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Apostila Anatomia e Fisiologia 2º Período - turma Rose (1)

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(
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Rua Gonçalves Figueira, 85
- Centro
Fone: 3221-0252
)
ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 
2º PERÍODO
01 – SISTEMA RESPIRATÓRIO
	A respiração consiste na absorção, pelo organismo, de oxigênio, e a eliminação do gás carbônico resultante de oxidações celulares. O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. O sistema respiratório pode ser dividido em duas partes: porção de condução (representado pelos órgãos tubulares – traqueia e brônquios – cuja função é levar o ar inspirado até os pulmões); e a porção de respiração (representada pelos pulmões). 
Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamadas cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traqueia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. Tem as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato.
Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. É dividida em três partes: parte nasal, superior, e que se comunica com a cavidade nasal; parte bucal, média, que se comunica com a cavidade bucal; e a parte laríngica, inferior, situada posteriormente à laringe e continuada diretamente pelo esôfago. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.
Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe, além da via aerífera, é um órgão da fonação, pois o epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.
A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias.
Traqueia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. 
Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura, que apresenta dois folhetos: a pleura pulmonar, que reveste a superfície dos pulmões; e a pleura parietal, que recobre a face interna da parede torácica. Entre os dois folhetos há um espaço virtual, a cavidade da pleura, contendo uma película de líquido e espessura capilar que permite o livre deslizamento de um folheto contra o outro, nas constantes variações de volume do pulmão durante os movimentos respiratórios. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória. 
Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sanguíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
Diafragma: A base de cada pulmão apoia – se no diafragma, um fino músculo que separa o tórax do abdômen promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.  Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma.
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO
	A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com consequente redução da pressão interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões. A expiração, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que diminui o volume da caixa torácica, com consequente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões.
Transporte de gases respiratórios: O transporte de gás oxigênio está a cargo da hemoglobina, proteína presente nas hemácias. Cada molécula de hemoglobina combina-se com quatro moléculas de gás oxigênio, formando a oxi-hemoglobina. 
	Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares sanguíneos e penetra nas hemácias, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico (CO2) é liberado para o ar (processo chamado hematose).
	Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo líquido tissular, atingindo as células. A maior parte do gás carbônico (cerca de 70%) liberado pelas células no líquido tissular penetra nas hemácias e reage com a água, formando o ácido carbônico, que logo se dissocia e dá origem a íons H+ e bicarbonato (HCO3-), difundindo-se para o plasma sanguíneo, onde ajudam a manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos associam-se à própria hemoglobina, formando a carboemoglobina.  O restante dissolve-se no plasma.
 (
O monóxido de carbono (CO), liberado pela “queima” incompleta de combustíveis fósseis e pela fumaça dos cigarros entre outros, combina-se com a hemoglobina de uma maneira mais estável do que o oxigênio, formando o 
carboxiemoglobina.
 Dessa forma, a hemoglobina fica impossibilitada de transportar o oxigênio, podendo levar à morte por asfixia.
 
)
Controle da respiração: Em relativo repouso, a frequência respiratória é da ordem de 10 a 15 movimentos por minuto.
A respiração é controlada automaticamente por um centro nervoso localizado no bulbo. Desse centro partem os nervos responsáveis pela contração dos músculos respiratórios. Os sinais nervosos são transmitidos desse centro através da coluna espinhal para os músculos da respiração. O mais importante músculo da respiração, o diafragma, recebe os sinais respiratórios através de um nervo especial, o nervo frênico, que deixa a medula espinhal na metade superior do pescoço e dirige-se para baixo, através do tórax até o diafragma. Os sinais para os músculos expiratórios, especialmente os músculos abdominais, são transmitidos para a porção baixa da medula espinhal, para os nervos espinhais que inervam os músculos. Impulsos iniciados pela estimulação psíquica ou sensorial do córtex cerebral podem afetar a respiração. Em condições normais, o centro respiratório (CR) produz, a cada 5 segundos, um impulso nervoso que estimula a contração da musculatura torácica e do diafragma, fazendo-nos inspirar. O CR é capaz de aumentar e de diminuir tanto a frequência como a amplitude dos movimentos respiratórios, pois  possui quimiorreceptores que são bastante sensíveis ao pH do plasma. Essa capacidade permite que os tecidos recebam a quantidade de oxigênio que necessitam, além de remover adequadamente o gás carbônico. Quando o sangue torna-se mais ácido devido ao aumento do gás carbônico, o centro respiratório induz a aceleração dos movimentos respiratórios. Dessa forma, tanto a frequência quanto a amplitude da respiração tornam-se aumentadas devido à excitação do CR.
Em situação contrária, com a depressão do CR, ocorre diminuição da frequênciae amplitude respiratórias.
A respiração é ainda o principal mecanismo de controle do pH do sangue.
O aumento da concentração de CO2 desloca a reação para a direita, enquanto sua redução desloca para a esquerda.
Dessa forma, o aumento da concentração de CO2 no sangue provoca aumento de íons H+ e o plasma tende ao pH ácido. Se a concentração de CO2 diminui, o pH do plasma sanguíneo tende a se tornar mais básico (ou alcalino).
Se o pH está abaixo do normal (acidose), o centro respiratório é excitado, aumentando a frequência e a amplitude dos movimentos respiratórios. O aumento da ventilação pulmonar determina eliminação de maior quantidade de CO2, o que eleva o pH do plasma ao seu valor normal.
Caso o pH do plasma esteja acima do normal (alcalose), o centro respiratório é deprimido, diminuindo a frequência e a amplitude dos movimentos respiratórios. Com a diminuição na ventilação pulmonar, há retenção de CO2 e maior produção de íons H+, o que determina queda no pH plasmático até seus valores normais.
A ansiedade e os estados ansiosos promovem liberação de adrenalina que, frequentemente levam também à hiperventilação, algumas vezes de tal intensidade que o indivíduo torna seus líquidos orgânicos alcalóticos (básicos), eliminando grande quantidade de dióxido de carbono, precipitando, assim, contrações dos músculos de todo o corpo.
Se a concentração de gás carbônico cair a valores muito baixos, outras consequências extremamente danosas podem ocorrer, como o desenvolvimento de um quadro de alcalose que pode levar a uma irritabilidade do sistema nervoso, resultando, algumas vezes, em tetania (contrações musculares involuntárias por todo o corpo) ou mesmo convulsões epilépticas.
Existem algumas ocasiões em que a concentração de oxigênio nos alvéolos cai a valores muito baixos. Isso ocorre especialmente quando se sobe a lugares muito altos, onde a pressão de oxigênio é muito baixa ou quando uma pessoa contrai pneumonia ou alguma outra doença que reduza o oxigênio nos alvéolos. Sob tais condições, quimiorreceptores localizados nas artérias carótida (do pescoço) e aorta são estimulados e enviam sinais pelos nervos vago e glossofaríngeo, estimulando os 
 (
 
