflamatórios) 
 Malignos: invadem, destroem tecidos, estruturas, 
causam óbito 
o Sarcoma: tecido mesenquimal sólido; 
Linfoma/Leucemia: células sanguíneas; 
Carcinomas: células epiteliais; 
Adenocarcinoma: epitélio glandular; 
o OBS.: tem exceções às regras 
 Hamartoma: tecido desorganizado nativo de um 
local específico, como pulmão ou fígado. Considerados 
malformações de desenvolvimento, muitos apresentam 
aberrações cromossômicas clonais que são adquiridas 
através de mutações somáticas e, por isso, atualmente 
são considerados neoplásicos. 
 Coristoma: anomalia congênita que consiste em 
ninhos heterotópicos de células. Por exemplo, um 
pequeno nódulo de tecido pancreático bem desenvolvido 
e normalmente organizado pode ser encontrado na 
submucosa do estômago, duodeno ou intestino delgado. 
Características das neoplasias 
benignas e malignas 
 Diferenciação: quando se parece ao parênquima de 
origem, morfo e funcionalmente 
 Anaplasia: perda de diferenciação 
 Invasão local e mestástase: quanto mais anaplásico 
mais chance de metástase. Varia de tumor para 
tumor, independe do tamanho. 
 Taxa de crescimento 
4° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 Funções imprevistas: distintas das células não 
neoplásicas – hormônios ectópicos (ACTH), 
hormônio semelhante ao paratormônio, insulina, 
glucagon e outros. 
 Displasia: O epitélio displásico é reconhecido pela 
perda na uniformidade das células individuais e na sua 
orientação arquitetônica. 
Benignos: células parecidas/iguais às de origem bem 
diferenciadas, mitoses raras e configuração normal 
Malignas: amplo espectro de diferenciação - bem, 
moderadamente, pouco e indiferenciado. Estroma não 
ajuda separação entre benignos e malignos mas 
determina a consistência (desmoplasia). Células 
indiferenciadas – anaplásicos – formação retrógrada ou 
inversa. 
Anaplasia: pleomorfismo, anormalidades nucleares 
(hipercromáticos, tamanho, forma, nucléolo (s), aumento 
na proporção núcleo-citoplasma), células tumorais 
gigantes, mitoses atípicas, perda da polaridade (perdem 
orientação umas com as outras). Menos propensas a ter 
mesmas funções. 
 Carcinomas fazem metástase mais por via linfática 
(linfonodo sentinela) 
 Sarcomas fazem metástase mais por via 
hematogênica 
Clínica das neoplasias 
(1) localização e impacto das estruturas adjacentes, (2) 
atividade funcional, como a síntese hormonal ou o 
desenvolvimento de síndromes paraneoplásicas, (3) 
hemorragias e infecções quando o tumor ulcera através 
de superfícies adjacentes, (4) sintomas que resultam de 
ruptura ou infarto e (5) caquexia. 
Efeitos do Tumor no Hospedeiro 
 Localização, obstrução, hemorragia, produção 
hormonal 
 Caquexia do Câncer: gasto calórico, perda apetite 
 Síndromes Paraneoplásicas: hipercalcemia, a 
síndrome de Cushing e a endocardite trombótica 
não bacteriana e as neoplasias mais frequentemente 
associadas a estas e outras síndromes são o câncer 
de pulmão e mama e as doenças malignas 
hematológicas. 
Importante: gene RB e gene p53 
 
Neoplasias Cutâneas 
Lesões epiteliais benignas e 
potencialmente malignas 
 Todas as células de pele podem evoluir para 
lesões pré-malignas e então malignas. 
 Ceratose seborreica: lesão em pele exposta ao sol, 
na senescência, elevadas, ásperas, pigmentadas 
irregularmente. Os ceratinócitos proliferam 
(hiperplasia) e formam lesões elevadas (pseudocistos 
córneos) 
o Em mulheres grávidas pode ocorrer mais 
 
 Ceratose actínica ou por radiação solar: lesões mais 
comum em > 45 anos, irregulares, comuns no dorso 
das mãos e face; paraceratose – a pele se renova 
de forma muito rápida, queratinizando o núcleo da 
célula; atipias apenas da base da epiderme. Derme 
fica basofílica (mais azulada do que rósea) – elastose 
solar 
o Se não for retirada, evolui para câncer 
 
Tumores epidérmicos malignos não 
melanocíticos 
 Carcinoma de Células Escamosas: vem dos 
ceratinócitos da epiderme; associado à idade 
avançada, sexo masculino e exposição solar. Causa 
4° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
danos cumulativos generalizadosao DNA. Lesões mal 
delimitadas 
o Células que se assemelham muito aos 
queratinócitos da camada superior da 
epiderme 
 
 Carcinoma de células basais (basocelular): é mais 
comum que o escamocelular; origina-se das células 
basais da epiderme; seu crescimento é lento, 
delimitado, parecendo uma pápula com um brilho. 
Contém vasos atípicos (angiogênese) na sua 
superfície. 
o Mutações funcionais em PTCH1, um gene 
supressor de tumor regula negativamente a 
sinalização Hedgehog; portanto, os tumores 
exibem a ativação constitutiva dessa via de 
sinalização. 
 
Células de padrão “basaloide” + paliçada de lúpus ao 
redor dos blocos de neoplasia (3° foto) 
Proliferações melanocíticas 
 Nevo melanocítico: neoplasia benigna de 
melanócitos; podem ser congênitos ou adquiridos; na 
maioria das vezes, são indolentes. Geralmente, são 
pequenos, bem delimitados; na histologia vemos 
células sem atipias, sem mitoses, apenas na camada 
mais profunda da epiderme. 
o Nevo: qualquer lesão congênita de cor 
diferente da pele (mais escuro) 
o Mutações somáticas de ganho de função 
em BRAF ou RAS. 
o São relativamente pequenos, simétricos e 
uniformemente pigmentados. 
 
4° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 
 Nevos displásico ou atípicos: têm assimetria, maior 
que nevos comuns – no limbo para classificar (no 
meio termo). Devem ser retirados pois há grande 
chance de se tornar melanoma. 
o Bordas mais irregulares, 2 ou mais cores 
o Podem ser esporádicos ou familiares; 
indivíduos com risco mais elevado de 
desenvolver um melanoma 
o Mutações ativadoras em RAS ou BRAF 
 
 Melanoma: neoplasia mais agressiva e menos 
comum de pele; incidência alta e vêm aumentando 
ainda mais; causado por danos ao DNA por radiação 
UV da luz solar. 5-10% dos casos é por predisposição 
hereditária. O pigmento sobe para a superfície e 
atinge outros tecidos além da epiderme (consumo) 
o Aumento rápido de um nevo preexistente 
o Coceira ou dor na lesão 
o Desenvolvimento de uma nova lesão 
durante a vida adulta 
o Irregularidades nas bordas de uma lesão 
pigmentada 
o Variação de cor dentro de uma lesão 
pigmentada 
o Existem várias classificações de melanoma 
o Mutações ativadoras em BRAF 
 
 
 
4° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
Neoplasias do Sistema 
Urinário 
RIM 
Rim normal: 
Glomérulos e túbulos 
 
Túbulos 
 
Urotélio (bexiga, ureter e uretra) 
 
 
Neoplasias Benignas: 
 Oncocitoma: origina-se das células do sistema coletor. 
Elas são intensamente coradas em rosa (eosinofílico), 
com muitos grânulos (muitas mitocôndrias); faz uma 
cicatriz central macroscopicamente, com edema no 
estroma tumoral. Neoplasia por deleção de DNA 
(perda de cromossomos 1 e Y) 
 
 
Angiogênese intensa; 
Neoplasias Malignas: 
o Tumores no trato urinário inferior são 2x 
mais comuns. Classificação de Fugrman (de 
1 a 4) e classificação da WHO (de 1 a 4) 
Carcinomas de células renais: são a maioria, atinge células 
dos túbulos renais; de 60-70 anos, mais em homens; 
atinge o córtex, mas podem crescer e atingir outros 
lugares 
o Fatores de risco: tabaco, HAS, obesidade, exposição 
ao câdmio, insuficiência renal crônica com doença 
policística 
o São classificados conforme morfologia, crescimento 
e genética 
o Mais comuns: carcinoma de células claras, carcinoma 
papilar e carcinoma cromófobo 
 
 Carcinoma de Células claras: 65% dos carcinomas; 
as células têm citoplasma claro (microvacuoladas) ou 
acidofílico (granulares), que podem estar dispostos 
em diversas maneiras (cordões, túbulos, ácinos, 
massas). É mais esporádico que familiar. 
o Podem estar associados Síndrome de VHL 
- Von Hippel-Lindau, autossômica dominante, 
predisposição a várias neoplasias 
4° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
(hemangioblastoma cerebelar e na retina), 
alteração no cromossomo 3 
o Invadem a veia renal e a veia cava (alto 
poder de invasão de vasos sanguíneos); 3-
15 cm de tamanho 
 
 
 Carcinoma papilar renal: segundo mais comum (10-
15%); são mais agressivos, fazem mais metástase, 
multifocais/bilaterais, geralmente; tem citoplasma 
mais claro/róseo que o de células claras (pois não 
têm tanto lipídeo); origem no túbulo contorcido 
proximal; 
o Esporádico e familiar (linhagem germinativa) 
o Maioria proto-oncogene MET no 
cromossomo 7q 
 Carcinoma cromófobo: menos comum (5%); atinge 
células intercaladas dos ductos coletores; tem 
componente genético: hipoploidia (perdas 
cromossômicas); células com citoplasmas mais 
escuros, halos claros perinucleares, membrana 
citoplasmática bem marcada 
o Melhor prognóstico 
o Macroscopicamente acastanhados 
 
 Tumor de Wilms: mais comuns na infância (< 10 
anos); ele não vêm dos túbulos, mas sim do 
mesoderma (forma estruturas que lembram 
estruturas embrionárias) 
o Esporádico ou familiar (autossômico 
dominante) 
 
 
Pênis 
 Neoplasias mais comuns em epitélio escamoso; 
forte correlação com má higiene, tabagismo, HPV (16, 18); 
homens não circuncidados (postectomia) acima de 40 
anos; 
 CEC in situ: Doença de Bowen; mais comum em 
pessoas mais velhas, não circuncidados. Não tem 
correlação com exposição solar. 10% invasivos 
 CEC invasivo: papular, crostosa, acinzentada; mais 
comum na glande e no prepúcio (principalmente por 
má higiene e não circuncisão); CEC ceratinizante. 
 Carcinoma verrucoso: não é associado ao HPV 
Carcinoma do pênis (glande deformada por massa 
ulcerada e nfiltrativa: 
4° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 
Carcinoma in situ/Doença de Bowen do pênis – epitélio 
acima da membrana basal indica maturação tardia e 
desorganização 
 
Escroto 
 Lesões de pele: CEC, basocelular – não associada a 
radiação solar; CEC é o mais comum 
 Hidrocele: é benigno; pode ser primário ou 
secundário; coleção de líquido entre túnica albugínea 
e pele; associada À infertilidade (má formação 
vascular) 
 Hematocele e quilocele: trauma 
 Relação com limpadores de chaminés (CA 
ocupacional) 
Testículo 
 Fatores de risco: criptorquidia; lesões inflamatórias 
por DSTs, caxumba, tuberculose; torção de testículo 
 Importante: exame físico e autoexame 
 
Neoplasias testiculares: mais comuns entre 15-34 anos, 
brancos. Forte relação familiar. Formam (>95%) células 
germinativas e malignas, surgindo de neoplasias 
germinativas “in situ”; 
o Neoplasias derivadas das células de Sertoli ou Leydig 
(tumores estromais do cordão sexual) são incomuns 
e geralmente benignas 
 
Neoplasias de células germinativas (40%): podem ser 
puros/mistos; 
o Seminomatosos: melhor prognóstico; linfática; 
o Seminomas: 50% dos casos; podem ser 
disgerminoma/germinomas do SNC ou 
outros; eles são macios, bem delimitados e 
4° fase Medicina 
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branco-acinzentados; contém necrose, 
células grandes, uniformes, com citoplasma 
claro e núcleos arredondados, além de 
lóbulos interpostos por septos fibrosos. Pode 
haver infiltrado linfocítico 
 Granulomas 15% 
 Sinciciotrofoblasto – BHCG 10% 
 
o Não seminomatosos: carcinoma embrionário: faz 
mais metástase; 
o Tumor espermatocítico: mais comum em 
>50 anos; sem linfócitos/granulomas/ 
Sinciciotrofoblasto; sem associação a outra 
neoplasia germinativa 
o Carcinoma embrionário: mal definido, 
invasivo, necrose e hemorragia. Faz 
metástase. As células são grandes, com 
citoplasma basofílico, com limites celulares 
indistintos e núcleos grandes com nucléolos 
proeminentes. 
 
o Tumores do saco vitelino ou tumor do seio 
endodérmico: é mais comum em crianças < 
3 anos; tem bom prognóstico; são grandes, 
bem delimitados, com glomérulos primitivos 
 Corpos de Schiller-Duvall 
 α1-antitripsina/alfafetoproteína (AFP) 
 
o Coriocarcinoma: semelhante ao Trofoblasto 
placentário; citotrofoblasto e 
Sinciciotrofoblasto. HCG 
 
o Teratoma: células germinativas de linhagens 
somáticas; pelo menos tecidos de 2 folhetos 
embrionários; pode ocorrer em qualquer 
idade 
 Todo teratomade testículo pré-
púbero: benigno 
 Todo teratoma de testículo pós-
púbero: maligno, mesmo que não 
tenha componentes imaturos 
 
A – neurais (ectodérmico); B – glandulares 
(endodérmico); C – cartilaginosos (mesodérmico) e D – 
epiteliais escamosos (ectodérmico) 
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Próstata 
o Maioria na periferia (carcinomas – 70-80%); transição 
(hiperplasia) 
o Podem ser apical, medial ou basal 
o Glândulas normais: células são cúbicas simples, células 
basais _ estroma fibromuscular 
 
 Hiperplasias Benignas: causa resíduo e dificuldade 
miccional; maioria dos tumores ocorrem na periferia da 
próstata; pode aumentar o PSA; 
 HPB: aumento da próstata resultante da proliferação 
de elementos estromais e glandulares; a partir dos 
40 anos; dependente de androgênio. A HPB é maior 
na zona transicional da próstata, contendo muitos 
nódulos bem delimitados. Pode apresentar cistos e o 
epitélio é sem atipias. 
 
