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Qualidade dos Processos de Impressão Profº José Gonçalves Alunos: Alexandre Camargo e Gabriela Nunes 1 - Qualidade • Introdução e primeiros conceitos • Contexto histórico social • Mudanças nas organizações • Qualidade total Qualidade pode ser definida como o conjunto de atributos que tornam um bem ou serviço plenamente ade- quado ao uso para o qual foi conce- bido, atendendo a diversos critérios, tais como: operabilidade, segu- rança, tolerância a falhas, conforto, durabilidade, facilidade de ma- nutenção e outros. Essa noção de qualidade como ad- equação ao uso, apesar de clara e concisa, não explicita algumas particularidades das atividades de produção, comercialização e aten- dimento pós-venda de um produto (ou, guardadas as proporções, de um serviço). De fato, são também associadas à qualidade outras car- acterísticas típicas da relação entre o fornecedor e o usuário, tais como a capacidade do fornecedor em se antecipar às necessidades do cli- ente, o seu tempo de resposta e o suporte oferecido. A qualidade de um produto é decor- rente da qualidade do processo de produção. Para se obter um produto com qualidade, é necessário acom- panhar o seu ciclo de vida, desde o projeto até o uso. Devem ser iden- tificados aqueles atributos que irão determinar a qualidade do produto, de modo a projetá-lo para atender a tais atributos, produzi-lo dentro das especificações e acompanhar o seu uso, verificando se foi adequa- damente projetado e corretamente produzido. A qualidade, então, é re- sultado de um esforço no sentido de desenvolver o produto ou serviço de modo tal que este atenda a determi- nadas especificações. Não se con- segue atingir qualidade se esta não for especificada. A engenharia da qualidade é o conjunto das técnicas e procedimentos para estabelecer critérios e medidas da qualidade de um produto, identificar produtos que CONCEITUAÇÃOCONCEITUAÇÃO Até o século XVII, as atividades de produção de bens eram desempen- hadas por artesãos. Com inúmeras especializações e denominações, essa classe abarcava praticamente todas as profissões liberais então existentes: pintores, escultores, marceneiros, vidraceiros, sapateiros, arquitetos, armeiros e assim por di- ante. O mestre artesão, proprietário de uma oficina, recebia aprendizes, geralmente membros da família ou, então, jovens talentosos da região, para estudarem o ofício. Estes per- maneciam na oficina por um perío- do de até quinze anos, aprendendo a dominar as técnicas da profissão. Auxiliavam o mestre em seus tra- balhos, realizando tarefas que eram posteriormente inspecionadas com cuidado. Quando suficientemente qualificados, eram registrados e poderiam, só então, exercer o ofício de forma autônoma. Os artesãos uniam-se em corpo- rações de ofício, que tinham finali- dade similar à dos atuais sindicatos e conselhos profissionais: regulamentar a profissão, impedir o seu exercício ilícito e conter a concorrência desle- al. Para registrar-se, os candidatos ao ofício submetiam-se a um exame em que sua habilidade era cuidadosa- mente avaliada. Do ponto de vista da qualidade, os bons artesãos eram capazes de realizar obras refinadas e de grande complexidade e det- inham o domínio completo do ciclo de produção, já que negociavam com o cliente o serviço a ser realiza- do, executavam estudos e provas, selecionavam os materiais e as técni- cas mais adequadas, construíam o bem e o entregavam. Cada bem produzido era personalizado e incor- porava inúmeros detalhes solicitados pelo cliente: o número de variações é quase ilimitado. ORIGENSORIGENS não estejam conformes a tais critéri- os, evitando que cheguem ao mer- cado, e acompanhar o processo de produção, identificando e elim- inando as causas que levaram a não- conformidades. O enfoque tradicional da engenharia da qual- idade enfatiza o controle, seja at- ravés de inspeções de produto, seja através do controle do processo. Já uma visão mais