Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APS: Anamnese MR01 G2 AIS III (feita) APS PARTE 2: RESOAP Discente: Natália Arthuso Lopes Matrícula: 165191005 CAMINHO DAS ÁRVORES / SSA-BA – 03/05/2020 – 16:00 Informante: Própria paciente Grau de Informação: Bom SMCA, feminino, 50 anos, branca, terapeuta, divorciada, ensino superior completo, católica, natural de Minas Gerais e procedente de Salvador Queixa Principal: Dor na coxa esquerda há 2 semanas HMA: Paciente vinha bem quando, há duas semanas, começou a sentir, subitamente, uma dor, em aperto, na região posterior da “coxa” esquerda (4/10) quando ficava muito tempo sentada ou deitada. Paciente afirma que colocar as pernas em posições mais altas, como em cima de algumas almofadas, aliviava o desconforto. Contudo, refere não ter optado por nenhum medicamento, com a justificativa de pensar que a dor passaria em alguns dias e, também, por não ter sentido nenhum sintoma associado. Após uma semana sentindo o mesmo incômodo, afirmando que a dor continuou com a mesma intensidade, paciente optou pela utilização de óleos essenciais, como o de Lavanda, pois imagina que tal dor é consequência apenas do seu aumento de peso. Ademais, paciente refere que resolveu procurar ajuda profissional a pedidos de sua filha, que ficou preocupada com o tempo de duração da queixa da mãe. No momento, paciente diz que dor continua 4 em 10. Interrogatório Sistemático: Geral: 86kgs, aumento de peso recente de 5 kgs, apetite normal, sem alteração na temperatura basal, sono regular, sono irregular, pois paciente refere acordar, algumas vezes, de madrugada Pele, fâneros e gânglios: Nega erupções, nódulos ou feridas. Nega prurido, ressecamento ou alterações de cor. Nega Modificações no cabelo e unhas e ardências Segmento Cefálico e Pescoço: Nega cefaleia, traumatismos e tonturas. Nega incômodos oculares como lacrimejamento, ressecamentos, pontos de luz ou sangue. Refere utilização de óculos de grau para correção de hipermetropia. Nega disfunção em ouvidos, zumbidos, vertigens, secreções, ressecamento. Refere não conseguir usar fones de ouvido por muito tempo, pois provocam dor de cabeça em aperto Aparelho Respiratório: Nega gripes frequentes, congestão nasal, prurido, secreções anormais. Nega dor de garganta e rouquidão Aparelho Cardiovascular: Nega hipertensão, nega dor torácica, nega palpitações, nega dispneia, nega angina, nega angina aos esforços. Refere realização de remoção de varizes nas pernas, há, aproximadamente, 10 anos Aparelho Gastrointestinal: Dentes normais, sem anomalias, gengivas normocoradas, sem sangramentos, nega disfagia, nega sialorreia anormal, nega irritações ou inflamações bucais. Nega náuseas, nega falta de apetite. Refere frequência de evacuações normal, nega desconfortos abdominais, nega hemorróidas e sangramentos ao evacuar. Refere alergia a crustáceos. Aparelho Genitourinário: Frequência miccional de aproximadamente 5 vezes ao dia. Nega polaciúria, poliúria, nega hematúria, nega disúria, nega alterações de cor e odor. Refere ter entrado na menopausa. Nega prurido, nódulos, ISTs Aparelho Osteomuscular: dor em extremidade proximal da coxa esquerda, em aperto, há 2 semanas, com posição de melhora com a perna para cima. Sistema Endócrino: Nega intolerância ao frio ou calor, nega sudorese excessiva, nega fome ou sede excessiva Sistema nervoso-psiquiátrico: Paciente refere oscilações de humor durante os dias. Refere fácil irritabilidade. Nega desmaios, dormências, formigamentos. Nega convulsões, nega alterações em seus movimentos periféricos. Refere sensibilidade normal. Hematológico: Refere ter tido quadro próximo da anemia e ter tomado suplementos de cobalamina (não lembra o nome). Nega transfusões e hemofilia