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FATORES QUE INFLUENCIAM NA CIRCULAÇÃO E REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

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FATORES QUE INFLUENCIAM NA CIRCULAÇÃO e regulação da pressão arterial
tipos de pressão
- Pressão sanguínea ou arterial consiste na pressão exercida pelo sangue contra a parede das artérias.
- A pressão sanguínea pode ser medida a diferentes níveis do sistema circulatório, recebendo diferentes nomes de acordo o momento: 
1. Pressão arterial sistólica – consiste na força que o sangue exerce na parede da artéria ao adentrá-la, distendendo sua parede, durante a sístole. 
2. Pressão arterial diastólica – consiste na pressão medida na aorta durante a diástole, quando o sangue começa a fluir de forma contínua.
- Pressão arterial média – consiste numa média das pressões do ciclo cardíaco de uma pessoa, representa o componente fixo da pressão arterial. Pode ser calculada através da fórmula: 2xPD/3 + PS/3.
- Pressão de pulso – Pode ser calculada fazendo a diferença entre a pressão sistólica e a diastólica. A pressão de pulso < 30mmHg é um marcador de baixo índice cardíaco.
retorno venoso (RV)
- Existem 3 fatores principais que afetam o retorno venoso da circulação sistêmica para o coração:
1. Pressão atrial direita (PAD)
- Exerce uma força sobre as veias de modo a impedir o fluxo de sangue das veias para o átrio direito. 
- Para que haja retorno venoso, tem que haver gradiente de pressão para o retorno venoso, ou seja, tem que haver diferença entre a pressão média sistêmica e a pressão atrial direita. Se não houver essa diferença de pressão, não vai haver qualquer fluxo de retorno de qualquer vaso periférico para o átrio direito, comprometendo o retorno venoso e, por consequência, o bombeamento de sangue pelo coração.
- Quanto maior a diferença entre a pressão média de enchimento sistêmico e a PAD, maior fica o retorno venoso. 
2. Grau de enchimento da circulação sistêmica.
- É medido pela pressão média de enchimento sistêmico (Pes) – consiste na pressão que impulsiona o sangue venoso da periferia em direção ao coração. 
3. Resistência ao fluxo sanguíneo.
- Consiste na resistência o retorno venoso (RRV).
- Determinada, majoritariamente, pela resistência venosa.
- A resistência ao fluxo sanguíneo pode ser de duas formas:
1. Em série: 
- A resistência total é soma da das resistências das artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias.
2. Em paralelo:
- Os vasos sanguíneos se ramificam, formando circuitos paralelos que irrigam diversos órgãos e tecidos.
- Nessa forma, a resistência vascular total é diminuída, pois muitos vasos sanguíneos em paralelo facilitam o fluxo sanguíneo (aumento da condutância – que é o inverso da resistência). 
OBS: IMPORTÂNCIA DO CIRCUITO EM PARALELO
- A amputação de um membro, ou a remoção cirúrgica de um órgão remove um circuito paralelo, reduzindo a condutância e o fluxo sanguíneo, e aumentando a resistência.
> Fórmula do retorno venoso:
	RV = Pes – PAD
 RRV
> Valores normais:
- Retorno venoso: 5 L/min
- Pes: 7mmHg
- PAD: 0mmHg
- RRV: 1,4 mmHg/L 
fluxo sanguíneo
- É determinado por dois fatores principais:
1. O gradiente de pressão no vaso, ou seja, a diferença entre as duas extremidades do vaso.
2. A resistência vascular, ou seja, o impedimento do fluxo sanguíneo pelo vaso.
	F = (P1 – P2)
 R
- A velocidade/ intensidade do fluxo sanguíneo é diretamente proporcional à quarta potência do raio do vaso. -> Lei de Poiseuille.
complacência vascular (C)
- Também chamada de capacitância vascular, consiste na quantidade de sangue que pode ser armazenada em determinada região da circulação, para cada milímetro de mercúrio de aumento da pressão.
	C = (V2 – V1)
 (P2 – P1)
- Uma estrutura muito complacente, como a veia, é capaz de armazenar centenas de mL a mais de sangue, sem ocorrer grande alteração na sua pressão. 
OBS: Complacência tardia
- Mecanismo pelo qual a circulação consegue se ajustar, de forma automática, a quantidades maiores (no caso de transfusões) ou menores (no caso de hemorragias) de volume sanguíneo. 
bomba muscular esquelética
- Consiste num mecanismo que permite o fluxo de sangue dos membros inferiores até o coração.