moderna preocu- pa-se com as ações preventivas que possam garantir que a qualidade será alcançada, usando o controle apenas como apoio, quando for indispensável, em um contexto de gestão total da qualidade, estendi- da a todas as atividades da empre- sa. A partir das invenções da imprensa de tipos (séc. XV) e do tear hidráu- lico (séc. XVIII), ficara demonstrada a possibilidade de mecanizar o tra- balho e produzir um bem em série. Mas foi em 1776, com o desenvolvi- mento da máquina a vapor por James Watt, que o homem passou a dispor de um recurso prático para substituir o trabalho humano ou a tração animal por outro tipo de en- ergia. Uma das atividades rapida- mente mecanizada foi a produção de têxteis. A partir de então, a ve- locidade da máquina passava a im- por o ritmo da produção e os locais de trabalho passavam a ser construí- dos em função das necessidades impostas pelos equipamentos: era o nascimento das fábricas. O homem, antes um artesão, passa a ser um operário coadjuvante da máquina. A produção torna-se pa- dronizada e o número de opções colocadas à disposição do cliente é limitado. O trabalho é rotineiro e pa- dronizado e o trabalhador perde o contato com o cliente e com a visão global dos objetivos da empresa. É a divisão do trabalho entre aqueles que pensam (gerentes, administra- dores, engenheiros) e aqueles que executam (operários). Nesse contexto a quantidade de fal- has, de desperdício e de acidentes do trabalho era elevada, em função das limitações das máquinas, do despreparo dos operários e do pre- cário desenvolvimento das técnicas administrativas. Começavam, então, a ser implantadas a inspeção final de produto e a supervisão do tra- balho. A necessidade de estruturar as indústrias e de dar-lhes uma orga- nização adequada, melhorando a sua eficiência e produtividade, levou a diversos estudos sobre o seu funcio- namento, o seu papel na economia SOCIEDADESOCIEDADE e a sua administração. Os principais economistas políticos dos séculos XVIII e XIX ocuparam-se, eventual- mente, desses temas. Também sur- giram, nesse período, as primeiras iniciativas para se criar sistemas de medidas e normas industriais1. Mas foi no início do século XX, com os trabalhos de Fayol e de Taylor, que a moderna administração de empre- sas consolidou-se. Os seus trabalhos têm, até hoje, uma profunda influên- cia na forma como as organizações operam e se estruturam e na visão predominante sobre a qualidade. As teorias da administração científica e da administração clássica, apesar de terem colocado em evidência diversos aspectos importantes da atividade gerencial, trouxeram al- guns problemas crônicos para as empresas que as aplicaram. O foco na estrutura organizacional levava a uma administração deficiente dos aspectos humanos, o estímulo à di- visão do trabalho e à especialização prejudicava a colaboração entre as pessoas, a ênfase na busca de eficá- cia através da coordenação de atividades em vários níveis hierárqui- cos sucessivos originava estruturas organizacionais complexas e caras, bem como forçava um relaciona- mento autocrático entre gerentes e subalternos. Agregue-se que a abor- dagem normativa e prescritiva des- sas escolas, de aplicação genérica, excluía uma compreensão das pe- culiaridades culturais de cada em- presa. Esses problemas refletiam-se claramente na produção industrial. As administrações das empresas con- viviam com problemas constantes de baixa produtividade, absenteís- mo, rotatividade de mão-de-obra, furtos e sabotagens. As margens de lucro, porém, eram extremamente elevadas, principalmente em função O padrão de qualidade do artesão era, em geral, muito elevado e resul- tava na plena satisfação do cliente. A sua produtividade era, porém, lim- itada e a competição era mantida sob controle pelas corporações de ofício. O grande senão do trabalho artesanal era o preço de cada peça ou de um serviço, o que limitava o seu acesso a uns poucos consum- idores privilegiados. Essa