IMPORTANTE: 
O sistema respiratório humano comporta um volume total de aproximadamente 5 litros de ar – a capacidade pulmonar total. Desse volume, apenas meio litro é renovado em cada respiração tranquila, de repouso. Esse volume renovado é o volume
 corrente
.
)centros respiratórios no sentido de aumentar a ventilação pulmonar.
Se no final de uma inspiração forçada, executarmos uma expiração forçada, conseguiremos retirar dos pulmões uma quantidade de aproximadamente 4 litros de ar, o que corresponde à capacidade vital, e é dentro de seus limites que a respiração pode acontecer. Mesmo no final de uma expiração forçada, resta nas vias aéreas cerca de 1 litro de ar, o volume residual.
Nunca se consegue encher os pulmões com ar completamente renovado, já que mesmo no final de uma expiração forçada o volume residual permanece no sistema respiratório. A ventilação pulmonar, portanto, dilui esse ar residual no ar renovado, colocado em seu interior.
O volume de ar renovado por minuto (ou volume-minuto respiratório) é obtido pelo produto da frequência respiratória (FR) pelo volume corrente (VC): VMR = FR x VC.
Em um adulto em repouso, temos:
FR = 12 movimentos por minuto
VC = 0,5 litros
 (
Ar inspirado: aproximadamente 21% O
2
; 0,03% CO
2
Ar expirado: a
proximadamente 14% O
2
; 5% CO
2
)Portanto: volume-minuto respiratório = 12 x  0,5 = 6 litros/minuto
02 – SISTEMA GASTRINTESTINAL
	
	O trato gastrintestinal humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. O trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato gastrintestinal incluem: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. 
	O trato gastrintestinal é um tubo longo e sinuoso de 10 a 12 metros de comprimento desde a extremidade cefálica (cavidade oral) até a caudal (ânus). As funções desse sistema são as de preensão, mastigação, deglutição, digestão e absorção dos alimentos, e a expulsão dos resíduos, eliminados sob a forma de fezes. 
	Os órgãos digestórios acessórios são os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os outros órgãos digestivos acessórios nunca entram em contato direto com o alimento. Produzem ou armazenam secreções que passam para o trato gastrintestinal e auxiliam na decomposição química do alimento.
BOCA: Abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo. Nela situam – se os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas. É dividida em vestíbulo da boca, um espaço limitado por um lado pelos lábios e bochechas e por outro pelas gengivas e dentes; e em cavidade bucal, todo o restante. O teto da cavidade bucal é constituído pelo palato, responsável por dividir a cavidade nasal da bucal, que se divide em palato duro, anterior, ósseo; e palato mole, posterior, muscular. 
DENTES: são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e mandíbula, cuja atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na articulação das linguagens.  Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a substância mais dura. Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa (parte livre) até a raiz (implantada no alvéolo), está situada uma camada de substância óssea chamada dentina. A cavidade pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas. Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo permanente, sendo 08 incisivos, 04 caninos, 08 pré – molares e 12 molares.
LÍNGUA: é um órgão muscular revestido por mucosa e que exerce importantes funções na mastigação, na deglutição, como órgão gustativo e na articulação da palavra. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo, azedo ou ácido, salgado e doce. De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.
GLÂNDULAS SALIVARES: são responsáveis pela secreção da saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal: parótida, submandibular e sublingual. 
1 – Parótida: situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha, é a maior das três.
2 - Submandibular: localiza – se anteriormente à parte mais inferior da parótida, protegida pelo corpo da mandíbula. É de forma arredondada.
3 – Sublingual: É a menor das três; fica abaixo da mucosa do assoalho da boca.
FARINGE E ESÔFAGO: A faringe, situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas gastrintestinal e respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe.
O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos parapercorre – lo. 
PERITÔNIO: Membrana serosa que reveste os órgãos abdominais, que apresenta duas lâminas: peritônio parietal, que reveste as paredes da cavidade abdominal; e o peritônio visceral, que envolve as vísceras. Entre as duas lâminas há uma cavidade virtual, denominada cavidade peritoneal.
ESTÔMAGO: O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a digestão de alimentos protéicos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos. 
Descrevem –se no estômago as seguintes partes: cárdia, esfíncter que corresponde a junção com o esôfago; o fundo, situada superiormente a um plano horizontal, que tangencia a junção esôfago – gástrica; o corpo, que corresponde à maior parte; e piloro, esfíncter situado na porção terminal, continuada pelo duodeno. 
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do interior do estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.
A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o produzem. Por ação do ácido clorídrico, o pepsinogênio, ao ser lançado na luz do estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a digestão de proteínas. 
 
