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INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 1 Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante! Na unidade didáctica I, familiarizámo-nos com os principais parâmetros eléctricos, nomeadamente tensão, corrente, potência. Falámos dos circuitos eléctricos e seus componentes básicos e demos mais ênfase aos receptores. Nesta unidade didáctica, vamos analisar circuitos eléctricos complexos de corrente contínua à base das leis de Ohm e de Kirchhoff, circuitos esses que, para além de fontes de tensão (reais ou ideais), terão também fontes de corrente ideais. Para análise dos circuitos, teremos que utilizar métodos de transformação de redes, teoremas de redes e modelos matemáticos. Vamos propor cinco (5) métodos úteis para análise de circuitos complexos, em que, para cada um deles, vamos apresentar o algoritmo de análise, a dedução do modelo matemático, dois (2) exemplos por nós resolvido e outros dois (2) para você resolver. Dos cinco (5) métodos, apenas três (3) serão discutidos e experimentados laboratorialmente e os restantes para seu estudo individual. Assim, ao terminar o estudo desta unidade didáctica, você deverá ser capaz de: Elemento de Competência da Unidade Didáctica Elementos de Competência da Unidade DidácticaElementos de Competência da Unidade DidácticaElementos de Competência da Unidade DidácticaElementos de Competência da Unidade Didáctica Analisar circuitos eléctricos lineares de corrente contínua, sob o ponto de vista teórico e prático INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 2 No final desta unidade didáctica, você deve ser capaz de: 1. Definir e diferenciar os conceitos de malha, ramo e nó; 2. Aplicar a lei de Ohm para análise de um ramo de um circuito eléctrico; 3. Aplicar a lei de Kirchhoff na análise de ramos e de malhas dos circuitos eléctricos; 4. Analisar circuitos usando o método das leis de Kirchhoff; 5. Analisar circuitos usando o método das malhas independentes; 6. Analisar circuitos usando o método de sobreposição; 7. Analisar circuitos usando o método de análise nodal; 8. Analisar circuitos usando o método de Thevenin. ObjectivosObjectivosObjectivosObjectivos INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 3 1.1.1.1. CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUACIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUACIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUACIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA 1.1. Circuitos de malhas simples e múltiplas; 1.2. Tensão num ramo de um circuito eléctrico; 1.3. Lei de Ohm para um ramo; 1.4. Leis de Kirchhoff; 1.5. Troca de energia nos circuitos eléctricos; 1.6. Particularidades dos circuitos. 1.6.1. Circuito série 1.6.2. Circuito paralelo 1.7. Regra de Cramer 2.2.2.2. ANÁLISEANÁLISEANÁLISEANÁLISE DE CIRCUITOS COMPLEXOS DE CORRENTE CONTÍNUA DE CIRCUITOS COMPLEXOS DE CORRENTE CONTÍNUA DE CIRCUITOS COMPLEXOS DE CORRENTE CONTÍNUA DE CIRCUITOS COMPLEXOS DE CORRENTE CONTÍNUA 2.1. Método das leis de Kirchhoff 2.2. Método de malhas independentes 2.3. Método de sobreposição 2.4. Método de análise nodal 2.5. Método de Thevenin 3.3.3.3. RESUMORESUMORESUMORESUMO 4.4.4.4. EXERCÍCIOS DE AUTO EXERCÍCIOS DE AUTO EXERCÍCIOS DE AUTO EXERCÍCIOS DE AUTO –––– AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO 5.5.5.5. BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA 6.6.6.6. GLOSSÁRIOGLOSSÁRIOGLOSSÁRIOGLOSSÁRIO 7.7.7.7. CHAVE DE CORRECÇÃO DOS EXERCÍCIOSCHAVE DE CORRECÇÃO DOS EXERCÍCIOSCHAVE DE CORRECÇÃO DOS EXERCÍCIOSCHAVE DE CORRECÇÃO DOS EXERCÍCIOS Esquema de apresentação dos conteúdos INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 4 1.1.1.1. CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUACIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUACIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUACIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA Para melhor estudarmos os circuito eléctricos de corrente contínua, vamos começar por fazer uma análise simples, que consistirá em definir e conceptualizar malhas, ramos e nós. Vamo-nos concentrar no estudo das tensões eléctricas num ramo qualquer de um circuito para melhor entendermos as leis fundamentais dos circuito eléctricos, nomeadamente a lei de Ohm para um ramo e as leis de Kirchhoff. Já sabemos que um dos componentes dos circuitos eléctricos é a fonte de alimentação que fornece energia eléctrica aos restantes componentes do circuito. Em particular os receptores, estes absorvem ou consomem quase toda a energia fornecida pelas fontes. Desta forma teremos que falar da troca de energia entre os componentes dos circuitos eléctricos. No estudo dos circuitos de corrente contínua, a matemática e álgebra linear são duas ciências largamente utilizadas pois permitem escrever modelos matemáticos e calcular determinados parâmetros dos circuitos eléctricos. Para isso, vamos usar o sistema de equações lineares (esperamos que você se lembre dos métodos de substituição, de adição ordenada e misto), vamos usar matrizes de dimensões até 5x5 e vamos calcular determinantes das matrizes. Para o caso dos matizes e determinantes, vamos dar mais destaque a regra de Cramer. 1.1.1.1.1.1.1.1. Circuitos de malhasCircuitos de malhasCircuitos de malhasCircuitos de malhas simples e múltiplas simples e múltiplas simples e múltiplas simples e múltiplas Na unidade didáctica 1 definimos os circuitos como sendo um conjunto dos componentes eléctricos interligados. Estes dividem-se em redes eléctricas constituídas por uma única via fechada denominada malha e por várias vias fechadas para a circulação da Observação reflectivaObservação reflectivaObservação reflectivaObservação reflectiva O que são malhas?O que são malhas?O que são malhas?O que são malhas? Contexto da experiência e da Contexto da experiência e da Contexto da experiência e da Contexto da experiência e da realidaderealidaderealidaderealidade Quando se fala de malha Quando se fala de malha Quando se fala de malha Quando se fala de malha pensamos logo em alguma pensamos logo em alguma pensamos logo em alguma pensamos logo em alguma grelha, uma rede qualquer, um grelha, uma rede qualquer, um grelha, uma rede qualquer, um grelha, uma rede qualquer, um polígono regular “hexágono”, polígono regular “hexágono”, polígono regular “hexágono”, polígono regular “hexágono”, uma grade ou um xadrez.uma grade ou um xadrez.uma grade ou um xadrez.uma grade ou um xadrez. Desenvolvimento dos conteúdosDesenvolvimento dos conteúdosDesenvolvimento dos conteúdosDesenvolvimento dos conteúdos INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 5 corrente eléctrica. Caro(a) estudante, observe a figura 2.0 a), que mostra um circuito de malha simples, constituída por uma força electromotriz E e uma resistor R , na qual todos os componentes conduzem a mesma corrente e a figura 2.0 b) mostra um circuito de malhas múltiplas, constituída por uma força electromotriz E e por várias resistores R . A figura 2.0 b) tem três malhas ou percursos fechados cujos contornos nós indicamos pelos números na sequência abaixo: 1ª malha: 1, 2, 5, 6 e 1; 2ª malha: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 1; 3ª malha: 2, 3, 4, 5 e 2; Até aqui estamos juntos? Se não, volte a figura 2.0 b) e para cada uma das malhas do circuito, deve comparar com a sequência que apresentamos. Se estamos juntos, então continuamos. Cada uma destas malhas é constituída por dois ou mais ramos. Por exemplo, o circuito da figura 2.0 b) tem três ramos que estão ligados aos pontos 2 e 5, que nós indicamos pelos números: 1º ramo: 5, 6, 1 e 2; 2º ramo: 2, 3, 4 e 5; 3º ramo: 2 e 5; ConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualização Malhas são percursos ou Malhas são percursos ou Malhas são percursos ou Malhas são percursos ou contornos fechados, que contornos fechados, que contornos fechados,que contornos fechados, que compõem uma recompõem uma recompõem uma recompõem uma rede eléctricade eléctricade eléctricade eléctrica. ConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualização Ramos (r) são trechos de Ramos (r) são trechos de Ramos (r) são trechos de Ramos (r) são trechos de um circuito, compreendido um circuito, compreendido um circuito, compreendido um circuito, compreendido entre dois nós entre dois nós entre dois nós entre dois nós consecutivos.consecutivos.consecutivos.consecutivos. Observação reflectivaObservação reflectivaObservação reflectivaObservação reflectiva O que são ramos?O que são ramos?O que são ramos?O que são ramos? INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 6 Em muitos circuitos pode acontecer que você encontre ramos que se cruzem, como os da figura 2.1 b) e não estejam ligados electricamente, como estão os da figura 2.1 a). Os ramos ligados electricamente são representados por um ponto mais negro na zona de cruzamento dos ramos. Dois ou mais ramos que se ligam electricamente num mesmo ponto formam um nó. Voltemos para o circuito da figura 2.0 b). Ele tem dois nós, indicados pelos números: 1º nó: 2; 2 nó: 5; Já sabemos o que é uma malha, um ramo e um nó. Vamos determinar alguns parâmetros eléctricos, como tensão num ramo. 1.2.1.2.1.2.1.2. Tensão num ramo dTensão num ramo dTensão num ramo dTensão num ramo doooo circuito eléctrico circuito eléctrico