 Prostatites: inflamações da próstata; pode ser 
aguda/crônica; doem muito ao toque retal; podem tem 
granulomas 
 Prostatite bacteriana aguda 
 Prostatite bacteriana crônica 
 Síndrome da dor pélvica crônica: 90-95% dos casos 
inflamatórios e não inflamatórios 
 Granulomatosa: Calmee-Guérin (tratamento com 
vacina BCG) 
Hiperplasias Malignas: 
 Carcinoma: incomum em menores de 50 anos; não 
tem células basais na biópsia; relação com 
andrógenos, causas externas, genética 
o Maior número de detecções da doença por 
meio de triagem efetiva 
o Os genes de fusão TMPRSS2-ETS estão 
presentes em aproximadamente 40% a 
60% dos cânceres da próstata nas 
populações caucasianas, e ocorrem 
relativamente cedo na tumorigênese. 
o A maioria não é macroscopicamente visível. 
Quando é, é branco-acinzentadas ou 
amareladas, mal definidas e firmes. 
 
 
 
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Ureter, bexiga e uretra 
 Urotélio: pelve renal, ureteres, bexiga e uretra. 
Pode ter aberrações congênitas, doenças inflamatórias, 
infecções e neoplasias. SLIDE 
 Ureter: neoplasias, disfunções congênitas e 
condições reativas são incomuns. 
 Hidronefrose: obstrução da junção ureteropélvica 
 Tumores malignos primários: seguem padrões 
semelhantes àqueles que surgem na pelve renal, nos 
cálices e na bexiga urinária 
 Fibrose retroperitoneal: estreitamento ureteral ou de 
obstrução caracterizada por um 
processo inflamatório proliferativo fibroso – 
hidronefrose. O distúrbio ocorre em adultos de meia-
idade e idade mais avançada. 
o Doença relacionada com IgG4, ricas em 
plasmócitos secretores de IgG4 
o Exposição a fármacos/drogas (derivados da 
ergotamina, bloqueadores adrenérgicos), 
radiação, infecção, cirurgias anteriores ou 
doenças malignas (linfomas, carcinomas do 
trato urinário). 
o > sem qualquer causa óbvia e é considerada 
primária ou idiopática (doença de Ormond). 
 Bexiga: metaplasia, cistites, esquistossomose 
endêmica – precursoras de neoplasias. Relação com 
corantes industriais e alimentícios. 
 Ninhos de urotélio (ninhos de Brunn) podem crescer 
para dentro da lâmina própria - revestimento epitelial 
cúbico ou colunar (cistite glandular), espaços císticos 
preenchidos por um fluído claro e revestidos 
por urotélio plano (cistite cística) ou células 
caliciformes semelhantes às da mucosa intestinal 
(metaplasia intestinal). 
 Resposta ao dano - sofre metaplasia escamosa - 
diferente do epitélio escamoso rico em glicogênio 
normal, comumente encontrado no trígono da 
bexiga das mulheres. 
 Adenocarcinoma da bexiga são raros 
 O carcinoma da bexiga urinária é mais comum nos 
homens do que nas mulheres, mais nos países 
industrializados do que naqueles em 
desenvolvimento, mais na zona urbana do que na 
rural e mais em caucasianos do que em afro-
americanos. Cerca de 80% dos pacientes têm idades 
entre 50 e 80 anos. 
o Fatores de risco: tabagismo, carcinógenos 
ocupacionais, uso de radioterapia ou 
ciclofosfamida, histórico familiar 
o Carcinoma de células escamosas: 
Schistosoma haematobium 
o Aberrações genéticas adquiridas. Iniciado 
pela deleção de genes supressores de 
tumor no cromossomo 9p e 9q, o que leva 
à formação de tumores 
papilares superficiais. Podem adquirir 
mutações no TP53 e progredirem para 
uma doença invasiva. Alterações genéticas 
adicionais nos tumores superficiais incluem 
mutações na telomerase, bem como no 
receptor do fator de crescimento 
de fibroblastos 3 (FGFR3) e componentes 
da via Ras e PI3K/AKT. 
o Os tumores que invadem a camada 
muscular frequentemente sofrem mutações 
que envolvem tanto TP53 quanto o RB 
o Morfologia: tumor papilar não invasivo e o 
carcinoma in situ (CIS). 
 O fator prognóstico mais importante nas 
neoplasias uroteliais papilares não invasivas é a 
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sua classificação - características da arquitetura 
quanto nas citológicas. 
 
Carcinoma in situ - presença de células claramente 
malignas no interior do urotélio plano. Sem coesão e 
são excretadas na urina, onde podem ser 
detectadas por citologia. É comumente multifocal e 
sem tratamento progridem para CA invasivo 
 
 Carcinoma urotelial invasivo associado ao carcinoma 
urotelial papilar (geralmente de alto grau) ou ao CIS 
pode invadir superficialmente a lâmina própria ou 
muscular própria. 
 A extensão no momento do diagnóstico inicial é o 
mais importante fator de prognóstico. 
 Quase todos os carcinomas uroteliais infiltrantes são 
de alto grau. 
 Carcinoma de células escamosas 
 Adenocarcinomas da bexiga 
são histopatologicamente idênticos aos 
adenocarcinomas observados no trato 
gastrointestinal. 
 Alguns são originados a partir dos 
remanescentes uracais na cúpula da bexiga ou 
associados à metaplasia intestinal extensa. 
Tumores de Pulmão e 
Pleura 
Etiologia e Patogenia: 
 Tabagismo: acúmulos graduais de mutação 
condutora (alta correlação entre câncer de pulmão 
e maços/anos de tabagismo) 
o Minas de urânio, asbesto, arsênio, cromo, 
níquel – interação sinérgica entre eles e o 
tabaco (todos carcinógenos) 
 Sequência de alterações não aleatórias paralela a 
progressão histológica para câncer 
 Inativação pontual dos genes supressores de tumor 
localizados no braço curto do cromossomo 3 (3p) 
inicial – epitélio benigno dos brônquios em tabagistas 
sem câncer 
o Alerta para a pessoa parar de fumar 
 Mutações no gene supressor de tumor TP53 no 
oncogene KRAS ocorrem de forma relativamente 
tardia – carcinógenos 
 Os indivíduos que possuem determinados 
polimorfismos envolvendo os genes do P450 
apresentam maior capacidade de ativar pró-
carcinógenos, encontrados na fumaça do cigarro 
Hamartoma (monoclonal – no pulmão é neoplásico): 
 Anormalidade de desenvolvimento; lesão em moeda, 
esférica, de 1-4cm. Cartilagem madura, tecido 
adiposo, tecido conjuntivo fibroso e vasos 
sanguíneos em quantidades variáveis – é o tecido 
normal do pulmão, porém organizado de forma 
diferente 
o Anormalidades genéticas clonais = neoplasia 
 