	
A pepsina, ao catalisar a hidrólise de proteínas, promove o rompimento das ligações peptídicas que unem os aminoácidos. Como nem todas as ligações peptídicas são acessíveis à pepsina, muitas permanecem intactas. Portanto, o resultado do trabalho dessa enzima são oligopeptídeos e aminoácidos livres.
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas).
O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo.
Ao passar pelo piloro, o quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digestão.
INTESTINO DELGADO: O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).
A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando (ou emulsionando) as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas).
O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucléicos.
A amilase pancreática fragmenta o amido em moléculas de maltose; a lípase pancreática hidrolisa as moléculas de um tipo de gordura – os triacilgliceróis, originando glicerol e álcool; as nucleases atuam sobre os ácidos nucléicos, separando seus nucleotídeos.
O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas inativas em que são secretadas as enzimas proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo produzidas na forma inativa, as proteases não digerem suas células secretoras. Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contato com a enteroquinase, enzima secretada pelas células da mucosa intestinal, convertendo-se em tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do precursor inativo quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima ativa.
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os em oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações peptídicas específicas ao longo das cadeias de aminoácidos.
A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em enzimas e de pH aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a enteroquinase. Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No suco entérico há enzimas que dão sequencia à hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos sofrem ação das peptidases, resultando em aminoácidos.
No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das paredes musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bile, enzimas e outras secreções, sendo transformado em quilo.
A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou passivos, nas regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, dessas regiões, apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas vilosidades, que aumentam a superfície de absorção intestinal. As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas. 
Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da digestão de gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados) chegam ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são reagrupadas em triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por uma camada de proteínas, formando os quilomícrons, transferidos para os vasos linfáticos e, em seguida, para os vasos sanguíneos, onde alcançam as células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados.
INTESTINO GROSSO: Constitui a porção terminal do canal alimentar, sendo mais calibroso e mais curto do que o intestino delgado, medindo cerca de 1,5 m. É subdividido nos seguintes seguimentos: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide, reto e ânus. 
	É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. 
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas.
O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Comoo intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados.
PÂNCREAS: é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para o duodeno O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente imbricados: pâncreas exócrino e o endócrino.
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas reunidas denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de finos condutos, por onde sua secreção é levada até um condutor maior, que desemboca no duodeno, durante a digestão.
O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina e glucagon, responsáveis pelo controle da glicose no organismo. 
FÍGADO: É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal. 
O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno.
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias. O fígado apresenta as seguintes funções:
· Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase;
· Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação; 
· Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;
· Metabolizar lipídeos;
· Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras;
· Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo;
· Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.
HORMÔNIOS DA DIGESTÃO:
Gastrina: Produzida e liberada no estômago, estimula a liberação do suco gástrico.
Colecistina: Produzida no duodeno e atua na vesícula biliar para estimular a liberação da bile e no pâncreas estimulando a liberação do bicarbonato, que diminuirá a acidez do quimo recém chegado do estômago.
Secretina: Produzida no duodeno e atua no pâncreas estimulando a liberação do suco pancreático, que contém bicarbonato.
Enterogastrona: Produzida no duodeno e controla o esvaziamento gástrico.
03 – SISTEMA CIRCULATÓRIO (CARDIOVASCULAR)