situaçãopouco mudaria até meados do sé- culo XVII, quando o crescimento do comércio europeu alavancou o au- mento da produção e o surgimento das primeiras manufaturas, nas quais um proprietário, em geral um comer- ciante, dava emprego a um certo número de artesãos que trabalha- vam por um salário e a produção era organizada sob o princípio da divisão do trabalho. A produção em massa seria viabilizada justamente pelos preços reduzidos por unidade produzida, com a conseqüente am- pliação do mercado, permitindo o acesso de pessoas de classes mais baixas a inúmeros produtos antes escassos. As mudanças no modo de produção iriam, também, modificar a percepção e o tratamento da qualidade. da baixa remuneração da mão-de- obra e do baixo custo dos insumos. O ambiente dentro das empresas era, geralmente, de conflito e de temor. Os procedimentos de inspeção e de supervisão eram fonte de disputas e de desentendimentos. Nas empresas, a divisão funcional levou à criação dos Departamentos de Controle da Qualidade e ao aperfeiçoamento das técnicas de inspeção. No Brasil, as filiais de multinacionais aqui in- staladas começaram a adotar essa estrutura da “função qualidade” por volta de 1930. Na década de 30, a inspeção por amostragem começa a ser adotada nos EUA2, sendo aper- feiçoada principalmente graças aos trabalhos de Harold F. Dodge (1893- 1974), dos Laboratórios Bell, que também desenvolveria as primeiras tabelas para planejar o processo de inspeção, os chamados planos de inspeção. Ao final dos anos 20, um trabalho de grande importância iria influir profundamente no estudo da ad- ministração: as experiências desen- volvidas por Elton Mayo e seus co- laboradores com relações humanas no trabalho a partir de 1927, conhe- cidas como “experimento de Haw- thorne”. Mayo e sua equipe desen- volveram por cinco anos diversos estudos para identificar fatores que influenciavam na produtividade de grupos de trabalhadores em uma indústria de equipamentos elétri- cos, a fábrica da Western Electric em Hawthorne, e concluíram que os fatores psicológicos são mais impor- tantes para a produtividade que os fatores fisiológicos. Entre os fatores fisiológicos incluem-se alimentação, descanso, moradia, atividade física e lúdica, satisfação sexual, conforto e segurança física. São, em geral, fatores cujo atendimento está diretamente relacionado com o nível de remuneração do trabalhador. As necessidades psicológicas dizem respeito ao desejo de segurança social e pessoal do trabalhador, de afeição, de participação e de au- to-estima. Estão relacionados com o ambiente de trabalho amistoso, com relações de confiança, com o desenvolvimento social com os cole- gas, o espírito de equipe e a existên- cia de liderança e de objetivos co- muns no grupo. O estudo dos fatores humanos na administração desdo- brou-se na análise dos papéis da liderança, no estudo da formação e das atividades das equipes, dos papéis da compensação e da frus- tração no desempenho profissional e em diversos outros aspectos que iriam consolidar a moderna visão da gestão da qualidade total. QUALIDADE TOTALQUALIDADE TOTAL 2 - Conceitos • Processo e produto • Clientes, colaboradores e parceiros • Valor agregado/valor tangível e intangível/melhora e diferencial • Indicadores de qualidade Para Johansson et al. (1995), proces- so é o conjunto de atividades ligadas que tomam um insumo (input) e o transformam para criar um resultado (output). Teoricamente, a transfor- mação que nele ocorre deve adi- cionar valor e criar um resultado que seja mais útil e eficaz ao recebedor acima ou abaixo da cadeia pro- dutiva. Já Rummler e Brache (1994) afirmam ser uma série de etapas criadas para produzir um produto ou serviço, incluindo várias funções e abrangendo o espaço em branco entre os quadros do organograma, sendo visto como uma cadeia de agregação de valores. Partindo do que dizem Philip Kotler & Gary Armstrong,[2] o nível de qual- idade que se deseja alcançar num