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TEORIA GERAL DO SEGURO
REALIZAÇÃO
ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO
ASSESSORIA TÉCNICA
ILDEBRANDO NERES JUNIOR – 2019
EDUARDO ARIAS – 2019
MANOELA LOUISE ASSAYAG DE MAGALHÃES SOUZA – 2018/2017
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS – GERÊNCIA DA ESCOLA VIRTUAL
PICTORAMA DESIGN
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola Nacional de Seguros
E73t Escola Nacional de Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.
 Teoria geral do seguro / Supervisão e Coordenação metodológica da
 Diretoria de Ensino Técnico; assessoria técnica de Ildebrando Neres Junior e
 José Eduardo Teixeira Arias. -- 6.ed. -- Rio de Janeiro : ENS, 2019.
 151 p. ; 28 cm
 PDF: ISBN 978-85-7052-750-9
1. Seguro – Teoria. I. Neres Junior, Ildebrando. II. Arias, José Eduardo Teixeira. III. Título.
0019-2328 CDU 368.01(072)
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, 
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
6ª EDIÇÃO
RIO DE JANEIRO 
2019
TEORIA GERAL DO SEGURO
A 
Escola Nacional de Seguros promove, desde 1971, diversas 
iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um 
mercado de seguros, previdência complementar, capitalização 
e resseguro cada vez mais qualificado.
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola Nacional de Seguros oferece a 
você a oportunidade de compartilhar conhecimento e experiências com uma 
equipe formada por especialistas que possuem sólida trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para 
o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a 
competitividade é cada vez maior.
Seja bem-vindo à Escola Nacional de Seguros.
TEORIA GERAL DO SEGURO
1. PRINCIPIOS BÁSICOS DO SEGURO 9
O SEGURO NO TEMPO 10
 DEFINIÇÕES DE SEGURO 12
 OBJETIVO E FINALIDADE DO SEGURO 13
 CARACTERÍSTICAS DO SEGURO 14
Previdência 14
Incerteza 14
Mutualismo 14
 ELEMENTOS BÁSICOS E ESSENCIAIS DO SEGURO 15
Risco 15
Segurado 18
Seguradora 18
Prêmio 19
Indenização 19
 DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO DO SEGURO 21
Quanto à Responsabilidade pela sua Operação 21
Quanto à Natureza 21
Quanto à Classificação dos Seguros Privados 21
Ramos Elementares e Suas Características 23
 FIXANDO CONCEITOS 1 27
SUMÁRIO
INTERATIVO
TEORIA GERAL DO SEGURO
 2. OS SISTEMAS NACIONAIS SEGUROS, 
CAPITALIZAÇÃO E SAÚDE 30
ESTRUTURA DO MERCADO SEGURADOR 31
Importância da Regulação do Mercado de Seguros 32
SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP) 32
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 34
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) 35
Sociedades Autorizadas a Operarem em Seguros Privados (Seguradoras) 36
Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) 36
Empresas de Resseguro 36
Corretores de Seguros 37
Sistema Nacional de Capitalização (SNC) 37
 SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE 37
Ministério da Saúde 37
Conselho de Saúde Suplementar (CONSU) 38
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) 38
Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS) 38
Operadoras 39
 FIXANDO CONCEITOS 2 44
 3. ETAPAS DO SEGURO 46
 ETAPAS DA OPERAÇÃO DE SEGURO 47
Desenvolvimento do produto 48
Comercialização do seguro 48
 INSTRUMENTOS CONTRATUAIS 49
Proposta 50
Subscrição de risco 52
 Apólice 56
Outros Instrumentos Contratuais 59
 COBRANÇA DE PRÊMIO 60
 PRAZO DE VIGÊNCIA DO SEGURO 60
Seguro a Prazo Curto 61
TEORIA GERAL DO SEGURO
Seguro a Prazo Longo 63
 FIXANDO CONCEITOS 3 66
 4. DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS 70
 DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS 71
Condições Gerais, Especiais e Particulares 72
Garantias ou Coberturas 72
Limite Máximo de Garantia (LMG) e Limite Máximo de Indenização (LMI) 74
 RISCOS COBERTOS E NÃO COBERTOS OU EXCLUÍDOS 75
Riscos Cobertos 75
Riscos Não Cobertos ou Excluídos 75
FORMAS DE CONTRATAÇÃO – SEGUROS PROPORCIONAIS 
E NÃO PROPORCIONAIS 76
Seguros Proporcionais 77
Seguros Não Proporcionais 83
Reintegração da Importância Segurada ou Limite Máximo de Garantia 83
Concorrência de Apólices 84
Formas de Contratação no Seguro de Automóveis 86
 FIXANDO CONCEITOS 4 87
 5. MECANISMOS DE PULVERIZAÇÃO DO RISCO 90
 A PULVERIZAÇÃO DO RISCO 91
Limite de Retenção 92
Transferência de Risco 92
 COSSEGURO 92
 RESSEGURO 94
Funções do Resseguro 95
TEORIA GERAL DO SEGURO
 RETROCESSÃO 95
 FIXANDO CONCEITOS 5 97
6. PROCESSO DE SINISTRO 99
 INTRODUÇÃO 100
 ETAPAS DO PROCESSO DE SINISTRO 100
Sinistro de bens 100
Apuração de Danos 101
Regulação 101
Liquidação 102
 PREJUÍZOS INDENIZÁVEIS 103
 SALVADOS 103
 RESSARCIMENTO 103
 SUB-ROGAÇÃO 103
 INDENIZAÇÃO 104
 FRANQUIA 105
 PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SEGURADO (POS) 107
 VALOR DE NOVO E VALOR ATUAL 108
 DEPRECIAÇÃO 108
 FIXANDO CONCEITOS 6 111
7. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE 
OS PRINCIPAIS RAMOS DE SEGUROS 114
 SEGUROS DE AUTOMÓVEIS 115
 SEGUROS COMPREENSIVOS (RESIDENCIAIS, CONDOMINIAIS E EMPRESARIAIS) 115
 RISCOS NOMEADOS E RISCOS OPERACIONAIS 116
Seguros de Riscos Nomeados 116
Seguro de Riscos Operacionais 116
 SEGURO DE ROUBO 117
TEORIA GERAL DO SEGURO
 LUCROS CESSANTES 117
 RAMOS DIVERSOS 118
 SEGUROS DE TRANSPORTES 118
 SEGUROS DE AERONÁUTICOS 119
 SEGURO DE CASCOS MARÍTIMOS (EMBARCAÇÕES) 119
 SEGUROS DE RESPONSABILIDADE CIVIL 119
 SEGUROS DE CRÉDITO 120
 SEGURO DE GARANTIA 120
 SEGURO DE RISCOS DE ENGENHARIA 120
 SEGURO RURAL 121
 SEGUROS DE PESSOAS 121
 HABITACIONAL 121
 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA 122
 RISCOS ESPECIAIS 122
Seguro Riscos de Petróleo 122
Seguros Nucleares 122
Riscos Decorrentes da Operação Nuclear 122
 ANEXOS 123
ANEXO 1– MODELO DE PROPOSTA DE SEGURO DE PESSOAS – VIDA INDIVIDUAL 123
ANEXO 2 – MODELO DE APÓLICE DE SEGURO DE PESSOAS – ACIDENTES PESSOAIS 124
ANEXO 3 – MODELO DE PROPOSTA DE SEGURO DE DANOS 125
ANEXO 4 – MODELO DE APOLICE DE SEGURO DE DANOS 129
ANEXO 5 – MODELO DE CERTIFICADO DE SEGURO 133
ANEXO 6 – MODELO DE APÓLICE DE SEGURO DE AUTOMÓVEL 134
ANEXO 7 – CODIFICAÇÃO DOS RAMOS DE SEGUROS 136
9
UNIDADE 
TEORIA GERAL DO SEGURO
 GABARITO 143
 GLOSSÁRIO 144
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 150
TEORIA GERAL DO SEGURO 10
UNIDADE 101
PRINCIPIOS 
BÁSICOS
do SEGURO
 ■ Conhecer o surgimento do 
seguro.
 ■ Definir seguro e explicar 
sua finalidade.
 ■ Citar as características 
inerentes ao seguro.
 ■ Identificar os elementos 
básicos e essenciais do 
seguro.
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
O SEGURO NO TEMPO
DEFINIÇÕES DE SEGURO
OBJETIVO E FINALIDADE 
 DO SEGURO
CARACTERÍSTICAS DO 
SEGURO
ELEMENTOS BÁSICOS E 
ESSENCIAIS DO SEGURO
DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO 
DO SEGURO
FIXANDO CONCEITOS 1
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
TEORIA GERAL DO SEGURO 11
UNIDADE 1
 O SEGURO NO TEMPO 
A luta por melhores condições de vida envolve, entre outros aspectos, a 
constituição de um patrimônio e de uma renda familiar. Acumulados ao lon-
go de anos de trabalho, eles podem ser perdidos, de uma hora para outra, 
em virtude da exposição a riscos imprevisíveis e inevitáveis.
A necessidade de proteção contra o perigo, a incerteza quanto ao futuro 
e a possibilidade de perda dos bens e da receita da família e do indivíduo 
acompanham o ser humano em sua evolução.
O conhecimento dos fatos históricos que marcaram o desenvolvimento 
da atividade securitária ao longo dos séculos serve como paradigma que 
busca, nos acontecimentos passados, os fundamentos para o desenvolvi-
mento de técnicas capazes de conhecer os riscos em suas várias formas.
Viver envolve riscos. Se, no passado, o ser humano corria o risco de ser 
atacado por uma fera ou morrer de frio ou de fome, hoje enfrenta riscos 
ambientais que afetam seu patrimônio e sua saúde, esta última também 
afetada por outros riscos originados pela falta ou por excessos em sua ali-
mentação, por doenças novas para as quais a cura ainda não existe e pelo 
próprio estilo de vida do indivíduo.
Portanto,o ser humano evoluiu, e os riscos o acompanharam nessa mudança.
Nossa história recente registrou fatos cuja probabilidade foi constatada 
após a sua ocorrência, e não o contrário, como deveria ser, para que os 
indivíduos se prevenissem. Por isso, conhecer um pouco da história do 
seguro nos mostra o caminho que o mercado segurador trilhou até chegar 
aos dias de hoje.
Se pudéssemos encontrar palavras para definir o surgimento da atividade 
de seguros, certamente essas palavras seriam “solidariedade” e “mutualis-
mo”, princípios aplicados inclusive no contrato de seguros. 
