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1 Avaliação: ( ) AP1 ( x ) AP2 ( ) Sub-AP1 ( ) Sub-AP2 ( ) Exame Final Disciplina: Ordem Tributária Código da turma: 5 5ORRM-NT1 Professor: Heliete Rosa Data: 23/11/20 Fernanda Rocha de Araújo – Matrícula 2020535938 Robson Sousa dos Anjos Matrícula 2020535890 INSTRUÇÕES: 1. Leia atentamente toda a prova antes de iniciá-la. 2. Preencha a prova com caneta azul ou preta. 3. Na parte objetiva assinale a resposta no local a isto destinado e não rasure, pois caso o faça a questão não será considerada. 4. A avaliação deverá ser enviada para o email tributarioheliete@gmail.com 5. A prova poderá ser individual, dupla ou trio 6. Devolução até o dia 24/11/20 às 24 hs Valor da avaliação: 10 1ª Questão – Valor 2,0 - A entidade beneficente de assistência social Associação Lar Dos Idosos, devidamente registrada e cumprindo todos os requisitos legais para o gozo de imunidade tributária, foi notificada para que apresentasse a escrituração de suas receitas e despesas, o que a entidade se recusou a fazer, alegando que não estava obrigada a manter essa escrituração em razão de sua imunidade tributária. Sobre o caso narrado, responda: Está correta tal entidade beneficente de assistência social em se negar a apresentar a escrituração de suas receitas e despesas? Justifique a sua resposta Não está correta. Tendo em vista quea imunidade tributária não é requisito para exclui-se do documento de escrituração, outrota o artigo 14 do CTN determina no inciso III “manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão”. Para que a associação continue obtendo a imunidade se faz necessário a escrituração, documento essencial para a manutenção do benefício cedido. 2ª Questão – Valor 2,0 - No intuito de aumentar a arrecadação, o prefeito do Município X sancionou lei que fixou uma nova base de cálculo do IPTU. A referida lei foi publicada em novembro de 2018, estabelecendo que sua vigência se dará após a data de sua publicação 2 Bento e Tulio são irmãos que, por herança, tornaram-se proprietários de um imóvel, no qual, apenas Tulio reside. Em janeiro de 2019, Bento foi notificado do lançamento do IPTU referente ao imóvel de residência de Tulio, tendo 30 dias para pagá-lo. Bento alegou que, pelo fato de apenas Tulio residir no imóvel, mesmo ele sendo coproprietário do bem, não precisaria pagar o imposto. Além disso, afirmou que, ainda que tivesse que pagá-lo, a lei que fixou uma nova base de cálculo do IPTU não respeitou a anterioridade nonagesimal. Sobre a hipótese apresentada, responda aos itens a seguir, justificando a sua resposta. A) Bento está correto ao alegar que não é obrigado ao pagamento do imposto? B) Bento está correto ao alegar que a lei que fixou uma nova base de cálculo do IPTU violou a anterioridade nonagesimal? A- Não está correto, ambos são solidariamente obrigados no pagamento do IPTU, por haverem comum interesse na propriedade, vide artigo 34 do CTN. B- Bento continua errado na alegação, o IPTU é a exeção da anterioridade nonagesimal (artigo 150,§1 da CF/88), atende a sua base de cálculo a anterioridade do exercicio financeiro. 3ª Questão – Valor 2,0 - A União publicou, no Diário Oficial de 30 de junho de 2017, decreto que majorou a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). No decreto, foi estipulado que a alíquota majorada já seria válida para fatos geradores ocorridos a partir do mês seguinte. Tendo em vista a anterioridade nonagesimal e a anterioridade do exercício financeiro, responda aos itens a seguir, justificando a sua resposta. A) É válida a exigência da alíquota majorada no mês seguinte à publicação do decreto? B) Se, em vez de majorar a alíquota, o decreto alterasse apenas o prazo de recolhimento da obrigação tributária, seria válida a sua exigência a partir do mês seguinte ao da publicação? A- Não, é invalida. Consoante ao artigo 150 § 1 da carta magma, o IPI submete-se à anterioridade nonagesimal e não a do exercicio financeiro. Antevejo relevância, trazer à baila que a anterioridade nonagesimal determina que o tributo (nesse caso o IPI) venha ser cobrada após o período de 90 dias de sua publicação, indenpendete se a lei a instituiu ou aumentou a aliquota. B- Mormente, nesse aspecto seria válida, pois não envolve a criação ou aumento do referido tributo, apenas o deslocamento do prazo de recolhimento da respectiva taxação. Ressalta-se a súmula vinculante do STF 50, que coaduna nesse sentido, norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao principio da anterioridade. 3 4ª Questão – Valor 2,0 - Projeto de Resolução do Senado Federal pretende fixar nacionalmente as alíquotas mínimas do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), tributo de competência estadual. Um Senador, membro da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, que terá de elaborar parecer sobre o tema, consulta você sobre sua opinião jurídica acerca desse projeto de Resolução. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. A) O Senado, por ser órgão do Poder Legislativo da União, não possui competência constitucional para, por Resolução, dispor sobre o tema, por se tratar de ingerência indevida da União na autonomia dos Estados. B) É lícito ao Senado instituir a referida Resolução, pois existe autorização expressa na Constituição para tal fixação por Resolução do Senado. C) A fixação de alíquota mínima de tributo, por mera Resolução do Senado, viola o princípio da legalidade tributária. D) Resolução do Senado poderia tratar do tema, desde que ratificada por ao menos dois terços dos membros do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ). 5ª Questão – Valor 2,0 - A União, diante de grave desastre natural que atingiu todos os estados da Região Norte, e considerando ainda a severa crise econômica e financeira do país, edita Medida Provisória, que institui Empréstimo Compulsório, para que as medidas cabíveis e necessárias à reorganização das localidades atingidas sejam adotadas. Sobre a constitucionalidade da referida tributação, assinale a afirmativa correta. A) O Empréstimo Compulsório não pode ser instituído para atender às despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. B) O Empréstimo Compulsório deve ser instituído por meio de Lei Complementar, sendo vedado pela CRFB/88 que Medida Provisória trate desse assunto. C) Nenhum tributo pode ser instituído por meio de Medida Provisória. D) A União pode instituir Empréstimo Compulsório para atender às despesas decorrentes de calamidade pública, sendo possível, diante da situação de relevância e urgência, a edição de Medida Provisória com esse propósito.
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