circuito eléctrico circuito eléctrico Caro(a) estudante, para podermos determinar a tensão num ramo de um circuito eléctrico, vamos analisar a figura2.2 a) que mostra um ramo de um circuito eléctrico qualquer, constituído por um resistor R , que é percorrido por uma corrente contínua I , do terminal “a” ao terminal “b”. Portanto, o potencial em “a” que designamos por aϕ é mais alto que o potencial em “b” que designamos por bϕ , e a diferença destes dois potenciais ba ϕϕ − igual ao produto da corrente I pelo resistor R , isto é: IRba =− ϕϕ ConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualização Nó (N) é um ponto de Nó (N) é um ponto de Nó (N) é um ponto de Nó (N) é um ponto de interligação numa rede ou interligação numa rede ou interligação numa rede ou interligação numa rede ou malha onde três ou mais malha onde três ou mais malha onde três ou mais malha onde três ou mais ramos se encontram ramos se encontram ramos se encontram ramos se encontram ligadosligadosligadosligados A corrente num ramo qualquer circula de um terminal de potencial mais alto para um outro de potencial mais baixo. INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 7 IRba +=ϕϕ (eq 2.0 a) Por definição, tensão ou diferença de potencial entre dois pontos é: baabU ϕϕ −= (eq 2.0 b) mas se voltarmos a equação (2.0 a) e passarmos bϕ ao membro esquerdo teremos: IRba =−ϕϕ A parte esquerda da equação que acabamos de escrever é igual à parte direita da equação (2.0 b), então: IRUab = (eq 2.0 c) Por outras palavras: a tensão U nos terminais de um resistor R é igual ao produto da corrente I que o atravessa pelo valor óhmico desse mesmo resistor. Estamos juntos? Se não, volte ao início do ponto 1.2 e torne a ler para melhor perceber. Se sim, perfeito pois este é um grande ponto de partida. Na teoria da electricidade, a diferença de potencial (ddp) entre os terminais de um resistor abU é muitas vezes chamada tensão aplicada ao resistor e em outros casos é equiparada a uma queda de tensão no mesmo resistor. Nós vamos utilizar esta última expressão no decurso do módulo. NotaNotaNotaNota: O sentido positivo da queda de tensão num ramo de um circuito eléctrico (sempre mostrado por uma seta) coincide com o sentido positivo da corrente que atravessa o elemento de resistências. ConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualização Tensão num ramo de uma Tensão num ramo de uma Tensão num ramo de uma Tensão num ramo de uma malha é a diferença de malha é a diferença de malha é a diferença de malha é a diferença de potencial que existe entre potencial que existe entre potencial que existe entre potencial que existe entre dois pontos distintos desse dois pontos distintos desse dois pontos distintos desse dois pontos distintos desse ramo.ramo.ramo.ramo. INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 8 Vamos agora considerar a tensão através de um ramo de um circuito contendo simultaneamente um resistor R e uma força electromotriz E , transportando uma corrente I , como mostram as figuras 2.2 b) e 2.2 c). Para tornar as coisas mais simples, comecemos por calcular a diferença de potencial (ddp) entre os terminais “a” e “c” do circuito da figura 2.2 b). Como definimos na equação (2.0 b), a tensão acU será: caacU ϕϕ −= Vamos agora exprimir o potencial de “a” aϕ em função do potencial de “c” cϕ . Caminhemos juntos do ponto “c” para “b”, na figura 2.2 b). Neste percurso encontramos a força electromotriz E . Olhando para a figura 2.2 b) podemos ver que o potencial em “b” é mais baixo (veja que “b” está ligado ao terminal negativo da força electromotriz E e “c” ao terminal positivo, isto é, o sentido de E vai de “b” para “c”), deste modo sofre um acréscimo igual a E , se passarmos de “b” para “c”, isto é: bcE ϕϕ −= logo, definindo o potencial em “b” temos: Ecb −=ϕϕ (eq 2.1 a) Olhemos para a figura 2.2 c). Ao caminharmos de “c” para “b”, vamos no sentido da força electromotriz, sendo o potencial em “b” mais alto que em “c” (não esqueça que o sentido de E está orientado de “c” para “b”), continuando a diferença a ser E : Ecb +=ϕϕ (eq 2.1 b) INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 9 A corrente eléctrica num ramo de um circuito vai sempre de um terminal com potencial mais alto para outro de potencial mais baixo, então nos dois casos da figura 2.2, (b e c ), o terminal “a” está a um potencial mais alto que o terminal “b”, sendo essa diferença dada pela queda de tensão no resistor R , da equação (2.0a) IRba +=ϕϕ Já determinamos o potencial em “b”, na equação (2.1 a), portanto, para o circuito da figura 2.2 b, substituindo a equação (2.1 a) na equação (2.0 a) tem-se: IREca +−=ϕϕ (eq 2.2 a) e passando cϕ para o membro esquerdo podemos determinar a queda de tensão entre “a” e “c”: EIRU caac −=−= ϕϕ (eq 2.2 b) e para a figura 2.2 c), teremos: IREca ++=ϕϕ (eq 2.2 c) e a queda de tensão será dada por: EIRU caac +=−= ϕϕ (eq 2.2 d) Como podemos ver accaU ϕϕ −= e caacU ϕϕ −= , portanto, tendo como referência a corrente e conta que ela vai do potencial mais alto para o mais baixo, então podemos concluir que acca UU −= . Por outras palavras, a inversão da ordem das letras, implica uma inversão de polaridade da tensão, logo a tensão tanto pode ser positiva como negativa. INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 10 O sentido positivo da tensão nos esquemas é indicado por uma seta que deve apontar do terminal designado pela primeira letra do alfabeto (terminal com potencial mais alto) para o terminal designado pela segunda (terminal com potencial mais baixo). Logo o sentido positivo para acU é representado por uma seta apontando do ponto “a” para “b”, veja figura 2.2 b ou c. Agora que já sabemos calcular tensão num ramo ou diferença de potencial entre dois pontos de um ramo qualquer, vamos falar das leis fundamentais dos circuitos eléctricos, nomeadamente a lei de ohm para um ramo e as leis de Kirchhoff para um nó e uma malha. INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 11 Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante! Depois da consideração que foi feita à volta da tensão num ramo de um circuito, verifique se percebeu a matéria, respondendo as questões que seguem. Seja dado o seguinte ramo de um circuitoeléctrico: a) Determine a expressão do potencial aϕ e da tensão entre os pontos “a” e “b” abU Experimentação activa (1)Experimentação activa (1)Experimentação activa (1)Experimentação activa (1) INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 12 1.3.1.3.1.3.1.3. Lei de Ohm para um ramoLei de Ohm para um ramoLei de Ohm para um ramoLei de Ohm para um ramo Cada um dos furos representa uma resistência eléctrica. Já vimos na unidade didáctica 1 que ela depende da estrutura física do material de que é construído. A quantidade de água que passa por cada furo equipara-se à corrente eléctrica que atravessa um resistor. Já vimos que os circuitos podem ter vários ramos, contendo ou não fontes de alimentação (fonte de tensão ou de corrente). O que vamos fazer agora é analisar um ramo sem e com força electromotriz para determinarmos matematicamente a lei de Ohm. A lei de Ohm para um ramo sem força electromotriz, como o da figura 2.2 a) relaciona a corrente com a tensão nos terminais: IRUab = Expressando a corrente em função da tensão e da resistência, tem-se: RR U I baab ϕϕ − == (eq 2.3 a) A lei de Ohm para ramo com força electromotriz , como o da figura 2.2 b) e c), dá a corrente que flui no ramo, de acordo com a diferença de potencial nos terminais ( )ba ϕϕ − e com a força electromotriz que ele contém. Assim, resolvendo a ConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualização A resistência eléctrica de um A resistência eléctrica de um A resistência eléctrica de um A resistência eléctrica de um resisresisresisresistor é directamente tor é directamente tor é directamente tor é directamente proporcional à tensão aplicada proporcional à tensão aplicada proporcional à tensão aplicada proporcional à tensão aplicada ao seus terminais e ao seus terminais e ao seus terminais e ao seus terminais e inversamente proporcional à inversamente proporcional à inversamente proporcional à inversamente proporcional à corrente que o percorrecorrente que o percorrecorrente que o percorrecorrente que o percorre Contexto da experiência e da Contexto da experiência e da Contexto da experiência e da Contexto da experiência e da realidaderealidaderealidaderealidade Se tivermos um tambor de 25 Se tivermos um tambor de 25 Se tivermos um tambor de 25 Se tivermos um tambor de 25 litros, cheio delitros, cheio delitros, cheio delitros, cheio de água e fizermos água e fizermos água e fizermos água e fizermos dois furos de diâmetros dois furos de diâmetros dois furos de diâmetros dois furos de diâmetros diferentes, veremos que o furo diferentes, veremos que o furo diferentes, veremos que o furo diferentes, veremos que o furo de maior diâmetro derrama mais de maior diâmetro derrama mais de maior diâmetro derrama mais de maior diâmetro derrama mais água que o de menor diâmetro.água que o de menor diâmetro.água que o de menor diâmetro.