- Ocorre em algumas veias dos membros inferiores – vasos que apresentam a maior quantidade de sangue e baixa pressão. Essa baixa pressão impede que o sangue seja facilmente direcionado das extremidades mais distais do nosso corpo até o coração.
- Necessitam de estruturas especializadas chamadas valvas endovenosas.
- Os músculos esqueléticos também participam desse processo.
- A bomba muscular direciona o fluxo de sangue distalmente até o coração.
- A falha desse sistema pode resultar no aparecimento de veias varicosas.
- A contração dos músculos gastrocnêmicos durante a movimentação das pernas leva à compressão da veia, fazendo com que as valvas endovenosas sejam abertas, ocorrendo o fluxo sanguíneo da parte mais distal para a mais proximal. Quando os músculos relaxam, as valvas se fecham. 
OBS: Quando uma pessoa passa muito tempo com as pernas imóveis, a bomba muscular não funciona, e as pressões venosas e no interior dos capilares aumentam muito devido ao acúmulo de sangue, ocorrendo extravasamento do líquido do sistema circulatório para o espaço intersticial, resultando na formação de edemas.
bomba respiratória
- É criada pelo movimento do tórax durante a inspiração.
- Quando o tórax se expande e o diafragma se move em direção ao abdome durante a inspiração, a cavidade torácica se amplia e desenvolve uma baixa pressão, que diminui a pressão na veia cava inferior, permitindo que mais sangue das veias abdominais entre na veia cava.
- A bomba é auxiliada pela pressão exercida do lado de fora das veias abdominais quando o conteúdo abdominal é comprimido durante a inspiração.
- A combinação do aumento da pressão sobre as veias abdominais e da diminuição da pressão sobre as veias torácicas aumenta o retorno venoso.
sistema nervoso autônomo
- No cérebro, está localizado o centro vasomotor, no bulbo e na ponte, o qual transmite impulsos parassimpáticas, através dos nervos vagos, para o coração, e impulsos simpáticos, pela medula espinhal e pelos nervos simpáticos periféricos, para todas as artérias, arteríolas e veias do corpo.
sistema nervoso parassimpático
- As fibras nervosas parassimpáticas são responsáveis pela diminuição da frequência cardíaca.
sistema nervoso simpático
- Todos os vasos, exceto capilares, esfíncteres pré-capilares e metarteríolas, são inervados por fibras nervosas simpáticas.
- A inervação das pequenas artérias e das arteríolas permite a estimulação simpática aumentar a resistência ao fluxo sanguíneo, diminuindo a velocidade do fluxo pelos tecidos. 
- A inervação de vasos maiores, como veias, torna possível a estimulação simpática diminuir seu volume, impulsionando o sangue para o coração e tendo um papel importante na regulação do bombeamento cardíaco. 
- A inervação simpática do coração possibilita o aumento da frequência cardíaca, da força de contração cardíaca, do volume bombeado de sangue e do débito cardíaco.
- A área vasoconstritora do centro vasomotor transmite, continuamente, sinais para as fibras nervosas vasoconstritoras simpáticas do corpo, esses impulsos mantém o estado parcial de contração dos vasos sanguíneos, chamado tônus vasomotor. Se esses impulsos forem bloqueados, vai haver uma queda na pressão arterial. 
- A substância secretada pelas terminações dos nervos vasoconstritores é a norepinefrina, que é uma agonista dos receptores alfa-adrenérgicos da musculatura vascular lisa, causando vasoconstrição.
- Os impulsos simpáticos estimulam a secreção de epinefrina pela glândula suprarrenal. No entanto, por ser um agonista dos receptores beta-adrenérgicos, a epinefrina provoca vasodilatação em alguns tecidos.
- Em determinadas situações que exigem o aumento rápido da pressão arterial, como durante exercícios físicos, o sistema nervoso simpático é acionado, ocorrendo 3 alterações simultâneas que ajudam a elevar a pressão:
1. Quase todas as arteríolas da circulação se contraem, aumentando a resistência periférica total e, assim, a pressão arterial.
2. As veias se contraem fortemente,deslocando sangue para o coração, aumentando o volume das câmaras cardíacas. Então, o estiramento do coração aumentando intensamente a força dos batimentos, bombeando maior quantidade de sangue, o que eleva a pressão arterial.
3. Aumento da capacidade de bombeamento cardíaco, através da elevação da frequência cardíaca e da força de contração, o que eleva a pressão arterial.
barorreceptores
- Consistem em receptores localizados nas paredes das artérias (são abundantes na parede de cada artéria carótida interna – localizados no seio carotídeo – e na parede do arco aórtico), que são estimulados pelo estiramento. 