12
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
Durante o curso, você conhecerá o surgimento do seguro, sua regulação, 
termos técnicos utilizados somente no mercado segurador, elementos 
essenciais do seguro, como se faz um seguro, enfim, assuntos que envol-
vem todas as etapas do seguro.
Saiba mais
Necessidade de controlar riscos 
O ser humano sempre esteve preocupado com a estabilidade de sua existência. Por 
sofrer as consequências das variações climáticas e dos perigos da vida, desde a 
Pré-História, procurava se organizar em grupos para ter mais força e garantir o sustento 
e a segurança da comunidade. Com o tempo, a evolução das atividades comerciais 
mostrou também a necessidade de proteção contra os prejuízos financeiros. E foi dessa 
forma, justamente buscando garantir as finanças e diminuir a insegurança nas ativida-
des cotidianas, que surgiu o seguro, da necessidade de controlar riscos.
Outras Curiosidades
Cerca de 2.500 anos antes de Cristo, os cameleiros da Babilônia, preocupados com 
as constantes perdas nas caravanas, instituíram uma forma mutualística de amparar o 
companheiro prejudicado, mediante um acordo por meio do qual as perdas ocorridas 
durante a expedição seriam rateadas entre todos.
Os navegadores fenícios e hebreus também rateavam os prejuízos ocorridos durante 
as suas viagens, principalmente nos mares Egeu e Mediterrâneo.
No século 12 d.C., surgiu uma modalidade de seguro chamada Contrato de Dinheiro a 
Risco Marítimo, segundo a qual um financiador emprestava ao navegador o dinheiro 
no valor da embarcação. Se a embarcação se perdesse, o navegador não devolvia o 
dinheiro emprestado, mas, se a embarcação chegasse intacta ao seu destino, o dinhei-
ro emprestado era devolvido ao financiador, acrescido de juros.
No mesmo século 12, o Papa Gregório IX proibiu a realização de Contratos de Dinheiro 
a Risco Marítimo e, consequentemente, surgiu uma forma similar de seguro denomina-
da Feliz Destino, pela qual um banqueiro comprava a embarcação, com a previsão de 
recompra pelo vendedor. Se a embarcação chegasse sem sofrer qualquer sinistro, a 
Cláusula de Recompra era acionada, e o banqueiro revendia a embarcação ao proprie-
tário original por um valor maior. Se a embarcação ou a carga se perdesse, o dinheiro 
adiantado pelo banqueiro corresponderia à indenização pelo sinistro.
Em 1347, surgiu em Gênova, na Itália, o primeiro contrato de Seguro Marítimo, com a 
emissão de apólice de seguro.
13
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
 DEFINIÇÕES DE SEGURO 
Pessoas ou empresas estão sujeitas a diversos tipos de eventos imprevisí-
veis, ou seja, a diversos tipos de riscos, como um incêndio ou acidente de 
automóvel. O seguro pode ajudar as pessoas ou empresas a diminuirem as 
preocupações futuras que poderão acarretar prejuízos.
Seguro é um mecanismo de transferência de risco de uma pessoa ou 
empresa para uma seguradora que assumirá esse risco. Ao transferir o 
risco, uma pessoa ou empresa pagará determinado valor à seguradora. 
Caso esse risco aconteça, a seguradora reembolsará as perdas sofridas.
FIGURA 1: TRANSFERÊNCIA DE RISCO
O segurado 
paga o Prêmio
Caso ocorra o risco
relacionado, a seguradora
paga a indenizaçao
CONTRATO
SEGURADO SEGURADO
SINISTRO
TRANSFERÊNCIA
DO 
RISCO
SEGURADORA
Entre as diversas definições de seguro, destacamos as seguintes:
“Contrato em virtude do qual um dos contratantes (segu-
rador) assume a obrigação de pagar ao outro (segurado), 
ou a quem este designar, uma indenização, um capital ou 
uma renda, no caso em que advenha o risco indicado e 
temido, obrigando-se o segurado, por sua vez, a lhe pagar 
o prêmio que se tenha estabelecido.”
(Houaiss)
14
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
"Operação pela qual, mediante o pagamento de uma peque-
na remuneração, uma pessoa se faz prometer para si ou para 
outrem, no caso da efetivação de um evento determinado, 
uma prestação de uma terceira pessoa que, assumindo um 
conjunto de eventos determinados, os compensa de acordo 
com as leis da estatística e o princípio do mutualismo.”
 (Hermard)
 OBJETIVO E FINALIDADE 
 DO SEGURO 
Diante dessas definições, podemos dizer que o objetivo do seguro é 
garantir a reposição de um bem ou minimizar a perda de uma pessoa ou 
uma empresa por meio do pagamento da quantia estipulada no contrato.
A finalidade específica do seguro é restabelecer o equilíbrio econômico 
perturbado, sendo vedada, por lei, a possibilidade de se revestir do aspec-
to de jogo ou de dar lucro ao segurado.
O seguro foi criado em função da necessidade de proteção contra o peri-
go, da incerteza do futuro e da imprevisibilidade dos acontecimentos. 
Progressivamente, foi aperfeiçoado, constituindo-se, atualmente, em um 
mecanismo de atuação também no campo macroeconômico, uma vez que 
promove a acumulação de recursos por meio da formação das reservas 
inerentes à atividade, além de contribuir para formar poupança interna e 
para gerar investimentos no país.
A finalidade do seguro está, portanto, vinculada à proteção dos indivíduos, 
da família e da própria sociedade, podendo, assim, ser dita de natureza 
particular, mas que atinge, consequentemente, objetivo de ordem social ao 
preservar condições de sustento individual ou familiar.
Isto é básico
O seguro não pode ser um jogo e nem dar lucro ao segurado.
Importante
Quando um indivíduo morre, 
pode ser que sua família fique 
econômica e financeiramente 
desamparada, o que vem a 
ser um problema de ordem 
social. O mesmo acontece 
em caso de invalidez, com 
a perda da capacidade 
laborativa do responsável 
pelo sustento da família. 
15
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
 CARACTERÍSTICAS DO SEGURO 
As características básicas do seguro são: Previdência, Incerteza e Mutualismo.
 — Previdência
O seguro oferece proteção às pessoas com relação a perdas e danos que 
venham a sofrer no futuro, atingindo a elas próprias ou às suas proprie-
dades ou bens. Assim, verificamos que uma pessoa que se preocupa em 
resguardar a si ou aos seus bens contra os prováveis riscos a que estão 
expostos em seu dia a dia, adotando medidas de prevenção e/ou contra-
tando seguro, está sendo previdente.
 — Incerteza
Na contratação do seguro, sempre há o elemento de incerteza: seja quan-
to à ocorrência (se vai acontecer) ou quanto à época (quando vai aconte-
cer). Nos Seguros de Vida, a incerteza refere-se somente à época. 
 — Mutualismo
Na atividade de seguros, entende-se por Mutualismo a reunião de um grupo 
de pessoas com interesses seguráveis comuns, que concorrem para a forma-
ção de uma massa econômica, com a finalidade de suprir, em determinado 
momento, necessidades eventuais de algumas daquelas pessoas do grupo 
ou de parte do grupo. Assim, o impacto financeiro de um evento, que poderia 
ser fatal ou catastrófico para um indivíduo ou empresa, é distribuído entre os 
integrantes de um grupo maior por custo relativamente baixo.
Exemplos se apresentam de diversas formas em nosso cotidiano, como 
quando um grupo de estudantes se cotiza para realizar uma festa de for-
matura ao término de seu curso ou quando os condôminos incluem em 
suas cotas condominiais mensais um valor destinado à formação de um 
fundo de reserva para fazer face às despesas eventuais não orçadas de 
seu condomínio.
No caso de Mutualismo, as seguradoras reúnem todos os prêmios que 
recebem em um fundo queé usado para pagar as perdas que ocorrem 
com frequência.
16
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
 ELEMENTOS BÁSICOS E 
 ESSENCIAIS DO SEGURO 
São cinco os elementos essenciais para que exista um seguro: Risco, 
Segurado, Seguradora, Prêmio e Indenização.
Serão abordados também além dos elementos essenciais do seguro, 
outros conceitos como estipulante, beneficiário e corretor de seguros.
 — Risco
Nas operações de seguro, risco é a possibilidade de ocorrência de um 
evento aleatório que cause dano de ordem material, pessoal ou mesmo 
de responsabilidades. Ele é assumido pela seguradora, que se obriga a 
indenizar a importância segurada na ocorrência do risco coberto, mediante 
o pagamento do prêmio do seguro realizado.
Risco é ainda o evento incerto ou de data incerta que independe da vonta-
de das partes contratantes e contra o qual é feito o seguro. Risco é expec-
tativa de sinistro. Sem risco, não faz sentido contratar um seguro.
Segundo a ABNT NBR ISO 31.000:2009, risco é o efeito da incerteza em 
relação aos objetivos (das pessoas ou das empresas).
Sob o ponto de vista legal, o risco constitui o objeto do seguro, pois o segu-
rado transfere à seguradora, por meio do seguro, o risco, e não o bem.
Não se faz Seguro de Vida, mas sim do evento morte. Não se faz Seguro 
de Automóveis, mas sim dos riscos que podem causar danos ao veículo 
(por colisão) ou a sua perda (por roubo).
Nas operações de seguro, as condições indispensáveis que definem o ris-
co como segurável são:
Ser possível 
Para que haja possibilidade de seguro, deve haver uma probabili-
dade de ocorrência. Segurar risco impossível de acontecer seria o 
mesmo que admitir um contrato sem objeto. 
Exemplo: para contratar um Seguro de Automóveis, é necessá-
rio que a pessoa tenha algum interesse segurável (no caso desse 
seguro, um veículo). Se a pessoa não tem um veículo próprio ou 
sob sua responsabilidade, não existe bem a ser segurado. Logo, 
também não há risco segurável.
17
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
Ser futuro
Considera a possibilidade de um risco futuro. Eventos já ocorridos 
(sinistros) até o momento da realização do contrato não podem ser 
admitidos como riscos e, portanto, não são seguráveis. 
Exemplo: não se pode contratar um Seguro de Vida para garantir 
a morte de alguém já falecido. Da mesma forma, não se pode con-
tratar o Seguro de Automóveis para garantir o roubo ou furto se o 
veículo já estiver desaparecido por roubo ou furto.
Ser incerto
A natureza incerta ou aleatória do risco não pode ser dissociada 
do Contrato do Seguro. Logo, só se pode fazer Seguro para garan-
tir riscos incertos, que podem ou não ocorrer, ou, no caso de risco 
certo, que tenha data incerta para a ocorrência. 
Exemplo: uma pessoa que se atira de um avião em pleno ar, de 
grande altitude, sem paraquedas sabe as consequências que seu 
ato pode acarretar.