água que o de menor diâmetro. Observação reflectivaObservação reflectivaObservação reflectivaObservação reflectiva O quê representa cada furo? O quê representa cada furo? O quê representa cada furo? O quê representa cada furo? Que relação Que relação Que relação Que relação existe com a corrente existe com a corrente existe com a corrente existe com a corrente eléctrica? eléctrica? eléctrica? eléctrica? INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 13 equação (2.2 b) de modo a expressar a corrente em função da tensão e da resistência, teremos: R EU R E I acca + = +− = ϕϕ (eq 2.3 b) De modo semelhante, para a equação (2.2 d) temos para a figura 2.2 c): R EU R E I acca − = −− = ϕϕ (eq 2.3 c) No caso geral, por fusão das equações (2.3 b) e (2.3 d): ( ) R EU R E I acca ± = ±− = ϕϕ (eq 2.4) A equação (2.4) é a expressão matemática da lei de Ohm para um ramo que contenha força electromotriz. O sinal “+” antes de E aplica-se no caso da figura 2.2 b) porque o sentido da corrente I coincide com E e o sinal “-” no caso da figura 2.2 c). No caso especial, quando 0=E , a equação (2.4) reduz-se a equação (2.3). Vamos resolver um exemplo com aplicação da lei de Ohm Exemplo 1:Exemplo 1:Exemplo 1:Exemplo 1: Há um voltímetro ligado aos terminais “a” e “c” do circuito da figura 2.4. A resistência interna do voltímetro é tão grande (teoricamente e infinitamente grande) que não produz qualquer efeito sobre o circuito. Quando uma corrente de 10A fluí de “a” par “c”, no voltímetro lê-se Uac=-18V. Quando a mesma corrente de 10A fluí de “c” para “a”, no voltímetro lê-se Uac=-20V. Determinar a resistência R e a força electromotriz E . Para resolver o problema vamos rescrever o circuito nas duas situações ou casos colocados. O primeiro caso é aquele que se dá quando a corrente de 10 amperes INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 14 fluí de “a” para “c”, e no voltímetro lê-se Uac=-18V e o segundo caso é aquele que se dá quando a mesma corrente fluí de “c” para “a”, no voltímetro lê-se Uac=-20V: Calculemos a diferença de potencial entre os terminais “b” e “c”: EE cbcb −=⇒−=− ϕϕϕϕ ; (1) Vamos calcular a diferença de potencial entre “a” e “b”: baba IRIR ϕϕϕϕ +=⇒=− ; (2) Calculemos a diferença de potencial entre os terminais “b” e “c”: EE cbcb −=⇒−=− ϕϕϕϕ ; (1) Vamos calcular a diferença de potencial entre “a” e “b”: baba IRIR ϕϕϕϕ +−=⇒−=− ; (2) Substituindo o potencial de “b” da equação (2) pelo calculado na equação (1), temos: EIREIR caca −=−⇒−+= ϕϕϕϕ ; (3) Por definição sabe-se que: acca U=− ϕϕ Logo: EIRU ac −=′ (4) Substituindo o potencial de “b” da equação (2) pelo calculado na equação (1), temos: EIREIR caca −−=−⇒−+−= ϕϕϕϕ ; (3) Por definição sabe-se que: acca U=−ϕϕ Logo: EIRU ac −−=′′ (4) INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 15 Vamos agora substituir os valores das leituras do voltímetro e da corrente nas equações (4) do exemplo, obtemos: 1º caso 2º caso 1810 1018´ −=− −=−=−= ER EREIRUac 2010 1020´´ −=−− −−=−−=−= ER EREIRUac Analisando as duas equações resultantes, é fácil constatar que em ambos os casos existem duas incógnitas, nomeadamente R e E . Isto leva-nos a um sistema de duas equações de duas incógnitas: Resolvendo o sistema de equações pelo método de adição ordenada, teremos: Substituindo o valor de E em uma das duas equações do sistema, tomos: Ω= Ω= = −=− −=− 1.0 10 1 110 181910 1810 R R R R ER Os resultados são: E =19V e R=0,1Ω. INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 16 Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante! Depois da consideração que foi feita à volta da lei de Ohm para um ramo de um circuito, verifique se percebeu a matéria, respondendo a questão que se segue. Seja dado o seguinte ramo de um circuito eléctrico da figura 2.5: a) Determine a corrente eléctrica I . Experimentação activa (2)Experimentação activa (2)Experimentação activa (2)Experimentação activa (2) INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 17 1.4.1.4.1.4.1.4. Leis de Leis de Leis de Leis de KirchhoffKirchhoffKirchhoffKirchhoff As leis de Kirchhoff permitem analisar e determinar os valores e sentidos das correntes e das tensões para qualquer dispositivo dos circuitos eléctricos de qualquer grau de complexidade. Elas são o alicerce de toda a analise das redes eléctricas. Kirchhoff formulou duas leis, que passamos a enunciar: A primeira leiA primeira leiA primeira leiA primeira lei (também conhecida por “lei das correntes” ou “lei dos nós” ) de Kirchhoff pode ser enunciada de duas maneiras, nomeadamente: 1 – A soma algébrica das correntes que fluempara a derivação ou nó de um circuito é igual a zero. 0 1 =∑ = n i iI (eq 2.5 a) 2 – A corrente total que entra em qualquer derivação (ou nó) de um circuito é igual à corrente total que sai ou deixa essa derivação (ou nó). ∑ ∑ = = = n i k j ji II 1 1 (eq 2.5 b) Olhemos para a figura 2.6 a) Contexto da realidade e da Contexto da realidade e da Contexto da realidade e da Contexto da realidade e da experiênciaexperiênciaexperiênciaexperiência Todo e qualquer circuito Todo e qualquer circuito Todo e qualquer circuito Todo e qualquer circuito eléctrico obedecem às eléctrico obedecem às eléctrico obedecem às eléctrico obedecem às duas leis de duas leis de duas leis de duas leis de KirchhoffKirchhoffKirchhoffKirchhoff.... INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 18 Se partirmos do acordo de que as correntes que entram num nó são positivas e todas as que saem ou deixam são negativas, resulta do primeiro enunciado da lei de Kirchhoff (equação 2.6 a) que: 04321 =−−− IIII e do segundo enunciado da 1ª lei de Kirchhoff (equação 2.6 b): 4321 IIII ++= Naturalmente a lei das correntes de Kirchhoff implica que não pode haver acumulação de cargas eléctricas em qualquer derivação (nó) de um circuito. A segunda leiA segunda leiA segunda leiA segunda lei (“lei das tensões” ou “lei das malhas”) pode do mesmo modo ser enunciada de duas maneiras: 1 – O total das quedas de tensão à volta de um circuito fechado (malha) é igual à soma das forças electromotrizes no mesmo sentido à volta desse circuito fechado (malha): ∑ ∑= EIR (eq 2.6 a) As quedas de tensão e as forças electromotrizes entram na respectiva soma com sinal positivo (+) se os sentidos coincidem com o atribuído à circulação em volta do circuito e com o sinal negativo (–) se não coincidem. 2 – A soma algébrica das tensões à volta de qualquer circuito fechado é igual a zero: ∑ = 0hU (eq 2.6 b) INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 19 Voltemos ao circuito da figura 2.6 b). Para a malha (a e c d a), recorrendo a equação (2.6 b) temos: 0=+++ dacdecae UUUU Exemplo:Exemplo:Exemplo:Exemplo: Vamos escrever as equações à base das 2ª lei de Kirchhoff para o circuito da figura 2.7 a) Primeiro, temos que escolher e indicar arbitrariamente o sentido de circulação na malha. O sentido de circulação está na figura representada pela letra maiúscula “A” (você pode usar outras letras). Isto significa que todas as grandezas ( I , U e E ) cujos sentidos coincidem com o da circulação na malha “A”, terão sinal positivo e as que não coincidem, terão sinal negativo. Agora vamos escrever o primeiro enunciado da 2ª lei de Kirchhoff para a malha a, b, c, a da figura 2.7 a): 21332211 EERIRIRI +−=−+ LembreLembreLembreLembre----se que num membse que num membse que num membse que num membro colocamos o somatório das quedas de tensão e ro colocamos o somatório das quedas de tensão e ro colocamos o somatório das quedas de tensão e ro colocamos o somatório das quedas de tensão e no outro o somatório da forças electromotrizes.no outro o somatório da forças electromotrizes.no outro o somatório da forças electromotrizes.no outro o somatório da forças electromotrizes. INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 20 Os produtos 11RI e 22RI e a força electromotriz 2E têm sinais positivos porque os sentidos das correntes 1I e 2I e da força electromotriz 2E coincidem com o de circulação na malha “A”, enquanto que o produto 33RI e a 1E tem sinais negativos porque o sentido da corrente 3I e da 1E não coincidem com o de circulação na malha “A”. Para melhor compreensão, vamos fazer a análise do circuito juntos. Comecemos por colocar o circuito e o modelo matemático do primeiro enunciado da 2ª lei de Kirchhoff lado a lado, pois assim é fácil fazer a análise: O modelo relaciona quedas de tensão (produtos IR ) e forças electromotrizes ( E ). Para que possamos ter as quedas de tensão, temos que indicar arbitrariamente o sentido das correntes que fluem em cada um dos ramos, segundo a 1ª lei de Kirchhoff, pois são essas que provocam as quedas de tensão nos resistores. Não devemo nos esquecer de marcar ou assinalar os nós, porque isso facilita o nosso posicionamento no circuito. INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 21 Então, marquemos primeiro os sentidos das correntes que fluem em cada ramo. Talvez para uma questão de facilidades no tratamento dos dados seja melhor que os sentidos das correntes e das forças electromotrizes do mesmo ramo coincidam. Temos que continuar junto do modelo matemático: Uma vez indicados os sentidos das correntes nos ramos, temos que dar nome a malha, por exemplo “A” e indicar também o sentido de circulação no interior da mesma ( ): A malha “A” tem três nós (a, b, c) que ligam três ramos (ab, bc, e ca). Vamos começar a escrever a parte esquerda do modelo matemático, partindo do nó “a”, ramo “ab”, ramo “bc”, ramo “ca” e depois da volta completa terminamos no nó “a”, o que significa que temos o