determinado produto necessita estar em consonância com o mercado-al- vo que se quer atingir. Para os referidos autores, qualidade do produto significa que o mesmo seja capaz de mostrar um alto de- sempenho, através de alguns critéri- os, tais como: durabilidade, confi- abilidade, precisão, facilidade de operação e reparos, dentre outros. Afirmam que a qualidade precisa ser medida do ponto de vista do con- sumidor, enfatizando que melhoria da qualidade está além de uma simples redução de defeitos: signifi- ca, pois, satisfazer os desejos e ne- cessidades dos clientes melhor que os concorrentes. Expõem ainda que é de fundamental importância que o nível de qualidade seja percebido pelos consumidores, seja através de sua aparência ou de outros elemen- tos do mix de marketing. Falconi sin- tetiza o conceito de qualidade nos seguintes termos: “um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma PROCESSO & PRODUTOPROCESSO & PRODUTO confiável, de forma acessível, de for- ma segura e no tempo certo às ne- cessidades do cliente”. Isso significa para o mesmo: um projeto perfeito; sem defeitos; baixo custo; segurança do cliente, entrega no prazo certo, no local certo e na quantidade cer- ta. Levando-se em consideração o conceito de produto total, visto anteriormente, é imprescindível que a qualidade seja apreendida tanto de um ponto de vista interno como externo. Dessa forma, faz-se a seguir uma rápida explanação sobre a qualidade interna e externa. - Na obtenção da qualidade interna faz-se necessário cumprir algumas etapas, quais sejam: determinar, com a maior precisão possível, quais são as necessidades, desejos e expectativas dos consumidores; converter essas características em especificações do desenho; adequar os processos de produção para cumprir com precisão essas especificações e finalmente estabelecer normas ou parâmetros de qualidade que permitam controlar a produção no sentido de que a mesma se ajuste a essas especificações e evitem que se comercializem produtos que não cumpram com essas nor- mas. - Pode ser definida como a forma pela qual se realiza a prestação do serviço. Significa identificar as características que possui o produto quando da entrega ao cliente. QUALIDADE EXTERNA QUALIDADE INTERNA Essas características podem ser melhor visualizadas quando le- va-se em consideração as dez dimensões da qualidade externa. São elas: aspectos físicos (aparência de instalações, pessoal, equi- pes, disposição dos materiais); confiabilidade (habilidade para realizar o serviço prometido de forma confiável e de acordo com as normas técnicas do setor); capacidade de resposta (disposição para ajudar o cliente e oferecer um serviço rápido e a tempo); profissionalidade (posição demonstrada dos conhecimentos e ha- bilidades que permitem realizar o serviço com eficácia); cortesia (respeito, consideração e sentido de simpatia e amizade que se demonstra aos clientes); credibilidade (confiança, fé,honestidade que a empresa projeta no seu pessoal e nos serviços que presta); seguridade (ausência de danos, riscos, incertezas); acessibilidade (disponibilidade e facilidade de contato com a empresa e seus diretores); comunicações (capacidade para manter os clientes informados em uma linguagem que podem entender e tenham disposição para lhes escutar); compreensão do usuário (esforços que se realizam para conhecer, com a maior amplitude possível, as necessidades, desejos e expectativas dos usuários. VALOR AGREGADOVALOR AGREGADO Valor agregado é o reconhecimen- to do benefício alcançado pelo cliente versus o recurso empregado para realizar uma atividade ou ain- da o incremento de facilidade para atender uma necessidade ou resolv- er um problema. Figueiredo (1990) baseando-se em vários autores coloca que “...a situ- ação de atribuir valor a produtos e serviços de informação é uma situ- ação orientada pela necessidade.” E acrescenta dizendo que “O valor dainformação tem significado so- mente no contexto da