Independer da vontade das partes contratantes
O risco deve ocorrer de forma acidental, e não intencional. 
Exemplo: se uma pessoa contrata o seguro de um imóvel para 
garantir riscos de incêndio, queda de raio e explosão, e tem a 
intenção de incendiá-lo, está descaracterizando a incerteza quan-
to à ocorrência dos danos pelo fogo.
Resultar de sua ocorrência um prejuízo
É necessário que o contratante tenha algum interesse segurável 
para que ele ou seu(s) beneficiário(s) venha(m) a receber indeniza-
ção, ou seja, a ocorrência do risco deve comportar uma perda ou 
prejuízo financeiro. 
Exemplo: a ocorrência de um vendaval que atinja um imóvel e o 
danifique gera prejuízo financeiro.
Ser mensurável
Se o risco não puder ser medido, a seguradora não poderá estabe-
lecer um custo adequado para a sua aceitação. 
Exemplo: o risco de acidentes na construção civil.
18
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
Divisão e Classificação dos Riscos 
Nas operações de seguros, existe a seguinte classificação de riscos:
Quanto à Natureza
Risco puro
Risco generalizado, que afeta a sociedade como um todo, para o 
qual só existem duas possibilidades: perder ou não perder. Esse 
tipo de risco é objeto de análise, feita por técnicos de seguro, ou 
seja, é segurável.
Exemplo: A possibilidade de morte dos indivíduos é um risco puro. Se 
ocorrer a morte de alguém, há perda e, se não ocorrer, não há perda.
Risco especulativo
Risco que envolve três possibilidades: perder, não perder ou ganhar. 
Esse tipo de risco não é segurável no mercado de seguros, uma 
vez que envolve a possibilidade de ganho, vedado por lei nas ope-
rações dessa natureza. Deve ser tratado com técnicas comerciais. 
Exemplo: Uma sapataria adquire determinada quantidade de 
sapatos com a intenção de vendê-los por preço maior. Caso isso 
aconteça, há ganho. Se a mercadoria for vendida pelo mesmo pre-
ço, não há perda nem ganho. Entretanto, se o preço de venda for 
inferior ao da compra, há perda.
Importante
Embora as expressões “riscos puros” e “riscos particulares” geralmente sejam utilizadas 
com o mesmo significado, nos riscos particulares, os riscos se limitam a situações particu-
larizadas, enquanto, nos riscos puros, os riscos são generalizados. Observamos que em am-
bos só existem duas possibilidades: perder ou não perder. Portanto, são riscos seguráveis.
Exemplos: o risco de explosão de uma indústria é um risco puro, enquanto o risco de explo-
são da indústria “X” é um risco particular.
A possibilidade de choque entre automóveis é um risco puro, enquanto o choque entre os 
veículos de dois indivíduos identificados é um risco particular.
Quanto à Origem
Riscos fundamentais
Riscos impessoais que resultam de mutações sociais e econômi-
cas, afetando a coletividade. O tratamento desses riscos compete 
ao Estado.
Exemplo: perdas decorrentes de guerra ou inflação.
19
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
Riscos particulares
Aqueles que afetam somente os indivíduos ou empresas em parti-
cular, e não a sociedade, e para os quais também só existem duas 
possibilidades: perder ou não perder. Esses são riscos seguráveis, 
a serem tratados por seguradores particulares.
Exemplo: morte ou invalidez de um cidadão.
 — Segurado
É a pessoa física ou jurídica em nome da qual o seguro é contratado. É 
quem tem interesse economicamente no bem exposto ao risco e que 
transfere para a seguradora, mediante o pagamento de certa quantia (prê-
mio), o risco de um determinado evento atingir o bem de seu interesse ou 
gerar uma responsabilidade.
Em situações específicas, conforme o tipo de seguro contratado, podem 
existir adicionalmente as figuras do estipulante e do beneficiário, assim 
qualificados:
 ■ estipulante – é a pessoa física (natural) ou jurídica que contrata 
apólice coletiva de seguros, ficando investida dos poderes de 
representação dos segurados perante a sociedade seguradora 
nos termos da regulamentação em vigor – art. 801 do Código Civil 
Brasileiro; e
 ■ beneficiário – é a pessoa física (natural) ou jurídica designada pelo 
segurado para receber as indenizações devidas pelo segurador 
ou, ainda, as pessoas legalmente reconhecidas como habilitadas 
para este fim.
Na maioria dos ramos de seguro, o segurado é o próprio estipulante e 
beneficiário do seguro.
 — Seguradora
É a pessoa jurídica que assume a responsabilidade por riscos contratados 
e responde junto ao segurado pelas obrigações assumidas. É responsável 
por emitir a apólice — em caso de ocorrência de sinistro — e pagar indeni-
zação ao segurado ou ao(s) seu(s) beneficiário(s). 
As principais obrigações da seguradora são: gerenciar corretamente os 
riscos que lhe são confiados e pagar o prejuízo resultante de risco coberto 
assumido na ocorrência de sinistro, ou seja, indenizar o beneficiário de 
acordo com as condições estabelecidas no contrato.
Em situações específicas, conforme o tipo de seguro contratado, podem 
existir adicionalmente as figuras do estipulante, do beneficiário e do toma-
dor.
20
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
 — Prêmio
É a prestação pagapelo segurado para a contratação do seguro, efetivada 
com a emissão da apólice por parte da empresa seguradora. É o mesmo 
que custo ou preço do seguro.
O prêmio deve ser especificado no contrato de seguro, de forma a garan-
tir que o segurador assuma a responsabilidade de um determinado risco. 
Com o pagamento do prêmio, o segurado adquire o direito à indenização 
previamente combinada, e devidamente estabelecida, desde que o sinis-
tro corresponda ao risco coberto pelo contrato de seguro.
O prêmio é um dos elementos essenciais do contrato de seguro. A falta de 
pagamento, nas condições legais e contratualmente estabelecidas, implica 
a dispensa da obrigação de indenizar por parte da seguradora, na forma 
do art. 763 do Código Civil.
O prêmio do seguro pode ser pago de uma só vez pelo segurado ou pelo 
estipulante, podendo, ainda, ser fracionado ou dividido em parcelas (com 
ou sem juros, por decisão do segurador).
Importante
A falta de pagamento do prêmio ou parcelas, nas condições estabelecidas, implica o 
cancelamento automático do contrato, independentemente de qualquer interpelação 
judicial ou extrajudicial.
O prêmio pago se refere a todo o período de vigência do seguro. Entretanto, as segura-
doras denominam prêmio ganho à parcela de prêmio relativa ao período de tempo do 
risco já passado.
Exemplo: se a seguradora emitiu uma apólice anual e decorreram 210 dias do prazo do 
seguro sem a ocorrência de sinistro no período, o prêmio correspondente a 210/365 do 
prêmio anual é denominado prêmio ganho.
 — Indenização
É a contraprestação do segurador ao segurado que, com a efetivação do 
risco (ocorrência de evento previsto no contrato), venha a sofrer prejuízos 
de natureza econômica, tendo direito à indenização acordada.
21
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
A indenização é considerada um dos elementos do seguro por ser a con-
traprestação da seguradora ao segurado, caso ocorra um sinistro coberto.
Assim, se, por um lado, o segurado tem por obrigação pagar um prêmio à 
seguradora quando contrata um seguro, por outro, a seguradora tem por 
obrigação efetuar o pagamento de uma indenização ao segurado quando 
ocorre um risco coberto pelo contrato de seguro (sinistro).
Além dos elementos básicos e essenciais do seguro, veremos outro ele-
mento também importante: corretor de seguros.
Corretor de seguros 
É o intermediário, pessoa física ou jurídica, legalmente autorizado a anga-
riar e promover contratos de seguros entre seguradoras e segurados.
Exemplo
Suponha que uma empresa X tenha negociado com a Seguradora Imaginária um 
seguro de Vida em Grupo, para todos os seus funcionários, com cobertura de morte 
(qualquer causa) e invalidez permanente, ao custo mensal de R$ 12.000,00. Suponha 
também que, durante a vigência do seguro, houve o óbito de um funcionário, cabendo 
à esposa e aos filhos uma indenização de R$ 100.000,00.
Identificamos, nesse exemplo, os seguintes elementos:
 ■ Estipulante: empresa X.
 ■ Seguradora: Imaginária.
 ■ Segurados: todos os funcionários da empresa X.
 ■ Riscos cobertos: morte (qualquer causa) e invalidez permanente.
 ■ Prêmio Mensal: R$ 12.000,00.
 ■ Indenização: R$ 100.000,00.
 ■ Beneficiários: esposa e filhos do funcionário falecido
Não esqueça:
Seguro é um contrato entre duas partes — o segurador (pessoa jurídica) 
e um segurado (uma empresa ou pessoa física) —, no qual está prevista 
a possibilidade de um determinado acontecimento, o risco, pelo qual se 
paga uma quantia, o prêmio, para que, quando ocorra esse acontecimento 
(sinistro), haja a reparação dos danos, que é a indenização ao segurado 
ou a terceiros (os beneficiários).
22
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
 DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO 
 DO SEGURO 
Os seguros são classificados de acordo com vários pontos de vista, entre 
eles: quanto à responsabilidade pela sua operação, quanto aos ramos de 
seguro e quanto à sua natureza.
 — Quanto à Responsabilidade 
pela sua Operação
São divididos em Seguros Sociais e Seguros Privados:
Seguros Sociais
São aqueles operados pelo Estado por meio da Previdência Social. 
Incluem assistência médica, aposentadoria, pensão, acidentes de 
trabalho e outros benefícios, como os concedidos no âmbito do 
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Seguros Privados
São os operados por empresas privadas de seguro. Podem ou não 
ser obrigatórios e podem apresentar, ainda, características sociais, 
como é o caso do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causa-
dos por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).
 — Quanto à Natureza
Seguros de Danos
Destinam-se à reparação, à compensação de um dano sofrido. É a 
reparação de perdas materiais em consequência de risco coberto 
e prejuízos aos bens de propriedade do segurado. São considera-
dos seguro de bens: de incêndio, roubo, furto etc.
Seguros de Pessoas
Garantem pessoas contra os riscos a que estão expostas: sua exis-
tência, sua integridade física e sua saúde. Não há reparação de 
danos ou indenização propriamente dita.
 — Quanto à Classificação 
dos Seguros Privados
O Código Civil Brasileiro instituiu uma nova divisão dos seguros em Segu-
ros de Danos e Seguros de Pessoas. A legislação atual classifica os segu-
ros da seguinte forma:
Saiba mais
Sobre Seguros de Danos – 
art. 778 a 788 do Código Civil 
Brasileiro.