circuito fechado: No ramo “ab” circula a corrente 2I , que provoca uma queda de tensão no resistor 2R . Uma vez que a corrente 2I tem um sentido que coincide com o sentido de circulação na malha, então a queda de tensão no elemento 2R será positiva: 22RI Terminamos o ramo “ab” e entramos de seguida para o ramo “bc”, onde fluí a corrente 3I que provoca uma queda de INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 22 tensão no resistor 3R . O sentido da corrente 3I é oposto ao sentido de circulação na malha “A”, logo a queda de tensão no elemento 3R terá sinal negativo: 3322 RIRI − Terminamos o ramo “bc” e entramos automaticamente para o ramo “ca”, onde circula a corrente 1I que provoca uma queda de tensão no elemento 1R . O sentido da corrente 1I coincide com o de circulação na malha “A”, logo a queda de tensão no elemento 1R terá sinal positivo: 113322 RIRIRI +− Terminado o ramo “ca”, voltamos logo ao nó de origem “a”, o que significa que terminamos com a parte esquerda do modelo matemático. Agora vamos escrever a parte direita, partindo do mesmo nó “a” em direcção ao ramo “ab”, onde encontramos a força electromotriz 2E cujo sentido coincide com o de circulação na malha. Assim a 2E terá sinal positivo: 2113322 ERIRIRI =+− Saímos do ramo “ab” e entramos para o ramo “bc”. É fácil constatar que neste ramo não existe força electromotriz. Abandonamos o ramo “bc” e entramos de seguida para o ramo “ca”, que tem uma força electromotriz 1E cujo sentido não coincide com o sentido de circulação na malha, então ela terá sinal negativo: 12113322 EERIRIRI −=+− INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 23 Terminamos no nó “a”. E assim está escrito o modelo matemático para o primeiro enunciado da 2ª lei de Kirchhoff para o circuito da figura 2.7 a). Vamos agora fazer a mesma análise para escrever o modelo matemático para o segundo enunciado da 2ª lei de Kirchhoff para o mesmo circuito da figura 2.7 a). Temos que representar as tensões nos terminais das forças electromotrizes, as correntes nos ramos e o sentido de circulação na malha “A” e sem esquecermos o modelo matemático do segundo enunciado da 2ª lei de Kirchhoff: Entrando pelo nó “a” para o ramo “ab” temos: 222 URI − A tensão 2U tem sinal negativo porque o seu sentido é oposto ao de circulação na malha “A”. Continuando pelo ramo “bc” teremos: 33222 RIURI −− Não nos devemos esquecer que a corrente 3I é oposto ao sentido de circulação na malha, logo a queda de tensão no elemento 3R terá sinal negativo. Por fim encontramos o ramo “ca”, 011133222 =++−− URIRIURI Rescrevendo teremos: 011332221 =+−+− RIRIRIUUINSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 24 Desta maneira escrevemos a equação que traduz o modelo matemático para o segundo enunciado da 2ª lei de Kirchhoff. O 2º exemplo será escrever o modelo matemático da 2ª lei de Kirchhoff para o circuito da figura2.7 b). O circuito tem três malhas, nomeadamente malha “aecba”, malha “abcda” e malha “aecda”. Vamos escolher aleatoriamente duas malhas: “abcda” cujos componentes são 2211 ,,, EeRER e “aecba” cujos componentes são 2243 ,,, EeRRR . Para escrevermos o modelo matemático da segunda lei de Kirchhoff . A terceira malha “aecda” cujos componentes são 4311 ,,, ReRER será feita por você. Indicamos arbitrariamente o sentido das correntes que fluem em cada uma dos ramos das malhas escolhidas, de modo que seja satisfeita a 1ª lei de Kirchhoff e escolhemos também arbitrariamente os sentidos de circulação nas mesmas malhas. Nós propomos que a escolha do sentido da circulação nas malhas seja o horário, mas você pode escolher o anti-horário. Então ficamos com duas malhas , indicadas pelos contornos “abcda” e “aecba”, com as circulações de malha indicados pelas letras “A” e “B” respectivamente. Cada circulação deveCada circulação deveCada circulação deveCada circulação deve----se representar por uma letra maiúscula ou por numeração se representar por uma letra maiúscula ou por numeração se representar por uma letra maiúscula ou por numeração se representar por uma letra maiúscula ou por numeração romana, sendo nesta última exigida muitíssima atenção (se você nomeia uma romana, sendo nesta última exigida muitíssima atenção (se você nomeia uma romana, sendo nesta última exigida muitíssima atenção (se você nomeia uma romana, sendo nesta última exigida muitíssima atenção (se você nomeia uma circulação circulação circulação circulação IIII e uma corrente e uma corrente e uma corrente e uma corrente IIIIxxxx é muito fácil conf é muito fácil conf é muito fácil conf é muito fácil confundir estas representações no undir estas representações no undir estas representações no undir estas representações no tratamento dos dados).tratamento dos dados).tratamento dos dados).tratamento dos dados). INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 25 Os resultados que esperamos são: Malha “abcda” 212211 EERIRI +=− Malha “aecba” ( ) 243322 2433322 ERRIRI ERIRIRI −=++ −=++ Vamos escrever o modelo matemático para o primeiro enunciado da 2ª lei de Kirchhoff. Para que isso se torne fácil, vamos colocar o circuito com a indicação da malha que vamos analisar e do outro lado a fármula geral ou modelo matemático do primeiro enunciado da 2ª lei de Kirchhoff. Vamos escrever o membro esquerdo do modelo matemático. Partindo do ramo “cda”, encontramos a corrente 1I que provoca uma queda de tensão 11RI no elemento 1R cujo sentido da corrente coincide com o sentido de circulação na malha “A”, logo a queda de tensão terá sinal positivo: 11RI Entrando para o ramo “abc” encontramos a corrente 2I que provoca uma queda de tensão 22RI no elemento 2R . O sentido da corrente 2I é oposto ao sentido da circulação na malha, logo a queda de tensão terá sinal negativo: 2211 RIRI − Vamos agora escrever o membro direito do modelo matemático. INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 26 No ramo “cda”, encontramos a força electromotriz 1E cujo sentido coincide com o da circulação na malha, logo a 1E terá sinal positivo: 12211 ERIRI =− Entrando para o ramo “abc” e encontramos a força electromotriz 2E cujo sentido coincide com o da circulação na malha “A”, logo a 2E terá sinal positivo. Assim o modelo matemático para a malha “abcda “será: 212211 EERIRI +=− Entremos para a malha “aecba”: Vamos escrever o membro esquerdo do modelo matemático. Partindo do ramo “cba”, encontramos a corrente 2I que provoca uma queda de tensão 22RI no elemento 2R cujo sentido da corrente coincidem com o sentido de circulação na malha, logo a queda de tensão terá sinal positivo: 22RI Entrando para o ramo “aec” encontramos a corrente 3I que provoca uma quedas de tensão 33RI e 43RI no elemento 3R e 4R respectivamente, cujo sentido da corrente coincidem com o da circulação na malha “B”, logo as quedas de tensão terão sinais positivos: ( )43322 RRIRI ++ INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 27 Vamos agora escrever o membro direito do modelo matemático. No ramo “abc” encontramos a força electromotriz 2E cujo sentido não coincide com o da circulação na malha “B”, logo a 2E terá sinal negativo. Assim o modelo matemático para a malha “aecba” será: ( ) 243322 ERRIRI −=++ É desta maneira que se escrevem modelos matemáticos a partir das leis de Kirchhoff. Já dissemos anteriormente que as fontes de alimentação proporcionam energia eléctrica aos circuitos. Será que a energia eléctrica fornecida por essas fontes de alimentação é igual à energia que é absorvida pelos receptores eléctricos? Vamos ver como se fazem as trocas de energia. INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 28 Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante! Depois da consideração que foi feita à volta das leis de Kirchhoff para os nós e para as malhas de um circuito, verifique se percebeu a matéria, respondendo a questão que se segue. Seja dado o seguinte circuito eléctrico da figura 2.8: a) Escreva a 1ª lei de Kirchhoff para os nós “a”, “b”, “c” e “d” do circuito; b) Escreva a 2ª lei de Kirchhoff para as malhas “A”, “B” e “C” do circuito; Experimentação activa (3)Experimentação activa (3)Experimentação activa (3)Experimentação activa (3) INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 29 1.5.1.5.1.5.1.5. Troca de energia nos circTroca de energia nos circTroca de energia nos circTroca de energia nos circuitos eléctricos uitos eléctricos uitos eléctricos uitos eléctricos O facto da corrente percorrer elementos resistivos isso provoca a dissipação de energia.Com base na lei de conservação de energia, esta energia dissipada tem que entrar no circuito através de determinados elementos geradores. Num circuito eléctrico qualquer, quando a corrente I tem o mesmo sentido que E, a fonte fornece energia ao circuito, e a quantidade de energia fornecida ( ou potência IE * em watts), entra na equação que rege as trocas de energia com sinal positivo “+”. Quando o sentido da I é contrário ao da E, a fonte absorve energia do circuito (por exemplo, quando uma bateria esta à carga), ficando esta (ou produto IE * ) com sinal negativo “-“ na equação da troca de energia. Quando num circuito operam unicamente geradores de tensão, a potência fornecida fP a esse circuito será: IEPf *= e a potência dissipada dP pelos componentes resistivos do circuito será: RIP entãoRIUmas IUP d d * * * 2= = = Os circuitos