Antecedentes Pessoais: Fisiológicos: Paciente refere ter desenvolvimento neuropsiquicomotor e puberal normais. Refere menarca aos 13 anos e coitarca aos 18. G2,P2,A0. Paciente refere que seu fluxo sanguíneo era intenso, com presença de fortes cólicas menstruais e ciclo regular. Refere menopausa aos 48 anos Patológicos: Paciente refere ter tomado as vacinas para a fase de infância, mas sem lembrar especificamente quais. Nega doenças psiquiátricas. Nega viroses da infância, asma, HIV, Hepatites, Hipertensão e Diabetes. Refere cirurgia para retirada de cisto benigno do seio. Nega alergias medicamentosas, mas refere alergias a crustáceos. Nega uso regular de medicamentos. Nega reposição hormonal devido à menopausa e nega sintomas da mesma. Antecedentes Familiares: Mãe, 74 anos, hipertensa e pai 80 anos, sem comorbidades. Refere ter 2 irmãos e 1 irmã, todos sem antecedentes médicos importantes. Avós falecidos, paciente não sabe informar a causa, refere ter sido pela idade avançada, todos com mais de 90 e avô paterno com 103 anos. Nega doenças psiquiátricas na família Hábitos de Vida: Nega tabagismo e etilismo. Nega uso de drogas ilícitas. Fazia exercícios de forma constante, pela menos 4 vezes na semana, mas refere ter parado tal hábito há alguns meses, pois diz ter perdido o ânimo. Relata se alimentar bem, com bastante frutas e verduras, mas apresentar quadros de compulsão alimentar em momentos de instabilidade emocional, como discussões com seus pais e filha ou, até mesmo, quando se sente “entediada” pela mesma rotina diária. História Psicossocial: Reside com sua filha de 20 anos em casa própria. Relata relacionamento familiar conturbado, menos com sua filha. Relata não sair muito, pois prefere ficar em casa lendo. Exame Físico: • Altura: 1,79 m • Peso: 86 kg • Circunferência abdominal: 80 cm • REG, afebril, anictérica, acianótica, eupneica • FC: impossibilidade de aferição, em decorrência de ausência de esfigmomanômetro • Pele: sem alterações • Cabeça e pescoço: sem alterações • AR: tórax atípico, eupnêico, sem tiragem ou uso de músculos intercostais. Ritmo respiratório normal, som claro pulmonar à percussão, expansibilidade preservada, murmúrio vesicular presente e bem distribuído, sem ruídos adventícios • ACV: precórdio calmo, IC palpável. Bulhas rítmicas, normofonéticas, em 2 tempos, sem sopros o PS: prof, fiquei com dúvida nessa parte. O normal é o ictus estar visível ou depende até mesmo do tórax e massa adiposa do paciente. Sei que em pessoas magras, é possível essa observação. Mas há problemas em não ser possível? • Abdome: normal, sem presença de massas palpáveis, sem presença de dor à palpação o PS2.0: prof, também fiquei meio confusa de como pontuar percussão, palpação (seria rígida em caso de um abdome mais “duro”? ou de um mais “flácido”? Não consegue encontrar os termos apropriados) , ausculta aqui. Me refiro da mesma forma que no aparelho respiratório (timpânico/maciço)? • Extremidades: Pulsos normais, ausência de cianose, inflamações e deformações. Registro Clínico Orientado por Problema (RCOP): • A--> avaliação do ReSOAP (Registro de Saúde Orientado por Problema) 1. Dor na região posterior da coxa; 2. Dor persistente; 3. Resistência à utilização de medicamentos; 4. Sedentarismo; 5. Aumento de peso; 6. Sobrepeso; 7. Mãe Hipertensa; 8. Compulsão alimentar; 9. Instabilidade emocional; 10. Relacionamento familiar conturbado; 11. Isolamento social. Plano Educativo: orientações que a pessoa deve receber sobre os problemas apresentados e/ou orientações de promoção de saúde cabíveis 1. Planos para dor na região posterior da coxa; dor persistente o Pode ser necessário a realização de exames de imagem, para sabermos que estrutura está comprometida. Ossos? Vasos? Músculos? o