23
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
Ramos Elementares
Os que visam garantir perdas e danos ou responsabilidades prove-
nientes de riscos de fogo, transporte, acidentes pessoais e outros 
eventos que possam ocorrer e afetar pessoas, coisas e bens, res-
ponsabilidades, obrigações, garantias e direitos.
Pessoas (Vida)
Os que, com base na duração da vida humana, visam garantir a 
segurados ou a terceiros o pagamento, dentro de determinado 
prazo e condições, de quantia certa, renda ou outro benefício.
Como exemplos de Seguros de Pessoas, temos: Seguro de Vida, 
Seguro Funeral, Seguro de Acidentes Pessoais, Seguro Educa-
cional, Seguro Viagem, Seguro Prestamista, Seguro de Diária 
por Internação Hospitalar, Seguro-Desemprego (perda de renda), 
Seguro de Diária de Incapacidade Temporária, Seguro de Perda de 
Certificado de Habilitação de Voo.
As sociedades seguradoras autorizadas a operar Seguros de 
Pessoas podem também operar Seguro de Acidentes Pessoais 
e Seguro Habitacional, na forma regulamentada pelo Conselho 
Nacional de Seguros Privados (CNSP) e pela Superintendência de 
Seguros Privados (SUSEP).
No que se refere à classificação dos Seguros Privados, esta foi 
inicialmente determinada pelo Decreto n° 61.589/1967, que mais 
recentemente foi modificado pela MP n° 2.177-44/2001. Com a cria-
ção da ANS pela Lei nº 9.961, as atribuições que eram do CNSP 
e da SUSEP passaram para o Conselho de Saúde Suplementar 
(CONSU) e para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 
tendo como resultado dessa mudança a retirada do ramo Saúde 
da regulamentação da SUSEP.
Atenção
Seguro-Saúde
Não se pode mais chamar a Saúde Suplementar de seguro, mas muitos ainda conside-
ram razoável tratar o assunto dessa forma, porque os indivíduos são beneficiários dos 
seguros de pessoas e também de consultas, exames e outros procedimentos na Saúde 
Suplementar.
Em algumas corretoras de seguros, há uma segmentação no atendimento aos clientes 
denominada Área de Benefícios, que engloba tudo o que se destina a pessoas, sejam 
Seguros, Planos de Saúde ou Odontológicos.
24
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
 — Ramos Elementares e 
Suas Características 
No Brasil, os seguros são divididos em ramos, que, em alguns casos, são 
divididos em modalidades. Entende-se por grupo o conjunto de ramos com 
alguma característica em comum. Por exemplo: Seguro de Roubo, Seguro 
Contra Tumultos e Seguro Global de Bancos visam proteger o patrimônio, 
sendo classificados pela SUSEP no grupo de Seguros Patrimoniais.
Os Ramos de Seguros estão atualmente classificados e codificados confor-
me a Circular SUSEP n° 535/2016, queestabeleceu, para efeitos contábeis, 
um código de grupo e um identificador para cada ramo de seguro. 
É importante que o corretor de seguros conheça a codificação estabe-
lecida pela SUSEP para saber como são feitos os enquadramentos dos 
diversos ramos de seguro e para identificar, nas estatísticas disponíveis no 
mercado, a partir dos códigos de contabilização, a quais ramos se referem.
Além disso, as seguradoras costumam identificar no número da apólice 
por meio dos códigos de contabilização, a sucursal e o ramo a que se 
refere o seguro contratado.
Ramo de Seguro 
O termo “ramo” engloba o conjunto de coberturas diretamente 
relacionadas ao objeto ou objetivo do plano de seguro. 
Exemplo: se uma seguradora oferecer um plano de seguro cujo obje-
tivo seja conceder cobertura para cargas transportadas em cami-
nhões, no território nacional, contra os riscos de acidentes do veículo 
transportador, que causem dano à carga (tombamento, capotagem), 
deverá adotar as coberturas do ramo Transporte Nacional, que tem, 
em seu conjunto de coberturas, os riscos de acidentes rodoviários.
A expressão “ramo principal” se refere ao ramo, dentre todos os incluí-
dos em um determinado plano de seguro, que melhor caracteriza o 
referido plano, considerando-se as coberturas abrangidas por ele. 
Exemplo: se uma seguradora vier a comercializar um Plano de 
Seguro para Academias, no qual esteja definida, como cobertura 
básica, a indenização relativa a perdas e danos decorrentes dos 
riscos de incêndio, raio e explosão (previstos no ramo de Seguro 
Compreensivo Empresarial), e mais, sob a forma de contratação 
agregada ou facultativa, a cobertura de responsabilidade civil por 
guarda de veículos de terceiros (prevista no ramo Responsabilida-
de Civil Geral), teríamos como ramo principal o de Seguro Com-
preensivo Empresarial, já que as coberturas que melhor caracteri-
zam o objetivo do plano de seguro criado pela seguradora para as 
25
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
academias estão alocadas nesse ramo.
Plano de Seguro
A nomenclatura plano de seguro é utilizada para definir cada pro-
duto ou cada tipo de seguro que é ou vier a ser comercializado 
pelo mercado segurador, podendo abranger um único ramo de 
seguro ou vários.
Exemplo: as seguradoras costumam comercializar o plano de 
Seguro de Automóvel (ou simplesmente Seguro de Automóvel) 
incluindo o ramo Automóvel — Casco (que é um ramo de seguro), 
acoplando a ele coberturas do ramo Acidentes Pessoais de Pas-
sageiros (APP), que é outro ramo de seguro, de Responsabilidade 
Civil Facultativo de Veículos (RCFV), que também é outro ramo de 
seguro, e de Assistência e Outras Coberturas, que agora passou a 
ser um novo ramo de seguro. Temos, nesse caso, quatro Ramos de 
Seguro independentes envolvidos em um mesmo plano de seguro. 
Também é comum as seguradoras comercializarem planos que 
envolvam somente um ramo de seguro.
Por exemplo: Plano de Seguro de Lucros Cessantes (ou simples-
mente Seguro de Lucros Cessantes), que envolve somente o Ramo 
Lucros Cessantes.
Além das definições citadas, a SUSEP, a partir da Circular n° 535/2016, 
estabeleceu várias outras definições e normatizações aplicáveis aos 
Seguros de Danos, entre as quais destacamos as seguintes:
 ■ Plano de Seguro Simples
É o plano de seguro que contempla exclusivamente cobertu-
ras de um único ramo.
Exemplo: Plano de Seguro de Riscos de Engenharia (ou sim-
plesmente Seguro de Riscos de Engenharia).
 ■ Plano de Seguro Composto
É o plano de seguro que, além das coberturas do ramo prin-
cipal, contém coberturas agregadas (ou facultativas) submeti-
das em conjunto à SUSEP para aprovação (essas coberturas 
podem ser pertencentes ou não ao mesmo grupo). 
Exemplo: um Plano de Seguro de Vida com Acidentes Pessoais 
e Perda de Renda ou Desemprego (nesse plano de seguro, 
estão incluídos três ramos de seguro do mesmo grupo — Pes-
soas Coletivo —, conforme tabela do Anexo 2 deste material).
 ■ Cobertura Agregada
É a cobertura de contratação facultativa em um plano de 
26
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
seguro composto, pertencente a ramo de seguro distinto do 
ramo principal. 
Retomando o exemplo em que uma seguradora decidiu 
comercializar um Plano de Seguro para Academias, citamos, 
como cobertura básica, os riscos de incêndio, raio e explosão, 
e como coberturas agregadas ou facultativas, todas as demais 
opções de cobertura: alagamento, desmoronamento, rou-
bo, equipamentos estacionários e responsabilidade civil pela 
guarda de veículos de terceiros.
 ■ Plano de Seguro Principal
É o plano de seguro simples ou composto, ao qual o plano 
secundário poderá estar vinculado.
Ainda utilizando o exemplo do Plano de Seguro para Acade-
mias, teremos como ramo de seguro principal o Seguro Com-
preensivo Empresarial.
 ■ Plano de Seguro Secundário
É o plano de seguro que apresenta coberturas típicas de um 
único ramo, que somente poderão ser comercializadas em 
conjunto com um ou mais planos de seguro principal, e que 
possui registro próprio na SUSEP. 
Exemplo: uma seguradora poderá definir que somente con-
tratará Seguro de Roubo como plano de seguro secundário, 
em complemento aos seus planos de Seguros Compreensivos 
Residenciais ou Condominiais, ou empresariais, os quais serão 
definidos como ramo principal.
Notas
Confira a nova codificação de 
Ramos de Seguro no Anexo 7.
27
UNIDADE 1
TEORIA GERAL DO SEGURO
ETAPAS 
DO SEGURO+
+
EFETIVAÇÃO DO RISCO 5
Ocorre uma situação que 
caracteriza o Sinistro.
SEGURADO PAGA O 
PRÊMIO
O Segurado realiza o 
pagamento do prêmio. 
4
ANÁLISE DO RISCO3
3.1
3.2
Seguradora analisa o Risco.
Se aceito, emite a Apólice 
contendo: nome e domicílio do 
Segurado e da Seguradora, 
objeto ou pessoa seguradora, 
natureza dos riscos garantidos, 
prazo de vigência, valor 
segurado, prêmio, etc.
ENCAMINHAMENTO 
DA PROPOSTA
O Corretor encaminha a proposta 
a uma Seguradora.
2
1
COMUNICAÇÃO DE SINISTRO
O Segurado comunica a ocorrência do 
Sinistro à Seguradora.
6
A Seguradora paga a 
indenização ao Segurado.
PAGAMENTO 
DA INDENIZAÇÃO8
A Seguradora aciona seus peritos para apurar e 
quantificar a extensão dos prejuízos.
7REGULAÇÃO DO SINISTRO
PREENCHIMENTO 
DA PROPOSTA
O Proponente, intermediado pelo 
Corretor de Seguros, preenche 
proposta: um questionário com 
condições do contrato.
28
FIXANDO CONCEITOS
TEORIA GERAL DO SEGURO
 FIXANDO CONCEITOS 1 
Marque a alternativa correta.
1. A finalidade específica do seguro é:
(a) Garantir ao segurado a substituição do bem sinistrado sempre que 
houver a sua perda.
(b) Permitir ao segurado comprar um veículo novo quando houver sinistro.
(c) Restabelecer o equilíbrio econômico perturbado pela ocorrência de 
risco coberto.
(d) A troca de uma despesa incerta futura e de valor elevado por outra, 
certa, antecipada e de valor comparativamente menor.