complexos apresentam mais de uma fonte de tensão e vários resistores. Sendo assim, a equação que rege a troca de energia será em função do somatório de toda potência dissipada e de toda potência fornecida: ConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualização A quantidade de energia A quantidade de energia A quantidade de energia A quantidade de energia fornecida a um circuito fornecida a um circuito fornecida a um circuito fornecida a um circuito deve ser igual à deve ser igual à deve ser igual à deve ser igual à quantidade de energia quantidade de energia quantidade de energia quantidade de energia por este dissipada.por este dissipada.por este dissipada.por este dissipada. Contexto da experiência e Contexto da experiência e Contexto da experiência e Contexto da experiência e da realidadeda realidadeda realidadeda realidade A forma como um elemento Aforma como um elemento A forma como um elemento A forma como um elemento do circuito opera, depende do circuito opera, depende do circuito opera, depende do circuito opera, depende essencialmessencialmessencialmessencialmente do sentido ente do sentido ente do sentido ente do sentido da corrente da corrente da corrente da corrente IIII relativamente relativamente relativamente relativamente à força electromotriz à força electromotriz à força electromotriz à força electromotriz EEEE.... INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 30 ∑∑ == = m j f n k d jk PP 11 Fazendo substituição: ∑ ∑ = = = n k m j jjkk IERI 1 1 2 (eq 2.7 a) Se o circuito tiver também geradores de corrente e houver correntes a entrarem ou a saírem dos nós, a equação que traduz as trocas de energia tem que conter termos que representam a energia devida aos geradores de corrente. Supondo que a corrente iJ de um gerador de corrente entra no nó “a” seguindo até ou nó “b”. A potência fornecida pelo gerador de corrente é iab JU i e a equação das trocas de energia será: ∑ ∑∑ = == += n k l i iab m j jjkk JUIERI i 1 11 2 (eq 2.7 b)) Estes dois modelos matemáticos (eq 2.7 a) e (eq 2.7 b) permitem fazer o balanço de energia entre as fontes e os receptores. Nos circuitos onde devemos fazer o balanço de potência será frequente encontrarmos um ramo com mais de um resistor (circuito série) ou conjunto de ramos ligados a dois nós (circuito paralelo). 1.6.1.6.1.6.1.6. Particularidades dParticularidades dParticularidades dParticularidades dosososos circuito circuito circuito circuitossss Dependendo do tipo de ligação, os circuitos podem ter os receptores ligados em série, paralelo, estrela, triângulo e mais. Nesta unidade didáctica, vamos apenas particularizar as ligações série e paralelo. Em relação as ligações estrela e triângulo, falaremos na unidade didáctica 3. INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 31 1.6.1.1.6.1.1.6.1.1.6.1. Circuito série Circuito série Circuito série Circuito série 1. A corrente total é a mesma ao longo de todos os resistores ligados em série, de acordo com a 1ª lei de Kirchhoff. 2. A tensão aplicada a um agrupamento de resistores em série é a soma das tensões de cada resistor associada, de acordo com a 2ª lei de Kirchhoff: 43214321 IRIRIRIRUUUUU +++=+++= 3. A resistência equivalente de um agrupamento de resistores em série é a soma das resistências associadas: ( ) ∑ = = +++= =+++ =+++= n i ieq eq eq eq RR RRRRR IRRRRRI IRUIRIRIRIRU 1 4321 4321 4321 ; ConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualização Dois ou mais resistores estão Dois ou mais resistores estão Dois ou mais resistores estão Dois ou mais resistores estão ligadas em série quando estão em ligadas em série quando estão em ligadas em série quando estão em ligadas em série quando estão em sequência e não existe derivação sequência e não existe derivação sequência e não existe derivação sequência e não existe derivação em pontos intermédios.em pontos intermédios.em pontos intermédios.em pontos intermédios. O circuito série caracteriza-se pela ligação por apenas um ponto entre cada resistor (esse ponto não é nó). INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 32 4. No circuito série, as tensões são directamente proporcionais às resistências: 2 1 2 1 2 2 1 1 4 4 3 3 2 2 1 1 R R U U ou R U R U I R U R U R U R U == ==== Divisor de tensão: 21 11 1 1 1 ** RR R U R R UU R U R U eqeq + ==⇒= 1.6.2.1.6.2.1.6.2.1.6.2. C C C Circuito paraleloircuito paraleloircuito paraleloircuito paralelo ConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualização Dois ou mais resistores estão Dois ou mais resistores estão Dois ou mais resistores estão Dois ou mais resistores estão agrupadas em paralelo quando os agrupadas em paralelo quando os agrupadas em paralelo quando os agrupadas em paralelo quando os seus inícios estão ligados entre si seus inícios estão ligados entre si seus inícios estão ligados entre si seus inícios estão ligados entre si e os seus fins também entre si, e os seus fins também entre si, e os seus fins também entre si, e os seus fins também entre si, isto é, estão ligadas de tal forma isto é, estão ligadas de tal forma isto é, estão ligadas de tal forma isto é, estão ligadas de tal forma que a mesma tensão está aplicada que a mesma tensão está aplicada que a mesma tensão está aplicada que a mesma tensão está aplicada aos terminais de cada resistoraos terminais de cada resistoraos terminais de cada resistoraos terminais de cada resistor. O circuito paralelo caracteriza-se pela ligação por dois pontos entre cada resistor (esses pontos são INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 33 1. A tensão entre os terminais de cada resistência é a mesma, de acordo com a 2ª lei de Kirchhoff. UUUU ==== ...321 2. A corrente total é a soma das correntes associadas, de acordo com a 1ª lei de Kirchhoff: 4321 4321 R U R U R U R U IIIII +++=+++= 3. A condutância equivalente a um agrupamento paralelo é a soma das condutâncias associadas: ; 1 11111 ; 0 4321 4321 4321 4321 4321 eq eq n i ieq eq eq eq eq g RgG GGGGG RRRRR R U R U R U R U R U R U I R U R U R U R U IIIII =⇒= +++=⇒+++= =+++ =+++=+++= ∑ = 4. As correntes nos ramos ligados em paralelo são inversamente proporcionais às resistências respectivas: 1 2 2 1 2211 44332211 R R I I ouRIRI IRRIRIRIRIU eq == =+++= INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 34 Divisor de corrente eqIRRIRIU === 2211 21 1 2 21 2 1 *;* RR R II RR R II + = + = 1.7.1.7.1.7.1.7. Regra de CramerRegra de CramerRegra de CramerRegra de Cramer Um método fácil de entender para resolver sistema de equações é a Regra de Cramer. É fácil porque envolve apenas determinantes e portanto é bastante prático para sistemas com um número pequeno (2, 3 ou 4) de equações. Nós, só iremos aplicar a Regra de Cramer a sistemas de equações “quadrados”, isto é, sistemas cujo número de equações é igual ao número de incógnitas. As matrizes que vamos utilizar como exemplo terão as dimensões 3x3. Você pode exercitar com outras matrizes de 2x2 ou 4x4. Consideremos um sistema de equações na forma matricial: ERI= Figura 2.12 INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 35 Fazendo da matriz dos coeficientes (resistores) “R”, uma matriz quadrada de dimensões 3x3, “I” uma matriz de incógnitas (correntes) de dimensão 1x3 e “E” uma matriz de termos independentes (forças electromotrizes) de dimensão1x3, teremos: = = = = = 3 2 1 3 2 1 333231 232221 131211 3 2 1 3 2 1 333231 232221 131211 . ;; e e e I I I rrr rrr rrr ERI e e e E I I I I rrr rrr rrr R Fazendo o produto RI teremos o sistema de equações igual ao que obteremos nos diferentes métodos de análise de circuitos: =++ =++ =++ 3333232131 2323222121 1313212111 eIrIrIr eIrIrIr eIrIrIr seja j∆ a matriz que se obtém pela substituição da coluna j da matriz de coeficientes R pela matriz de termos independentes E . A solução da incógnita jI será dada por: R I jj det det∆ = onde j varia de 1 até à dimensão da coluna. Exemplo:Exemplo:Exemplo:Exemplo: Seja dado o seguinte sistema: =+− =+− =−+ 144 232 5232 321 321 321 III III III INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 36 == = − − − =+− =+− =−+ ERI I I I III III III 1 2 5 . 