- A elevação da pressão arterial provoca o estiramento dos barorreceptores, fazendo com que transmitam sinais para o sistema nervoso central. Sinais são enviados de volta pelo sistema nervoso autônomo para a circulação, provocando a redução da pressão arterial ao seu nível normal.
- Quando os sinais do barorreceptores chegam ao bulbo, sinais secundários inibem o centro vasoconstritor bulbar e ativam o centro parassimpático vagal, produzindo dois efeitos:
1. Vasodilatação das veias e arteríolas, diminuindo a resistência periférica.
2. Diminuição da frequência cardíaca e da força de contração cardíaca, reduzindo o débito cardíaco.
- Esses efeitos resultam na diminuição reflexa da pressão arterial. 
- O sistema dos barorreceptores, ou sistema de tamponamento pressórico, tem como função primária reduzir a variação minuto-a-minuto da pressão arterial para um terço do que seria se esse sistema não existisse. 
aplicação clínica
alteração da pressão devido à postura (HIPOTENSÃO SUPINA POSTURAL)
- A mudança da postura supina para a ortostática resulta em um deslocamento do sangue do nível do tórax para o sistema venoso subdiafragmático, e posteriormente para o abdome e membros inferiores, devido à ação da gravidade (redistribuição sanguínea gravidade-induzida). 
- Essa translocação do volume sanguíneo resulta em comprometimento do retorno venoso, podendo resultar em diminuição do débito cardíaco e da pressão arterial, e o indivíduo pode apresentar desde tontura até perda súbita da consciência.
- A queda da pressão nos barorreceptores provoca um reflexo imediato, resultando em forte descarga simpática em todo o corpo, e diminuição da atividade parassimpática, o que contribui para a elevação da pressão.
	questões para fixar o conteúdo:
1. Quais os tipos de pressão? Descreva cada uma.
2. Cite os fatores que influenciam no retorno venoso.
3. Explique o funcionamento da bomba muscular esquelética.
4. Onde os barorreceptores costumam se localizar?
5. Explique o mecanismo de funcionamento dos barorreceptores.
6. Explique porque ocorre uma alteração da pressão em algumas pessoas quando há mudança da posição deitada para em pé.
7. Como a hipotensão postural é corrigida?
	gabarito:
1. 
- Pressão arterial sistólica – consiste na força que o sangue exerce na parede da artéria ao adentrá-la, distendendo sua parede, durante a sístole. 
- Pressão arterial diastólica – consiste na pressão medida na aorta durante a diástole, quando o sangue começa a fluir de forma contínua.
- Pressão arterial média – consiste numa média das pressões do ciclo cardíaco de uma pessoa, representa o componente fixo da pressão arterial. Pode ser calculada através da fórmula: 2xPD/3 + PS/3.
- Pressão de pulso – Pode ser calculada fazendo a diferença entre a pressão sistólica e a diastólica. A pressão de pulso < 30mmHg é um marcador de baixo índice cardíaco.
2. 
- Pressão atrial direita.
- Grau de enchimento da circulação sanguínea.
- Resistência ao fluxo sanguíneo.
3. A contração dos músculos gastrocnêmicos durante a movimentação das pernas leva à compressão da veia, fazendo com que as valvas endovenosas sejam abertas, ocorrendo o fluxo sanguíneo da parte mais distal para a mais proximal. Quando os músculos relaxam, as valvas se fecham.
4. São abundantes na parede de cada artéria carótida interna – localizados no seio carotídeo – e na parede do arco aórtico.
5. A elevação da pressão arterial provoca o estiramento dos barorreceptores, fazendo com que transmitam sinais para o sistema nervoso central. Sinais são enviados de volta pelo sistema nervoso autônomo para a circulação, provocando a redução da pressão arterial ao seu nível normal.
6. A mudança da postura supina para a ortostática resulta em um deslocamento do sangue do nível do tórax para o sistema venoso subdiafragmático, e posteriormente para o abdome e membros inferiores, devido à ação da gravidade (redistribuição sanguínea gravidade-induzida). Essa translocação do volume sanguíneo resulta em comprometimento do retorno venoso, podendo resultar em diminuição do débito cardíaco e da pressão arterial, e o indivíduo pode apresentar desde tontura até perda súbita da consciência.
7. A queda da pressão nos barorreceptores provoca um reflexo imediato, resultando em forte descarga simpática em todo o corpo, e diminuição da atividade parassimpática, o que contribui para a elevação da pressão.
	@medpormin

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