(e) Dar lucro ao segurado quando o seguro for contratado com impor-
tância segurada superior ao valor real do bem.
2. Na definição de seguro de Hermard, consta que a operação de seguro é 
a assunção de um conjunto de eventos determinados pelo segurador, que 
os compensa de acordo com:
(a) As leis da estatística e o valor matemático do risco.
(b) O princípio do mutualismo e o custo médio dos sinistros.
(c) O valor matemático do risco e o mutualismo.
(d) As leis matemáticas e o princípio do mutualismo.
(e) As leis da estatística e o princípio do mutualismo.
Analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta.
3. São elementos essenciais do seguro:
I) A apólice e o prêmio.
II) O segurador e o segurado.
III) A indenização e o risco.
Assinale a alternativa correta:
(a) Somente I é proposição verdadeira.
(b) Somente II é proposição verdadeira.
(c) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II e III são proposições verdadeiras.
29
FIXANDO CONCEITOS
TEORIA GERAL DO SEGURO
Marquea alternativa correta.
4. As características básicas do seguro são:
(a) Apólice, indenização e prêmio.
(b) Incerteza, mutualismo e previdência.
(c) Indenização, teoria das probabilidades e sinistro.
(d) Solene, de boa-fé e fundamental.
(e) Risco puro, fundamental e especial.
Marque a alternativa correta.
5. Pode-se definir risco puro como sendo aquele que:
(a) Deve ser tratado com técnicas de seguro, havendo apenas duas 
possibilidades: perder ou não perder.
(b) Deve ser tratado pelo Estado com técnicas de seguro.
(c) Deve ser tratado com técnicas de seguro, havendo apenas duas pos-
sibilidades: perder ou ganhar.
(d) Deve ser tratado com técnicas comerciais, havendo as possibilida-
des de perder ou ganhar.
(e) Não pode ser garantido pelo seguro.
6. Para que o risco seja segurável, são indispensáveis os seguintes parâ-
metros:
(a) Deve apenas independer da vontade das partes.
(b) Deverá causar prejuízo de ordem financeira em alguns casos e ser 
mensurável.
(c) Deve ser mensurável e incerto em alguns casos.
(d) Deve ser mensurável e depender da vontade das partes.
(e) Deve ser possível, futuro e incerto.
7. A característica básica do seguro, que pode ser definida como “um gru-
po de pessoas com interesses seguráveis comuns”, é denominada:
(a) Previdência.
(b) Incerteza.
(c) Mutualismo.
(d) Indenização.
(e) Carência.
30
FIXANDO CONCEITOS
TEORIA GERAL DO SEGURO
8. A pessoa física ou jurídica que contrata apólice coletiva de seguros, 
ficando investida dos poderes de representação dos segurados perante a 
sociedade seguradora, é denominada:
(a) Corretor.
(b) Beneficiário.
(c) Seguradora.
(d) Estipulante.
(e) Advogado.
 
Analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta.
9. Com relação aos princípios básicos do seguro, podemos afirmar que:
I) O seguro tem como finalidade específica restabelecer o equilíbrio 
econômico perturbado, podendo, inclusive, dar lucro ao segurado.
II) A finalidade do seguro está vinculada à proteção dos indivíduos, da 
família e da sociedade.
III) A operação do seguro promove a acumulação de recursos, forma 
reservas, forma poupança interna e gera investimentos.
Assinale a alternativa correta:
(a) Somente I é proposição verdadeira.
(b) Somente III é proposição verdadeira.
(c) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(d) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(e) Somente II e III são proposições verdadeiras.
TEORIA GERAL DO SEGURO 31
UNIDADE 202OS SISTEMAS 
NACIONAIS 
SEGUROS,
 ■ Entender como são 
constituídos os Sistemas 
Nacionais de Seguros 
Privados, Capitalização e 
Saúde e suas atribuições.
 ■ Conhecer as instituições 
que constituem o 
segmento do Sistema 
Nacional de Seguros.
 ■ Conhecer a função de 
cada órgão pertencente 
ao Sistema Nacional de 
Seguros.
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
ESTRUTURA DO 
MERCADO SEGURADOR
SISTEMA NACIONAL DE 
SEGUROS PRIVADOS (SNSP)
SISTEMA NACIONAL DE 
SAÚDE
FIXANDO CONCEITOS 2
CAPITALIZAÇÃO e SAÚDE
TEORIA GERAL DO SEGURO 32
UNIDADE 2
 ESTRUTURA DO 
 MERCADO SEGURADOR 
O mercado de seguros é regulado em todo o processo produtivo do segu-
ro. Desde a criação de um produto (serviço), a aprovação do produto jun-
to ao órgão regulador, sua comercialização, o funcionamento de quem 
desenvolve o produto, a atuação de quem comercializa o produto, o rela-
cionamento com o cliente desde a compra até a utilização dos serviços.
O processo produtivo do seguro abrange clientes, seguradoras, forne-
cedores e parceiros de negócios (corretores de seguros). Todos os elos 
dessa cadeia de suprimentos são regulados por órgãos estabelecidos 
pelo Governo.
FIGURA 2: CADEIA DE SUPRIMENTOS
Automóveis
Incêndio
Danos
Responsabilidades
FABRICANTESPRODUTOSMATÉRIA-PRIMA DISTRIBUIDOR CONSUMIDOR
SEGURADOR
ORGÃOS REGULADORES
SEGURADOCORRETORESSEGURADORAS E 
RESSEGURADORAS
SEGUROSRISCO
MINISTÉRIO 
DA ECONOMIA
CNSP – CONSELHO 
NACIONAL DE 
SEGUROS PRIVADOS
SUSEP – SUPERINTENDÊNCIA 
NACIONAL DE SEGUROS 
PRIVADOS
Vida
33
UNIDADE 2
TEORIA GERAL DO SEGURO
 — Importância da Regulação 
do Mercado de Seguros
Por que o seguro é regulado? 
A regulação é fundamental para garantir o bom funcionamento do mer-
cado em todos os elos da cadeia. Resguarda o setor de seguros dos 
riscos sistêmicos, diminuindo a probabilidade de falência (ou “quebra”) 
de empresas de seguros e resseguros. Um dos objetivos é preservar a 
solvência das empresas, garantindo que elas cumpram os compromissos 
financeiros assumidos.
A regulação também protege os consumidores, ao estabelecer padrões 
de coberturas, taxas e preços adequadas de seguro, evita vendas de 
seguros desnecessários e apresentação enganosa de coberturas impe-
dindo fraudes e comportamentos antiéticos no mercado.
Se um processo é bem regulado, traz impactos positivos. Da mesma forma, 
um mau regulamento também gera impactos negativos em toda a cadeia.
Vimos os benefícios que o seguro proporciona para a sociedade. Esses 
benefícios somente são possíveis pela regulação eficaz do mercado. 
 SISTEMA NACIONAL DE 
 SEGUROS PRIVADOS (SNSP) 
Embora seguros, previdência complementar e capitalização sejam ativi-
dades exercidas por empresas privadas, são normatizadas, reguladas e 
fiscalizadas pelo Governo. A atividade seguradora é regulada não apenas 
no Brasil, mas nos demais mercados desenvolvidos em outros países.
A necessidade de regulação surgiu em razão do crescimento desse mer-
cado no mundo. Cada país tem sua regulação própria. No Brasil, foi cria-
do o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP).
34
UNIDADE 2
TEORIA GERAL DO SEGURO
FIGURA 3: ESTRUTURA DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP)
Sociedades 
Autorizadas 
a Operarem 
em Seguros
Privados 
Empresas 
de Resseguro
Corretores 
de Seguros
Entidades 
Abertas de 
Previdência 
Complementar
CNSP
CONSELHO NACIONAL 
DE SEGUROS PRIVADOS
SUSEP
SUPERINTENDÊNCIA 
DE SEGUROS PRIVADOS
MINISTÉRIO 
DA ECONOMIA
Os órgãos do SNSP estão subordinados ao Ministério da Economia, que 
cuida basicamente da formulação e da execução da política econômica. 
Suas áreas de competências incluem a moeda, o crédito, as instituições 
financeiras, a poupança popular, os seguros privados e a Previdência Com-
plementar Aberta, excluindo-se a Saúde Suplementar e a Capitalização.
O Sistema de Saúde Privada e Suplementar é da competência do Ministé-
rio da Saúde, que atua por meio do Conselho Nacional de Saúde Suple-
mentar (CONSU) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O 
órgão que integra as empresas de Capitalização é o Sistema Nacional de 
Capitalização (SNC).
Isto é básico
CNSP: fixa as diretrizes e normas da política de Seguros Privados no Brasil.
SUSEP: regula, supervisiona, controla, fiscaliza e incentiva as atividades de seguro no Brasil.
Sistema Nacional de Seguros Privados
O SNSP foi instituído pelo Governo Federal por meio do Decreto-Lei 
n° 73/1966, art. 8°:
35
UNIDADE 2
TEORIA GERAL DO SEGURO
Art. 8º Fica instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados, 
regulado pelo presente Decreto-lei e constituído:
a) do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP;
b) da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP;
c) dos resseguradores (Redação dada pela Lei Complementar nº 
126, de 2007);
d) das Sociedades autorizadas a operar em seguros privados;
e) dos corretores habilitados.
A promulgação da Lei Complementar n° 126/2007, processou a abertura 
do resseguro, e, portanto, o IRB-Brasil Resseguros S.A. deixou de ser o 
único ressegurador no mercado.
Em 1998, foi criado o Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Segu-
ros Privados, de Previdência Complementar Aberta e de Capitalização 
(CRSNSP) como órgão colegiado, integrante da estrutura básica do Minis-
tério da Fazenda, que tem por finalidade o julgamento, em última instância 
administrativa, dos recursos de decisões dos órgãos fiscalizados do SNSP.
 — Conselho Nacional de 
Seguros Privados (CNSP)É o órgão governamental encarregado da fixação das diretrizes e normas 
da política de Seguros Privados no Brasil, entre outras atribuições:
 ■ Regular a constituição, a organização, o funcionamento e a fiscali-
zação dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem 
como a aplicação das penalidades previstas.
 ■ Fixar as características gerais dos contratos de Seguro, Previdên-
cia Privada Aberta, Capitalização e Resseguro.
 ■ Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro.
 ■ Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e do IRB.
 ■ Prescrever os critérios de constituição das sociedades segurado-
ras, de Capitalização, entidades de Previdência Privada Aberta e 
Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das res-
pectivas operações.
 ■ Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor.
O CNSP é composto dos seguintes membros:
 ■ Ministro de Estado da Economia ou seu representante.