 
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Hiperplasia adenomatosa atípica (limbo entre benigno e 
maligno - monoclonal): 
 Lesão pré-neoplásica, progride gradualmente para 
adenocarcinoma in situ, adenocarcinoma 
minimamente invasivo (<3cm de diâmetro com 
componente invasivo <5 mm), adenocarcinoma 
invasivo (tumor de qualquer tamanho com área de 
invasão >5 mm) 
 Geralmente atinge alvéolos – células cuboidais a 
colunares baixas com hipercromasia nuclear, 
pleomorfismo e nucléolos proeminentes 
 É muito raro e de achado geralmente incidental 
 
 
 
Adenocarcinoma in situ (benigno): 
 Atinge mais o tecido pulmonar periférico, com 
diâmetro de 3 cm ou menos; cresce ao longo de 
estruturas preexistentes; 
 Prestar atenção em características malignas nos 
núcleos, pois preserva a arquitetura alveolar. 
 Geralmente atinge alvéolos 
 Não invade o estroma com desmoplasia como o 
adenocarcinoma invasivoCélulas mais altas, não tão achatadas 
 
Neoplasias primárias – carcinomas 
 São 95% das neoplasias de pulmão são carcinomas 
 Forte relação com tabagismo – dá o start para as 
mutações (principalmente CEC) 
 60-70 anos de vida 
 Ao diagnóstico mais da metade com metástases, 
25% com metástase para linfonodos regionais 
 Prognóstico de 5 anos de sobrevida em qualquer 
estágio em 16% dos pacientes. 
 Até pouco tempo, eram divididos em carcinomas 
pulmonares de pequenas células e carcinomas 
pulmonares não pequenas células. Atualmente, são 4 
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tipos, entretanto pode ter combinação de padrões 
histológicos; 
 Carcinomas Pulmonares Pequenas Células: meta ao 
momento do diagnóstico. Quimioterapia com ou sem 
radioterapia 
 Carcinomas Pulmonares não Pequenas Células: 
geralmente ressecáveis, não responsivos a 
quimioterapia convencional. 
 Macroscopia: geralmente as lesões são 
pequenas, firmes, cinza-esbranquiçadas. 
Carcinoma de células escamosas: 
 Mais comuns em homens que em mulheres 
 Quando há injúria (tabagismo, fuligem, poluição) – o 
epitélio pseudoestratificado colunar ciliado faz 
metaplasia escamosa 
 Geralmente lesões no hilo, mais centrais 
 Mais comum que os adenocarcinomas 
 Costumam ser precedidos por metaplasia ou displasia 
escamosa do epitélio brônquico 
 Células atípicas podem ser identificadas em raspados 
citológicos de escarro ou fluido lavado brônquico – 
assintomática e indetectável por meio de radiologias 
 Sintomas a partir do momento que atinge brônquios, 
com tosse, infecção e atelectasia distal 
 
A – SLIDE 24 
 
Ceratinização e pérolas de queratina: 
 
Adenocarcinoma invasivo: 
 Formam GLÂNDULAS 
 Geralmente lesões mais periféricas no pulmão, 
evoluindo com o tempo pro centro (hilo) 
 Crescem lentamente, formando massas menores do 
que outros subtipos, porém tendem a metastizar 
amplamente, mesmo em estágios iniciais. 
 Mais em mulheres, abaixo dos 45 anos, não 
tabagistas – mutações que ativam o receptor do 
fator de crescimento epidérmico (EGFR) que é um 
receptor tirosina cinase que estimula as vias pró-
crescimento envolvendo RAS PI3K e outras 
moléculas de sinalização 
o As mutações de EGFR e KRAS em 30% 
dos adenocarcinomas 
 Outras mutações que podem ser alvos em potencial 
4%-6% dos adenocarcinomas, ativam outras tirosina 
cinases, como ALK, ROS1, HER2 ou c-MET. Cada 
uma destas cinases é alvo de diferentes 
medicamentos, tratamento “personalizado” do 
câncer de pulmão - características genéticas do 
tumor guiam a terapia 
 
Carcinoma neuroendócrino: 
 Carcinoma neuroendócrino de pequenas células: 
localizados mais centralmente, cinza-pálido 
estendendo-se para o interior do parênquima 
pulmonar. 
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o Praticamente só vê núcleo, pouco 
citoplasma; cromatina sal e pimenta – com 
grânulos. 
o Ao diagnóstico, maioria com meta para 
linfonodos hilares e mediastinais 
o Na classificação de 2015 da OMS, o CPPC 
está agrupado juntamente com o carcinoma 
neuroendócrino de grandes células- 
agressivo, morfologia neuroendócrina e 
expressam arcadores neuroendócrinos 
(sinaptofisina, cromogranina e CD56) 
Canto superior esquerdo: área de necrose; Cromatina 
sal e pimenta em cada uma das células 
 
 
 Carcinoma neuroendócrino de grandes células: 
 
 Carcinoides típico e atípico: os tumores carcinoides 
são neoplasias malignas compostas de células que 
contêm grânulos neurossecretores com centro 
denso em seu citoplasma e podem, raramente, 
secretar polipeptídeos hormonalmente ativos. 
o São, geralmente, de baixo grau e facilmente 
ressecáveis e curáveis 
o Síndrome da neoplasia endócrina múltipla 
o Adultos jovens, média 40 anos 
o Maioria nos brônquios principais e crescem 
em dois padrões: 1 uma massa intraluminal 
polipoide obstrutiva e com formato esférico; 
2 uma placa mucosa que penetra na parede 
brônquica – lesão em “botão de colarinho” 
o Raras metástases à distância 
o Típico: ninhos de células uniformes, núcleos 
redondos e regulares, cromatina em padrão 
“sal e pimenta”, mitoses poucas ou ausentes, 
e pouco pleomorfismo 
o Atípico: altas taxas de mitose e pequenos 
focos de necrose 
Carcinoide brônquico: 
 