	O sistema circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do coração. Tem como funções: transportar gases (oxigênio e gás carbônico); transportar nutrientes; transportar resíduos metabólicos; transportar hormônios; transportar calor; distribuição de mecanismos de defesa (células de defesa); coagulação sanguínea. 
CORAÇÃO: O coração é um órgão muscular oco, que funciona como uma bomba contrátil – propulsora, que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Em uma pessoa adulta, tem o tamanho aproximado de um punho fechado e pesa cerca de 400 gramas.
	O coração humano apresenta quatro cavidades: duas superiores, denominadas átrios (ou aurículas) e duas inferiores, denominadas ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito através da válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral. A função das válvulas cardíacas é garantir que o sangue siga uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos.
 (
Septo átrio - ventricular
)
 (
AD
) (
VD
) (
VE
) (
AE
)
As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se alternadamente 70 vezes por minuto, em média. O processo de contração de cada câmara do miocárdio (músculo cardíaco) denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a seguinte, é a diástole. Quando há sístole atrial, consequentemente há diástole ventricular, e inversamente. 
Nódulo sinoatrial ou marcapasso ou nó sino-atrial: região especial do coração, que controla a atividade elétrica do coração, logo controla a frequência cardíaca. Localiza-se perto  da junção entre o átrio direito e a veia cava superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas. A frequência rítmica dessas fibras musculares é de aproximadamente 72 contrações por minuto, enquanto o músculo atrial se contrai cerca de 60 vezes por minuto e o músculo ventricular, cerca de 20 vezes por minuto. Devido ao fato do nódulo sinoatrial possuir uma frequência rítmica mais rápida em relação às outras partes do coração, os impulsos originados do nódulo SA espalham-se para os átrios e ventrículos, estimulando essas áreas tão rapidamente, de modo que o ritmo do nódulo SA  torna-se o ritmo de todo o coração; por isso é chamado marcapasso.
Sistema De Purkinje ou fascículo átrio-ventricular: embora o impulso cardíaco possa percorrer perfeitamente todas as fibras musculares cardíacas, o coração possui um sistema especial de condução denominado sistema de Purkinje ou fascículo átrio-ventricular, composto de fibras musculares cardíacas especializadas, ou fibras de Purkinje (Feixe de Hiss ou miócitos átrio-ventriculares), que transmitem os impulsos com uma velocidade aproximadamente 6 vezes maior do que o músculo cardíaco normal, cerca de 2 m por segundo, em contraste com 0,3 m por segundo no músculo cardíaco. 
VASOS SANGUÍNEOS: 
Artérias: São tubos cilindroides, de parede espessa que saem do coração levando sangue para os órgãos e tecidos do corpo. Compõem-se de três camadas: a mais interna, chamada endotélio, formada por uma única camada de células achatadas; a mediana, constituída por tecido muscular liso; a mais externa, formada por tecido conjuntivo, rico em fibras elásticas.
Quando o sangue é bombeado pelos ventrículos e penetra nas artérias, elas se relaxam e se dilatam, o que diminui a pressão sanguínea, Caso as artérias não se relaxem o suficiente, a pressão do sangue em seu interior sobe, com risco de ruptura das paredes arteriais. Assim, a cada sístole ventricular é gerada uma onda de relaxamento que se propaga pelas artérias, desde o coração até as extremidades das arteríolas (ramificações menos calibrosas das artérias). Durante a diástole ventricular, a pressão sanguínea diminui. Ocorre, então, contração das artérias, o que mantém o sangue circulando até a próxima sístole.
Capilares sanguíneos: são vasos de pequeno calibre, microscópicos, que ligam as extremidades das arteríolas às extremidades das vênulas (veias de menor calibre). A parede dos capilares possui uma única camada de células, correspondente ao endotélio das artérias e veias.
Quando o sangue passa pelos capilares, parte do líquido que o constitui atravessa a parede capilar e espalha-se entre as células próximas, nutrindo-as e oxigenando-as.As células, por sua vez, eliminam gás carbônico e outras excreções no líquido extravasado, denominado líquido tissular. A maior parte do líquido tissular é reabsorvida pelos próprios capilares e reincorporada ao sangue. Apenas 1% a 2% do líquido extravasado na porção arterial do capilar não retorna à parte venosa, sendo coletado por um sistema paralelo ao circulatório, o sistema linfático, quando passa a se chamar linfa e move-se lentamente pelos vasos linfáticos, dotados de válvulas.
Veias: são vasos que chegam ao coração, trazendo o sangue dos órgãos e tecidos. A parede das veias, como a das artérias, também é formada por três camadas. A diferença, porém, é que a camada muscular e a conjuntiva são menos espessas que suas correspondentes arteriais. Além disso, diferentemente das artérias, as veias de maior calibre apresentam válvulas em seu interior, que impedem o refluxo de sangue e garante sua circulação em um único sentido.
Depois de passar pelas arteríolas e capilares, a pressão sanguínea diminui, atingindo valores muito baixos no interior das veias. O retorno do sangue ao coração deve-se, em grande parte, às contrações dos músculos esqueléticos, que comprimem as veias, fazendo com que o sangue desloque-se em seu interior. Devido às válvulas, o sangue só pode seguir rumo ao coração.
C
CIRCULAÇAO PULMONAR E CIRCULAÇÃO SISTÊMICA