 ■ Representante do Ministério da Justiça.
Importante
O CNSP é presidido pelo 
ministro de Estado da 
Fazenda e, em sua ausência, 
pelo superintendente da 
SUSEP.
36
UNIDADE 2
TEORIA GERAL DO SEGURO
 ■ Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social.
 ■ Superintendente da SUSEP.
 ■ Representante do Banco Central do Brasil.
 ■ Representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
 — Superintendência de Seguros 
Privados (SUSEP)
São atribuições da SUSEP:
 ■ Fiscalizar a constituição, a organização, o funcionamento e a ope-
ração das sociedades seguradoras, de capitalização, entidades 
de previdência privada aberta e resseguradores, na qualidade de 
executora da política traçada pelo CNSP.
 ■ Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que 
se efetua por meio das operações de seguro, previdência privada 
aberta, capitalização e resseguro.
 ■ Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados 
supervisionados.
 ■ Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do 
SNSP e do Sistema Nacional de Capitalização.
 ■ Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, asse-
gurando a sua expansão e o funcionamento das entidades que 
neles operem.
 ■ Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram 
o mercado.
 ■ Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em 
especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas.
 ■ Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as ati-
vidades que por este forem delegadas.
 ■ Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
A esse órgão são encaminhadas as denúncias dos segurados contra segura-
doras, corretores de seguros e outros órgãos do mercado de seguros.
37
UNIDADE 2
TEORIA GERAL DO SEGURO
 — Sociedades Autorizadas a Operarem 
em Seguros Privados (Seguradoras)
São empresas legalmente constituídas sob a forma de sociedade anônima, 
que assumem e gerem os riscos de acordo com critérios técnicos e admi-
nistrativos regulamentados pela SUSEP. 
Para se contratar um seguro, é preciso existir alguém que queira se pro-
teger de possíveis riscos que possam acarretar prejuízo financeiro, uma 
empresa que queira assumir esse risco e alguém que faça intermediação 
entre as partes.
Uma seguradora é uma empresa que comercializa seguros. Existem várias 
empresas seguradoras no mercado que criam seus próprios produtos. 
Estes, quando estão na fase de projeto, são submetidos ao órgão regu-
lador, que é a SUSEP. Essa submissão também se aplica a um Plano de 
Previdência ou a um Título de Capitalização. 
 — Entidades Abertas de Previdência 
Complementar (EAPC)
São aquelas constituídas unicamente sob a forma de sociedades anôni-
mas, que têm por objetivo principal instituir planos que podem ter cobertu-
ras de morte, invalidez ou sobrevivência.
 — Empresas de Resseguro
São as empresas legalmente constituídas com a finalidade de operar o 
Resseguro, entendido como transferência de riscos de uma seguradora 
para um ressegurador.
Entende-se como Empresas de Resseguro, as resseguradoras nacionais, 
as estrangeiras autorizadas a operar no país e as corretoras de resseguro.
Saiba mais
A Importância do resseguro
O Resseguro tem por função preliminar garantir que as seguradoras possam fazer 
frente a riscos que lhes são oferecidos, cedendo parte desses riscos de forma propor-
cional ou não a resseguradores. Em caso de sinistros, os resseguradores auxiliam as 
seguradoras financeiramente a indenizar os segurados. Além disso, fornecem expertise 
técnica e muitos outros serviços às seguradoras.
38
UNIDADE 2
TEORIA GERAL DO SEGURO
 — Corretores de Seguros
Pessoas físicas ou jurídicas, são intermediários legalmente autorizados a 
angariar e promover contratos de seguros entre as seguradoras e as pes-
soas físicas ou jurídicas de direito privado.
 — Sistema Nacional de 
Capitalização (SNC)
Nos termos do Decreto-Lei n° 261, o Sistema Nacional de Capitalização, cria-
do em 28 de fevereiro de 1967, tem a seguinte composição: CNSP, SUSEP, 
Sociedades de Capitalização e Corretores de Capitalização.
A atividade de capitalização tem por objeto a colocação pública de títulos 
de capitalização. O Título de Capitalização é uma economia programada de 
prazo definido, com um pagamento único ou em parcelas periódicas. Duran-
te a vigência do título, o consumidor tem o direito de participar de sorteios.
A capitalização não integra o SNSP. O Título de Capitalização não é um pla-
no de seguro comercializado por uma seguradora. Os títulos somente podem 
ser administrados por sociedades de Capitalização. Portanto, as sociedades 
de capitalização não se confundem com as sociedades seguradoras.
No entanto, a fiscalização e a regulamentação da Capitalização, por força 
do Decreto-Lei n° 261/1967, que criou o Sistema Nacional de Capitalização, 
também estão a cargo da SUSEP e do CNSP, respectivamente, da mesma 
forma que ocorre com as sociedades seguradoras.
 SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE 
No Brasil, o Sistema Nacional de Saúde é formado pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS) e pelo Sistema da Saúde Suplementar.
A estrutura da Saúde Suplementar é formada por:
 — Ministério da Saúde
Órgão de assessoramento da Presidência da República, integrante do 
Poder Executivo. Tem ação direta sobre os componentes do Sistema 
Nacional de Saúde (SUS e Saúde Suplementar).
Atenção
O SNC e suas características 
serão abordados de forma 
detalhada no material de 
Capitalização.
39
UNIDADE 2
TEORIA GERAL DO SEGURO
 — Conselho de Saúde 
Suplementar (CONSU)
Criado pela Lei n° 9.656/1998, e posteriormente alterado pelo Decreto n° 
4.044/2001, o CONSU é um órgão colegiado integrante da estrutura regi-
mental do Ministério da Saúde, sendo composto pelo Ministro da Justiça 
—que o preside —, pelo Ministro da Saúde, pelo Ministro da Fazenda e 
pelo Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, além do Presidente 
da ANS, que atua como Secretário das reuniões. 
O CONSU tem competência para desempenhar as seguintes atividades:
 ■ Estabelecer e supervisionar a execução de políticas e diretrizes 
gerais do setor de Saúde Suplementar.
 ■ Aprovar o contrato de gestão da ANS.
 ■ Supervisionar e acompanhar as ações e o funcionamento da ANS.
 ■ Fixar diretrizes gerais para a constituição, organização, funciona-
mento e fiscalização das empresas operadoras de produtos de 
que trata a Lei n° 9.656/1998.
 ■ Deliberar sobre a criação de câmaras técnicas, de caráter consulti-
vo, de forma a subsidiar as decisões.
 — Agência Nacional de Saúde 
Suplementar (ANS)
A ANS é autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde. 
Sua missão é promover a defesa do interesse público na Assistência 
Suplementar à Saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto 
às suas relações com prestadores e consumidores, contribuindo para o 
desenvolvimento das ações de saúde no país.
 — Câmara de Saúde 
Suplementar (CAMSS)Câmara de caráter consultivo da estrutura da ANS, conforme a Lei n° 
9.961/2000, que tem como principal objetivo promover a discussão de 
temas relevantes para o setor de Saúde Suplementar no Brasil, além de 
dar subsídios às decisões da ANS.
40
UNIDADE 2
TEORIA GERAL DO SEGURO
 — Operadoras
As operadoras que compõem a estrutura empresarial do setor de saúde suple-
mentar se classificam em diferentes modalidades de atuação no mercado:
 ■ Medicinas de grupo.
 ■ Seguradoras especializadas em saúde.
 ■ Cooperativas médicas.
 ■ Filantropias.
 ■ Autogestões.
 ■ Odontologias de grupo.
 ■ Cooperativas odontológicas. 
 ■ Administradoras de benefício.
41
UNIDADE 2
TEORIA GERAL DO SEGURO
O SEGURO NO BRASIL
O Surgimento e o Desenvolvimento da Indústria do Seguro
1808
No Brasil, o seguro surgiu em 1808, em consequência da vinda da família real para 
o Brasil.
A primeira seguradora brasileira, a Companhia de Seguros Boa-Fé, foi fundada em 
24 de fevereiro de 1808, regulada e dirigida pela Casa de Seguros de Lisboa, com 
a finalidade de operar no Seguro Marítimo. Nesse período, a atividade segurado-
ra era regulada pelas leis portuguesas. A Previdência Privada (atual Previdência 
Complementar) surgiu em 1835, com a criação do Montepio Geral de Economia dos 
Servidores do Estado (Mongeral).
1850
Em 1850, foi promulgado o Código Comercial Brasileiro. A partir desse momento, 
o seguro marítimo foi, pela primeira vez, estudado e regulado em todos os seus 
aspectos, sendo estabelecidos os direitos e deveres das partes contratantes.
Esse código foi de fundamental importância para o desenvolvimento do seguro no 
Brasil, incentivando o aparecimento de inúmeras seguradoras, que passaram a ope-
rar não apenas com o seguro marítimo, expressamente previsto na legislação, mas 
também com o seguro terrestre. Porém, o Código Comercial Brasileiro foi parcial-
mente revogado pelo Código Civil — Lei n° 10.406/2002.
1855
Tranquilidade foi a primeira Companhia de Seguros de Vida autorizada a funcionar 
no Brasil, em 1855, com sede no Rio de Janeiro, e a primeira a comercializar Seguro 
de Vida.
1901
O Decreto n° 4.270/1901 regulou as operações de seguros no Brasil e criou as Ins-
petorias de Seguros, subordinadas ao Ministério da Fazenda.
1916
Em 1916, ocorreu o maior avanço de ordem jurídica no campo do contrato de 
seguro com a promulgação do Código Civil brasileiro (substituído pelo atual 
Código Civil brasileiro de 2002). Com ele, foram fixados os princípios essen-
ciais do contrato de seguros e disciplinados os direitos e obrigações das partes, 
de modo a evitar e dirimir conflitos entre os interessados. Foram esses princí-
pios fundamentais que garantiram o desenvolvimento da instituição do seguro. 
Saiba mais
42
UNIDADE 2
TEORIA GERAL DO SEGURO
1929
Em 1929, surgiu a capitalização, com a criação da SulAmérica Capitalização S.A.
1932
No ano de 1932, foi fundado o primeiro Sindicato dos Corretores de Seguros e, em 
1933, foi fundado o primeiro Sindicato das Seguradoras, ambos no Rio de Janeiro.
1939
O IRB-Instituto de Resseguros do Brasil, hoje IRB-Brasil Resseguros S.A., foi fundado 
em 1939. Desde então, as entidades seguradoras passaram a ressegurar no IRB as 
responsabilidades que excedessem sua capacidade de retenção própria. E o IRB 
também, quando excedia sua capacidade através da retrocessão, passou a compar-
tilhar o risco com as sociedades seguradoras em operação no Brasil.
