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FILLOUX, Jean-Claude. Émile Durkheim. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. [Os educadores]. Páginas 39-45. O trecho a ser detalhado neste resumo, inicia abordando sobre como as visões acerca do que se compreende como educação tem sido empregado por diversos teóricos ao longo da história da humanidade. O autor inicia apontando sobre como as definições de educação tem interpretações e modificações de acordo com o que se pretende com o papel educativo. Com isso, aborda que o termo educação, tem sido empregado demasiadamente para empregar o conjunto de influências que atuam sobre nossa inteligência,vontade e sobre a natureza humana. A partir da definição de Stuart Mill, aponta que todas as ações visam a aproximação da perfeição humana, que se intenta fazer, da nossa natureza. Compreende-se os efeitos indiretos dessa prática de guiamento à perfeição da natureza humana, que foca-se diretamente guiado por leis,formas de governo e todas as questões envoltas na constituição humana, sejam elas naturais ou sociais. Neste sentido, essas visões que se confundem com o papel educativo, não podem estar definidas no mesmo vocábulo, para que não se confundam os intuitos de tais ações. As influências são diversas, sejam do homem para o homem, ou dos homens para as novas gerações, e cada ação se modifica a partir destas relações. Com isso, o autor define que deve se reservar o que se considera o termo educação. Todavia, se busca entender qual as bases que consistem estas influências, e no trecho exposto o autor se atém a dois princípios. Para Kant, o fim da educação é o desenvolvimento da perfeição que o indivíduo seja capaz. Mas como definir o que se entende por perfeição? Seria o desenvolvimento de todas as faculdades humanas, de forma harmônica? A seguir o autor aponta sobre como esse desenvolvimento é importante e necessário, a dedicação de todos os homens a este ideal não é integralmente realizável, já que ela obriga todos os homens a dedicação a tarefas especializadas. Um ponto central desta discussão segue, com a afirmação de que não se pode todos no mesmo gênero de vida, dedicar-se unicamente a um fim. As aptidões pessoais e naturais, que nos incumbe, pela existência de homens de ação e homens de sensibilidade, como pontua o texto. A existência de multi tarefas, garantem a coesão social, já que suas ações ao coexistirem são essenciais para a manutenção da estrutura social. Outra definição de educação, defendida por James Mill, é de que a educação teria por tarefa, transformar o homem em um instrumento de felicidade,para si e seus semelhantes. Essa definição, torna-se problemática,visto que as definições do que se entende como felicidade, tem diversas interpretações em torno do termo. A partir desta lógica, a educação ganha um contorno individual, visto que segundo a análise de Spencer, as condições de felicidade, são as condições de vida, neste sentido o termo "vida" é tido como vida física. As condições de vida em que estamos inseridos, afeta em como nos relacionamos com o meio, e dada estas objetivas vivências, não se pretende em certo grau, uma diminuição deste padrão. Neste caminho,as necessidades humanas são variáveis, e a necessidade humana é insaciável, de acordo com o que se pretende para sua subsistência, nossos desejos são sempre crescentes. No decorrer do texto o autor exemplifica como a educação teve papéis variados em diversas sociedades e quais poderiam ser as implicações nas gerações posteriores, como a sociedade romana, e aponta uma questão sobre como a reprodução de uma sociedade que praticasse uma educação que levaria ao seu fim. Ou seja, a educação se modifica a partir do que se entende como sociedade, as transformações e o que se pretende com essa educação. Ao lidarmos com a educação, entendendo que podemos educar conforme nossos desejos,nega-se que a sociedade afeta radicalmente nossas concepções morais,culturais e sociais, e que ao sermos criados por esta lógica, torna-se inviável um rompimento instantâneo deste modelo. Todo passado afeta a forma como nos organizamos hoje, em todos os aspectos,a história deixa marcas na socialização. Não há bases sólidas para construção de novas concepções que partem de experiências ditas únicas. A partir desta análise, se fundamenta uma questão importante acerca de como conceber uma transformação. Como dar novas alternativas e caminhos diversos? Inicialmente deve-se compreender qual a tarefa de educar, de modo geral é o de preparar as crianças. Ao analisar dialeticamente, no que consiste as necessidades humanas, que se construíram no passado, e quais são as que se configuram no tempo em que se pensa? A percepção e observação histórica se tornam indispensáveis.