414 321 232 144 232 5232 3 2 1 321 321 321 De que resulta que: = − − − =∆= 1 2 5 414 321 232 ER Como a matriz R é de 3x3, então teremos três matrizes j∆ : 1∆ que se obtém pela substituição da coluna 1 da matriz R pela matriz E; 2∆ que se obtém pela substituição da coluna 2 da matriz R pela matriz E; 3∆ que se obtém pela substituição da coluna 3 da matriz R pela matriz E: − −=∆ − =∆ − − − =∆ 114 221 532 414 321 252 411 322 235 321 − − − − − = ∆ ∆ = − − − − = ∆ ∆ = − − − − − − = ∆ ∆ = 414 321 232 114 221 532 414 321 232 414 321 252 414 321 232 411 322 235 3 3 2 2 1 1 III Determinante de uma matriz 3 × 3: Seja dado a matriz = 333231 232221 131211 aaa aaa aaa A A diagonal principal desta matriz tem os elementos 332211 aaa : ( ) ( ) ++ −++ = 122133112332132231 322113312312332211 ****** ****** det aaaaaaaaa aaaaaaaaa A INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 37 Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante! Depois da consideração que foi feita à volta da regra de Cramer, verifique se percebeu a matéria. Seja dado os seguintes sistemas de equações: =++ =+−− =−+ 12 02 12 ) 321 321 321 III III III a =−+ =++− =−+ 144 232 5232 ) 321 321 321 III III III b Resolva usando a regra de Cramer. Experimentação activa (4)Experimentação activa (4)Experimentação activa (4)Experimentação activa (4) INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 38 2.2.2.2. ANÁLISE DE CIRCUITOS COMPLEXOSANÁLISE DE CIRCUITOS COMPLEXOSANÁLISE DE CIRCUITOS COMPLEXOSANÁLISE DE CIRCUITOS COMPLEXOS Analisar um circuito significa encontrar ou determinar e em alguns casos, se necessário, medir todos os parâmetros eléctricos que permitem perceber e entender o funcionamento normal dos circuitos. Nesta unidade didáctica, nós vamo-nos concentrar a determinar ou calcular as correntes dos ramos ou das malhas, as tensões ou quedas de tensão nos distintos componentes, os potenciais dos nós, as potências dissipadas pelos componentes e fornecidas pelas fontes. Para que esta actividade se torne fácil, vamos usar maioritariamente as leis de Kirchhoff e de Ohm. Para a análise, nós vamos propor cinco (5) métodos, mas você pode investigar outros: • Método das leis de Kirchhoff; • Método de malhas independentes; • Método de sobreposição; • Método de análise nodal; • Método de Thevenin; 2.1.2.1.2.1.2.1. Método das leis de Método das leis de Método das leis de Método das leis de KirchhoffKirchhoffKirchhoffKirchhoff Este método é baseado nas leis de Kirchhoff. As duas leis de Kirchhoff são escritas uma de cada vez e as equações resultantes são agrupadas de modo a obter-se um sistema de equações, que vai permitir calcular directamente as correntes desconhecidas. A aplicação deste método obedece um algoritmo. Algoritmo:Algoritmo:Algoritmo:Algoritmo: 1º. Determinar o número total de nós (N), o número total de ramos (r) e o número de ramos com fonte de corrente (rc) no circuito; 2º. Marcar arbitrariamente os sentidos das correntes nos ramos; INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 39 3º. Determinar o número de modelos matemáticos ou equações, a serem escritas pela 1ª lei da Kirchhoff. O número de modelos matemáticos ou equações é dado pelo número de nós (N) menos um (1): 1−N (eq 2.9 a) 4º. Escrever os modelos matemáticos da 1ª lei de Kirchhoff, cujo número foi determinada pela equação 2.9 a); 5º. Determinar o número de modelos matemáticos ou equações, a serem escritas pela 2ª lei da Kirchhoff. O número de modelos matemáticos ou equações é dado pela diferença entre o número total de ramos (r) e o número de ramos com fonte de corrente ( )cr e o número de nós (N) menos um (1): ( ) ( )1−−− Nrr c (eq 2.9 b) 6º. Marcar arbitrariamente os sentidos de circulação nas malhas. Deve escolher o mesmo sentido de circulação para todas as malhas; 7º. Escrever os modelos matemáticos da 2ª lei de Kirchhoff, cujo número foi determinada equação 2.9 b). 8º. Escrever o sistema de equações a partir das equações escritas nos pontos 4º e 7º; 9º. Resolver o sistema de equações, obtido no ponto 8º e determine as correntes; Cada malha escolhida não deve conter nenhuma fonte de correnteCada malha escolhida não deve conter nenhuma fonte de correnteCada malha escolhida não deve conter nenhuma fonte de correnteCada malha escolhida não deve conter nenhuma fonte de corrente INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 40 10º. Com as correntes calculadas no ponto 9º, determinar as tensões nos terminais dos resistores (produto xxRI ). 11º. Se a corrente, num determinado ramo for negativa, significa que na realidade o sentido da corrente é oposto; 12º. Fazer a prova das soluções usando a equação das potências fornecidas e consumidas (Balanço de potência). Exemplo 2Exemplo 2Exemplo 2Exemplo 2: Vamos analisar o circuito da figura 2.7 b) Começamos por indicar: • Número total de nós: N=2; • Número total de ramos: r=3; • Número de ramos com fonte de corrente; rc=0; Vamos marcar arbitrariamente os sentidos das correntes nos ramos: Número de equações da 1ª lei de Kirchhoff = N-1=2-1=1 Uma vez que o número de equações que devem ser constituídas à base da 1ª lei de Kirchhoff é igual a 1, vamos então escrever INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 41 apenas uma única equação. Existem dois nós (a e c) mas devemos escolher apenas 1. Nós escolhemos o nó “a”, mas você pode escolher outro: 0321 =−+ III Número de equações a serem constituídas pela 2ª lei de Kirchhoff: ( ) ( ) ( ) ( ) 212031 =−−−=−−− Nrr c Devemos escrever 2 equações. Existem três malhas mas devemos escolher apenas duas, onde vamos marcar arbitrariamente os sentidos de circulação com as letras “A” e “B”: Malha abcda 212211 EERIRI +=− Malha aecba ( ) 243322 ERRIRI −=++ Sistema de equações obtido pelas equações da 1ª e 2ª leis de Kirchhoff: 0321 =−+ III 212211 EERIRI +=− ( ) 243322 ERRIRI −=++ Vamos substituir os valores dos resistores e das forças electromotrizes: ( ) −=+++ +=+− =−+ 641340 6480046 0 321 321 321 III III III ⇒ −=++ =+− =−+ 64440 144046 0 321 321 321 III III III Vamos tirar o símbolo das correntes de modo a obtermos o produto das matrizes: INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 42 EIR I I I =⇔ − = − − * 64 144 0 * 440 046 111 3 2 1 Do que resulta que: − = = − − = 64 144 0 440 046 111 3 2 1 E I I I IR A matriz R será igual a matriz Δ, isto é: − − =∆= 440 046 111 R É melhor marcarmos aqui a diagonal principal: Esta diagonal começa no canto superior esquerdo e desce até o canto inferior direito, unindo os números “1”, “-4” e “4” (ela abrange três números porque a matriz principal é do tipo 3x3) Vamos agora calcular o determinante damatriz Δ: Para facilitar, vamos acrescentar duas colunas na matriz Δ, de modo de tenha a dimensão 3x5. As duas colunas que vamos acrescentar são 1ª e 2ª coluna da matriz Δ, isto é: Voltemos a colocar a diagonal principal (não se esqueça que a matriz principal é do tipo 3x3). Vamos chamar a esta diagonal principal de 1ª diagonal descendente: INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 43 Vamos colocar a 2ª diagonal, que seja paralela a diagonal principal e que abrange de novo três números que se encontram na linha seguinte da diagonal principal. Esta será a 2ª diagonal descendente: Vamos colocar a 3ª diagonal descendente nas mesmas condições da 2ª diagonal descendente, como no diagrama ao lado: Temos que multiplicar os três valores abrangidos por cada uma das diagonais descendentes de modo a obtermos três produtos diferentes, depois vamos somar os três produtos e obtemos um resultado das diagonais descendentes: 4024016 244*6*)1(::ª3 00*0*1::ª2 164*)4(*1::ª1 −=−+− −=− = −=− esdescendentprodutosdesoma diagonal diagonal diagonal Guardamos este resultado e voltamos a matriz 3x5: Vamos colocar a 1ª diagonal ascendente (não se esqueça que a matriz principal é de 3x3): INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 44 Agora 2ª diagonal ascendente: 3ª diagonal ascendente: Vamos aos produtos e somas: 242400 241*6*4::ª3 01*0*4::ª2 0)1(*)4(*0::ª1 =++ = = =−− sascendenteprodutosdesoma diagonal diagonal diagonal O determinante da matriz R=Δ será dado pela diferença entre a “soma dos produtos descendentes” e a “soma dos produtos ascendentes: 642440detdet −=−−=∆=R Vamos calcular o determinante para a corrente 1I . Isso requer substituir na matriz principal “R”, toda a coluna 1 (que corresponde a corrente 1I ) pela coluna de “E”: INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 45 4464 04144 110 11 − − − =∆=R Vamos proceder de mesma maneira para calcular o ∆det : ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( )[ ] 896det 1*144*40*0*41*4*644*144*164*0*14*4*0 1 −=∆ =++−−−−−+−+−= ascendenteedescendent Vamos calcular o determinante para a corrente 2I . Isso requer substituir na matriz principal, toda a coluna da corrente 2I pela coluna de E: ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] 960 0*6*41*0*641*144*064*6*10*0*04*144*1 6404640 144601446 01101 det 4640 01446 101 2 222 =∆ =+−+−−−−++= = −− − =∆ − − =∆= ascendenteedescendent R Por fim, vamos calcular o determinante para a corrente 3I . Isso requer substituir na matriz principal, toda a coluna da corrente 3I pela coluna de E : = − −−=∆ − −=∆= 406440 4614446 11011 det 6440 14446 011 333R INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 46 ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] 64 1*6*641*144*40*4*04*6*00*144*164*4*1 3 =∆ =−++−−++−−= ascendenteedescendent Como já calculamos os diferentes determinantes, vamos agora calcular as respectivas correntes, aplicando o método de Cramer: AI 14 64 896 det det 1 1 =− −= ∆ ∆= AI 15 64 960 det det 2 2 −=− = ∆ ∆= AI 1 64 64 det det 3 3 −=− = ∆ ∆ = É de notar que as correntes 2I e 3I têm sinais negativos. Isso significa que os sentidos que escolhemos para essas duas correntes não são verdadeiros. Voltamos ao circuito e colocamos os sentidos verdadeiros dessas correntes: Colocados os sentidos verdadeiros das correntes, isso significa que os seus valores tomam sinais positivos: AI 152 = e AI 13 = . Assim os resultados serão: AIAIAI 1;15;14 321 === Vamos agora fazer o balanço de potência para termos a certeza de que as correntes estão certas. ( ) 22114323222121 1 1 2 IEIERRIRIRI IERI n k m j jjkk +=+++ =∑ ∑ = = ( ) 15*6414*8013*14*156*14 222 +=+++ INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 47 WW 20802080 960112049001176 = +=++ Isto significa que a potência fornecida é exactamente igual à potência consumida, logo os valores das correntes e das tensões estão certos. Exemplo 3Exemplo 3Exemplo 3Exemplo 3: Vamos analisar