1951
Em 1951, foi criada a Federação Nacional de Empresas de Seguros Privados e de 
Capitalização (FENASEG), entidade de representação sindical do mercado segurador.
1966
Em 1966, foi publicado o Decreto-Lei n° 73, que reformulou a política de seguros no 
Brasil e criou o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), constituído pelo Con-
selho Nacional de Seguros Privados (CNSP), pela Superintendência de Seguros Priva-
dos (SUSEP), pelo Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), pelas sociedades autoriza-
das a operar em seguros privados e pelos corretores habilitados, sendo considerado 
uma referência em termos de legislação devido a seu alcance e sua abrangência.
1968
Em 1968, foi fundada a Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados, 
de Capitalização, de Previdência Privada e das Empresas Corretoras de Seguros 
(FENACOR).
Uma entidade sindical, de grau superior, de âmbito nacional, reconhecida como 
entidade coordenadora dos interesses da categoria econômica dos corretores de 
seguros e de capitalização.
1971
O mercado de seguros, ciente das necessidades de formação técnica e aprimoramen-
to das ciências do seguro, criou, em 1971, a Fundação Escola Nacional de Seguros 
(FUNENSEG), responsável pelo ensino e pela divulgação do seguro no Brasil. Atual-
mente, a FUNENSEG chama-se Escola Nacional de Seguros e é mante nedora da 
Escola Superior Nacional de Seguros (ESNS), única instituição de ensino superior a ofe-
recer curso de graduação em Administração com Ênfase em Seguros e Previdência.
43
UNIDADE 2
TEORIA GERAL DO SEGURO
1998
No ano de 1998, foi criado o Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros 
Privados, de Previdência Complementar Aberta e de Capitalização (CRSNSP) como 
um órgão colegiado, integrante da estrutura básica do Ministério da Fazenda e que 
tem por finalidade o julgamento, em última instância administrativa, dos recursos de 
decisões dos órgãos fiscalizados do SNSP.
2007
Com a promulgação, em 15 de janeiro de2007, da Lei Complementar n° 126, que, 
entre outras matérias, dispôs sobre a política de resseguros e retrocessão promo-
vendo a abertura do mercado ressegurador brasileiro, o IRB perdeu o monopólio e 
outros resseguradores passaram a operar no mercado brasileiro.
Em 2007, em virtude da necessidade de um novo modelo de representação ins-
titucional, a FENASEG dividiu-se em quatro federações. Cabem às federações a 
execução das funções e o desenvolvimento de ações no interesse específico das 
áreas representadas, ou seja:
 ■ Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg): atua na área de Seguros Gerais.
 ■ Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi): atua na área de 
Previdência Complementar Aberta.
 ■ Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde): atua na área de Saúde 
Suplementar.
 ■ Federação Nacional de Capitalização (FENACAP): atua na área de capitalização.
2008
Em agosto de 2008, foi criada a Confederação Nacional das Empresas de Seguros 
Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), em 
assembleia, pelas federações associativas.
A CNseg é a entidade máxima de representação institucional do mercado segura-
dor, entendida como o conjunto dos setores de seguros, previdência complementar 
aberta, saúde suplementar e capitalização. Tem como missão:
 ■ Congregar as principais lideranças.
 ■ Coordenar as ações políticas.
 ■ Representar o mercado junto às instituições nacionais e internacionais.
 ■ Elaborar o planejamento estratégico do segmento.
 ■ Desenvolver atividades comuns aos interesses das federações.
44
UNIDADE 2
TEORIA GERAL DO SEGURO
2012
Em junho de 2012, a SUSEP iniciou a normatização e a regulamentação do Microsse-
guro, cuja operação tem um mercado principal estimado em 128 milhões de brasileiros.
A Saúde Suplementar passou a ter vida própria. As seguradoras que operavam 
também em Saúde Suplementar agora são denominadas operadoras de saúde 
suplementar, participando de um mercado muito promissor e, ao mesmo tempo, 
complexo, que tem a ANS como seu órgão regulador, desde a sua fundação pela 
Lei n° 9.961/2000, não havendo mais influência da SUSEP sobre as seguradoras.
45
FIXANDO CONCEITOS
TEORIA GERAL DO SEGURO
FIXANDO CONCEITOS 2 
Marque a alternativa correta
1. O mercado de seguros no Brasil se desenvolveu ao longo dos anos. 
Órgãos foram criados e legislações incorporadas ao sistema, de forma a 
aprimorá-lo. Dentre essas legislações, uma delas reformulou a política de 
segurosno Brasil e criou o Sistema Nacional de Seguros Privados, sendo 
considerada uma referência, em termos de legislação, pelo seu alcance e 
abrangência. Estamos nos referindo ao:
(a) Código Civil Brasileiro.
(b) Código Comercial.
(c) Código de Defesa do Consumidor.
(d) Decreto-Lei 73/66.
(e) Decreto das S.A.
Correlacione as colunas e marque a alternativa correta. 
2. Em relação ao Sistema Nacional de Seguros Privados, associe seus 
órgãos e empresa às suas respectivas atribuições:
1) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
2) Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
3) Seguradoras.
( ) Determina as diretrizes e normas da política de Seguros Privados 
no Brasil. 
( ) Assume e gere os riscos que lhe são transferidos pelos segurados, de 
acordo com os critérios técnicos e administrativos regulamentados.
( ) Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mer-
cado. 
( ) Fiscaliza as seguradoras.
( ) Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados 
supervisionados.
Marque a alternativa correta: 
(a) 1, 1, 2, 3, 3.
(b) 1, 1, 3, 3, 3.
(c) 1, 2, 1, 3, 3.
(d) 2, 2, 1, 3, 3.
46
FIXANDO CONCEITOS
TEORIA GERAL DO SEGURO
(e) 1, 3, 2, 2, 2.
 
Marque a alternativa correta.
3. O órgão governamental que fixa as diretrizes e normas da política de 
Seguros Privados no Brasil, entre outras atribuições, é o(a):
(a) Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP).
(b) Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
(c) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
(d) Ministério da Fazenda.
(e) Banco Central do Brasil.
Marque a alternativa correta.
4. O órgão responsável pela regulação, pelo controle, pela fiscalização 
e pelo incentivo das atividades de seguros, previdência, capitalização e 
resseguro é o(a):
(a) IRB-Brasil Resseguros S. A.
(b) Comissão de Valores Mobiliários.
(c) Ministério da Fazenda.
(d) Conselho Nacional de Seguros Privados
(e) Superintendência de Seguros Privados.
TEORIA GERAL DO SEGURO 47
UNIDADE 3
ETAPAS 
03
 ■ Compreender as 
disposições gerais do 
seguro.
 ■ Relacionar e definir as 
características do contrato 
de seguro.
 ■ Identificar e entender cada 
instrumento contratual do 
seguro.
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
do SEGURO
ETAPAS DA OPERAÇÃO DE 
SEGURO
INSTRUMENTOS CONTRATUAIS
COBRANÇA DE PRÊMIO
PRAZO DE VIGÊNCIA 
DO SEGURO
FIXANDO CONCEITOS 3
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
TEORIA GERAL DO SEGURO 48
UNIDADE 3
 ETAPAS DA OPERAÇÃO DE SEGUROS 
Vimos em sua definição que seguro é uma transferência de risco de uma 
pessoa ou empresa para uma companhia de seguros. Veremos agora 
como ocorre essa transferência, ou seja, como se contrata um seguro.
A contratação de um seguro, envolve a operação de seguros.
Uma operação de seguro inicia desde a oferta de exposição de riscos 
de pessoas e empresas até a liquidação de eventuais sinistros, passando 
pelas seguintes etapas: desenvolvimento do produto, processo de cota-
ção de seguros, elaboração da proposta, subscrição de riscos, emissão 
da apólice, cobrança de prêmio, eventual alteração no contrato (endosso), 
processo de sinistro (aviso, regulação e liquidação de eventual sinistro). 
Nesta unidade,serão vistas as etapas: Comercialização, Subscrição, Emissão 
da apólice, Cobrança do prêmio, emissão de endosso. As etapas de Regu-
lação de Sinistro e Pagamento de Indenizações, serão vistos na unidade 6.
FIGURA 4: ETAPAS DA OPERAÇÃO DE SEGUROS
Desenvolvimento 
do produto
Cotação de 
seguros e 
elaboração 
da proposta.
Subscrição de 
risco (avaliação 
técnica)
Emissão
da Apólice
Regulação 
do sinistro
Cobrança 
do prêmio
Emissão 
do Endosso
Pagamento de 
indenizações
49
UNIDADE 3
TEORIA GERAL DO SEGURO
A partir de agora vamos conhecer o que acontece em cada uma dessas etapas.
 — Desenvolvimento do produto
Um produto de seguros é criado por uma seguradora, a partir das neces-
sidades demandadas pela evolução do próprio mercado de seguros. A 
seguradora desenvolve um produto adequado a essas demandas, define 
regras do produto como coberturas e taxas, elabora notas técnicas atua-
riais e submete a Susep o pedido formal de autorização para comercializa-
ção do produto ou plano de seguro. 
Os planos de seguros, em sua comercialização pelas seguradoras, podem 
ser classificados ainda em padronizados e não padronizados:
Plano Padronizado
É o plano de seguro cujas condições contratuais são idênticas 
àquelas aprovadas pela SUSEP ou pelo CNSP (incluindo a tarifa-
ção padronizada, se houver).
Entende-se por tarifação padronizada o conjunto de informa-
ções técnicas específicas de uma modalidade de seguro, previs-
tas em normas da SUSEP ou do CNSP, relacionadas ao cálculo 
do prêmio final do seguro (taxas, franquias, prêmio mínimo, des-
contos, agravações).
Exemplo: Seguro Garantia e Seguro Fiança Locatícia.
Plano Não Padronizado
É o plano de seguro cujas condições contratuais e nota técnica 
atuarial são elaboradas pelas seguradoras e encaminhadas à 
SUSEP para análise e aprovação antes de sua comercialização. 
Cada seguradora, autorizada pela SUSEP, pode elaborar seus pró-
prios produtos, e podem ocorrer diferenças significativas entre eles, 
principalmente em relação às taxas, franquias e condições, exigindo 
atenção do Corretor de Seguros ao oferecê-los a seus segurados.
Exemplo: qualquer plano ou modalidade de seguro específico 
que a seguradora tenha interesse em comercializar por meio de 
seus canais de venda.