sua utilidade para os usuários” Observa-se no trabalho de Cianconi (1991) sobre administração dos re- cursos de informação, que agregar valor a serviços/produtos de infor- mação consiste em integrar recur- sos tecnológicos e humanos afim de melhorar o ciclo da informação: geração, coleta, organização, armazenamento, disseminação e uso; trazendo agilidade e eficácia ao mesmo. Wormark e Jones (1998), colocam que agregar valor a serviços/produ- tos, significa mapear e analisar seus processos, afim de identificar os que realmente são necessários à organi- zação e aos clientes. Àqueles que não criam valor devem ser reavali- ados ou eliminados. Consequente- mente o ciclo da informação deve estar apoiada em um conjunto de atividades agregadoras de valor. Portanto as organizações que tem por objetivo “trabalhar a in- formação” para o usuário (cliente externo) são uma combinação de recursos e atividades executadas por bibliotecários e/ou profissionais da informação (clientes internos). Estes participantes da cadeia de valor informacional percebem de forma diferenciada o valor agregado. Hoje, o valor de um produto tem mui- to mais a ver com o conceito formu- lado direcionado ao público alvo da produção, com os atributos tangíveis e intangíveis TANGÍVEL X INTANGÍVELTANGÍVEL X INTANGÍVEL A definição clássica diz que um produto, além de ser um bem, um serviço ou uma idéia que satisfaz ne- cessidades de consumidores, possui atributos tangíveis e intangíveis. Os atributos intangíveis são benefícios emocionais e a satisfação abstrata. Aspectos como marca e atendi- mento, por exemplo, que podem, inclusive, aumentar o valor do pro- duto físico. Pense, por exemplo, na norte-americana Starbucks. Ela cresceu porque agregou um novo significado ao hábito de tomar café e transformou-o em uma experiên- cia. Para muitas crianças, comer um sanduíche no McDonald’s é muito mais gostoso do que em qualquer outra lanchonete. E isso não se deve apenas aos ingredientes e modo de preparo dos lanches. É o valor do intangível, presente no McDonald’s, na Starbucks e em diversos outros produtos e marcas. Num primeiro momento, isso soa como algo óbvio. A grande maioria de nós já ouviu falar sobre o valor do intangível e como ele ajuda na construção de marcas. No entanto, é mais comum nos concentrarmos nos aspectos tangíveis do que nos intangíveis — e isso vale para con- sumidores e gestores. Em parte, isso ocorre pela materialidade dos atrib- utos tangíveis. Eles podem ser vistos, sentidos, apalpados. Contudo, há outro aspecto, não tão perceptível assim, relativo aos serviços. Na teo- ria é possível distinguir produto de serviço. Na prática, porém, essa dis- tinção muitas vezes não existe ou é extremamente sutil para ser percebi- da. “Não há essa coisa de setores de serviços. Apenas em certos setores os componentes de serviço são mais importantes ou menos importantes do que nos demais. Todos atuam em serviços”, afirma Theodore Levitt. Uma das principais características dos serviços é justa- mente sua intangibilidade, que faz com que os consumidores procurem por sinais ou evidências da quali- dade do serviço. É justamente por causa dessa característica que as empresas de serviços buscam “deix- ar tangível o intangível”, ou seja, procuram materializar a qualidade em suas instalações, equipamen- tos, pessoas. Ora, se como afirma o professor Levitt, todas as empresas, em maior ou menor grau, atuam em serviços, é grande a fatia das que concentram suas atenções no tangível. E é aí que reside um enorme risco mercadológico: o de valorizar demais os atributos tangíveis em detrimento dos intangíveis. Compreender e explorar os vários benefícios emocionais e psicológicos do produto é uma competência que os gestores devem desenvolver. No entanto, se os mesmos concentram seus esforços apenas nos aspectos materiais, tornam suas marcas vul- neráveis à investidas de outros con- correntes que consigam administrar melhor os anseios emocionais