A circulação sanguínea humana pode ser dividida em dois grandes circuitos: um leva sangue aos pulmões, para oxigená-lo, e outro leva sangue oxigenado a todas as células do corpo. Por isso se diz que nossa circulação é dupla. 
Circulação pulmonar: Ventrículo direito – artérias pulmonares – pulmões – veias pulmonares – átrio esquerdo.
Circulação sistêmica: Ventrículo esquerdo – artéria aorta – sistemas corporais – veias cavas superior e inferior – átrio direito. 
 (
Quase todas as veias transportam sangue venoso. A exceção são as veias pulmonares, que chegam ao coração com sangue rico em oxigênio!
Quase todas as artérias transportam sangue arterial. Exceto as artérias pulmonares, que saem do coração com sangue venoso (pobre em oxigênio)!
Todo sangue venoso é pobre em oxigênio, e todo sangue arterial é rico em oxigênio!
)
04 – SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso controla a maioria das funções do corpo, mediante o controle das contrações dos músculos esqueléticos, músculos lisos dos órgãos internos e velocidade de secreção de glândulas exócrinas (secreção externa, como o suor) e endócrinas (glândulas que secretam substâncias para dentro do organismo).
O tecido nervoso é constituído por células nucleadas especiais, denominadas neurônios, com longos prolongamentos capazes de captar estímulos exteriores como calor, frio, dor. Possuem morfologia complexa, mas quase todos apresentam três componentes. Os dendritos são prolongamentos numerosos, cuja função é receber os estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios.O corpo celular ou pericário é o centro do tráfico dos impulsos nervosos da célula. O axônio é um prolongamento único, especializado na condução de impulsos que transmitem informações do neurônio para outras células nervosas, musculares e glandulares. A transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro depende de estruturas altamente especializadas: as sinapses. Os axônios estão envoltos em uma camada gelatinosa que funciona como isolante e denomina-se bainha de mielina.
 (
Corpo celular
) (
NEURÔNIO E SEUS PRINCIPAIS COMPONENTES
) (
Terminais
)O conjunto de axônios corresponde às fibras nervosas, cuja união forma os feixes ou tratos do sistema nervoso central e os nervos do sistema nervoso periférico. A junção dos corpos neuronais constitui uma substância cinzenta denominada córtex.
 (
Axônio
) (
Bainha de mielina
) (
Dendritos
) (
Dendritos
)
O funcionamento do sistema nervoso depende do chamado arco reflexo constituído pela ação das vias aferentes, centrípetas ou sensitivas, responsáveis pela condução dos impulsos originados nos receptores externos (provenientes do sistema sensorial) ou internos existentes em diversos órgãos e sensíveis às modificações químicas, à pressão ou tensão; pelos centros nervosos que formam a resposta aos estímulos enviados pelas vias sensitivas; pela via eferente, motora ou centrífuga que conduz a resposta voluntária ou involuntária dos centros nervosos para os tecidos muscular e glandular. (
Diencéfalo
)Anatomicamente, o sistema nervoso divide-se em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).
O SNC é representado pelo encéfalo e medula espinhal, respectivamente localizados no interior da caixa craniana e coluna vertebral. O encéfalo é constituído pelo cérebro, diencéfalo, cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e medula oblonga) e sua parte central é constituída por uma substância branca; a externa, por uma substância cinzenta. 
O cérebro divide-se em duas partes simétricas (hemisférios direito e esquerdo) cuja troca de impulsos é feita pelo corpo caloso. Sua superfície evidencia pregas (giros) e reentrâncias (sulcos e fissuras) do córtex cerebral. Os sulcos e fissuras dividem os hemisférios em lobos responsáveis por funções específicas - como sensitivas, auditivas, visuais, movimentação voluntária, memória, concentração, raciocínio, linguagem, comportamento, entre outras.
O diencéfalo circunda o terceiro ventrículo, forma a parte central mais importante do encéfalo e contém o tálamo e hipotálamo. Pelo tálamo passam todas as vias sensitivas que informam as percepções da sensibilidade dos órgãos dos sentidos, exceto o olfato – também percebe sensações como calor extremo, pressão e dor intensa. O hipotálamo, situado abaixo do tálamo, aloja a hipófise e controla as principais funções vegetativas e endócrinas do corpo. É uma das principais vias de saída de controle do sistema límbico (circuito neuronal que controla o comportamento emocional e os impulsos motivacionais). 
O cerebelo controla os movimentos, a tonicidade muscular e participa da manutenção do equilíbrio do corpo. O tronco cerebral une todas as partes do encéfalo à medula espinhal. O tronco cerebral desempenha funções especiais de controle, dentre outras, da respiração, do sistema cardiovascular, da função gastrintestinal, de alguns movimentos estereotipados do corpo, do equilíbrio, dos movimentos dos olhos. Serve como estação de retransmissão de “sinais de comando” provenientes de centros neurais ainda mais superiores que comandam o tronco cerebral para que este inicie ou modifique funções de controle específico por todo o corpo. 