 — Comercialização do seguro 
Como formas de comercialização de seguros, temos: 
Venda direta
A venda direta de seguros, sem a intermediação de corretores, 
é permitida por lei. O seguro pode ser contratado diretamente 
pelo proponente, porém, através de Representantes devidamen-
te autorizados pelas sociedades seguradoras. 
50
UNIDADE 3
TEORIA GERAL DO SEGURO
O representante do seguro é a pessoa jurídica que assume a obri-
gação de promover, em caráter não eventual e sem vínculos de 
dependência, a realização de contratos de seguro à conta e em 
nome da seguradora e de acordo com os poderes delimitados no 
contrato firmado com ela (Resolução CNSP n° 297/2013).
A figura do representante não se confunde com a do corretor de 
seguros nem com a do estipulante. É também vedado ao repre-
sentante o exercício da atividade de corretagem de seguros ou 
atuação como estipulante.
Os planos de seguros ofertados por representantes de seguros 
estão limitados à emissão de apólices individuais ou de bilhete 
e aos ramos de riscos diversos, garantia estendida de bens e de 
automóveis, auxílio-funeral, viagem, prestamista, desemprego/per-
da de renda, eventos aleatórios, animais e microsseguro de pes-
soas, danos e previdência.
Venda intermediada pelo corretor de seguros
É a forma mais comum de contratação de seguros. O mercado de 
seguros é um mercado muito técnico e exige especialização/for-
mação técnica de quem irá atender ao segurado devido à comple-
xidade dos contratos de seguros.
O corretor de seguros é um profissional habilitado especializado, 
autorizado pela SUSEP a comercializar os produtos das seguradoras.
Por meio de um corretor oficial, uma pessoa encaminha uma pro-
posta para uma seguradora, que avalia o risco e decide se aceitará 
ou não. Caso aceite, emitirá uma apólice.
O papel principal do corretor de seguros é identificar as neces-
sidades do cliente, ajudando-o a analisar e avaliar os riscos aos 
quais está exposto e buscar planos de seguros mais adequados, 
visando reduzir possíveis perdas financeiras.
Para ajudar um futuro cliente a identificar as necessidades de cobertura, o 
primeiro passo é a compreensão de exposição aos riscos a que ele está 
sujeito. Não é uma tarefa simples — especialmente quando se trata de uma 
indústria que tem atuação em vários estados, por exemplo. Por isso, a inter-
mediação de um profissional com especialização técnica é fundamental.
 INSTRUMENTOS CONTRATUAIS 
Para se contratar um seguro,alguns instrumentos contratuais são essen-
ciais: a proposta e a apólice. 
51
UNIDADE 3
TEORIA GERAL DO SEGURO
 — Proposta
A proposta de seguro é um formulário impresso, que advém da cotação 
prévia realizada, e que pode incluir as respostas a um questionário deta-
lhado a ser preenchido pelo proponente que se candidata à contratação 
de um seguro.
Da proposta, devem constar dados do proponente, dados do bem a ser segura-
do, forma de exposição ao risco relativo à pessoa ou ao bem a ser segurado, for-
mas de contratação e outras informações que influenciarão no custo do seguro.
O corretor de seguros deve orientar o proponente no preenchimento da 
proposta. É importante frisar que a análise e a aceitação do risco, feitas 
pela seguradora, tomam por base os dados da proposta. Por isso, são de 
fundamental importância os dados ali contidos, considerando os princípios 
da boa-fé e a veracidade das declarações que caracterizam o contrato. A 
boa-fé é uma característica do contrato do seguro.
Por meio da análise dos elementos da proposta, a seguradora mensura o 
risco e avalia se poderá assumi-lo ou não. Sua finalidade é, portanto, satis-
fazer uma necessidade técnica.
A proposta servirá de base para a emissão da apólice de seguro, caso o 
risco seja aceito pela seguradora. Ela é indispensável, conforme determi-
nado no art. 759 do Código Civil Brasileiro, e seus critérios de aceitação 
encontram-se regulamentados por legislações da SUSEP.
O artigo cita a proposta, como segue: “A emissão da apólice deverá ser 
precedida da proposta escrita com a declaração dos elementos essenciais 
do interesse a ser garantido e do risco”.
A proposta é dispensada em caso de seguro contratado por meio de bilhete.
Regras de aceitação da proposta
A Circular SUSEP n° 251/2004, alterada pela Circular SUSEP n° 
394/2009, estabelece regras para a aceitação da proposta de 
seguro e a emissão de apólice pela seguradora:
 ■ A celebração de um contrato de seguro ou sua alteração, 
exceto bilhete, somente poderá ser feita mediante proposta 
assinada pelo proponente, por seu representante legal ou cor-
retor de seguros (estes dois últimos em certas situações espe-
cíficas autorizadas por lei).
 ■ A seguradora deverá fornecer protocolo que identifique 
a proposta recebida, com indicação de data e hora de 
seu recebimento.
Atenção
Caso a aceitação da proposta 
dependa de contratação ou 
alteração da cobertura de 
resseguro facultativo, os prazos 
mencionados serão suspensos 
até que o ressegurador se 
manifeste formalmente.
Atenção
Com o advento dos cotadores 
eletrônicos presentes nos 
portais das seguradoras 
na internet, sobretudo para 
os ramos massificados, as 
propostas são impressas e 
assinadas pelo interessado 
apenas para arquivo (o que 
é recomendável). Havendo 
o aceite do segurado para a 
cotação, o corretor coleta todos 
os dados e transmite a proposta, 
enviando cópia ao segurado.
52
UNIDADE 3
TEORIA GERAL DO SEGURO
Prazos de aceitação ou recusa da proposta
 ■ Seguros do ramo transportes
A seguradora terá 7 (sete) dias nos Seguros do Ramo Transpor-
tes, cobrindo uma única viagem (apólice avulsa).
 ■ Seguros rurais
A seguradora terá 45 (quarenta e cinco) dias nos seguros 
rurais com subvenção econômica aos prêmios. 
 ■ Demais seguros
Nos demais seguros, a seguradora tem o prazo de 15 (quinze) 
dias para manifestar-se sobre a proposta, sendo tais prazos 
contados a partir da data de seu recebimento, conforme pro-
tocolo citado. 
Caso haja ausência de manifestação da seguradora, por escri-
to, nos prazos citados, estará caracterizada a tácita aceitação 
da proposta de seguro.
 ■ Seguros de danos
No Seguro de Danos, em caso de recusa de proposta den-
tro dos prazos citados, a cobertura de seguro prevalecerá por 
mais 2 (dois) dias úteis, contados a partir da data em que o pro-
ponente, o seu representante legal ou o corretor de seguros 
tiver conhecimento formal da recusa.
Caso tenha havido adiantamento de prêmio, a seguradora 
reterá a parte do prêmio relativo ao período de cobertura, na 
base pro rata temporis, devolvendo a diferença ao segurado 
em até dez dias corridos.
Solicitação de documentos para análise da proposta
 ■ Caso a seguradora necessite de documentos complementa-
res para a análise da aceitação do risco ou de alteração de 
seguro vigente, poderá solicitá-los apenas uma vez e dentro 
dos prazos citados, no caso de segurado pessoa física, e mais 
de uma vez para pessoa jurídica, desde que o pedido seja 
fundamentado pela seguradora. O prazo ficará suspenso até 
a apresentação dos documentos solicitados, passando nova-
mente a correr a partir da data em que se der a entrega da 
referida documentação.
 ■ A aceitação da proposta poderá ou não ser comunicada pela 
seguradora ao segurado, a seu critério. Todavia, a recusa deve 
ser feita pela seguradora, obrigatoriamente e por escrito, ao 
proponente, ao seu representante legal ou ao corretor de 
seguros, especificando os motivos.
53
UNIDADE 3
TEORIA GERAL DO SEGURO
Após preenchida a proposta, o corretor de seguros a encami-
nha para a seguradora, quando será direcionada à área res-
ponsável pelo processo de subscrição de risco.
 — Subscrição de risco
Subscrição é o processo pelo qual uma seguradora determina se deve ou 
não aceitar uma proposta de seguro e, se optar por aceitar, quais termos e 
condições serão aplicados, além do nível de prêmio a cobrar. 
Esse processo é executado por um profissional chamado de subscritor de 
riscos, que, a partir dos elementos da proposta, avalia e mensura os riscos, 
decidindo se irá aceitá-los ou recusá-los.
São atividades desse processo: 
 ■ Decidir quais riscos são aceitáveis.
 ■ Determinar qual o prêmio será cobrado.
 ■ Decidir quais os termos e condições do contrato de seguro.
 ■ Monitorar cada uma dessas decisões.
Como são calculados os produtos de seguros?
Na comercialização de qualquer produto ou serviço, o preço é um dos 
fatores decisivos para o consumidor fechar uma compra. Em seguros não 
é diferente. Quanto mais coberturas e serviços uma seguradora oferece, 
mais a qualidade dos serviços reflete no custo do seguro.
Os consumidores nem sempre estão dispostos a pagar mais, e podem optar 
por comprar menos coberturas e serviços para diminuir o custo do seguro. 
É importante para o corretor de seguros entender como funciona a precifi-
cação do seguro, porque esse conhecimento o ajudará a esclarecer seus 
clientes na decisão ou no fechamento de uma venda, fazendo com que este 
adquira um seguro adequado às suas necessidades por um preço justo.
O prêmio do seguro é o pagamento periódico feito pelo segurado à segurado-
ra pela transferência do risco. Cada pagamento do prêmio compra a proteção 
de seguro por um período de tempo. É o que chamamos de prazo de vigência. 
O seguro é um serviço intangível, cuja qualidade não é percebida no 
momento da compra, pois somente será percebida caso o risco previsto 
aconteça. Entretanto, o cálculo de um seguro é feito de forma rigorosa, de 
modo científico e com técnicas atuariais.
O prêmio do seguro deve ser mensurado pela exposição à perda, devendo 
haver uma estreita relação entre o prêmio cobrado e o risco (possibilidade 
Atenção
Confira um modelo de 
proposta no Anexo 2.
Importante
Cabe destacar que somente 
aquele que possua 
legitimidade e capacidade 
jurídica para preencher e 
assinar a proposta poderá 
fazê-lo, ou seja, o proponente, 
o estipulante ou o corretor de 
segros habilitados (estes dois 
últimos em certas situações 
específicas autorizadas por lei). 
54
UNIDADE 3
TEORIA GERAL DO SEGURO
de perda financeira). Quanto mais próxima essa relação, mais justo será o 
valor do prêmio para ambas as partes: segurado e segurador.
O objetivo principal de uma tarifação adequada é determinar o prêmio mais 
baixo que atenda a todos os objetivos necessários. Uma parte importante do 
processo é identificar todas as

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