 
Carcinoma de grandes células: 
 Carcinoma indiferenciado, que não lembra nenhum 
tipo de célula. Quando os testes dão negativo para 
todos os outros 3 tipos, o tumor é considerado 
carcinoma de grandes células. 
 Núcleos aumentados, células grandes, nucléolos 
proeminentes, quantidades moderadas de citoplasma 
 Pior prognóstico 
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Metástases 
 Algumas neoplasias de outros órgãos com 
disseminação hematogênica causam metástases nos 
pulmões 
 Órgão muito vascularizado 
 Linfonodos na carina, no mediastino, regiões do 
pescoço e clavícula são os primeiros a receber 
metástases. 
 Nódulo de Virchow – linfonodo supraclavicular 
esquerdo; quando encontrado, é quase certo que é 
carcinoma de pulmão 
 As metaplasia podem comprimir ou infiltrar a 
VCS, levando à congestão venosa ou à síndrome da veia 
cava. 
 Neoplasias apicais podem invadir os plexos 
simpáticos braquial ou cervical, causando dor intensa na 
distribuição do nervo ulnar ou a síndrome de Horner 
(enoftalmia ipsilateral, ptose, miose e anidrose). Estas 
neoplasias apicais são, por vezes, denominadas tumores 
de Pancoast, e a combinação dos achados clínicos é 
chamada síndrome de Pancoast. O tumor de Pancoast é 
frequentemente acompanhado pela destruição da 
primeira e da segunda costelas e, ocasionalmente, das 
vértebras torácicas. 
Neoplasia de pleura – Mesotelioma 
maligno 
 Pleura: reveste o pulmão (visceral) e a cavidade 
torácica (parietal); feita de mesotélio, extremamente 
fina 
 Pode ser alvo de infecções bacterianas intrapleurais 
primárias (exemplo: dreno) 
 Pode ser sítio de metástases, principalmente de 
câncer de mama 
Mesotelioma Maligno: proliferação das células da pleura 
(mesotélio); se estende e restringe a expansão do 
pulmão 
 Grande correlação com asbesto (usado pra fazer 
amianto) – de 80-90%; latência em média de 20-40 
anos (mutações condutoras adquiridas lentamente) 
o Tabaco não potencializa o efeito do asbesto 
na pleura 
 Precedido de fibrose pleural, formação de placas 
(podem se juntar ao redor do pulmão, não sendo 
expansíveis) 
 Pode atingir peritônio e pericárdio 
 Metástases a distância são incomuns 
 Pode ter algumas conformações: 
o Sarcomatoso: células fusiformes ou 
semelhantes a fibroblastos, em camadas 
o Epitelial: células cuboidais com pequenos 
brotamentos papilares revestindo espaços 
tubulares e microcísticos, mais comum e 
mais fácil de confundir com adenocarcinoma 
o Bifásico: áreas do padrão sarcomatoso e 
áreas do padrão epitelial. 
A – Mesotelioma epitelial; B – Mesotelioma 
sarcomatoide 
 
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Neoplasias do Trato 
Gastrointestinal 
 As neoplasias de TGI são muito comuns. A 
patologia tem papel muito importante por conta do 
diagnóstico pela biopsia + parte do estadiamento. 
Portanto, o patologista interfere no prognóstico e 
tratamento do paciente. 
 Macroscopia: olhar os linfonodos, quais têm 
metástase, se o tumor se projeta, infiltração, etc. 
Histologia Normal 
 O TGI é um tubo formado por diferentes tipos 
de tecidos – ou seja, variedade de neoplasias de origens 
diferentes. 
 Esôfago: epitélio escamoso estratificado não 
ceratinizado 
 Estômago: epitélio colunar simples (glandular) 
 Intestinos: epitélio simples colunar (glandular) 
Esôfago 
 Pólipos/tumores benignos: o mais comum é o 
papiloma escamoso, tem relação com infecção por HPV 
ou irritação mucosa crônica. 
 
 Outros: leiomioma, pólipo inflamatório, pólipo 
fibrovascular 
 
 Carcinoma de células escamosas invasivo: o mais 
comum tumor do esôfago; mais comum em homens > 
45 anos; 
 Fatores de risco: álcool e tabagismo, lesãoesofágica 
cáustica, distúrbios de motilidade, consumo frequente 
de bebidas muito quentes, radioterapia mediastinal 
prévia, exposição à mutagênicos, como nitrosaminas 
(embutidos), alimentos contaminados por fungos; 
infecção por HPV em orofaringe 
 Sintomas: odinofagia, disfagia, obstrução, hemorragia, 
emagrecimento 
 Macro: mais comum em 1/3 médio; massas sólidas 
que se projetam para o interior do lúmen obstruindo-
o ou úlceras infiltrativas, difusas, enrijecimento do 
tubo esofágico 
 Morfologia: camada basal espessada (células não 
sofrem maturação adequada) + núcleos 
hipercromáticos, polimórficos, aumentados de 
tamanho + mitoses 
Citoplasma amplo, eosinofílico + ceratinização (pérolas 
córneas) 
 
Pontes intercelulares igual a da camada espinhosa da 
pele normal 
 
 
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 Adenocarcinoma esofágico: forma glândulas. 
Pode evoluir de um quadro de doença do refluxo crônica 
com metaplasia (esôfago de Barrett). 
 Fatores de risco: obesos, tabagistas, radioterapia, 
homens caucasianos 
 Incidência vem aumentando, perto do CEC 
 Sintomas: Odinofagia, disfagia, emagrecimento, dor 
torácica, vômitos 
 Ocorre mais no 1/3 distal; placas planas ou elevadas; 
produção de glândulas/mucina 
Patogenia: doença do refluxo gastroesofágico → 
esôfago/metaplasia de Barrett (transformação do epitélio 
escamoso para glandular intestinal (complicação da DRGE 
crônica) → acúmulo de mutações, progressão para 
epitélio displásico (pré-neoplásico) → CARCINOMA 
 
 
Estômago 
 Pólipos gástricos: 5% das endoscopias (achado 
incidental); poder ser hiperplásicos até neoplásicos; 
 Associados a gastrite crônica – hiperplasia foveolar 
reativa 
 Pólipos hiperplásicos e inflamatórios – 75% 
 Pólipos glandulares fúndicos: fundo/corpo; esporádico 
ou associado a síndrome familiar; aumento após IBPs; 
Células parietais: 
 
 Adenomas: 10%; pré-neoplásicos; após gastrite 
crônica, metaplasia ou displasia (evolução para 
malignidade) 
 
 Adenocarcinomas gástricos: neoplasia mais 
comum do estômago (90%); é mais comum em grupos 
socioeconômicos mais baixos e em pacientes com atrofia 
da mucosa e metaplasia intestinal 
 Fatores de risco: homens > 55 anos; os sintomas 
são vagos inicialmente (dispepsia, disfagia, náuseas, 
saciedade precoce) – diagnóstico em estados 
avançados 
 Patogenia: inflamação crônica por H. pylori; maioria é 
não hereditária (esporádico); pode ter mutação de 
gene CDH1 (tipo difuso); pode ter PAF (gene APC – 
tipos intestinais) 
 Prognóstico: profundidade de invasão, subtipo, 
diferenciação, presença e extensão de metástases 
(linfonodais e/ou à distância) 
 Adenocarcinoma gástrico tipo intestinal/tubular de 
Lauren: tendem a formar tumores volumosos e 
podem ulcerar; formam glândulas complexas ou 
simples; 
o Mais localizado 
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 Adenocarcinoma gástrico tipo difuso/pouco coeso 
de Lauren: células em anel de sinete, preenchidas 
por muco, normalmente exibem um padrão de 
crescimento infiltrativo difuso, que pode espessar a 
parede gástrica (linite plástica), sem formar uma 
massa distinta 
o Macro: aspecto em cantil de couro ou linite 
plástica 
o Infiltra mais que o tipo intestinal 
 
Anel de Sinete: células com citoplasma amplo, repleto 
de mucina, que rechaça os núcleos para a periferia. 
 
