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GESTÃO E FORMAÇÃO EM TEMPOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL O uso da Inteligência Artificial (IA) e o processo de automação estão trazendo debates em diversas esferas profissionais e organizacionais da sociedade. Segundo Glauco Arbix, com o novo ciclo tecnológico em que os robôs estarão cada vez mais capacitados para desempenhar tarefas complexas, a demanda pela mão de obra humana pode reduzir e se prevê também um aumento nas profissões “liberais”, o que pode culminar em uma sociedade de pessoas fragilizadas, sem qualificação e sem garantias de renda. O filósofo cita a necessidade de uma reestruturação para que isso não aconteça, o que pode passar por mudanças na tributação de robôs e em formas de distribuir a renda. É essencial também uma reorganização do ensino, tornando a educação algo permanente, em consonância com as rápidas e constantes atualizações tecnológicas, e que busque qualificar para as habilidades que realmente serão necessárias, indo além do conhecimento técnico. Neste contexto, também é importante a reestruturação das organizações, buscando aliar as inovações tecnológicas às características humanas que não podem ser reproduzidas por computadores. O estudo da Harvard Business Review, citado pelo jornalista Filipe Vilicic, mostra que o desenvolvimento da Inteligência Emocional (IE) resulta em funcionários mais aptos a criar soluções, inovar, fazer análises precisas e proporcionar uma experiência melhor ao cliente, aumentando a produtividade da empresa e a fidelização dos consumidores. A Inteligência Emocional e a criatividade, segundo o professor Cesar Alexandre de Souza, da Universidade de São Paulo - USP, são as características humanas que os computadores não conseguem reproduzir e, por isso, será a “saída para o emprego”. Embora muitas profissões possam ser substituídas por máquinas - especialmente aquelas muito técnicas e exatas -, o ser humano ainda é o único capaz de demonstrar empatia, de criar soluções criativas e inovadoras, buscar novas perspectivas. Glauco Arbix compartilha do mesmo pensamento e reforça a importância de uma educação interdisciplinar, que combine as ciências exatas e tecnológicas com as ciências humanas.
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