A medula espinhal encontra-se no interior do canal formado pelas vértebras da coluna vertebral. Dela irradiam-se 33 pares de nervos espinhais, à direita e à esquerda, que inervam o pescoço, tronco e membros, ligando o encéfalo ao resto do corpo e vice-versa. É também mediadora da atividade reflexa (atos instantâneos, realizados independentemente da consciência). Estende-se da base do crânio até o nível da segunda vértebra lombar, pouco acima da cintura. A substância cinzenta da medula espinhal tem o formato da letra H, cujas extremidades são a raiz anterior, de onde saem as fibras motoras, e raiz posterior, local de saída das fibras sensitivas. 
Tanto o encéfalo como a medula espinhal são envolvidos e protegidos por membranas de tecido conjuntivo denominadas, em conjunto, de meninges. Estas membranas são, de fora para dentro: dura – máter, a mais espessa das três; aracnoide, a membrana intermediária, da qual partem fibras que vão ao encontro da pia – máter, a mais fina e que está intimamente aplicada ao encéfalo e à medula espinhal. A aracnoide é separa da dura – máter por um espaço capilar denominado espaço subdural, e da pia – máter pelo espaço subaracnoide, onde circula o líquido cefalorraquidiano (ou líquor).
Por sua vez, o SNP consiste nos nervos cranianos e espinhais. Emergindo do tronco cerebral, há 12 pares de nervos cranianos que exercem funções específicas e nem sempre estão sob controle voluntário. Os nervos que possuem fibras de controle involuntáriosão chamados de sensitivos; e os de controle voluntário, motores. 
A partir dos órgãos dos sentidos e dos receptores (terminações nervosas sensitivas), presentes em várias partes do corpo, o SNP conduz impulsos nervosos para o SNC, e deste para os músculos e glândulas. Os nervos espinhais são divididos e denominados de acordo com sua localização na coluna vertebral: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e um coccígeo.
NERVOS CRANIANOS:
Fisiologicamente, o sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso voluntário, que comanda a musculatura estriada esquelética, e sistema nervoso autônomo (SNA) ou involuntário, responsável pelo controle da musculatura lisa, do músculo cardíaco, da secreção de todas as glândulas digestivas e sudoríparas e de alguns órgãos endócrinos.
Em sua maioria, as funções do SNA são articuladas em coordenação com o SNC, em especial o hipotálamo. Do ponto de vista anatômico e funcional, o SNA divide-se em sistema simpático e parassimpático, que trabalham de modo antagônico, porém em equilíbrio. O sistema simpático estimula atividades realizadas durante situações de emergência e estresse, nas quais os batimentos cardíacos se aceleram e a pressão arterial se eleva. O sistema parassimpático estimula as atividades que conservam e restauram os recursos corpóreos (por exemplo, diminuição dos batimentos cardíacos). Cada parte do SNA possui duas cadeias de neurônios. O corpo celular do primeiro neurônio situa-se na coluna referente visceral do encéfalo e da medula espinhal; o do segundo neurônio, num gânglio autônomo, externamente ao SNC. O axônio do primeiro neurônio é chamado fibra pré-sináptica ou pré-ganglionar; o do segundo, fibra pós-sináptica ou pós-ganglionar. Os gânglios localizam-se ao longo da coluna vertebral, na cavidade abdominal, nas proximidades ou interior dos órgãos por eles inervados. Para chegarem à musculatura, as fibras pós-ganglionares utilizam uma artéria, um nervo independente ou ligado aos nervos espinhais. 
No sistema simpático, os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares localizam-se na substância cinzenta (corno lateral) da medula espinhal, começando no primeiro segmento torácico e terminando no segundo ou terceiro segmento lombar. Os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares situam-se nos gânglios para-vertebrais e pré-vertebrais. Por liberarem adrenalina ou noradrenalina, as terminações pós-ganglionares simpáticas são conhecidas como adrenérgicas.
 No sistema parassimpático, os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares situam-se nos núcleos dos pares III, VII, IX e X de nervos cranianos no tronco encefálico e no segundo, terceiro e quarto segmentos sacrais da medula espinhal. As fibras pré-ganglionares fazem sinapse com o corpo celular de um neurônio pós-ganglionar parassimpático, próximo ou na parede do órgão-alvo. Por liberarem acetilcolina, a maioria das terminações pós-ganglionares parassimpáticas são denominadas colinérgicas.
TIPOS DE NEURÔNIOS
De acordo com suas funções na condução dos impulsos, os neurônios podem ser classificados em:
Neurônios receptores ou sensitivos (aferentes): são os que recebem estímulos sensoriais e conduzem o impulso nervoso ao sistema nervoso central.
1. Neurônios motores ou efetuadores (eferentes): transmitem os impulsos motores (respostas ao estímulo).
1. Neurônios associativos ou interneurônios: estabelecem ligações entre os neurônios receptores e os neurônios motores.
05 – SISTEMA ENDÓCRINO
Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sanguínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo. 
Os tecidos epiteliais de secreção ou epitélios glandulares formam as glândulas, que podem ser uni ou pluricelulares. As glândulas pluricelulares não são apenas aglomerados de células que desempenham as mesmas funções básicas e tem a mesma morfologia geral e origem embrionária, o que caracteriza um tecido. São na verdade órgãos definidos com arquitetura ordenada. Elas estão envolvidas por uma cápsula conjuntiva que emite septos, dividindo – as em lobos. Vasos sanguíneos e nervos penetram nas glândulas, fornecendo alimento e estímulo nervoso para as suas funções. 
	GLÂNDULA
	HORMÔNIO
	FUNÇÃO
	