 Linfomas gástricos: incomuns; cerca de 5% de 
todas as neoplasias gástricas malignas. 
 Linfoma da Zona Marginal extranodal/MALT 
 LDGCB 
 Folicular 
 
 Tumor estromal gastrointestinal: é mais comum 
em estômago que em outros tecidos. Tumor que se 
origina das células “marca-passo” da camada muscular do 
órgão (células de Cajal). Podem ser fusiformes ou 
epitelioides. Mutação de C-KIT ou PDGFRA (até 85%) 
 Receptores tirosina cinases de KIT ou PDGFRA 
constitutivamente ativos → produzem sinais 
intracelulares que promovem a proliferação e 
sobrevivência de células tumorais 
 Fatores de risco: mais comum > 60 anos, homens 
 Não causa muitos sintomas: obstrução, sangramento 
e o prognóstico depende do tamanho, índice 
mitótico e localização 
 Os intestinais são mais agressivos que gástricos 
 Pode ser fusocelular (células alongadas) ou epitelioide 
(lembrando células epiteliais) 
 Tratamento: inibidores de tirosina quinase 
 
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Outros tumores: tumores neuroendócrinos, leiomiomas, 
leiomiossarcomas, metástases, outros sarcomas 
Intestino 
 Pólipos intestinais: mais comuns no intestino 
grosso; sésseis ou pediculados; não neoplásicos ou 
neoplásicos; alta frequência 
 
 Pólipo hiperplásico do cólon: Muito comum. Lesão 
polipoide com grande número de células caliciformes, 
hiperplasia e acúmulo do epitélio superficial, com 
padrão de “serrilhamento” 
o Ineficiência da renovação celular, atraso na 
eliminação das células superficiais 
o Mais comum no cólon esquerdo, menores 
de 5mm e podem ser únicos ou múltiplos 
o Não tem risco de malignidade 
Serrilhamento da superfície; células caliciformes; 
hiperplasia epitelial 
 
 
 Pólipos Hamartomatosos: crescem desorganizados, 
semelhante a tumor; compostos por tipos celulares 
maduros normalmente presentes no órgão. Podem 
ser esporádicos ou relacionados à síndromes 
o Pólipos juvenis: tipo mais comum; crianças < 
5 anos; faz hemorragia/prolapso de reto; 
maior risco para adenocarcinoma 
 
 
 Síndrome de Peutz-Jeghers: é um distúrbio 
autossômico dominante raro definido pela presença 
de múltiplos pólipos hamartomatosos gastrointestinais 
e hiperpigmentação mucocutânea que implicam 
risco aumentado para várias neoplasias malignas, 
como cânceres de cólon, pâncreas, mama, pulmão, 
ovários, útero e testículos, bem como outras 
neoplasias incomuns 
o Mutações na linhagem germinativa de perda 
de função do gene LKB1/STK11 
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Padrão de mosaico – rede ramificada de tecido 
conjuntivo, músculo liso, lâmina própria e glândulas 
revestidas por epitélio normal 
 
 
 Adenomas ou pólipos adenomatosos: Pólipos mais 
comuns e importantes; podem ocorrer no estômago 
ou intestino. São por definição “pré-neoplásicos” pois 
exibem displasia, caracterizada histologicamente por 
hipercromasia nuclear, estratificação e núcleos 
aumentados. 
o 0,3-10 cm 
o Sésseis ou pediculados 
o Superfície aveludada/framboesa 
o Tubular ou viloso (tem maior risco de 
malignidade) 
 
 
Síndromes familiares 
 Síndrome de Lynch (HNPCC) ou Câncer 
colorretal hereditário não poliposo: Síndrome com alto 
risco de neoplasias colônicas, ovarianas, endometriais, 
ureteres, cérebro, intestino delgado, trato hepatobiliar, 
pele, sem formação de polipose. Presença de 
instabilidade de microssatélites. (mutações) 
 Mutações herdadas na linhagem germinativa em 
genes que codificam proteínas responsáveis pela 
detecção e reparo de erros que ocorrem durante a 
replicação do DNA – Genes MLH1, MSH2, MSH6, 
PMS2 
 Acomete mais os jovens; histórico familiar; acomete 
mais o cólon direito 
 Associação Lesão séssil serrilhada (Adenoma ou 
pólipo séssil serrilhado) 
 
 
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 Polipose adenomatosa familiar: Mutações no 
gene APC. Centenas a milhares de pólipos intestinais. 
Risco de desenvolver adenocarcinoma colorretal em 
100% dos pacientes não tratados 
 Distúrbio autossômico dominante 
 Diagnóstico: mínimo de 100 pólipos 
 Igual ao pólipo esporádico na histologia 
 
CÓLON e canal anal 
 Adenocarcinoma do cólon: neoplasia mais 
prevalente dentre os tumores do TGI. Alguns dos fatores 
patogênicos são mutações do gene APC/beta-catenina 
ou mutações das proteínas de reparo do DNA. 
(microssatélites) 
 Em contraste, o delgado que corresponde a 75% do 
comprimento do TGI, tem menor frequência de 
tumores 
 60-70 anos; mais em homens; fatores alimentares – 
baixo consumo de fibras, alto consumo de 
carboidratos refinados, gordura, carnevermelha – e 
fatores ambientais – obesidade, sedentarismo, 
tabaco, álcool 
 Macro: massas polipoides exofítica, lesões constritivas 
anulares, ulceradas 
 Micro: formação de glândulas; células colunares altas; 
hipercromasia nuclear; desmoplasia estromal 
 
Subtipos menos comuns: mucinoso e células em anel 
de sinete 
 
 
 Tumor neuroendócrino ou carcinoide intestinal: 
Pode ocorrer no estômago, delgado, cólon e apêndice. 
Ninhos, cordões ou grupos de células com núcleo ovalado 
com cromatina salpicada (“sal com pimenta”). São 
subclassificados de acordo com o grau. 
 Originam-se de componentes difusos do sistema 
endócrino. Os tumores do intestino delgado tendem 
a ser mais agressivos, enquanto aqueles do apêndice 
são quase sempre benignos. 
 Classificação atual da OMS → Tumores 
neuroendócrinos de baixo grau (G1) Ou grau 
intermediário (G2), ou alto grau - Carcinoma 
neuroendócrino 
 Massas, pólipos ou nódulos pequenos; 
 Ilhas, trabéculas, cordões, células uniformes com 
citoplasma granular rosa escasso e núcleo redondo 
a oval e pontilhado 
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 Neoplasias mucinoides do apêndice: baixo ou alto 
grau, de acordo com a displasia. 
 