o circuito: • Número total de nós: N=3; • Número total de ramos: r=5; • Número de ramos com fonte de corrente; rc=2; Vamos marcar arbitrariamente os sentidos das correntes nos ramos: Número de equações da 1ª lei de Kirchhoff = N-1=3-1=2 Vamos escrever duas equações. Escolhemos os nós “a” e “c”: 0: 0: 543 4321 =−− =+−+ JJIcnó JIIIanó INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 48 Substituindo os valores das fontes de corrente 4J e 5J na equação do nó “c”, podemos determinar a corrente 3I : AJJI 5,315,2543 =+=+= Número de equações a serem constituídas pela 2ª lei de Kirchhoff: ( ) ( ) ( ) ( ) 113251 =−−−=−−− Nrr c Devemos escrever apenas uma equação. Para isso vamos escolher uma malha que não contenha fonte de corrente, onde, arbitrariamente, marcaremos o sentido de circulação e damos o nome de “A”: 211 ERI −= É fácil ver que a corrente 1I pode ser determinada por: A R E I 25,1 40 50 1 2 1 −= −= − = Já determinamos as correntes 1I , 3I e conhecemos o valor da fonte de corrente 4J . Substituindo seus valores na equação do nó “a”, tem-se: AI I 25,2 05,25,325,1 2 2 = =+−+− Vamos fazer o balanço de potência. Não se esqueça que se trata de um circuito que também contém fonte de corrente: INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 49 ∑ ∑∑ = == += n k l i iab m j jjkk JUIERI i 1 11 2 Temos que determinar as tensões )( adU e )( bcU nos terminais das fontes de corrente: Para a malha “acd”: e para a malha “acb”: VU U URJRI ad ad ad 200 10*5,250*5,3 04433 = += =−+ VU ERIU EURI bc bc bc 125 5050*5,3233 233 = −=−= =− Já estão calculadas as duas tensões, voltemos ao balanço de potência: 5,7375,737 1*1255,2*20025,2*5050*5,310*5,240*25,1 ****** 222 54224 2 43 2 31 2 1 = ++=++ ++=++ JUJUIERJRIRI bcad INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 50 Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante! Depois da consideração que foi feita à volta do método das leis de Kirchhoff, verifique se percebeu a matéria, respondendo as questões que se seguem. 1. Analisar o circuito abaixo, usando o método das leis de Kirchhoff: a) Determinar as correntes nos ramos; b) Fazer a prova usando o balanço de potência. 2. Analisar o circuito abaixo, usando o método das leis de Kirchhoff: a) Determinar as correntes nos ramos; b) Fazer a prova usando o balanço de potência. Experimentação activa (5)Experimentação activa (5)Experimentação activa (5)Experimentação activa (5) INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 51 2.2.2.2.2.2.2.2. Método de malhas independentesMétodo de malhas independentesMétodo de malhas independentesMétodo de malhas independentes Neste método, assinala-se por um símbolo a corrente que circula em cada uma das malhas da rede ou do circuito, consideradas independentes uma das outras. As equações são escritas em função destes símbolos de corrente de malha, e é a partir deles que, depois de resolvidos os sistemas de equações se encontram as correntes em todos os ramos. Este método diferencia-se do anterior devido ao facto deste poder eliminar as equações escritas pela 1ª lei de Kirchhoff, ficando apenas as escritas pela 2ª lei. Vejamos o algoritmo de cálculo: AlgoritmoAlgoritmoAlgoritmoAlgoritmo 1º. Determinar o número de malhas independentes (número de equações): ( ) ( )1−−−= Nrrn coeq Onde: N – é o número total de nós r – é o número total de ramos rc – é o número de ramos com fonte de corrente 2º. Designar o sentido de circulação das correntes de malha em cada malha. É precisotomar em conta a influência das fontes de corrente. Para tal é preciso marcar também as correntes das malhas conhecidas, tantas quantas forem as fontes de corrente existentes no circuito. Para isso, devemos sempre tentar obter um ramo contendo uma fonte de corrente como ramo independente, para que a corrente de malha coincida com a corrente da fonte de corrente; 3º. Escrever as equações para a 2ª lei de Kirchhoff, para as malhas escolhidas, segundo o ponto 2.1 deste algoritmo; 4º. Resolver o sistema de equações, isto é, determinar as correntes de malha. Se a corrente de malha for negativa significa que na realidade o sentido desta corrente é ao contrário; INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 52 5º. Determinar as correntes reais nos ramos. Nos ramos independentes a corrente real é igual a corrente de malha. Nos ramos dependentes (ramos por onde circulam correntes de malhas vizinhas), a corrente real é igual à soma algébrica das correntes de malha nesse mesmo ramo; 6º. Fazer a prova das soluções usando a equação das potências fornecidas e consumidas (Balanço de potência); Exemplo 4Exemplo 4Exemplo 4Exemplo 4: Vamos analisar o circuito da figura 2.5 b) • Número total de nós: N=2; • Número total de ramos: r=3; • Número de ramos com fonte de corrente; rc=0; Número de equações a serem constituídas pela 2ª lei de Kirchhoff: ( ) ( ) ( ) ( ) 212031 =−−−=−−− Nrr c Devemos escrever 2 equações. Para isso escolhemos duas malhas, onde vamos marcar os sentidos das correntes de malha “I” e “II”: INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 53 Malha “abcd”: A corrente de malha “I” passa pelos resistores 1R e 2R provocando queda de tensão ( )21 RRI + . A corrente de malha “II” provoca uma queda de tensão no resistor 2R que deve ser compensada: ( ) 221 IIRRRI −+ Os sentidos das forças electromotrizes 1E e 2E coincidem com o sentido da corrente de malha “I”, o que faz com que tenham sinais positivos: ( ) 21221 EEIIRRRI +=−+ Malha “aecb”: A corrente de malha “II” passa pelos resistores 2R , 3R e 4R , provocando uma queda de tensão positiva nesses elementos: ( )432 RRRII ++ . A corrente de malha “I” provoca uma queda de tensão no resistor 2R que deve ser compensada: ( )4322 RRRIIIR +++− A força electromotriz 2E tem sentido contrário a corrente de malha “II”, logo o seu sinal é negativo: ( ) 24322 ERRRIIIR −=+++− INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 54 Temos duas malhas, duas equações e duas incógnitas. Vamos formar o sistema de equações e substituir os valores das constantes: ( ) ( ) ( ) ( ) −=+− =− ⇒ −=+++− +=++ ⇒ −=+++− +=−+ 6484 144410 641344 6480446 24322 21221 III III III III ERRRIIIR EEIIRRRI Vamos usar o método de adição ordenada para eliminar “II” e calcular primeiro “I” AII III III III III 14 16 224 22416 6484 288820 )6484( )144410(*2 ==⇒=⇒ −=+− =− ⇒ −=+− =− Vamos substituir o valor da corrente de malha “I” na 1ª equação de modo a calcularmos a corrente de malha “II”: −= = −=−=⇒−=−=⇒=− AII AI AIIIIII 1 14 1 4 4 41441404144414*10 Voltando ao circuito, é fácil ver que: AIIII AIII AII 15114 1 14 2 3 1 =+=−= =−= == INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 55 Exemplo 5Exemplo 5Exemplo 5Exemplo 5: Vamos analisar o circuito da figura 2.13 • Número total de nós: N=3; • Número total de ramos: r=5; • Número de ramos com fonte de corrente; rc=2; Número de equações a serem constituídas pela 2ª lei de Kirchhoff: ( ) ( ) ( ) ( ) 113251 =−−−=−−− Nrr c Devemos escrever uma equação. Para isso escolhemos uma malha, onde vamos marcar o sentido da corrente de malha “I”: A R E IEIR 25,1 40 50 1 2 21 ===⇒= Vamos agora calcular as correntes dos ramos: Comecemos por determinar a corrente 1I , que é oposta à corrente de malha “I”: AII 25,11 −=−= INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 56 No nó “b” entra a corrente 5J e saem 21 IeI . Vamos escrever a 1ª lei de Kirchhoff para este nó para que possamos calcular a corrente 2I : AIJIJII 25,225,11152521 =+=−=⇒=+ Pelo nó “a” entram as correntes 421, JeII e sai apenas a corrente 3I . Vamos escrever novamente a 1ª lei de Kirchhoff para este nó para determinar a corrente 3I : AJIII 5,35,225,225,14213 =++−=++= INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 57 Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante! Depois da consideração que foi feita à volta do método das malhas independentes, verifique se percebeu a matéria, respondendo as questões que se seguem. 1. Analisar o circuito abaixo, usando o método das malhas independentes: a) Determinar as correntes nos ramos; b) Fazer a prova usando o balanço de potência. 