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CASTRAÇÃO EM PEQUENOS ANIMAIS

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CASTRAÇÃO EM PEQUENOS ANIMAIS 
	A preocupação com o controle população de cães e gatos vem crescendo muito ao longo dos anos, a castração é a forma mais eficiente de evitar a procriação indesejada desses animais e o abandono que ocorre diariamente nas ruas, clinicas veterinárias e pet shops. Além de evitar o crescimento da população de animais de rua, a castração traz benefícios a saúde do animal, proporcionando maior qualidade de vida e a prolongando. (SILVA, S.B.D; FARIAS, J.O.G.; BARROS, R.A.; ANDRADE, G.D.S., 2015).
	Como dito por SILVA et al. (2015), o controle da população de cães urbanos por meio da esterilização é mundialmente reconhecido, pois o excesso de cães e gatos de rua é considerado um problema de saúde pública, pela interação indesejada de humanos com cães errantes que acabam contribuindo para a disseminação de zoonoses, acidentes automobilísticos e até decorrente de mordeduras. 
	Segundo ROMAGNOLI (2008), a castração no caso das fêmeas tem diversas indicações, entre elas a redução do risco de enfermidades mamárias e uterinas, prevenção de doenças ovarianas, doenças progesterona dependentes e enfermidades relacionadas a gestação como a pseudociese. Já nos machos a castração atua diretamente n prevenção de neoplasias e outros distúrbios a nível testicular como a torção do cordão espermático, orquite, epididimite, o procedimento também reduz a chance de doenças como a hiperplasia prostática benigna, prostatite crônica, adenoma perianal e hérnias perianais.
	O procedimento cirúrgico é indicado para os animais por volta dos 6-8 meses de vida quando o sistema reprodutor tanto do macho quanto da fêmea já então maduros, mas também pode ser realizado antes, no caso das fêmeas para evitar as intercorrências do primeiro cio que acontece por volta dos 5 meses (LICHTLER, J., 2014). A ovariohisterectomia (OVH), procedimento realizado nas femeas para a retirada dos ovários é tradicionalmente realizada com incisão pela linha alba, mas também pode ser realizada com acesso cirúrgico pelo flanco quando há crescimento excessivo das grandulas mamarias devido a lactação ou alguma hiperplasia (MACEDO, 2011 apud MIGLIARI; VUONO, 2000). Por ser normalmente um procedimento de cunho eletivo e realizado em animais hígidos, o paciente deve receber uma avaliação pré cirurgica minuciosa. Após a avaliação pré cirúrgica e administração dos fármacos na MPA, a tricotomia ampla da área e a assepsia prévia devem ser realizadas (HOWE, 1999). 
	Deve-se comprimir manualmente a bexiga da fêmea antes da cirurgia, no caso da cadela a incisão abdominal é realizada na linha média se estendendo da cicatriz umbilical até o meio do caminho entre ele e a borda do púbis, em gatas a incisão começa aproximadamente 1cm caudal ao umbigo e se estende cerca de 3 a 5 cm caudalmente (FOSSUM, T.W., 2015). O próximo passo é localizar o corno uterino esquerdo com o dedo indicador, pode-se pinçar o ligamento próprio para auxiliar na retração do ovário, o ligamento suspensório deve ser rompido e localiza-se o complexo AV ovariano, onde se faz uma janela no mesovario para um duplo pinçamento, deve-se manter contato direto com o ovário ao posicionar a primeira pinça para que todo ele seja removido, em seguida rompe-se o pedículo entre a pinça média e o ovário. Coloca-se uma sutura circular frouxa ao redor da pinça proximal e esta é removida a medida que se aperta a sutura circular, realiza-se uma sutura transfixante entre a circular e a superfície de corte do pedículo, prende-se o pedículo com uma pinça e a mais distal é retirada, se não houver sangramento recoloca –se o pedículo dentro de cavidade abdominal, o corno uterino direito é isolado por meio do segmento do corno uterino esquerdo distalmente até a bifurcação e o procedimento realizado do lado esquerdo é repetido no direito (FOSSUM, T.W., 2015).
	Como descrito por FOSSUM (2015), é realizada uma janela no ligamento largo adjacente à artéria e veia uterinas, prende-as e lacera, é feita a ligadura em massa dos ligamentos largo e redondo e sua vascularização. O corpo do útero é exteriorizado e localiza-se a cervix, é utilizada então a técnica das três pinças, rompe-se o corpo uterino entre a pinça media e a proximal, ligam-se individualmente as artérias e veias uterinas entre a pinça distal e a cervix. Coloca-se uma sutura circular frouxa ao redor da pina distal que é removida para o ponto ser apertado no sulco de tecido esmagado, a sutura transfixante é realizada em seguida entre a sutura circular e a pinça remanescente que então é removida, avalia-se a presença ou não de sangramentos antes de recoloca-lo no abdômen. A cavidade abdominal é fechada em um padrão de sutura interrompido com fio absorvível, após fecha-se o tecido subcutâneo e a pele
ROMAGNOLI, S. Surgical gonadectomy in the bitch and queen: should it be done and at what age. In: SOUTHERN EUROPEAN VETERINARY CONFERENCE AND CONGRESO NACIONAL AVEPA, 2008, Barcelona. Proceedings... Barcelona, 2008. ROOT, M.V.; JOHNSTON

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