dos consumidores e se relacionar com eles. Diferenciais competitivos são os atributos que tornam a empresa única e superior aos seus principais concor- rentes. Tratam-se das vantagens e benefícios exclusivos que a empresa proporciona à sua clientela, que a con- corrência ainda não conseguiu oferecer. Diferenciais competitivos somente têm valor, quando o mercado consumidor percebe estas vantagens. Por isso, além de possuir estes diferenciais, a empresa tam- bém precisa divulgá-los de forma adequada. Diferenci- ais desconhecidos, não aumentam as vendas. Os estudos de Estratégia existem questões que são centrais. Aquelas que são as mais importantes e as mais estudadas. Uma dessas questões é explicar “por que algumas empresas têm desempenho superior ao de- sempenho dos concorrentes?” DIFERENCIAL COMPETITIVODIFERENCIAL COMPETITIVO DIFERENCIAL COMPETITIVO é tudo aquilo que torna a sua empresa ÚNICA ”aos olhos do cliente”. É um recurso que uma empresa pos- sui ou controla e que é percebido pelo mercado como positivamente de- stacado. Mas isto só não basta. É preciso também... 1) Que este recurso seja raro. Ou seja. muito difícil (trabalhoso, demorado ou caro) para ser adquirido ou controlado pelo concorrente ou que 1.2) ...que este recurso seja idiossincrático. Ou seja, que este recurso se com- bine com outros recursos da empresa de forma única (isto é, de maneira diferente da possível combinação com recursos do concorrente) e que essa combinação permita à empresa conceber e implementar estratégias que produzam vantagem competitiva; Possuir ou controlar um recurso positivo só constitui um diferencial se o mer- cado perceber de forma inequívoca as vantagens e benefícios decor- rentes. Do contrário, possuí-lo ou controlá-lo não aumenta as suas vendas, não gera indicações importantes pra a empresa. Pode-se dizer, com outras palavras, que Diferencial Competitivo é algo que sua empresa tem, que as outras não tem, que vão demorar a ter (ou nunca terão) e que os clientes gostam. MELHORA CONTÍNUA...MELHORA CONTÍNUA... A revolução promovida pela Qual- idade e Produtividade mostrou aos gestores de todo o mundo as vanta- gens da combinação de inteligên- cias múltiplas – individuais e funcio- nais – na solução de problemas. O conceito de melhoria contínua está fundamentado na filosofia ja- ponesa Kaizen e pressupõe a existên- cia de desafios, a capacidade de identificar as causas dos problemas e implementar soluções. De acordo com a Gestão da Qual- idade Total, melhoria contínua é o conjunto de atividades planejadas e recorrentes, que visa aumentar a satisfação dos clientes, tanto internos quanto externos. A partir da aplicação cíclica do PDCA, a sigla em inglês dos termos Plan (Planejar); Do (Fazer); Check (Verificar); Act (Agir /Corrigir), é pos- sível obter melhorias de processos, produtos, serviços ou sistemas anali- sados. Algumas importantes vertentes tor- nam o processo de melhoria con- tínua efetivo. Dentre elas: análise de valor; eliminação de desperdícios; padronização; racionalização da força de trabalho. INDICADORES DE QUALIDADEINDICADORES DE QUALIDADE As características dos indicadores de qualidade são: 1 - Relevância: São simples, de fácil entendimento e podem ser com- paráveis. 2 - Solidez e confiabilidade analítica: Devem ter validade e serem bem fundamentados técnica e científica- mente. 3 - Mensurabilidade: Devem ser facil- mente medidos e ter a fonte com qualidade reconhecida. Devem ter as seguintes conveniên- cias: 1 - Corresponder bem ao crit´rio que desejam representar. 2 - Ser útil e baseado nos requisitos dos clientes. 3 - Usar linguagem ou simbologia clara, facilitando a comunicação e o entendimento. 4 - Permitir atualizações quando ncessário. 5 - Possuir repetibilidade e credibili- dade. 6 - Ser mensurável e compatível. 7 - Ter importância e interesse tanto para os consumidoresquanto para o negócio e a estratégia da empresa.
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