Por isso, a realização de radiografia, angiografia e, se necessário, uma tomografia computadorizada, podem ser solicitadas 2. Planos para a resistência à utilização de medicamentos o A não utilização de medicamentos sem prescrição médica é uma atitude correta, mas não procurar ajuda profissional para a resolução do problema e esperara queixa passar naturalmente, pode ser uma escolha perigosa, pois, algumas vezes, o sintoma pode ser reflexo de um problema mais sério. Por isso, se a queixa durar mais do que uma semana, a ida a um especialista se faz imprescindível. o Procurar ajuda profissional sempre que necessário e utilizar o medicamento prescrito de forma responsável, durante o tempo proposto e nas doses corretas 3. Planos para o sedentarismo; aumento de peso; sobrepeso e mãe hipertensa o Para acabar com o sedentarismo, diminuir o peso, ficando com o IMC normal e não desenvolver hipertensão, como a mãe, as atividades físicas associadas com uma alimentação saudável se tornam imprescindíveis o Para se tornar ativo, é necessário ter um tempo de 150 minutos de atividade física por semana, então, pode-se optar pela a realização de exercícios durante 50 minutos, 3 vezes na semana, ou 30 minutos de duração em 5 dias o Opções de atividades físicas: ▪ Caminhadas; ▪ Corrida (se paciente conseguir); ▪ Dançar; ▪ Pedalar; ▪ Fazer natação; ▪ Fazer musculação; o Organizar uma rotina é essencial para o êxito das atividades escolhidas até que elas se tornem um hábito. Para isso, escrever em um caderno o horário, o local e a duração da atividade proposta é uma ferramenta importante, até mesmo, para o estímulo ao cumprimento de tal objetivo. o Se o paciente sentir muita dificuldade de realizar atividades mais intensas, deve começar de forma mais leve e, sob orientação médica, ir aumentando a intensidade aos poucos, se possível. o Procurar grupos de atividade física também é uma boa escolha, já que o estímulo para realizar atividades com mais pessoas em busca de uma mesma meta, pode ser mais gratificante e prazeroso. o Já em relação à alimentação, é necessário ter uma alimentação balanceada, com todos os nutrientes, a exemplo da pirâmide alimentar o A alimentação com frutas e verduras é muito importante, mas os carboidratos, proteínas e lipídios não devem ser totalmente excluídos, por isso, o acompanhamento com um nutricionista se faz importante 4. Planos para a compulsão alimentar; instabilidade emocional; relacionamento familiar conturbado e isolamento social o Problemas emocionais são comuns, desencadeados por diferentes fatores, podendo gerar diversos comportamentos que visam a diminuição do sentimento não desejado, como o isolamento social e a compulsão alimentar apresentados pela paciente. o Com isso, o acompanhamento com profissionais mais especializados é imprescindível, a exemplo de terapeutas e psicólogos, para o entendimento da dimensão psicológica de cada fator e de quais formas cada um deve ser sanado. o Outra alternativa para a diminuição dessa instabilidade emocional que resulta em uma compulsão alimentar é buscar grupos de apoio que abriguem pessoas vivendo em um cenário semelhante. A participação nesses tipos de grupos aumenta significativamente as chances de melhora do quadro apresentado, já que as pessoas compartilham seus problemas e dividem conselhos e sugestões de como podem modificar aquela realidade. Além disso, a entrada nesses tipos de comunidades diminui o isolamento social, como referido pela paciente o Há também algumas atividades que ajudam na diminuição de tais problemas emocionais. Elas são: ▪ Yoga; ▪ Meditação; ▪ Terapia Holísticas; ▪ Prática de atividades físicas; ▪ Leitura de livros de autoconhecimento; ▪ Heike; ▪ Acumputura.
Compartilhar