2. Analisar o circuito abaixo, usando o método das malhas independentes: a) Determinar as correntes nos ramos; b) Fazer a prova usando o balanço de potência. Experimentação activa (6)Experimentação activa (6)Experimentação activa (6)Experimentação activa (6) INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 58 2.3.2.3.2.3.2.3. Método de sobreposiçãoMétodo de sobreposiçãoMétodo de sobreposiçãoMétodo de sobreposição Este método baseia-se no teorema de sobreposição. Em qualquer ramo de um circuito é feita soma a algébrica das correntes devidas a cada uma das fontes. Elas são analisada em separado, uma de cada vez e removendo-se todas as outras. O teorema de sobreposição é válido para todos os circuitos lineares, isto é, para os circuitos em que a característica volt-ampérica I(V) é uma linha recta. A aplicação deste teorema de sobreposição requer que a quando da execução de cálculos se tome uma fonte de tensão de cada vez e que todas as outras fontes sejam retiradas do circuito. A partir dai, as correntes individuais poderão ser somadas algebricamente para dar o valor correcto da corrente devido a todas as fontes no circuito original. Ao retirar uma fonte de tensão deixamos ficar a resistência interna. Como o seu valor é muitíssimo pequeno, quase zero, então a resistência é curto circuitada. A fonte de corrente tem uma resistência interna muitíssimo grande, quase infinita, então a resistência é um circuito aberto. Caro(a) aluno, este teorema nãonãonãonão pode ser usado para determinar potências desenvolvidas em resistências como soma das potências devidas às correntes individuais RIRIRI 222 )()( ′′+′≠ , pois a potência é uma função quadrática da corrente ConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualização A corrente em qualquer A corrente em qualquer A corrente em qualquer A corrente em qualquer ramo de uma rede é a ramo de uma rede é a ramo de uma rede é a ramo de uma rede é a soma algébrica das soma algébrica das soma algébrica das soma algébrica das correntes devidas a correntes devidas a correntes devidas a correntes devidas a cada uma das fontes cada uma das fontes cada uma das fontes cada uma das fontes de tensão ou de de tensão ou de de tensão ou de de tensão ou de corrente, consideradas corrente, consideradas corrente, consideradas corrente, consideradas separadamentseparadamentseparadamentseparadamente, uma a e, uma a e, uma a e, uma a uma.uma.uma.uma. INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 59 Exemplo 6Exemplo 6Exemplo 6Exemplo 6: Vamos analisar o circuito da figura 2.7 b) Vamos marcar os sentidos das correntes: Vamos retirar a fonte de tensão 1E e deixamos ficar a resistência interna. Uma vez que esta tem valor quase nulo, então fica no lugar desta um shunt (curto- circuito): Olhando para o circuito dá para ver que os resistores 3R e 4R estão ligados em série, dai que aplicando o 3º ponto da particularidade do circuito série tem-se: INSTITUTO SUPERIORDOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 60 ;431434,3 Ω=+=+= RRReq Assim o circuito fica reduzido a: Os resistores 1R e 4,3R estão ligados em paralelo e aplicando o 3º ponto da particularidade do circuito paralelo, tem-se: ;4,2 46 4*6* 4,31 4,31 4,3,1 Ω=+ = + = RR RR Req O circuito ficou reduzido ainda mais: Aplicando a 2ª lei de Kirchhoff sobre a malha, tem-se: ( ) A RR E I ERRI eq 10 44,2 64 4,32 2 2 24,3,122 = + = + =′ =+′ INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 61 Uma vez calculada a corrente 2I ′ , temos que calcular as restantes correntes. Para tal temos que antes calcular a tensão entre os pontos “c” e “a”, (veja 1º caso do exemplo 1): A R U I A R U I VRIEU ca eq ca acca 4 6 24 6 4 24 244*1064 1 1 4,3 3 222 ===′ ===′ =−=′−=−= ϕϕ Terminamos os cálculos das corrente à base fonte de tensão 2E . Vamos devolver a fonte 1E e desta vez tirar a fonte 2E : Olhando novamente para o circuito dá para ver que os resistores 3R e 4R continuam ligados em série, dai que aplicando o 3º ponto da particularidade do circuito série tem-se: ;431434,3 Ω=+=+= RRReq Assim o circuito fica reduzido a: INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 62 Os resistores 2R e 4,3R estão ligados em paralelo e aplicando o 3º ponto da particularidade do circuito paralelo, tem-se: ;2 44 4*4* 4,32 4,32 4,3,2 Ω=+ = + = RR RR Req O circuito ficou reduzido ainda mais: Aplicando a 2ª lei de Kirchhoff sobre a malha, tem-se: ( ) A RR E I ERRI eq 10 62 80 4,3,21 1 1 14,3,211 = + = + =′′ =+′′ Uma vez calculada a corrente 1I ′′ , temos que calcular as restantes correntes. Para tal temos que antes calcular a tensão entre os pontos “a” e “c”: INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 63 A R U I A R U I VRIEU ac ac caac 5 4 20 5 4 20 206*1080 4,3 3 2 2 111 ===′′ ===′′ =−=′′−=−= ϕϕ As correntes do circuito original serão determinadas em função das correntes correspondentes nos circuitos com fontes removidas. Vamos sobrepor os três circuitos: ;14104111 AIII =+=′′+′= (as 3 correntes têm o mesmos sentidos); AIII 15510222 =+=′′+′= (estas também têm o mesmos sentidos); AIII 156333 =−=′′−′= (a 3I ′′ tem sentido oposto que as outras) INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 64 Exemplo 7Exemplo 7Exemplo 7Exemplo 7: Vamos analisar o circuito da figura 2.13 Este circuito tem três fontes, uma de tensão e duas de corrente. Vamos retirar uma a uma até a completa análise do circuito. É fácil fazer a análise pelo método de sobreposição. Vamos primeiro marcar os sentidos das correntes: Vamos retirar as fontes 2E e 5J simultaneamente e deixando ficar as respectivas resistências internas. A 2E tem uma resistência muito pequena, quase nula, dai que ela é substituída por um shunt enquanto que a 5J tem uma resistência muitíssima grande, quase infinita, dai que ela será substituída por um circuito aberto: INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 65 Você consegue ver que as correntes 21 IeI ′′ são nulas pois os ramos por onde fluem estas correntes, estão ligados aos nós “a” e “b” que se encontram no mesmo potencial. Toda a corrente fornecida pela fonte 4j fluí sobre o ramo “ac”, dai que 43 JI =′ , isto é: AJI II 1 0 43 21 ==′ =′=′ Vamos retirar as fontes 2E e 4J simultaneamente e deixando ficar as respectivas resistências internas. A 2E tem uma resistência muito pequena, quase nula, dai que ela é substituída por um shunt enquanto que a 4J tem uma resistência muitíssima grande, quase infinita, dai que ela será substituída por um circuito aberto: Sobre o resistor 1R não circula nenhuma corrente devido ao curto-circuito entre os nós “a” e “b”. Toda corrente fornecida pela fonte 5J circula nos ramos “ba” e “ac”, dai que as corrente 532 JII =′′=′′ , isto é: INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 66 AJII I 5,2 0 532 1 ==′′=′′ =′′ Por fim, vamos retirar as duas fontes de corrente e deixamos ficar a fonte de tensão 2E . É fácil ver que no ramo “ac” não há circulação de corrente. As correntes 21 IeI ′′′′′′ são iguais. Aplicando a 2ª lei de Kirchhoff tem-se: 0 25,1 40 50 3 1 21 =′′′ ===′′′=′′′ I A R E II Sobrepondo os 4 circuitos tem-se: AIIII AIIII AIIII 5,3015,2 25,225,110 25,125,100 3333 2222 1111 =++=′′′+′′+′= =++=′′′+′′+′= −=−+=′′′−′′+′= INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 67 Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante!Caro(a) estudante! Depois da consideração que foi feita à volta do método de sobreposição, verifique se percebeu a matéria, respondendo as questões que se seguem. 1. Analisar o circuito abaixo, usando o método de sobreposição: a) Determinar as correntes nos ramos; b) Fazer a prova usando o balanço de potência. 2. Analisar o circuito abaixo, usando o método de sobreposição: a) Determinar as correntes nos ramos; b) Fazer a prova usando o balanço de potência. Experimentação activa (7)Experimentação activa (7)Experimentação activa (7)Experimentação activa (7) INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 68 2.4.2.4.2.4.2.4. Método de anMétodo de anMétodo de anMétodo de anáááálise nodallise nodallise nodallise nodal A corrente em qualquer ramo de uma rede pode ser calculada pela lei de Ohm como se se tratasse de um ramo isolado contendo uma força electromotriz. Basta para isso conhecer a diferença de potencial entre os seus extremos ou entre os nós que limitam o ramo. O método de cálculo no qual, para aplicação deste raciocínio, figuram como grandezas desconhecidas as tensões a que estão submetidos os diferentes ramos é chamado de Método de Análise de Nós ou Método de Análise Nodal. Vamos ver o algoritmo de analise: Algoritmo Algoritmo Algoritmo Algoritmo 1º. Potencial de um único nó de ser igual a zero, isto é, escolhemos um nó qualquer e ligamos à terra para ter potencial nulo; 2º. Determinar as equações necessária e escrevê-las a partir da 1ª lei de Kirchhoff: 1−= NN oeq Quando alguns dos ramos contem fontes de tensão ideai, o número de equações necessárias determina-se pela fórmula: fti o eq NNN −−= 1 onde: ftiN - número de fontes de tensão ideal 3º. Constituir as equações segundo o método de análise nodal: 3º.1. Escrever equações da lei de Ohm para cada um dos ramos contendo correntes desconhecidas; 3º.2. Expressar as correntes desconhecidas em cada uma das equações escritas no ponto 3º.1; 3º.3. Converter todas as resistências em condutâncias; ConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualizaçãoConceptualização Uma fonte de tensão Uma fonte de tensão Uma fonte de tensão Uma fonte de tensão ideal (fti) ideal (fti) ideal (fti) ideal (fti) é aquela em que a resistência é aquela em que a resistência é aquela em que a resistência é aquela em que a resistência interna é nula; isto é, interna é nula; isto é, interna é nula; isto é, interna é nula; isto é, 0 . = = inR constE cujo gráfico da sua cujo gráfico da sua cujo gráfico da sua cujo gráfico da sua característica é paralela ao eixo característica é paralela ao eixo característica é paralela ao eixo característica é paralela ao eixo das abcissasdas abcissasdas abcissasdas abcissas INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO Eng. Vithor Nypwipwy 69 3º.4. Substituir as correntes deduzidas no ponto 3º.2 nas equações obtidas no ponto 2º; 3º.5. Agrupar os potenciais desconhecidos num membro e os valores conhecidos no outro; 4º. Resolver o sistema de equações obtido em relação aos potenciais desconhecidos; 5º. Sabendo os potenciais, determinar as correntes; 6º. Fazer a prova usando o balanço de potência ou equilíbrio de potências Exemplo 8Exemplo 8Exemplo
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