 Mucocele: 
 
 Carcinoma de células escamosas anal: 
 
 Lesão por HPV: 
 
 
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Linfomas e Leucemias 
 Praticamente todas as neoplasias hemato-linfoides 
são malignas – mas podem ser indolentes ou muito 
agressivos 
 Acometem todas as idades e são relativamente 
comuns 
Classificação pela OMS: 
 Neoplasias linfoides (principalmente linfomas): 
mieloma, plasmocitoma 
 Neoplasias mieloide (leucemias, mielodisplasia e 
mieloproliferativa) 
 Neoplasias histocitárias (de macrófagos) 
Exames complementares além da biópsia: 
 Exame imunohistoquímico 
 Biologia molecular – pesquisa de mutações através 
de hibridização in situ, PCR ou sequenciamento 
genético 
 Mielograma 
 Citometria de fluxo 
Neoplasias linfoides: variadas formas de apresentação e 
comportamento! 
 Linfomas: acomete linfonodos geralmente, massas 
em fígado, baço, pele, etc 
o Hodgkin e Não Hodgkin: diferenças 
morfológicas, moleculares e prognósticas 
 Hodgkin: linfócitos B 
 Não Hodgkin: linfócitos B ou T(só 
são diferenciados por meio de 
imunohistoquímica; 
 Leucemia: envolve o sangue periférico e a medula 
óssea 
Histologia normal do Linfonodo 
 
 Córtex: contém folículos linfoides (LB ativados) 
o Áreas claras: centros germinativos 
o Áreas escuras: zona do manto 
 Seios subcapsulares 
 Região medular: contém os seios e cordões 
medulares com predomínio de LT 
 Entre elas: região Paracortical, a qual é mal delimitada 
e com predomínio de LT 
Linfoma de Hodgkin 
 Linfoma B não usual – derivado centro germinativo 
 Pacientes jovens, envolvimento com EBV 
 Linfadenomegalias cervicais, indolores – geralmente 
começa com um único linfonodo ou cadeia e se 
dissemina de forma gradual 
 Febre e suores noturnos – “sintomas B” em 40% 
dos casos; geralmente bom prognóstico 
 Se subdivide em 5 subtipos: 
o LH clássico: esclerose nodular ou 
celularidade mista ou rico em linfócitos ou 
depleção linfocitária 
o Predomínio de linfócitos/predominância 
linfocítica nodular 
 
“Olhos em coruja” ou “imagem em espelho” – Célula de 
Reed-Sternberg (CRS); não obrigatório 
 
Célula grande, núcleo multilobulado ou bilobulado, 
nucléolos gigantes, eosinofílicos (cor de cereja), 
citoplasma levemente eosinofílico 
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 Subtipo esclerose nodular: forma mais comum; 
adolescentes e adultos jovens. Prognóstico 
excelente; poucas células de Reed-Sternberg 
 
Nódulos delimitados por esclerose ou fibrose 
 
Assimetria, nucléolos menores, citoplasma abundante. 
Artefato de retração em volta – lacuna 
 
 Subtipo celularidade mista: mais comum em maiores 
de 50 anos, masculino, muitas células de Reed-
Sternberg, eosinófilos e maior tendência a 
disseminação 
 
 Subtipo predomínio linfocítico nodular: não clássico, 
expressa marcadores diferentes; prognóstico 
excelente, variante das células de Reed-Sternberg 
(célula em pipoca) 
 
Linfoma linfocítico de Pequenas 
células/leucemia linfocítica crônica 
 É um linfoma não Hodgkin 
 Linfócitos pequenos, núcleos hipercromáticos e 
citoplasma escasso + focos dispersos de centros 
proliferados – patognomônicos 
 Idosos – leucemia mais comum em adultos no 
mundo ocidental 
 Linfadenopatias indolores de crescimento lento, 
fraqueza, palidez e sangramentos 
 Hemograma evidencia linfocitose e anemia 
 Altos níveis de BCL2 nas células tumorais – inibe 
apoptose 
 Contagem de linfócitos > 5000 em sangue periférico 
 Pode afetar medula óssea, baço, fígado 
 
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Linfoma/Leucemia Linfoblástica Aguda 
 Massa abdominal, vários linfonodos aumentados 
 Neoplasia maligna mais comum em crianças 
(principalmente caucasianas) 
o Pico aos 3 anos 
 Pode ser pré-T ou pré-T (linfoblastos) 
o 85% é tipo B 
o Geralmente de LT acomete adolescentes 
masculinos – tímicos 
 Sintomas: tem início abrupto, fraqueza, palidez, dor 
óssea e articular, febre, sangramentos, 
linfadenopatias, hepatoesplenomegalia 
o Pode acometer testículos e SNC 
 
Medula óssea hipercelular 
 
Trabécula óssea com células neoplásicas 
 É agressivo, mas responde bem a quimioterapia 
agressiva 
 Desregulação de fatores de transcrição necessários 
para a diferenciação normal dos progenitores B e T; 
mutação NOTCH, PAX-5 
 Massas mediastinais em 5-70%, associadas 
geralmente a linfadenopatias e esplenomegalia 
 Células (linfoblastos) com núcleos de cromatina 
delicada, nucléolos pequenos e citoplasma escasso 
 Alto índice mitótico 
Linfoma Folicular 
 Estruturas arredondadas – folículos (arquitetura 
linfonodal obstruída por proliferação nodular); muito 
comum 
 Vários linfonodos aumentados pelo corpo, indolor, 
medula óssea acometida em 80% dos casos 
 Possui translocação característica (14;18) 
o Fusão gene BCL2 do cromossomo 18 ao 
locus igH do cromossomo 14. → 
superexpressão inapropriada de BCL2 
(inibidor da apoptose) → sobrevivência 
celular 
 Paciente de meia-idade, 50 anos ou mais 
 Diagnóstico diferencial: hiperplasia linfoide reacional – 
aumento reativo dos linfonodos 
 
 
Centrócitos (células pequenas, escuras) e centroblastos 
(células grandes, brancas) 
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Linfoma de células do manto 
 Originado do manto dos linfonodos – células 
semelhantes às células B naive (nunca expostas à 
antígenos, localizadas nas zonas do manto de 
folículos linfoides normais) 
 Principalmente em homens > 50 anos, são bem 
agressivos 
 Superexpressão da ciclina D1 – aumento da divisão 
celular – t(11, 14) 
 