Adeno – hipófise ou lobo anterior da hipófise
	Adrenocorticotrófico (ACTH)
	Estimula o córtex adrenal.
	
	
Tireotrófico (TSH) ou tireotrofina
	Estimula a tireóide a secretar seus principais hormônios. Sua produção é estimulada pelo hormônio liberador de tireotrofina (TRH), secretado pelo hipotálamo.
	
	
Somatotrófico (STH) ou Hormônio do Crescimento (GH)
	Atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina, predispondo ao diabetes). 
	
	Gonadotróficos
(sua produção é estimulada pelo hormônio liberador de gonadotrofinas – GnRH – secretado pelo hipotálamo)
	
Folículo Estimulante
(FSH)
	Na mulher, estimula o desenvolvimento e a maturação dos folículos ovarianos. No homem, estimula a espermatogênese.
	
	
	
Luteinizante
(LH)
	Na mulher estimula a ovulação e o desenvolvimento do corpo lúteo. No homem, estimula a produção de testosterona pelas células instersticiais dos testículos. 
	
	
Prolactina ou Hormônio lactogênico
	
Estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. Sua produção acentua-se no final da gestação, aumenta após o parto e persiste enquanto durar o estímulo da sucção.
	
Neuro – hipófise ou lobo posterior da hipófise
	
Antidiurético (ADH) ou Vasopressina
	Regula o volume de urina, aumentando a permeabilidade dos túbulos renais à água e, consequentemente, sua reabsorção. Sua produção é estimulada pelo aumento da pressão osmótica do sangue e por hemorragias intensas. O etanol inibe sua secreção, tendo ação diurética.
	
	
Ocitocina
	Na mulher, estimula a contração da musculatura uterina durante o parto e a ejeção do leite.
No homem, provoca relaxamento dos vasos e dos corpos eréteis do pênis, aumentando a irrigação sanguínea.
	
Lobo intermediário da hipófise
	
Hormônio melanotrófico ou melanocortinas (MSH) ou intermedinas
	Estimulam a pigmentação da pele (aceleram a síntese natural de melanina) e a síntese de hormônios esteróides pelas glândulas adrenal e gonadal. Ainda interferem na regulação da temperatura corporal, no crescimento fetal, secreção de prolactina, proteção do miocárdio em caso de isquemia, redução dos estoques de gordura corporal, etc.
	
Tireóide
	Tiroxina (T4) e 
Triiodotironina (T3)
	Regula o desenvolvimento e o metabolismo geral.
	
	
Calcitonina
	Regula a taxa de cálcio no sangue, inibindo sua remoção dos ossos, o que diminui a taxa plasmática de cálcio.
	
Paratireóides
	
Paratormônio
	Regula a taxa de cálcio, estimulando a remoção de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o plasma sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a concentração de cálcio no plasma.
	
Pâncreas
	
Insulina (Ilhotas de Langerhans – células beta)
	Aumenta a captação de glicose pelas células e, ao mesmo tempo, inibe a utilização de ácidos graxos e estimula sua deposição no tecido adiposo. No fígado, estimula a captação da glicose plasmática e sua conversão em glicogênio. Portanto, provoca a diminuição da concentração de glicose no sangue.
	
	
Glucagon (Ilhotas de Langerhans – células alfa)
	Ativa a enzima fosforilase, que fraciona as moléculas de glicogênio do fígado em moléculas de glicose, que passam para o sangue, elevando a glicemia (taxa de glicose sanguínea).
	
Adrenais ou Supra – renais
	
Medula
	
Adrenalina
	Promove taquicardia (batimentocardíaco acelerado), aumento da pressão arterial e das frequências cardíaca e respiratória, aumento da secreção do suor, da glicose sanguínea, da atividade mental e constrição dos vasos sanguíneos da pele.
	
	
Córtex
Córtex
	
Mineralocorticoides (aldosterona)
	Aumentam a reabsorção, nos túbulos renais, de água e de íons sódio e cloreto, aumentando a pressão arterial.
	
	
	Andrógenos
	Desenvolvimento e manutenção dos caracteres sexuais secundários masculinos.
	
Adrenais ou Supra – renais
	
Córtex
	
Glicocorticoides (principal: Cortisol)
	Estimulam a conversão de proteínas e de gorduras em glicose, ao mesmo tempo que diminuem a captação de glicose pelas células, aumentando, assim, a utilização de gorduras. Essas ações elevam a concentração de glicose no sangue, a taxa metabólica e a geração de calor. Os glicocorticoides também diminuem a migração de glóbulos brancos para os locais inflamados, determinando menor liberação de substâncias capazes de dilatar as arteríolas da região; consequentemente, há diminuição da reação inflamatória.
	
Testículos
	
Testosterona (andrógeno)
	Promove o desenvolvimento e o crescimento dos testículos, além do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários masculinos, aumento da libido (desejo sexual), aumento da massa muscular e da agressividade.
	
Ovários
	
Estrógenos
	Promove o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos e da parede uterina (endométrio); estimula o crescimento e a calcificação óssea, inibindo a remoção desse íon do osso e protegendo contra a osteoporose; protege contra a aterosclerose (deposição de placas de gorduras nas artérias).
	
