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@veterinariando_ REINO Animalia FILO Nematoda CLASSE Secernentea ORDEM Strongylida SUPERFAMILIA Strongyloidea FAMÍLIA Syngamidae GÊNERO Stephanurus ESPÉCIE Stephanurus dentatus O Stephanurus dentatus, é o causador de uma doença denominada da estefanurose. É um verme renal de suínos, responsável por danos principalmente no fígado, rins e pulmões. A insuficiência hepática é a principal consequência clínica dessa verminose, trazendo prejuízos no abate, devido a condenação da carcaça do animal por conta das lesões nos órgãos e tecidos afetados pelas larvas migratórias do parasito • São considerados vermes grandes e robustos • Podem medir até 4,5cm de comprimento • Possuem capsula bucal proeminente, com formato de xícara, com coras lamelares pequenas e seis espessamentos cuticulares externos (drogonas) • Possuem 6 dentes cúspides • Esôfago claviforme e bem musculoso • Cutícula transparente, por onde os órgãos internos podem ser vistos • Geralmente apresentam coloração róseo Os ovos medem cerca de 100μm de comprimento x 60μm de largura Possuem formato elípticos Podem medir de 3 a 4,5cm de comprimento Seu corpo termina afiladamente Abertura vulvar fica no meio do corpo Podem medir de 2 a 3cm de comprimento Apresentam bolsa copuladora pequena com dois espículos, iguais ou desiguais em tamanho • Ocorre principalmente em animais criados em pastagens e clima quente • A estefanurose promove grandes perdas econômicas para criadores, devido a condenação do fígado e rins • Outra perda importante é a condenação do desempenho dos suínos, uma vez que a migração dos vermes pode acarretar perda de peso dos animais, diminuindo a qualidade da carcaça Ciclo monoxênico – direto Hospedeiro definitivo: suínos Hospedeiro paratênico: minhocas Há 3 formas de infecção: oral, percutânea e pré-natal 1. Os ovos são eliminados por meio da urina 2. Os ovos liberados contêm L1 3. As larvas se desenvolvem no ambiente de L1 até L3 (infectante) 4. No interior no ovo a larva L3 (infectante) se desenvolve de 3 a 5 dias 5. O ovo eclode e libera a larva infectante, que pode infectar o animal de 3 formas possíveis 1. Os suínos ingerem a L3 livre no ambiente 2. Outro meio de infecção é a ingestão de minhocas com a L3 (hospedeiro de transporte) 3. Na parede do estomago a larva faz muda imediata para L4 4. Essa larva segue para o fígado pela circulação sanguínea 5. Além disso, a larva pode chegar ao intestino pelo sistema porta ou ao pulmão pelo sistema circulatório 6. No fígado, a L4 realiza muda para L5 (jovens adultos) que ficam migrando no parênquima por 3 meses ou mais 7. As larvas L5 perfuram a cápsula de Glisson (camada de tecido conjuntivo que reveste o fígado) e migram na cavidade peritoneal até a região perirrenal 8. Essas larvadas permanecerão acasaladas em cistos no próprio tecido gorduroso em comunicação direta com os ureteres ou essa comunicação ocorre por meio de canalículos 9. Os ovos serão eliminados com a urina 1. As larvas L3 penetram na pele escarificada 2. Fazem migração para os pulmões, onde se tornam L4 3. Seguem para a aorta e atingem o fígado (cerca de 40 dias), onde migram por 3 a 9 meses, após esse período mudam para L5 (jovem adulto) 4. A L5 perfura a cápsula de Glisson e migram na cavidade peritoneal até a região perirrenal, onde permanecem acasalados em cistos no próprio tecido gorduroso ou em comunicação dos cistos com ureteres por canalículos, onde completam seu desenvolvimento 5. Os ovos são excretados pela urina 1. Durante o processo de migração da larva na cavidade peritoneal, elas podem atravessar a placenta e ocasionar a infecção pré-natal É de 6 a 19 meses A longevidade pode variar de 2 a 3 anos A transmissão ocorre por meio da ingestão das larvas infectantes (L3) em pastagens contaminadas Pode ocorrer a transmissão através da pele, a larva infectante penetra na pele lesionada de seu hospedeiro definitivo Pode ocorrer a transmissão pré-natal, a larva presente da mão pode atravessar a barreira placentária e afetar o feto Geralmente não há sinais clínicos aparentes, mas quando há pode se apresentar com: → Paralisia → Ascite → Incapacidade de ganhar peso → Aumento de gânglios linfáticos → Irritação cutânea • É uma doença de animais adultos, pois os leitões são abatidos com 6 meses de vida • É muito comum ocorrer migração errática em infecções por Stephanurus e as larvas podem ser encontradas em muitos órgãos, incluindo pulmões, baço e músculo • Os principais efeitos patogênicos são causados pelas L4, que provocam grandes lesões no fígado e em outros órgãos • Em infecções maciças, podem ocorrer cirrose grave, trombose em vasos hepáticos, ascite e mais raramente, insuficiência hepática e óbito • Os efeitos são detectados somente do exame pós-morte • Geralmente as formas adultas não são patogênicas e ficam encapsuladas em cistos com pus esverdeado na região perirrenal • Raramente os ureteres são comprimidos e estenosados, com consequente hidronefrose • Os animais apresentam dificuldade em ganhar peso • A ascite só é observada em infecções maciças, que podem levar o animal a óbito Os ovos podem não ser encontrados na urina, pois a maior parte das lesões ocorre no período pré-patente Em áreas endêmicas, quando uma grande quantidade de suínos abatidos apresentar cirrose hepática, pode-se fazer um diagnóstico presuntivo Os vermes podem ser identificados durante a necropsia Geralmente o tratamento é realizado com o uso de anti-helmínticos, como: → Benzimidazóis → Levamisol → Ivermectina • É sugerido manter os animais em pisos cimentados, limpos e secos • Comedouros devem ser mantidos em locais seguros de contaminação pela urina dos animais • A separação de suínos jovens de suínos de idade acima de 9 meses (que eliminam ovos na urina) pode auxiliar no controle • Utilização de marrãs para a reprodução, pois são criadas ao sol em solo seco e, delas, se retira uma única ninhada • Pode ser realizado tratamento com anti-helmínticos em porcas e marrãs 1 a 2 semanas antes de terem contato com o macho e novamente 1 a 2 semanas antes do parto • Deve-se considerar que as minhocas são reservatórios contínuos de infecção
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