Células escuras = células do manto 
Linfoma da Zona Marginal 
Extranodal/MALT linfoma 
 Tumor indolente de células B do MALT 
o Tecidos epiteliais – estômago, glândulas 
salivares, intestino, mama, órbita 
 Ocorre secundariamente à inflamação crônica 
(doenças autoimunes – síndrome de Sjogren, 
Hashimoto ou infecção crônica por H pylori) 
o H. pylori ativa células T → citocinas 
inflamatórias → mutações iniciadoras - clone 
de célula B dependente de célula T 
(retirando o processo inflamatório muitas 
vezes cura o linfoma) → evolução clonal, 
maior autonomia → disseminação 
 Sintomas: dispepsia, má digestão, gastrite crônica e 
saciedade precoce (tumefação do órgão envolvido) 
 Células B neoplásicas infiltram a lâmina própria e 
epitélios envolvidos, por vezes formando agregados 
 
Mucosa Gástrica 
 
“Risquinhos” = H pylori 
Linfoma difuso de grandes células B 
 Idosos – linfoma mais comum em adultos e que 
evoluem de linfoma folicular 
 Linfonodomegalias de crescimento rápido 
 Lesões cutâneas associadas, rápida evolução 
 Histórico familiar de linfoma folicular sem tratamento 
Mutação de BCL2 e BCL6 → hiperexpressão → 
regulador transcricional no centro germinativo 
 Pode haver mutações de MYC ou combinações de 
outras mutações 
 
Morfologia difusa, células B grandes, redondas ou ovais, 
às vezes multilobulado, cromatina dispersa, muitos 
nucléolos e citoplasma pálido 
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Linfoma de Burkitt 
 Mais comum em crianças e adultos jovens, 
geralmente extranodal 
 Sintomas: aumento de volume abdominal de 
crescimento rápido (não endêmico) e massas 
maxilares/mandibulares (endêmico), fraqueza, mal-
estar e febre 
 Endêmico – vírus Epstein-Barr na África (pode 
também ser esporádico, a morfologia é a mesma) 
 Translocações envolvendo o gene MYC no 
cromossomo 8 → superexpressão do fator de 
transcrição MYC (regulador de glicólise aeróbica - 
permite rápido crescimento do tumor) → Tumor 
humano de crescimento mais rápido 
 
Buraquinhos brancos – padrão em céu estrelado por 
conta dos macrófagos com pedaços fagocitados 
 
Células de tamanho médio, núcleos ovais ou redondos, 
muitas mitoses e apoptoses, 
Mieloma Multiplo 
 Das doenças plasmocitárias, é o mais importante 
o Lesões únicas = plasmocitoma 
o Lesões múltiplas = mieloma múltiplo 
 Idosos, > 70 anos 
 Sintomas: dor óssea, infecções de repetição, história 
de fratura 
o Lesões ósseas líticas – crânio, pelve, fêmur, 
arcos costais, vértebras – levam à fraturas 
patológicas 
 Alterações em exame de urina: excesso de 
proteínas (proteína de Bence Jones) 
 Translocação locus IgH do cromossomo 14 com 
oncogenes 
 Efeitos adversos: destruição óssea, defeitos da 
imunidade humoral, disfunção renal 
 
Plasmócitos – derivados do LB; produtor de anticorpos, 
núcleo desviado para a periferia 
 
Micose fungoide ou Linfoma T cutâneo 
 Linfoma de células T – confundido com micoses, 
dermatites, etc 
 Evolução lenta, podem virar nódulos ou massas 
 Linfócitos neoplásicos acometem epiderme e derme 
superior 
 
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Leucemia mieloide aguda 
 Adultos de meia-idade 
 Sintomas: anemia, fadiga, palidez, sangramentos, 
infecções recorrentes 
o Pode evoluir para espleno ou hepatomegalia 
 Diagnóstico: achados morfológicos, histoquímicos, 
imunofenotípico e cariotípicos 
 Mutações de genes que codificam fatores de 
transcrição necessários para a diferenciação mieloide 
normal – t (15, 17) 
 Prognóstico ruim, sobrevida geral livre de doença até 
30% com quimioterapia convencional 
 
Blastos mieloide em mais de 20% do componente 
celular da medula óssea 
Leucemia mieloide crônica 
 Pacientes adultos de 15-60 anos, com pico entre 40 
e 50 anos 
 Sintomas: início insidioso, fadiga, emagrecimento, mal 
estar, saciedade precoce 
 Hemograma evidencia leucocitose (maior que 100 mil) 
principalmente de neutrófilos, eosinófilos, basófilos e 
mielócitos 
 A medula óssea encontra-se hipercelular com 
precursores granulocíticos e megacariócitos 
 Gene BCR-ABL quimérico alterado – cromossomo 
Philadelphia (22 menor) 
o ABL: sítio tirosina quinase + BCR - 
constitutivamente ativado = promove 
inúmeras vias de sinalizações que 
desencadeia a transformação celular. 
 Inicia em uma célula progenitora hematopoiética 
 Tratamento: inibidores de tirosina quinase 
 
 
Hematopoese extramedular no baço → infartos 
esplênicos 
Síndromes mielodisplásicas 
 Defeitos na maturação associados à hematopoiese 
ineficaz 
 Medula parcial ou totalmente substituída por 
proliferação clonal de célula-tronco multipotente, que 
pode se diferenciar em eritrócitos, granulócitos ou 
plaquetas, porém de forma ineficaz e desordenada 
(citopenias) 
o Anemia/leucopenia/plaquetopenia, com MO 
hipercelular (células “ineficazes”) 
 Clone de célula tronco geneticamente instável → 
alta propensão à mutações, principalmente 
transformação para LMA (10-40%) 
 Relativamente comum, 50-70 anos 
 Pode desenvolver após tratamento com quimio ou 
radioterapia, por fatores genéticos, mutação TP53 
 
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Histiocite De Células de Langherans 
2 grupos de histiocitose: 
 Histiocitose de células de Langerhans Multissistêmica: 
Letterer-Siwe; crianças menores de 2 anos; lesões 
cutâneas multifocais, hepatoesplenomegalia, 
linfadenopatia, lesões ósseas e pulmonares 
 Histiocitose de células de Langerhans Unissistêmica: 
5-15 anos; pode acometer 1 osso ou mais – calota 
craniana, arcos costais, fêmur; 
o Pode regredir espontaneamente ou após 
radioterapia/exérese 
 Sintomas: dor óssea, dor de cabeça 
 Edema em partes moles 
 
 
Presença de linfócitos e eosinófilos. 
 
 
Infiltrado heterogêneo, com vários tipos de células, 
predominando macrófagos e células gigantes do tipo 
oscleoclasto. Os macrófagos tem citoplasma róseo 
homogêneo, claro, e núcleo de contorno irregular, com 
nucléolo evidente.

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