	
Progesterona
	Modificações orgânicas da gravidez, como preparação do útero para aceitação do óvulo fertilizado e das mamas para a lactação. Inibe as contrações uterinas, impedindo a expulsão do feto em desenvolvimento.
Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais. Frequentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino, juntamente com o sistema  nervoso,  atuam na coordenação e regulação das funções corporais. 
06 – SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
A genitália masculina é constituída externamente pelo pênis (que contém a uretra), a bolsa escrotal, os cordões espermáticos e os canais deferentes; e internamente pela próstata e vesículas seminais. O pênis é formado por três colunas de tecido erétil, vascular, reunidas por tecido fibroso, capazes de sofrer considerável aumento ao se encher de sangue durante a ereção. Em sua extremidade, há um alargamento cônico que constitui a glande, dotada de numerosas e diminutas glândulas responsáveis pela produção de esmegma (substância que serve para lubrificar a uretra distal). O prepúcio é formado pela pele que, recobrindo o pênis, dobra-se sobre si mesma. 
O escroto (bolsa escrotal) é uma bolsa frouxa e enrugada, dividida em dois compartimentos que contêm os testículos, os epidídimos e a parte mais proximal dos cordões espermáticos. Sua função não é apenas a simples sustentação dos testículos, pois exerce importante papel na regulação da temperatura local em relação ao ambiente. Sendo formada de tecido elástico e musculatura lisa, contrai-se quando exposta ao frio (para aproximar os testículos do corpo) e relaxa-se no calor. Assim, mantém uma temperatura constante no seu interior, fator fundamental para que os testículos secretem os espermatozoides. 
Os testículos são responsáveis por secretar substâncias que atuam no impulso sexual e nas características masculinas, além de produzir espermatozoides, as células responsáveis pela reprodução. Sua atividade inicia-se por volta dos dez ou onze anos, época em que o corpo começa a apresentar modificações - a produção de espermatozoides, porém, só ocorre após a puberdade. 
As vias espermáticas, que conduzem os espermatozoides, são compostas pelo epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra. O epidídimo tem sua gênese nos próprios testículos e terminam na uretra. Nele, ocorre a maturação final dos espermatozoides e em sua parte terminal os espermatozoides são armazenados até o momento da ejaculação. O ducto deferente é a continuação do epidídimo, que conecta – se com o ducto ejaculador. O ducto ejaculador surge da confluência entre os canais deferentes e os canais excretores das vesículas seminais, glândulas secretoras de um líquido especial, rico em frutose, capaz de ativar os movimentos dos espermatozoides e protegê – los contra a acidez do meio vaginal.
Outra glândula acessória da reprodução é a próstata, situada sob a bexiga, diante do reto (o que permite sua palpação pelo toque retal), atrás da sínfise pubiana e abaixo das vesículas seminais. Localizada em torno da uretra, libera a urina ou o esperma de acordo com o estímulo - sendo muitas vezes a responsável pela dificuldade em urinar, nos idosos. Fabrica um líquido de aspecto leitoso que dá ao esperma a cor e odor característicos
07 – SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora.
A vulva também é denominada de genitália externa, é o conjunto de formações externas que protegem o orifício externo da vagina e o meato uretral ou urinário. Pode também observar a presença de duas formações cutâneas (formadas por tecido adiposo), recobertas por pelos pubianos, denominadas grandes lábios. Envolvidas por eles, há duas pregas cutâneas de coloração rosa, os pequenos lábios. Ao afasta-los, é perceptível que em seu ponto de encontro superior existe um tubérculo arredondado erétil, o clitóris - fonte de grande prazer feminino -, abaixo do qual nota-se um pequeno orifício para a saída da urina, o meato uretral. 
Na extremidade inversa ao clitóris localiza-se o orifício vaginal, que permite a saída do sangue menstrual, a entrada do pênis quando da relação sexual e a expulsão da criança, no nascimento. Em suas laterais situam-se as glândulas de Bartholin, que fornecem a lubrificação necessária à cópula e cuja inflamação resulta na bartolinite. 
Na mulher, desde o nascimento, o ovário traz cerca de 400.000 folículos, dos quais mais ou menos 300 irão amadurecer desde a menarca (primeira menstruação, que ocorre em torno de 11 a 13 anos) à menopausa (última menstruação). A partir da menarca, a cada 28 dias, geralmente, um folículo (óvulo imaturo) migra para a superfície do ovário.
Os ovários (glândulas anexas, laterais ao útero), responsáveis pela fabricação dos óvulos, liberam, alternadamente, os folículos, produzindo estrogênio e progesterona. Estes hormônios, por sua vez, aceleram a maturação final do folículo, levando-o a romper-se e, assim, liberar o óvulo- processo chamado de ovulação e que dura aproximadamente 14 dias. Não sendo fecundado, o óvulo é reabsorvido pelo organismo e os ovários cessam sua produção até que um novo folículo seja liberado. Nesta circunstância, o endométrio, camada superficial extremamente vascularizada, descama e expele determinada quantidade de sangue pela vagina – a chamada menstruação. 
Ao ocorrer a fecundação - encontro do óvulo com o espermatozoide - o óvulo migra para o útero, onde escava a estrutura interna que o recobre (endométrio) e nela se fixa, fenômeno denominado nidação.
REFERÊNCIAS
Brasil. Profissionalização de auxiliares de enfermagem - PROFAE: cadernos do aluno: instrumentalizando a ação profissional 1 / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde, Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem. - 2. ed. rev., 1.a reimpr. - Brasília: Ministérioda Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.
Dangelo & Fattini. Anatomia Humana Básica. 2ª edição. Ed. Atheneu.
Guyton, Artur C. Tratado de fisiologia médica. 9a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.
Kawamoto, EE. Anatomia e fisiologia humana, São Paulo, EPU, 1988.
Profª: Enfª. Karla Patrícia Santiago

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